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MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
PRÁTICAS DE TUTORIA EM 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA Nº 1.004 DO DIA 17/08/2017 
 
0800 283 8380 
 
www.faculdadeunica.com.br 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 3 
UNIDADE I - PANORAMA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ...................................... 5 
UNIDADE II - PERSPECTIVAS ATUAIS EM EDUCAÇÃO ...................................... 10 
UNIDADE III - A LEGISLAÇÃO EM EAD ................................................................. 18 
UNIDADE IV - A TUTORIA EM EAD ........................................................................ 21 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34 
UNIDADE V - A AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ............................... 35 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 39 
PALAVRAS FINAIS .................................................................................................. 40 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3
 
APRESENTAÇÃO 
 
Construir um estudo acerca das questões que envolvem temas tão atuais 
como Educação a Distância (EAD) e, consequentemente, Práticas de Tutoria em 
EAD, é uma tarefa instigante. Uma vez que são temáticas importantes e urgentes 
para atender à exigência de um novo mercado e também de um novo paradigma 
educacional. Hoje, os profissionais de educação alicerçados na era da informação e 
das mudanças estruturais e teóricas da educação têm como principal dever a 
qualificação profissional, sendo que essa qualificação requer a transformação do 
saber e das práticas tradicionais de educação. 
 
Ilustração 1 1 
 
No lugar de um professor transmissor de informações é chegada a hora de 
um mediador, orientador do processo da construção do conhecimento. Sabemos 
que esse discurso não é novo, desde o escolanovismo, as discussões em prol do 
construtivismo defendido por Piaget, Emília Ferreiro, Vygotski e Wallon, afirmavam 
um novo jeito de ser professor. Mas, com o advento da pós-modernidade e, 
atualmente, com a crescente busca pelo ensino na modalidade a distância, o 
discurso teve que ser transformado em prática. É nesse viés e com o objetivo de 
 
1
 Fonte < joaopessoa.olx.com.br/> acesso 22/03/2009 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
4
 
preparar, trazendo discussões e teorizações a respeito do ensino a distância, mais 
especificamente do professor dessa modalidade, conhecido também como Tutor, é 
que entregamos a você este material, a fim de oportunizar um crescimento 
profissional transformador, descortinando um jeito de ser professor da educação a 
distância e não um profissional distante. Temos a intenção também de que seja 
pioneiro no modo de entender esse processo como a democratização do saber, o 
espaço ilimitado do conhecimento e da informação. Para alcançarmos os objetivos 
descritos acima dividimos esse estudo em cinco importantes momentos, a saber: o 
panorama da Educação a Distância, sua história; as perspectivas atuais da 
educação a distância e da educação de uma maneira geral, enfatizando o 
desenvolvimento do ensino a distância; a legislação em Educação a Distância; a 
tutoria e seus desdobramentos na prática cotidiana; e a questão da avaliação em 
ambientes de EAD. 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
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5
 
UNIDADE I - PANORAMA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
Discutir temas relacionados à Educação a Distância no Brasil, é muito 
significativo, dado a crescente procura por essa modalidade em educação 
atualmente. Se fizermos uma retrospectiva história, veremos que essa modalidade 
não é tão recente assim, pois nasceu na Alemanha, no século XV, logo quando 
surgiu a imprensa. Nesse momento ir a escola passaria ser desnecessário uma vez 
que o mestre precisava ler na frente de seus discípulos os livros copiados, com a 
imprensa, os discípulos poderiam adquirir seus próprios livros. No campo da 
educação, a Suécia registra a primeira experiência, por volta de 1883. Mas, foram as 
contribuições da França, Alemanha e Inglaterra que propagaram rapidamente a 
educação a distância no mundo. 
No Brasil, não há registros precisos acerca do surgimento da educação a 
distância, porém, em 1891, o jornal do Brasil anuncia curso de datilógrafo por 
correspondência. Logo após, tivemos vários movimentos como: fundação da rádio 
sociedade do Rio de Janeiro; em 1941, o instituto Universal Brasileiro já oferecia o 
ensino profissional, fundamental e médio; o SENAC- Serviço Nacional de 
Aprendizagem Comercial; dentre outras. Em meados dos anos 70, o Ministério da 
Educação apontava cerca de 30 estabelecimentos de ensino, grande parte no Rio 
de Janeiro e São Paulo. 
Hoje, percebemos uma grande procura de cursos de graduação e pós-
graduação na modalidade a distância, principalmente, por uma clientela que não 
conseguiu concluir seus estudos e possuem faixa etária acima de 30 anos, vendo 
assim a possibilidade de concluírem seus estudos, capacitarem para entrar em novo 
trabalho ou até mesmo para manterem neste mercado, que como já sabemos, a 
cada dia requer pessoas bem formadas, capacitadas e informadas. 
Nesse sentido, a modalidade de ensino a distância tem sido um espaço de 
acesso à democratização e facilitação da aprendizagem e, consequentemente, 
possibilita adquirir novos conhecimentos. Com esse crescimento, fez-se necessário 
que as instituições ao oferecerem cursos a distância ampliassem também seus 
recursos, implantando várias mídias a fim de atender seu público. 
A criação de cursos em educação a distância requer o cumprimento e a 
implantação de uma estrutura que possibilite atender aos alunos de diversos níveis. 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
6
 
É importante que se utilize de um material impresso e/ou online de boa qualidade, 
linha telefônica a disposição, CDs, internet, uma boa rede de computadores e, acima 
de tudo, uma equipe de professoresaltamente capacitada e preparada para um 
novo tipo de ensino. De acordo com Correia (2004, p.6): 
 
A sociedade atual vive uma crise civilizatória, uma mudança de 
paradigma decorrente da internacionalização do mercado, do processo 
de globalização e do avanço das tecnologias de informação e 
comunicação. Essas transformações acarretam uma série de dilemas 
para os modelos educativos existentes. 
 
 Devemos repensar o novo paradigma educacional e profissional, ou seja, falar 
de Educação a Distância não perpassa apenas numa nova modalidade, uma nova 
estrutura, mas num jeito de ser professor, mais especificamente, ser um tutor em 
Educação a Distância. 
 A Educação a Distância é a possibilidade de uma maior democratização do 
saber. Um dos seus grandes desafios é superar os limites da socialização desse 
saber, uma vez que para alcançar a maioria, faz-se necessário repensar as mídias 
dentro da Educação a Distância, não descartando a utilização do material impresso 
e o uso dos Correios, pois o ensino na modalidade a distância deve ser flexível e 
adequado à realidade de cada um. Gutierrez e Prieto (1994)2, ressaltam algumas 
vantagens da Educação a Distância: 
- massividade espacial; 
- menor custo por estudante; 
- diversificação da população; 
- individualização da aprendizagem; 
- quantidade sem perda da qualidade; 
- autodisciplina de estudo. 
 
Dessa maneira, o processo de ensinar e aprender têm suas próprias dimensões, 
pressupondo reciprocidade. A aprendizagem envolve satisfação de necessidades, 
podendo gerar frustrações. O ensinar faz parte de um contexto de aprendizagem, 
existindo a intencionalidade no ato do professor que, ao avaliar, deverá considerar todo 
esse processo. 
 
2
 Fonte: Revista SENAC, Cenário Atual da EAD p. 15 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
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7
 
Quando falamos em Mídia e Tecnologia na Educação, estamos retratando a 
educação no sentido atual, dentro de uma visão de totalidade, ou seja, o 
conhecimento integrado, pelo qual para conhecer precisamos estar inseridos em um 
novo paradigma, que segundo Moran (2007), “educar pessoas inteiras, que integrem 
todas as dimensões: corpo, mente, sentimentos, espírito, psiquismo, pessoal, grupal 
e social”. Assim, o conhecimento não é fragmentado, mas interdependente, 
interligado, intersensorial, em que conhecer significa compreender todas as 
dimensões da realidade, captar e expressar essa totalidade cada vez mais ampla e 
integral. Para o mesmo autor, temos várias inteligências: lógico-matemática, 
espacial, musical, cinestésico-corporal, interpessoal. Cada um de nós tem uma 
estratégia para chegar ao conhecimento. Iniciou-se a EAD com o uso do material 
impresso, programas radiofônicos, televisivos, transmissão via satélite e uso da 
informática. 
Ao falarmos da linguagem televisiva, estamos atingindo o sensorial, o afetivo 
e o racional, isso quer dizer que a televisão trabalha com o real e o imaginário, 
cabendo aos professores desenvolverem o seu trabalho nessa perspectiva integral. 
A utilização da tecnologia como mais uma ferramenta pedagógica, visa à 
formação de profissionais como agente em mudança e, dessa forma, alcança-se 
mudanças significativas no currículo escolar; uma vez que o grande desafio é lidar 
com a falta de informação. Nesse sentido, a criatividade e individualidade andam de 
mãos dadas, pois o uso das tecnologias de comunicação na formação de 
educadores é mais uma ferramenta. 
Podemos considerar que a EAD deve se adequar ao regionalismo, ao perfil 
do grupo, a escolha da mídia (ou das mídias) e das tecnologias de informação e 
comunicação. Para Correia (2004, p.25): 
 
A EAD aparece nas sociedades contemporâneas, como uma 
modalidade de educação bastante adequada às novas demandas 
educacionais e profissionais. No entanto, muitas vezes encontramos 
dificuldades quanto à sua conceituação, pois não existe um único 
conceito em EAD. Isso ocorre devido à ênfase que é dada a cada um 
dos componentes do processo ensino-aprendizagem. 
 
Cardoso & Vilarinho apresentam várias considerações a respeito da 
elaboração de cursos virtuais. Num primeiro momento, discute sobre o rápido 
 
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8
 
crescimento da educação a distância mediada pelas Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC), demonstrando a necessidade do aprendiz em ser autônomo no 
sentido de saber planejar seu tempo, suas ações e suas atividades. Holmberg apud 
Correia (2004), considera a comunicação não diretiva como a característica mais 
importante no estudo a distância e destaca: 
• Pré-produção – curso realizado, principalmente com material impresso, 
autoinstrutivo, que pode incluir o conteúdo ou apenas apresentar um guia de 
estudo; 
• Estudo individual – inclusive nos casos em que o ensino implica formação 
de grupos; 
• Método de trabalho – implica planejamento, procedimentos racionalizados, 
mecanização, automatização, controle, verificação e divisão do trabalho; 
• Comunicação bidirecional – na maioria das vezes, baseada em tarefas 
avaliadas e devolvidas com comentários; 
• Comunicação maciça – atendimento a um grande número de alunos devido 
à necessidade de redução de custos; 
• Comunicação mediatizada – a conversação didática passa a ser 
informatizada, tendo o diálogo como ponto central dos estudos a distância. 
 
A respeito do desenvolvimento das metodologias, o mesmo autor, citado 
anteriormente, salienta que o estudo a distância é uma inovação dentro da educação 
formal porque: 
a) Desenvolve-se a partir de um serviço de apoio, de modo que a 
aprendizagem possa ocorrer sem a presença do professor; 
b) Possibilita uma conversação didática mediante a adoção de meios não-
diretos de apresentação e comunicação; 
c) Possibilita a instrução personalizada e métodos de trabalho industrializados; 
d) Favorece, através de sua organização e métodos de estudos para o adulto, 
orientando sua formação de acordo com mercado de trabalho. 
Dentro desse panorama, a revista Educação, Ano 12, número 144, publicou 
uma entrevista com João Carlos Teatini, o novo secretário de ensino a distância do 
Ministério da Educação (MEC). Em 20 de janeiro de 2009, criou-se um decreto 
 
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9
 
visando o fortalecimento do regime de colaboração entre os 3 níveis do governo 
(federal, estadual e municipal) e os fóruns permanentes estaduais de planejamento 
estratégico para definir as necessidades de cada unidade da Federação (em termos 
de professores licenciados) e as estratégias para suprir a demanda. 
Teatini afirmou que baseando-se nos dados do Educacenso de 2007, ainda 
existe um déficit de professores entre 700 e 900 mil, devido à falta de formação 
adequada, licenciaturas diferentes da área de atuação; 400 mil não tem curso 
superior; outros 100mil são graduados, mas não licenciados. 
A Secretaria de Educação a Distância (SEED), em parceria com as 
instituições de ensino superior, está se esforçando no sentido de formar os 
professores, até o momento, 20 estados estão participando. Gradativamente, 
segundo Teatini, as instituições de educação privadas também serão inclusas. O 
funcionamento desses programas seguirá os parâmetros de qualidade adotados 
pela CAPES. Será oferecido um catálogo dos cursos disponíveis, além de criar, para 
cada professor, um currículo Lattes. 
Teatini conclui sua entrevista afirmando que: “O sucesso da Política não 
depende apenas de oferecermos vagas, é preciso haver o estímulo e a valorização 
da docência.” 
De acordo com o explicitado, pode-se perceber quantas iniciativas convergem 
para a formação de profissionais em educação a distância, sendo que a preparação 
para este novo mercado promissor, caberá somente a cada indivíduo. 
Esta unidade teve como objetivo proporcionar entendimento a respeito da 
história, bem como as discussões atuais frente à educação a distância. Na unidade 
seguinte, trataremos das perspectivas atuais em educação, de acordo com Moacir 
Gadotti. Escolhemos esse texto para que você entenda o motivo pelo qual estarmos 
falando, no século XXI, de educação a distância. 
Fique atento e registre as principais ideias. Lembre-se: um bom estudante 
registra tudo! 
 
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10
 
UNIDADE II - PERSPECTIVAS ATUAIS EM EDUCAÇÃO 
 
Moacir Gadoti3 
Nas últimas duas décadas do século XX, assistiu-se a grandes mudanças, tanto 
no campo socioeconômico e político quanto no da cultura, da ciência e da tecnologia. 
Ocorreram grandes movimentos sociais, como aqueles no leste europeu, no final dos 
anos 80, culminando com a queda do Muro de Berlim. Ainda não se tem idéia clara do 
que deverá representar, para todos nós, a globalização capitalista da economia, das 
comunicações e da cultura. As transformações tecnológicas tornaram possível o 
surgimento da era da informação. 
É um tempo de expectativas, de perplexidade e da crise de concepções e 
paradigmas, não apenas porque inicia-se um novo milênio, época de balanço e de 
reflexão, época em que o imaginário parece ter um peso maior. O ano 2000 exerceu um 
fascínio muito grande em muitas pessoas. Paulo Freire dizia que queria chegar ao ano 
2000 (acabou falecendo três anos antes). É um momento novo e rico de possibilidades. 
Por isso, não se pode falar do futuro da educação sem certa dose de cautela. 
No início deste século, H. G. Wells dizia que "a História da Humanidade é cada 
vez mais a disputa de uma corrida entre a educação e a catástrofe". A julgar pelas duas 
grandes guerras que marcaram a "História da Humanidade", na primeira metade do 
século XX, a catástrofe venceu. No início dos anos 50, dizia-se que só havia uma 
alternativa: "socialismo ou barbárie" (Cornelius Castoriadis), mas chegou-se ao final do 
século com a derrocada do socialismo burocrático de tipo soviético e enfraquecimento 
da ética socialista. E mais: pela primeira vez na história da humanidade, não por efeito 
de armas nucleares, mas pelo descontrole da produção industrial, pode-se destruir toda 
a vida do planeta. Mais do que a solidariedade, estamos vendo crescer a 
competitividade. Venceu a barbárie, de novo? Qual o papel da educação neste novo 
contexto político? Qual é o papel da educação na era da informação? Que perspectivas 
podemos apontar para a educação neste início do Terceiro Milênio? Para onde vamos? 
Hoje, muitos educadores, perplexos diante das rápidas mudanças na sociedade, 
na tecnologia e na economia, perguntam-se sobre o futuro de sua profissão, alguns com 
 
3
 São Paulo em Perspectiva Print ISSN 0102-883São Paulo Perspec. vol.14 no.2 São 
Paulo Apr./June 2000. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
88392000000200002&script=sci_arttext&tlng= Acesso: 04/04/2009 
 
 
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11
 
medo de perdê-la sem saber o que devem fazer. Então, aparecem, no pensamento 
educacional, todas as palavras citadas por Abbagnano e Aurélio: "projeto" político-
pedagógico, pedagogia da "esperança", "ideal" pedagógico, "ilusão" e "utopia" 
pedagógica, o futuro como "possibilidade". Fala-se muito hoje em "cenários" possíveis 
para a educação, portanto, em "panoramas", representação de "paisagens". Para se 
desenhar uma perspectiva é preciso "distanciamento". É sempre um "ponto de vista". 
Todas essas palavras entre aspas indicam certa direção ou, pelo menos, um horizonte 
em direção ao qual se caminha ou se pode caminhar. Elas designam "expectativas" e 
anseios que podem ser captados, capturados, sistematizados e colocados em 
evidência. 
 
Um passado sempre presente 
A virada do milênio é a razão oportuna para um balanço sobre práticas e teorias 
que atravessaram os tempos. Falar de "perspectivas atuais da educação" é também 
falar, discutir, identificar o "espírito" presente no campo das idéias, dos valores e das 
práticas educacionais que as perpassa, marcando o passado, caracterizando o presente 
e abrindo possibilidades para o futuro. Algumas perspectivas teóricas que orientaram 
muitas práticas poderão desaparecer, e outras permanecerão em sua essência. Quais 
teorias e práticas fixaram-se no ethos educacional, criaram raízes, atravessaram o 
milênio e estão presentes hoje? Para entender o futuro é preciso revisitar o passado. No 
cenário da educação atual, podem ser destacados alguns marcos, algumas pegadas, 
que persistem e poderão persistir na educação do futuro. 
 
Educação Tradicional 
Enraizada na sociedade de classes escravista da Idade Antiga, destinada a uma 
pequena minoria, a educação tradicional iniciou seu declínio já no movimento 
renascentista, mas ela sobrevive até hoje, apesar da extensão média da escolaridade 
trazida pela educação burguesa. A educação nova, que surge de forma mais clara a 
partir da obra de Rousseau, desenvolveu-se nesses últimos dois séculos e trouxe 
consigo numerosas conquistas, sobretudo no campo das ciências da educação e das 
metodologias de ensino. O conceito de "aprender fazendo" de John Dewey e as 
técnicas Freinet, por exemplo, são aquisições definitivas na história da pedagogia. Tanto 
a concepção tradicional de educação quanto a nova, amplamente consolidadas, terão 
um lugar garantido na educação do futuro. 
 
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12
 
A educação tradicional e a nova têm em comum a concepção da educação como 
processo de desenvolvimento individual. Todavia, o traço mais original da educação 
desse século é o deslocamento de enfoque do individual para o social, para o político e 
para o ideológico. A pedagogia institucional é um exemplo disso. A experiência de mais 
de meio século de educação nos países socialistas também o testemunha. Aeducação, 
no século XX, tornou-se permanente e social. É verdade, existem ainda muitos 
desníveis entre regiões e países, entre o Norte e o Sul, entre países periféricos e 
hegemônicos, entre países globalizadores e globalizados. Entretanto, há idéias 
universalmente difundidas, entre elas a de que não há idade para se educar, de que a 
educação se estende pela vida e que ela não é neutra. 
 
Educação Internacionalizada 
No início da segunda metade deste século, educadores e políticos imaginaram 
uma educação internacionalizada, confiada a uma grande organização, a Unesco. Os 
países altamente desenvolvidos já haviam universalizado o ensino fundamental e 
eliminado o analfabetismo. Os sistemas nacionais de educação trouxeram um grande 
impulso, desde o século passado, possibilitando numerosos planos de educação, que 
diminuíram custos e elevaram os benefícios. A tese de uma educação internacional já 
existia deste 1899, quando foi fundado, em Bruxelas, o Bureau Internacional de Novas 
Escolas, por iniciativa do educador Adolphe Ferrière. Como resultado, tem-se hoje uma 
grande uniformidade nos sistemas de ensino. Pode-se dizer que hoje todos os sistemas 
educacionais contam com uma estrutura básica muito parecida. No final do século XX, o 
fenômeno da globalização deu novo impulso à idéia de uma educação igual para todos, 
agora não como princípio de justiça social, mas apenas como parâmetro curricular 
comum. 
 
 Novas Tecnologias 
As conseqüências da evolução das novas tecnologias, centradas na 
comunicação de massa, na difusão do conhecimento, ainda não se fizeram sentir 
plenamente no ensino ¾ como previra McLuhan já em 1969 ¾, pelo menos na maioria 
das nações, mas a aprendizagem a distância, sobretudo a baseada na Internet, parece 
ser a grande novidade educacional neste início de novo milênio. A educação opera com 
a linguagem escrita e a nossa cultura atual dominante vive impregnada por uma nova 
linguagem, a da televisão e a da informática, particularmente a linguagem da Internet. A 
 
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13
 
cultura do papel representa talvez o maior obstáculo ao uso intensivo da Internet, em 
particular da educação à distância com base na Internet. Por isso, os jovens que ainda 
não internalizaram inteiramente essa cultura adaptam-se com mais facilidade do que os 
adultos ao uso do computador. Eles já estão nascendo com essa nova cultura, a cultura 
digital. 
Os sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar suficientemente o 
impacto da comunicação audiovisual e da informática, seja para informar, seja para 
bitolar ou controlar as mentes. Ainda trabalha-se muito com recursos tradicionais que 
não têm apelo para as crianças e jovens. Os que defendem a informatização da 
educação sustentam que é preciso mudar profundamente os métodos de ensino para 
reservar ao cérebro humano o que lhe é peculiar, a capacidade de pensar, em vez de 
desenvolver a memória. Para ele, a função da escola será, cada vez mais, a de ensinar 
a pensar criticamente. Para isso é preciso dominar mais metodologias e linguagens, 
inclusive a linguagem eletrônica. 
 
Paradigmas Holonômicos 
Entre as novas teorias surgidas nesses últimos anos, despertaram interesses dos 
educadores os chamados paradigmas holonômicos, ainda pouco consistentes. 
Complexidade e holismo são palavras cada vez mais ouvidas nos debates 
educacionais. Nesta perspectiva, pode-se incluir as reflexões de Edgar Morin, 
que critica a razão produtivista e a racionalização moderna, propondo uma lógica do 
vivente. Esses paradigmas sustentam um princípio unificador do saber, do 
conhecimento, em torno do ser humano, valorizando o seu cotidiano, o seu vivido, o 
pessoal, a singularidade, o entorno, o acaso e outras categorias como: decisão, projeto, 
ruído, ambigüidade, finitude, escolha, síntese, vínculo e totalidade. 
Essas seriam algumas das categorias dos paradigmas chamados holonômicos. 
Etimologicamente, holos, em grego, significa todo e os novos paradigmas procuram 
centrar-se na totalidade. Mais do que a ideologia, seria a utopia que teria essa força 
para resgatar a totalidade do real, totalidade perdida. Para os defensores desses novos 
paradigmas, os paradigmas clássicos identificados no positivismo e no marxismo ¾ 
seriam marcados pela ideologia e lidariam com categorias redutoras da totalidade. Ao 
contrário, os paradigmas holonômicos pretendem restaurar a totalidade do sujeito, 
valorizando a sua iniciativa e a sua criatividade, valorizando o micro, a 
complementaridade, a convergência e a complexidade. Para eles, os paradigmas 
 
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clássicos sustentam o sonho milenarista de uma sociedade plena, sem arestas, em que 
nada perturbaria um consenso sem fricções. Ao aceitar como fundamento da educação 
uma antropologia que concebe o homem como um ser essencialmente contraditorial, os 
paradigmas holonômicos pretendem manter, sem pretender superar, todos os 
elementos da complexidade da vida. 
Os holistas sustentam que o imaginário e a utopia são os grandes fatores 
instituintes da sociedade e recusam uma ordem que aniquila o desejo, a paixão, o olhar 
e a escuta. Os enfoques clássicos, segundo eles, banalizam essas dimensões da vida 
porque sobrevalorizam o macro-estrutural, o sistema, em que tudo é função ou efeito 
das superestruturas socioeconômicas ou epistêmicas, lingüísticas e psíquicas. Para os 
novos paradigmas, a história é essencialmente possibilidade, em que o que vale é o 
imaginário (Gilbert Durand, Cornelius Castoriadis), o projeto. Existem tantos mundos 
quanto nossa capacidade de imaginar. Para eles, "a imaginação está no poder", como 
queriam os estudantes em maio de 1968. 
Evidentemente, nem todos esses autores aceitariam enquadrar-se nos 
paradigmas holonômicos. Todas as classificações e tipologias, no campo das idéias, 
são necessariamente reducionistas. Não se pode negar as divergências existentes entre 
eles. Contudo, as categorias apontadas anteriormente indicam certa tendência, ou 
melhor, uma perspectiva da educação. Os que sustentam os paradigmas holonômicos 
procuram buscar na unidade dos contrários e na cultura contemporânea um sinal dos 
tempos, uma direção do futuro, que eles chamam de pedagogia da unidade. 
Seja qual for a perspectiva que a educação contemporânea tomar, uma 
educação voltada para o futuro será sempre uma educação contestadora, superadora 
dos limites impostos pelo Estado e pelo mercado, portanto, uma educação muito mais 
voltada para a transformação social do que para a transmissão cultural. Por isso, 
acredita-se que a pedagogia da práxis, como uma pedagogia transformadora, em suas 
várias manifestações, pode oferecer um referencial geral mais seguro do que as 
pedagogias centradas na transmissão cultural, neste momento de perplexidade. 
 
 Sociedade da Informação e Educação 
Costuma-se definir nossa era como a era do conhecimento. Se for pela 
importância dada hoje ao conhecimento, em todos os setores, pode-se dizer que vive 
mesmo na era do conhecimento, na sociedade do conhecimento, sobretudo em 
conseqüência da informatização e do processo de globalização das telecomunicações aTodos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
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ela associada. Pode ser que, de fato, já se tenha ingressado na era do conhecimento, 
mesmo admitindo que grandes massas da população estejam excluídas dele. Todavia, 
o que se constata é a predominância da difusão de dados e informações e não de 
conhecimentos. Isso está sendo possível graças às novas tecnologias que estocam o 
conhecimento, de forma prática e acessível, em gigantescos volumes de informações, 
que são armazenadas inteligentemente, permitindo a pesquisa e o acesso de maneira 
muito simples, amigável e flexível. É o que já acontece com a Internet: para ser 
"usuário", basta dispor de uma linha telefônica e um computador. "Usuário" não significa 
aqui apenas receptor de informações, mas também emissor de informações. Pela 
Internet, a partir de qualquer sala de aula do planeta, pode-se acessar inúmeras 
bibliotecas em muitas partes do mundo. As novas tecnologias permitem acessar 
conhecimentos transmitidos não apenas por palavras, mas também por imagens sons, 
fotos, vídeos (hipermídia), etc. Nos últimos anos, a informação deixou de ser uma área 
ou especialidade para se tornar uma dimensão de tudo, transformando profundamente a 
forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que está em andamento uma 
Revolução da Informação, como ocorreram no passado a Revolução Agrícola e a 
Revolução Industrial. 
As novas tecnologias criaram novos espaços do conhecimento. Agora, além da 
escola, também a empresa, o espaço domiciliar e o espaço social tornaram-se 
educativos. Cada dia mais pessoas estudam em casa, pois, podem de casa, acessar o 
ciberespaço da formação e da aprendizagem a distância, buscar "fora" a informação 
disponível nas redes de computadores interligados, ¾ serviços que respondem às suas 
demandas de conhecimento. Por outro lado, a sociedade civil (ONGs, associações, 
sindicatos, igrejas, etc.) está se fortalecendo não apenas como espaço de trabalho, em 
muitos casos, voluntário, mas, também como espaço de difusão de conhecimentos e de 
formação continuada. É um espaço potencializado pelas novas tecnologias, inovando 
constantemente nas metodologias. Novas oportunidades parecem abrir-se para os 
educadores. Esses espaços de formação têm tudo para permitir maior democratização 
da informação e do conhecimento, portanto, menos distorção e menos manipulação, 
menos controle e mais liberdade. É uma questão de tempo, de políticas públicas 
adequadas e de iniciativa da sociedade. A tecnologia não basta. É preciso a 
participação mais intensa e organizada da sociedade. O acesso à informação não é 
apenas um direito. É um direito fundamental, um direito primário, o primeiro de todos os 
direitos, pois sem ele não se tem acesso aos outros direitos. 
 
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Na formação continuada necessita-se de maior integração entre os espaços 
sociais (domiciliar, escolar, empresarial, etc.), visando equipar o aluno para viver melhor 
na sociedade do conhecimento. Como previa Herbert McLuhan, o planeta tornou-se a 
nossa sala de aula e o nosso endereço. O ciberespaço não está em lugar nenhum, pois 
está em todo o lugar o tempo todo. Estar num lugar significaria estar determinado pelo 
tempo (hoje, ontem, amanhã). No ciberespaço, a informação está sempre e 
permanentemente presente e em renovação constante. O ciberespaço rompeu com a 
idéia de tempo próprio para a aprendizagem. Não há tempo e espaço próprios para a 
aprendizagem. Como ele está todo o tempo em todo lugar, o espaço da aprendizagem é 
aqui em qualquer lugar e o tempo de aprender é hoje e sempre. A sociedade do 
conhecimento se traduz por redes, "teias" (Ivan Illich), "árvores do conhecimento" 
(Humberto Maturana), sem hierarquias, em unidades dinâmicas e criativas, favorecendo 
a conectividade, o intercâmbio, consultas entre instituições e pessoas, articulação, 
contatos e vínculos, interatividade. A conectividade é a principal característica da 
Internet. 
O conhecimento é o grande capital da humanidade. Não é apenas o capital da 
transnacional que precisa dele para a inovação tecnológica. Ele é básico para a 
sobrevivência de todos e, por isso, não deve ser vendido ou comprado, mas sim 
disponibilizado a todos. Esta é a função de instituições que se dedicam ao 
conhecimento apoiado nos avanços tecnológicos. Espera-se que a educação do futuro 
seja mais democrática, menos excludente. Essa é ao mesmo tempo nossa causa e 
nosso desafio. Infelizmente, diante da falta de políticas públicas no setor, acabaram 
surgindo "indústrias do conhecimento", prejudicando uma possível visão humanista, 
tornando-o instrumento de lucro e de poder econômico. 
A educação, em particular a educação a distância, é um bem coletivo e, por isso, 
não deve ser regulada pelo jogo do mercado, nem pelos interesses políticos ou pelo 
furor de regulamentar, credenciar, autorizar, reconhecer, avaliar, etc. de muitos 
tecnoburocratas. Quem deve decidir sobre a qualidade dos seus certificados não é nem 
o Estado e nem o mercado, mas sim a sociedade e o sujeito aprendente. Na era da 
informação generalizada, existirá ainda necessidade de diplomas? 
O que é ser professor hoje? Ser professor hoje é viver intensamente o seu 
tempo, conviver; é ter consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para 
a humanidade sem educadores, assim como não se pode pensar num futuro sem 
poetas e filósofos. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a 
 
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informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. 
Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marketeiros, eles são os verdadeiros 
"amantes da sabedoria", os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o 
saber (não o dado, a informação e o puro conhecimento), porque constroem sentido 
para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, 
mas produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo, Cortez, 1998. 
DOWBOR, L. A reprodução social. São Paulo, Vozes, 1998. 
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas, 
2000. SNYDERS, G. A alegria na escola. São Paulo, Ed. Manole, 1988. 
 
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UNIDADE III - A Legislação em EAD 
 
Após a explicitação do panorama da EAD e das perspectivas atuais 
da educação, fique atendo e antes de passarmos para a Legislação,veja a hierarquia e a amplitude de cada procedimento legal, de 
acordo com o Decreto nº 4.176, de 28.03.02, publicado no Boletim de 
Direito Educacional 04/02, página 02, por Francisco Aparecido 
Cordão: 
• Constituição – Conjunto das leis fundamentais que rege a vida de uma nação, 
geralmente, elaborado e votado por um congresso de representantes do povo, e que 
regula as relações entre governantes e governados, traçando limites entre os 
poderes e declarando os direitos e garantias individuais; carta constitucional, carta 
magna, lei básica, lei maior. É a lei máxima, pela qual todas as outras leis devem 
ajustar-se. No caso do Brasil, é uma Constituição Federal. 
• Constituições Estaduais – Conjunto de leis fundamentais que regulam os direitos 
e deveres no âmbito de cada Unidade da Federação, elaborada e aprovada pela 
Assembléia Legislativa da mesma (Estados e Distrito Federal). Na seqüência, cada 
Município tem sua Lei Orgânica Municipal. 
 leis fundamentais que regulam os direitos pelo qual todas as outras leis devem 
ajustar-se. No caso do Brasil, é uma Constituição Federal. 
Hierarquia e definições dos atos normativos, normais e procedimentos legais: 
• Emendas Constitucionais – Alterações aprovadas às Constituições. 
• Lei – Regra, prescrição escrita que emana da autoridade soberana de uma dada 
sociedade e impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a ela sob pena 
de sanções. 
 • Medida Provisória – É o ato normativo com força da lei que pode ser editado pelo 
Presidente da República em caso de relevância e urgência. Tal medida deve ser 
submetida de imediato à deliberação do Congresso Nacional. 
• Decretos – São atos administrativos da competência exclusiva do Chefe do 
Executivo, destinados a prover situações gerais ou individuais, abstratamente 
previstas, de modo expresso ou implícito, na lei. 
• Decretos Legislativos – São atos destinados a regular matérias de competência 
exclusiva do Congresso Nacional. 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
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• Portaria – Documento emitido por autoridade administrativa contendo ordens, 
instruções sobre aplicação de leis, recomendações, normas de execução de 
serviços, nomeações, demissões, punições, etc. 
• Resolução – Ato de deliberar; deliberação. Texto pelo qual uma organização 
define a solução proposta para uma questão que lhe é submetida. 
• Parecer – Opinião manifestada por conselho consultivo sobre questão que lhe seja 
afeta ou apresentada. No caso do Conselho Nacional de Educação, alguns 
Pareceres são Normativos e orientam a edição de Deliberações. 
• Acórdão dos Tribunais – Decisão final proferida sobre um processo, pelo tribunal 
superior, que funciona como paradigma para solucionar casos análogos. 
Desde o seu reconhecimento no artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases para a 
Educação, isto é, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a EAD vem sendo 
alvo de várias regulamentações legais. São resoluções, portarias e decretos que 
indicam os caminhos permitidos e normativos para o reconhecimento de suas ações. 
A Lei nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, por exemplo, regulamenta o artigo 80 
da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Um outro exemplo desse constante 
ajuste legal, é a Portaria nº 301, de 07 de abril de 1998, que normatizava os 
procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta de cursos de 
graduação e educação profissional tecnológica a distância, e foi revogada pela 
Portaria nº 4.361/2004. As leis nº 10.861, de 14 de abril de 2004 e 10.870, de 19 de 
maio de 2004 e o Decreto nº 5.773, de 09 de maio de 2006 se dedicam 
especificamente ao ensino superior. No entanto, vamos nos ater, nesta Unidade de 
Estudo, àquelas que, até o presente momento, são reguladoras da EAD como um 
todo. 
Fonte: http://www.scribd.com/doc/483704/politica-legislacao-EAD. Acesso em: 04/04/2009 
 
ARTIGO 80 DA LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. 
 
Art. 80 – O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de 
programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de 
educação continuada. 
 
 
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§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será 
oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. 
 
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de 
diploma relativo a cursos de educação a distância. 
 
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a 
distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos 
sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes 
sistemas. 
 
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: 
 
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e 
de sons e imagens; 
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; 
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos 
concessionários de canais comerciais. 
 
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UNIDADE IV - A TUTORIA EM EAD 
 
Para retratarmos especificamente da Tutoria em ambientes da educação a 
distância, não podemos deixar de mencionar a obra de Mathias Gonzalez, 
Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância4. Trata-se de uma referência 
muito importante para as nossas discussões, uma vez que o autor conseguiu de 
uma maneira prática e didática, teorizar proporcionando entendimentos nos 
aspectos relacionados à relevância e a função da tutoria. 
Assim, no início da obra, Gonzalez (2005) afirma não oferecer uma fórmula, 
mas um ponto de partida baseado em reflexões para aqueles que desejam se 
aprofundar no tema. Para ele, cada instituição deve se adequar a um modelo de 
EAD, para tanto, de uma maneira básica e genérica apresenta: 
• Coordenador da Aprendizagem – o coordenador da aprendizagem é um 
professor com amplos conhecimentos nas disciplinas que compõe 
determinado curso. Ele pode ou não ser autor do curso. O coordenador de 
aprendizagem pode ser, ao mesmo tempo, autor do conteúdo e coordenador 
do processo de aprendizagem dos estudantes virtuais. 
• Professor Tutor – o professor tutor media todo o desenvolvimento do curso. É 
ele que responde a todas as dúvidas apresentadas pelos estudantes, no que 
diz respeito ao conteúdo da disciplina oferecida. A ele cabe também mediar a 
participação dos estudantes nos chats, estimulá-los a participarem, cumprirem 
suas tarefas e avaliarem a participação de cada um. 
• Orientador do ambiente – o orientador do ambiente é o especialista em 
computação. Ele deve ter amplo conhecimento da plataforma virtual que os 
cursos utilizarão, pois uma de suas funções é orientar os estudantes a 
utilizarem o ambiente virtual do curso. Problemas de acesso, impressão de 
documentos, recebimento e envio de e-mails(tudo que diz respeito à 
máquina) estão relacionados ao orientador de ambiente. Nos casos em que 
não se utilizam o computador, o professor tutor é o elo entre o professor 
coordenador e a instituição. 
 
4
 Obra citada: GONZALES, Mathias. Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância. São 
Paulo: Editora Avercamp, 2005, p: 39-44. 
 
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Tipos de Cursos a Distância 
• Cursos abertos – esses cursos, dirigidos à comunidade em geral, a 
universitários, à terceira idade etc., oferecem conteúdos ligados a diversas 
áreas do conhecimento. Normalmente, os pré-requisitos para cursá-los são 
mínimos e dependem do conteúdo. 
• Cursos de atualização – dirigidos a profissionais em geral, a estudantes do 
ensino superior e aos já graduados, o conteúdo desses cursos procura 
atender ao desenvolvimento profissional, ao treinamento corporativo, a 
sindicatos e associações etc. 
• Cursos de Aperfeiçoamento – voltados para áreas específicas do 
conhecimento, permite que, posteriormente, o estudante valide créditos em 
cursos de especialização lato sensu ou habilite-se profissionalmente em 
áreas específicas, de acordo com dispositivos legais. 
• Cursos de Graduação – esses cursos cujo pré-requisitos é a conclusão do 
Ensino Médio, destinam-se a todos os que desejam obter formação em 
Educação Superior com habilitação. 
• Cursos de Especialização – dirigidos a profissionais de nível superior, com 
ênfase em áreas específicas do conhecimento, os cursos de especialização 
são organizados de forma que cumpram uma carga horária mínima de 360 
horas. 
 
Percebe-se que nos cursos de educação a distância, é necessário que a 
motivação esteja sempre presente, uma vez que o aluno da EAD, pode desistir do 
curso, principalmente, se sentir sozinho sem alguém para orientá-lo. E nesse 
sentido, a figura do tutor é essencial, dando sustentação tanto teórico-metodológica 
quanto psicológica. Para Gonzáles, existem algumas causas da evasão em EAD: 
1- Conteúdos confusos, com linguagem inadequada ao nível do aluno (muito 
pobre ou extremamente sofisticada); 
2- Interface com poucos recursos ou extremamente complexa; 
3- Falta de acompanhamento sistemático dos professores-tutores; 
4- Pouco tempo para cumprimento das tarefas propostas; 
5- Excesso de atividades solicitadas; 
 
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6- Falta de condições financeiras para prosseguir o curso; 
7- Mudança de foco pessoal ou profissional por parte do aluno. 
 
O professor-tutor deve observar todos esses itens, para que não haja desistência 
nos cursos. Além do mais, é importante que o tutor conheça a política da instituição 
em que trabalha e, também, os conteúdos das disciplinas. Gonzales afirma: 
 
A capacidade para atuar como mediador e conhecer a realidade 
de seus alunos em todas as dimensões (pessoal, social, familiar 
e escolar) é de fundamental importância para que, de algum 
modo, ofereça possibilidades permanentes de diálogo, sabendo 
ouvir, sendo empático e mantendo uma atitude de cooperação, e 
possa proporcionar experiências de melhoria de qualidade de 
vida, de participação, de tomada de consciência e de elaboração 
dos próprios projetos de vida. (GONZALES, 2005, p. 81). 
 
Nota-se, com as afirmações acima, o quanto é essencial o trabalho do tutor, 
pois ele é alguém que está sempre na linha de frente do processo político, 
metodológico e pedagógico. De acordo com Waisros: 
 
Na realidade, a educação a distância não prescinde de forma 
nenhuma do professor. O que ela propõe é a transformação da 
função docente. Na percepção de Lobo (2000, p.9), não se trata 
mais da presença do professor como indivíduo isolado, mas 
concebido como integrante do trabalho de uma equipe dentro da 
instituição, que desempenha múltiplas funções: produção e 
distribuição de cursos e materiais; acompanhamento do 
processo de aprendizagem, o que envolve tutoria, 
aconselhamento, monitoria de centros de apoio e recursos; e 
atividades relacionadas à avaliação. Como lembra Belloni (1999, 
p. 81), a maioria dessas funções faz parte do trabalho cotidiano 
do professor do ensino presencial, que as realiza de forma 
artesanal e intuitiva, trabalhando com grupos pequenos. 
(WAISROS, 2003, p.197). 
 
A seguir, o texto de Emerenciano Souza e Freitas evidencia o que discutimos 
até o momento, pontuando de maneira significativa o papel da tutoria em educação 
a distância. 
 
 
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24
 
Educação a Distância: Causas e Princípios 
Ser Presença como Educador, Professor e Tutor5 
Emerenciano Sousa e Freitas 
 
A necessidade reconhecida de aperfeiçoamento e ampliação do atendimento 
à demanda dispersa, constituída por profissionais atuantes na área de educação e 
desenvolvimento de recursos humanos, tem evidenciado, em especial, no campo de 
atualização e aperfeiçoamento a propriedade da oferta de cursos de pós-graduação 
lato sensu. A educação a distância, em termos de qualidade e níveis diferenciados, 
possibilita desenvolver as habilidades requeridas para que a pessoa possa vir a 
construir seus próprios objetivos existenciais, estimulando a ousadia de criar, porque 
não trabalha apenas com o "já feito", mas, sobretudo, com abertura clara para 
desenvolvimento de meios necessários ao enfrentamento do real vivenciado em um 
determinado tempo, em que os recursos de ampliação estimulam uma visão 
multifacetada dos meios e modos no trabalho educativo, apoiados no 
aproveitamento da tecnologia, sem prescindir dos valores. 
 A visão do processo da educação a distância tem evidenciado que o trabalho 
de aprender envolve ousadia, para atuar criativamente e produzir conhecimentos 
abertos à aceitação do novo. A visão de uma educação a distância destaca que, 
mantendo suas características próprias, as habilidades de produzir e avaliar o 
material diferenciado para momentos e objetivos, é uma das chaves para atingir o 
nível de visão crítica, possível para construir novos conhecimentos e facilitar o 
encontro de respostas para um tempo marcado pelo dinamismo técnico-científico. A 
elaboração de um curso, com uso de tecnologias próprias, não significa uma visão 
do predomínio da memória repetitiva, mas um trabalho em que inteligência e 
memória se aliam na compreensão crítica, criativa e capaz de não perder de vista a 
prática vivenciada. Deste modo, é indispensável a compreensão de que a educação 
a distância não significa "estar distanciado do outro", mas que uma via de dupla mão 
está em funcionamento, sobretudo em função do período de crítica, criatividade e 
práxis. O processo de educação a distância conduz ao desenvolvimento de crítica, 
produção e avaliação do produto intelectual, resultante do tríplice encontro do real e5
 Fonte: www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua. Acesso em 25/03/09. 
 
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do possível, contanto que possa assegurar a produção de cada pessoa envolvida, 
com autonomia de agir. 
 É da múltipla visão de aprender autonomamente, embora com criteriosa 
seleção do observado, que se pode formular, com segurança, respostas adequadas 
que devem proporcionar novos conhecimentos ou, pelo menos, diferenciados 
campos de interpretação. 
É claro que em todo processo educacional há um jogo de valores, cuja 
atribuição é aceita ou não, dependendo dos limites de autonomia pessoal e 
competência para "ver" e "decidir". A relação no processo de tutoria tem tríplice 
aspectos: professor, educador e tutor. O professor se projeta quando colabora com o 
estudante para acordar a crítica e a criatividade, quando são colocadas no plano de 
julgamento e aproveitamento do já vivenciado. 
 O educador assume seu papel, quando o foco principal são os valores que 
induzem à autonomia. Dessa visão, os dois papéis se concretizam no processo de 
tutoria. Em outras palavras, tratando-se de construção do saber, a tutoria é marcada 
pelo trabalho de estruturar os componentes de estudo, orientar, estimular e provocar 
o participante a construir o seu próprio saber, partindo do princípio de que não há 
resposta feita, a cada um compete "criar" um pronunciamento marcadamente 
pessoal. Na tutoria, há uma dimensão de busca que perpassa a aprendizagem e 
caracteriza-se como uma presença. A presença é representada como um campo em 
que podem conviver passado e futuro, subsidiando projeções a serem vividas 
autonomamente. 
A tutoria caracteriza-se por seu caráter solidário e interativo, possibilitando 
relacionamento da pessoa como um ser existente e vivenciado como eu, tu, nós e 
outros, do que decorre em conjunto de dificuldades, inclusive para colocar-se "entre" 
outros, como uma presença que se põe intencionalmente. O tutor é sempre alguém 
que possui duas características essenciais: domínio do conteúdo técnico-científico e, 
ao mesmo tempo, habilidade para estimular a busca de resposta pelo participante. É 
importante esclarecer que o termo "tutor" tem sido utilizado de forma indiscriminada. 
Muitas vezes o termo é utilizado de forma natural sem uma ressignificação. O 
movimento de ressignificação deve superar a ideia do tutor como aquele que 
ampara, protege, defende, dirige ou que tutela alguém. Na nossa ressignificação, 
 
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trabalhar como tutor significa ser professor e educador. Ambos expressando-se no 
sistema de tutoria a distância. A orientação educativa no processo de tutoria 
considera como relevante as necessidades dos participantes e o contexto educativo 
do mesmo. Daí, o conceito de tutor vai alargando-se e mesclando-se com os 
conceitos de professor e educador. A tutoria é exercida em momentos diferenciados, 
podendo ocorrer diretamente ou a distância. Destaca-se que em qualquer dos dois 
momentos‚ diretamente ou a distância‚ o contato com o aluno não consiste em um 
"jogo" de perguntas e respostas, consiste em discutir e indicar bibliografia que 
amplia o raio de visão do educando, para que seja possível desenvolver respostas 
críticas e criativas, consideradas como momentos para ampliação básica do "saber", 
voltadas para oportunizar a análise de possibilidades de aplicação prática do saber 
conquistado. No processo de orientação a distância, o atendimento realiza-se a 
partir da necessidade do aluno, que busca situar-se no contexto da aprendizagem. 
Neste caso, recursos tecnológicos são os intermediários do diálogo do tutor com o 
participante. Evidentemente, o tutor deve ter domínio do conhecimento em processo, 
além da habilidade de problematizar e indicar fontes de consulta. Pode-se dizer que 
o tutor é um especialista, tanto no que concerne ao conteúdo do trabalhado na 
Unidade, como nos procedimentos a adotar para estimular a construção de 
respostas pessoais. É essencial que o tutor esteja plenamente consciente do seu 
papel: não basta dominar o "conteúdo trabalhado", é essencial saber "para que" e "o 
significado do proposto". 
 
O Projeto de Tutoria 
 A Questão dos Valores, Capacidades, Atitudes e Disposição no Trabalho de 
Tutoria 
 
 Atuar no terreno da educação é trabalhar com valores e, por isso, admitimos 
a necessidade de uma reflexão sobre os valores significativos que norteiam o 
trabalho de tutoria nos Cursos de Pós-graduação lato sensu a distância. As relações 
que se estabelecem entre os valores – transcendental, ético, moral, liberdade – são 
claramente destacadas na educação brasileira. Educar é valorizar o homem e a 
mulher como princípio norteador de toda proposta educativa. Ao admitir o princípio 
 
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de valorização do homem e da mulher, tem-se que pensar de onde ele provém e o 
que o torna significativo. Parece evidente que sua origem se encontra nas 
dimensões no "ser de transcendência" e, ao mesmo tempo, bio-psicossocial. Essas 
duas dimensões devem ser valorizadas em favor de todas as possibilidades de 
realização. O educador não é aquele que simplesmente forma, mas ao formar está 
se formando e ao mesmo tempo re-forma cotidianamente o seu processo de 
formação. Diante disso, para a concretização do acompanhamento aos alunos, 
consideramos quatro aspectos fundamentais do tutor: 
Capacidades 
- domínio dos conhecimentos básicos da informática; 
- capacidade de expressão; 
- competência para a análise e resolução dos problemas; 
- conhecimentos (teóricos e práticos); 
- capacidade para buscar e interpretar informações. 
Valores 
- responsabilidade social; 
- solidariedade; 
- espírito de Cooperação; 
- tolerância; 
- identidade Cultural; 
Atitudes 
- promoção da educação de outros; 
- defesa da causa da justiça social; 
- proteção do meio ambiente; 
- defesa dos direitos humanos e dos valores humanistas; 
- apoio à paz e à solidariedade. 
Disposição 
- para tomar decisão; 
- para continuar aprendendo. 
Esses aspectos nos permitem verificar se a práxis corresponde aos valores 
priorizados, conhecimentos, capacidades e atitudes projetadas. 
 
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Estratégias Motivacionais 
A partir dos valores, conhecimentos, capacidades, atitudes e disposição, o 
tutor, ao se formar, inicia o processo de formação dos seus respectivos alunos na 
direção da construção da autonomia, criando a todo momento as possibilidades de 
construção do conhecimento.Destaca-se nesta fase, a necessidade de se 
implementar estratégias motivacionais em relação à aprendizagem dos alunos, 
centrando nos seguintes referenciais: 
- valorização das iniciativas dos alunos; 
- devolução das sistematizações da aprendizagem no tempo estabelecido; 
- indicação das leituras complementares; 
- estimula o posicionamento dos alunos; 
- utilização do senso de humor quando conveniente e articulado ao conteúdo da 
aprendizagem do aluno; 
- auxílio nas interpretações de algum conteúdo; 
- propicia que o aluno procure outros alunos; 
- criação de um clima propício para que se problematize o estudado; 
- apresentação, na medida do possível, de questões existenciais que estimulem a 
reciprocidade entre os alunos e tutores; 
- utilização de uma linguagem conversacional, sendo clara, coerente e bem 
articulada, quando pertinente, contextualizar a questão que está sendo abordada, 
relacionando a algum fato, acontecimento, recente; 
- usar de recursos como histórias, fábulas, mitos, quebrando a lógica dos 
textos"secos", sem "sabor" e sem "vida". 
 
As Unidades de Estudo Autônomo (UEAs) 
Ao realizar a avaliação de cada unidade, considera-se, em especial, as 
propostas evidenciadas em relação à ampliação crítica do conhecimento, à reflexão 
criativa e os aspectos relacionados à mudança ou consolidação da práxis, sem 
perder de vista a diversidade de interpretações da prática, do "fazer". Para tanto, 
indicavam estratégias de utilização de habilidades de pensamento, inter-
relacionadas com o potencial criativo. 
 
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A transposição do conhecimento elaborado pelo participante deve ser 
aplicada nas vivências cotidianas, de tal sorte que o posicionamento pessoal 
expressasse sempre a utilização de habilidades de pensamento e a diversidade de 
interpretações. É indispensável a reflexão exposta em termos críticos-criativos, como 
um procedimento de reafirmação da concepção, objetivando a aplicação no campo 
da realidade vivida. 
Os textos básicos para as leituras de iniciação e desenvolvimento das ideias 
integram a Unidade de Estudo, juntamente com indicações bibliográficas e 
exercitação, construída sob o formato de "Treine seu Pensamento", quando são 
apresentadas ideias provocadoras, para interpretação do já visto e apresentação 
voltada para uma visão pessoal. 
 
O "Apoio Tutorial" 
Se alguma dúvida for apontada pelos estudantes durante o processo de 
aprendizagem e vier a ser generalizada, a equipe de professores responsáveis pelo 
curso emite um documento denominado Apoio Tutorial, com esclarecimentos 
necessários e suficientes para apoiar a continuidade do trabalho de aprendizagem. 
Ao longo do curso, faz-se necessário a edição de apoios específicos, 
observando-se as dificuldades geradoras de problemas para os aluno ou de 
esclarecimentos sobre especificidade da operacionalização do curso. Nessa linha de 
autoaprendizagem os apoios abordam: dinâmica do curso, sistematizações, 
educação a distância, elaboração de esquema, valoração de sistematizações, treino 
de pensamento, ensino aberto e a distância, encontro presencial, educação a 
distância em curso de especialização, elaboração de monografia. O apoio tutorial é 
desenvolvido, observando as características de "encontro" com o participante, 
sabendo-se, sobretudo, que o tutor não se limita ao jogo de "perguntas e respostas", 
mas deve indicar meios e modos de produzir respostas próprias. 
 
 
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A Tutoria e as UEAs 
Os tutores atuam no curso não de forma generalizada, mas ficam 
circunscritos à área em que tem identificação enquanto campo de interesse. Isso 
significa que, no projeto de tutoria, os tutores acompanham UEAs específicas, não 
só para garantir os aspectos próprios da temática abordada, como para discutir 
aspectos levantados pelo participante. A esse procedimento dialogal, aliam-se as 
considerações sobre as sistematizações que integram o processo de apoio ao 
trabalho do aluno. 
 
A Tutoria e as Sistematizações da Aprendizagem 
Ao iniciar, o estudo de cada Unidade, deve ter o conhecimento do que se 
considera importante para obtenção do êxito no estudo e, também, indicações que 
permitem verificar seu próprio êxito. É de notar que, ao concluir cada UEA, o 
trabalho realizado é encaminhado à tutoria sob o formato de sistematização da 
aprendizagem, para avaliação do trabalho. A sistematização requer do tutor 
examinar, situar e avaliar as proposições de estudo, formular considerações e 
indicar as observações realizadas para prosseguir ou repetir o estudo. O processo 
de sistematizações‚ interação estudante e tutor‚ é considerado um momento de 
tutoria a distância, uma vez que o participante recebe as considerações formuladas 
sobre o trabalho, podendo ser autorizado prosseguimento do estudo ou a repetição, 
com indicações apropriadas para desenvolver estudo específico. As sistematizações 
tanto podem ser enviadas por correio – simples ou eletrônico – como ser entregues 
pessoalmente. Nesta hipótese, é comum que o autor da sistematização permaneça 
dialogando com o tutor, o que amplia o significado do relacionamento. O diálogo não 
se limita a uma discussão entre o tutor e o estudante, mas amplia-se quando o 
participante requer a ampliação da bibliografia. 
 
Os Encontros Presenciais 
Outro aspecto da tutoria presencial ocorre nos encontros presenciais. Regra 
geral, no decorrer do processo de um curso, realizam-se os encontros, nos quais 
são discutidos temas vivenciados, extrapolando o "já visto" ou algo novo. Nos 
encontros, o momento de discussão de dúvidas extrapola os aspectos de projeção 
 
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da resposta, ou seja, provoca o posicionamento pessoal, explicitando visões 
diferenciadas do pensamento em foco, para evitar, sobretudo, o papel de receptor 
de ideias. O procedimento de questionamento amplia oportunidades de autonomia, 
ressaltando momentos de trabalhar a crítica autônoma. Para realização desse 
procedimento, que auxilia a ampliação da visão dos temas, o encontro presencial 
realiza-se discutindo aspectos positivos e negativos para o desenvolvimento da 
autonomia. 
 
Provas Escritas, Monografia e Projeto de Aplicação em Educação a Distância 
No curso, além das sistematizações da aprendizagem, a tutoria é responsável 
pela elaboração das provas escritas e a orientação dos alunos no processo de 
elaboração da Monografia ou Projeto de Aplicação em EAD. No primeiro caso, o 
aluno apresenta um trabalho dissertativo sobre um assunto. No segundo caso, 
apresenta elementos de fundamentação teórica a algo "concreto" a ser 
operacionalizado em EAD (específico para o curso de EAD), por exemplo, a 
produção de um CD-Rom Educacional ou a elaboração de um material didático. As 
provas escritas são realizadas durante os encontros presenciais. Amédia final para 
a aprovação no curso, em algumas instituições é de setenta por cento. 
 
As Ferramentas de Informação e Comunicação na Católica Virtual 
Atualmente, os alunos que realizam o curso por meio impresso, utilizam o 
ambiente da Católica Virtual como forma complementar ao seu processo de 
aprendizagem. A coordenação do curso e a tutoria organizam a implementação dos 
fóruns temáticos (gerais e específicos), chats e divulgam notícias. Ocorre também a 
troca de informações via correio eletrônico. No momento, discute-se na Católica a 
migração do cursos por meio impresso para o ambiente virtual. O que, 
evidentemente, exigirá o planejamento de atividades específicas no meio virtual. 
Além do modelo posto em prática de forma complementar. 
 
 
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Atribuições dos Tutores6 
• Participar das atividades de capacitação e de avaliação, promovidas pelas 
Coordenações. 
• Estabelecer os horários de atendimento presencial ou a distância, junto às 
coordenações, e cumpri-los com pontualidade e assiduidade. 
• Participar da construção do modelo de atendimento tutorial, proposto pela 
Coordenação de Tutoria. 
• Realizar as atividades previstas no planejamento da tutoria. 
• Acompanhar a frequência dos alunos às atividades de tutoria desenvolvidas, 
mantendo contato com os alunos que não procurarem a tutoria utilizando-se 
do e-mail e estimulando-os a estarem sempre interligados nesses recursos de 
interação. 
• Estimular o aluno a buscar a construção de uma metodologia própria de 
estudo, no sentido de ajudá-lo a adquirir autonomia. 
• Orientar os alunos nas aulas teórico-práticas e trabalhos em grupo. 
• Estimular o aluno a ficar sempre atualizado e interagir com as fontes de 
informação, como as bibliotecas e laboratórios dos pólos, bibliotecas virtuais, 
etc. 
• Manter contato com os alunos que não procurarem a tutoria, utilizando-se do 
e-mail e estimulando-os a utilizarem esse recurso. 
• Elaborar um relatório mensal, cujo modelo será fornecido pelo coordenador 
da disciplina e encaminhá-lo ao mesmo no prazo estabelecido. 
• Participar da aplicação das avaliações presenciais. 
• Participar da correção das Avaliações a Distância (AD), quando solicitado. 
 
Na mesma ocasião, foram definidos pré-requisitos ou competências prévias dos 
tutores presenciais e a distância. 
Competências Necessárias aos Tutores Presenciais e a Distância 
 
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 Fonte: TUTORIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: AVALIAÇÃO E COMPROMISSO COM A 
QUALIDADE. Autoras: Eloiza da Silva Gomes de Oliveira Aline Campos da Rocha Ferreira 
Alessandra Cardoso Soares Dias. www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/155-TC-D2.htm - 
33k - Acesso em 05/04/09. 
 
 
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• Interesse pela Educação a Distância. 
• Formação mínima, em nível de Graduação, compatível com a área de 
conhecimento em que a tutoria será desenvolvida. 
• Conhecimento do projeto político-pedagógico do curso e do material didático 
da disciplina, de forma a dominar o conteúdo específico da área. 
• Familiaridade com os recursos multimídia, para estimular o aluno a criar o 
hábito da pesquisa bibliográfica e da utilização desses recursos. 
• Disponibilidade para a interação mediada com os alunos, atendendo às 
consultas dos mesmos seguindo o modelo de tutoria estabelecido. 
• Disponibilidade para orientar os alunos a respeito da utilização dos recursos 
para a aprendizagem, tais como textos, material em web, cd-rom, fitas de 
vídeo, atividades práticas de pesquisa bibliográfica, entre outros. 
• Observação de critérios éticos que permitam estabelecer uma perspectiva 
relacional positiva com os alunos e com os demais colegas de trabalho, a fim 
de estimular a criação de um ambiente que favoreça o processo de 
aprendizagem de todos. 
 
Nesta unidade, nosso objetivo foi subsidiar, teoricamente, sobre o 
desenvolvimento e o envolvimento do trabalho do tutor. Na próxima, nossa última 
unidade, trataremos de um aspecto muito importante também: A questão da 
avaliação no ensino a distância. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
DISTRITO FEDERAL. Universidade Católica de Brasília. Pós-Graduação Lato 
Sensu. Diretoria de Tecnologia Educacional e Educação a Distância. A Distância, 
Mais Perto de Você: Informações e Orientações. Brasília, 2000. 21 p. (Manual do 
Aluno). 
 
EMERENCIANO, Maria do Socorro J; WICKERT, Maria L. Scarpini. Concepção 
integrada. Universa : Brasília, 1998. (Eixo Temático I, UEA 4, Curso de Pós-
Graduação Lato Sensu em Educação a Distância). 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo : Paz e Terra, 1999 
 
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UNIDADE V - A Avaliação em Educação a Distância 
 
Sabe-se que um professor na modalidade a distância não pode avaliar o 
aluno apenas através de testes e trabalhos. Assim, a avaliação na educação a 
distância deve empregar diversos meios, estar à disposição do aluno, orientar o 
aluno e, certamente, não deve medir apenas quantidades ou refletir apenas em um 
momento pontual. Para se entender o processo de avaliação, especificamente a 
avaliação na modalidade de ensino a distância, torna-se necessário compreender 
como a educação utiliza-se da avaliação, e frente às especificidades e 
singularidades do ensino a distância, faz-se necessário repensar nos modelos de 
avaliação para se adequar a esse novo sistema. Em relação a problemática da 
avaliação, torna-se imprescindível a busca por novos conhecimentos, novas 
maneiras de entender o processo de ensino-aprendizagem assim como o ensino-
aprendizagem online, por ser pouco conhecido e explorado ainda. 
 Romão (2001) afirma que os problemas da avaliação da aprendizagem tem 
uma íntima relação com a má formação dos professores e estão associados aos 
aspectos ideológicos presentes nas concepções de educação elitista. Uma outra 
questão, refere-se aos aspetos quantitativos e qualitativos da avaliação, pois esses 
aspectos não podem ser excludentes e sim complementares. 
Jussara Hoffmann (2004) encontra na avaliação um caminho para evidenciar o 
sucesso do aluno e, para isso, faz-se necessário que visualize tais crescimentos. 
Para que se evidenciem as modificações dos alunos, a autora sugere a utilização de 
portfólios, que são as anotações do trabalhos realizados pelos alunos, criando uma 
pasta individualizada em que o crescimento do aluno é visto em momentos 
diacrônicos, analisando a

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