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Biodisponibilidade e Excipientes em Medicamentos

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Farmacotécnica 11/03
Princípio ativo – vai fazer o efeito terapêutico do medicamento.
Tudo que eu coloco na minha fórmula que não seja princípio ativo é coadjuvante, adjuvante ou excipiente. 
Biodisponibilidade – está ligado a disponibilidade, velocidade e dissolução do medicamento no organismo.
Tem substâncias que facilitam a absorção e tem substâncias que dificultam, temos fatores que facilitam e fatores que dificultam.
A biodisponibilidade de uma pessoa gorda é diferente de uma pessoa magra, a idade, doenças (patologia) das pessoas, por exemplo: doença no fígado.
No ser humano podemos ter vários problemas que influenciam.
Em relação aos medicamentos, vários fatores também podem atuar na biodisponibilidade, por exemplo, tamanho das partículas.
Imagine 2 pós brancos na mesa: 1 em forma de cristal (cânfora, mentol) e outro em forma de pó mais fino (sal de cozinha).
Na absorção dos medicamentos, quanto menor o tamanho das partículas, melhor, mais rápida será a biodisponibilidade, absorção.
Velocidade de dissolução - quando fazemos um comprimido ou uma cápsula, o comprimido é prensado na indústria ele não forma pó.
Para fazer o comprimido prensado, colocamos substâncias que vão ajudar na aglutinação, quando chegam no estômago, intestino, também terão substâncias que irão desagregar, para liberação do princípio ativo.
Se não colocamos a substância correta para ajudar a desagregação, teremos um retardamento na absorção.
Quanto maior a área de superfície, muito maior o contato do medicamento e consequentemente a absorção e a biodisponibilidade.
Polimorfismo do fármaco, significa o tamanho das partículas.
As matérias primas (partículas) têm diversos tamanhos, diversas formas.
Estabilidade nos fluidos do TGI, forma química do fármaco (ex. base, sal); capacidade de adsorção; quantidade e qualidade de excipientes empregados na formulação, são fatores que alteram a biodisponilidade.
Antigamente eles achavam que os excipientes não interferiam na saúde da pessoa, mas eles podem interferir, sendo tóxicos, causar reações alérgicas.
Por exemplo o corante amarelo é o mais alergênico possível, assim como a lactose que muitas pessoas tem intolerância.
Os dependentes do processo de fabricação, podem alterar muito a biodisponibilidade, a absorção do medicamento. Se o medicamento for prensado fortemente como um erro de compressão, o comprimido ficou igual a um tijolo, compacto, ele vai chegar no seu estômago, e ao invés dele dissolver em 1 hora pra ter o efeito terapêutico, ele vai demorar 3 horas, isso vai retardar a biodisponilidade e absorção.
Alteração de parâmetros do processo de produção (tempo de mistura, agitação ou secagem) – na fabricação podemos ter o problema da biodisponibilidade, no ser humano, no processo de fabricação, e o medicamento na forma farmacêutica. 
Em 1968/69 aconteceu na Austrália uma epidemia de intoxicação por anticonvulsivantes. Pacientes afetados estavam tomando medicamentos à base de fenitoína (anticonvulsivante) e no qual a redução da dose aboliu os sintomas. 
Observou-se que o excipiente nas cápsulas de fenitoína implicadas havia sido mudado de sulfato de cálcio para lactose alguns meses antes do surto, e que tal mudança podia resultar numa biodisponibilidade alterada do fármaco e, consequentemente, em toxicidade.
Estão normatizando todos os excipientes para padronizar mundialmente que nem os cosméticos, onde todas as matérias-primas, são padronizadas e catalogadas em inglês, facilita pro paciente, pra pesquisa, pra parte regulatória (ASNVISA).
Alguns fatores puderam contribuir para a evolução no conceito e na regulamentação dos excipientes, dentre eles a instituição de:
Conselhos Internacionais na Europa e Estados Unidos, 
Criação de seções específicas para excipientes em farmacopeias,
Inclusão de monografias no National Formulary (NF), 
Divisão especial de monografias na The United States Pharmacopeia (USP) e 
Elaboração do Handbook of Pharmaceutical Excipients. 
Um excipiente mau usado vai refletir na biodisponibilidade do medicamento.
Excipiente é tudo que foca na minha fórmula, menos o princípio ativo, o fármaco, que vai ter efeito terapêutico.
O excipiente tem como função, deixar a formulação estável, aceitável pro paciente, porque tem que evitar qualquer alteração microbiológica, física (consistência, cor, sabor, cheiro), química (oxidação, hidrólise, fotólise).
Os excipientes possuem intenções variadas, tais como: 
auxiliar na preparação, 
fornecer estabilidade física, química e microbiológica ao produto, 
melhorar a disponibilidade do princípio ativo no organismo, 
garantir a aceitabilidade do paciente e manter a efetividade do produto durante a estocagem e uso.
Se fizermos um xarope pra criança, esses xaropes vivem com corante vermelho, cheiro de morango, framboesa, a criança toma sem reclamar, porque o cheiro e a cor são atrativos.
Se eu falo que meu medicamento tem que ficar 2 anos na prateleira conforme a indústria, ele não pode estragar antes, tem que ser estáveis.
Excipientes multifuncionais – são excipientes que tem várias ações.
Várias substâncias tem o mesmo efeito, por exemplo, a lactose, é considerada um diluente, aglutinante, ajuda como lubrificante.
Se um mesmo produto tem várias ações eu vou colocar menos variedade de excipiente. Se um produto é diluente, aglutinante e lubrificante eu coloco só 1 ao invés de 3 substâncias. Com isso tenho menos efeito adverso, gasto menos, tenho que ter uma grande variedade no estoque.
As principais funções do excipiente são:
Conferir peso, volume e consistência ao fármaco
Melhorar as propriedades organolépticas (aspecto, separando em fases, cristais, cor, odor)
Aumenta ou preserva a estabilidade dos ingredientes ativos (estabilidade física, química, microbiológica e toxicológica), vai conservante, quelante e antioxidantes.
Proporcionar precisão na dose 
Facilita a adesão do paciente ao tratamento
Promove liberação controlada do fármaco, por exemplo fármaco de ação prolongada.
Manter o pH das formulações líquidas
Modular a solubilidade e a biodisponibilidade dos ingredientes ativos através da sua influência na desagregação, dissolução e absorção.
Ácido salicílico 5%
Creme QSP 100g – esse é o único excipiente que é o creme, ele não vem pronto e temos que fazer nesse creme vão os agentes de consistência, agentes conservantes, umectantes, emoliente, antioxidante, quelante. São adjuvantes, coadjuvantes ou excipientes.
Vou pesar Paracetamol 100 mg, excipiente QSP 1 cápsula, faça 30 cápsulas, FSA 30 cápsulas, significa que em 1 cápsula eu tenho 100 mg em 30 capsulas que eu quero eu terei 3.000 mg = 3g.
Suponhamos que eu encha a cápsula número 2 a capacidade é 0,25, se eu tenho de princípio ativo 100 mg, a cápsula vai ficar vazia, e não terei precisão na fórmula, preciso colocar excipiente pra dar volume e eu distribuir igualmente nas cápsulas, ajuda na precisão.
Excipiente de ação prolongada – tem que ficar no organismo por mais tempo, e o princípio ativo será liberado aos poucos, colocamos substâncias que vão abrir no intestino e ao invés de liberar o fármaco e acabar o processo em 6 horas, ele fica no organismo por muito mais tempo. 
Na farmácia magistral faz-se em cápsula, preparava uma a uma com uma solução goma laca (cor e aspecto da casca de barata) dissolvido em éter, depois de preenchido, mergulhava e deixava secar, ele abre só no intestino.
O excipiente ideal tem que ser inerte farmacologicamente, não pode reagir com os outros componentes da fórmula, não pode reagir com os outros componentes da fórmula, ele não pode tirar ou aumentar o efeito terapêutico do medicamento, não pode ter cor ou gosto, precisa comprimir rapidamente alta compressibilidade 
Disponibilidade em diversos fornecedores
Baixo custo
Fácil armazenamento
Reprodutibilidade lote a lote
Alta fluidez e fluxibilidade, que não grude no equipamento, que flua, que não fique deixando minha cápsula melada.
Classes de reagentes, excipientes adjuvantes ou coadjuvantes:Agentes molhantesAgentes tamponantes
Agentes plastificantes
Agentes de revestimento
Agentes emulsificantes
Agentes surfactantes
Agentes suspensores
Edulcorantes
Umectantes
Conservantes antimicrobianos
Agentes antioxidantes
Agentes quelantes (sequestrantes)
Flavorizantes
Corantes
Conservantes antifúngicos
Diluentes para cápsulas ou comprimidos
Veículos
Solventes
Adsorventes
Absorventes
Aglutinantes 
Desagregantes (desintegrantes)
Lubrificantes
 	Deslizantes
 
Agentes doadores de consistência 
Agentes de tonicidade (isotonizante)
Agentes levigantes 
Agentes para expulsão de ar
Propelentes (aerossol)
Agentes clarificantes 
 
Dependendo da forma farmacêutica vou usar determinados excipientes: para cremes, sólidos, líquidos, não significa que eu vá usar tudo.
Diluentes: são produtos que vão dar volume na formulação e ajudar no fluxo e compressão necessário a produção, normalmente são para sólidos. Exemplos: lactose, fosfato de cálcio tribásico, amido, manitol, sulfato de cálcio, celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, óxido de magnésio, carbonato de magnésio, talco, caolim.
Quando fazemos um comprimido e misturamos todos os pós, como vamos fazer ele ficar no formato de comprimido? Ele vai sofrer um processo de compressão, entrando a tecnologia farmacêutica com os equipamentos de indústria.
Desagregantes (desintegrantes) – são substâncias que eu coloco na minha formulação que quando chegam no estômago, ele vai sofrer a ação do ácido clorídrico, das enzimas, vai desagregar, vai liberar o princípio ativo para ter a absorção. Exemplos: ácido algínico, amido, alginato de sódio, CMC-Na, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, glicolato sódico de amido, crospovidona.
Absorventes - substâncias adicionadas para absorverem água presente nos extratos ou para fixar certos compostos voláteis, como as essências. Exemplos: fosfato de cálcio, caolim, carbonato de magnésio, bentonita, talco.
Se eu colocar uma essência num produto sólido, a essência é líquida, tenho que colocar esse tipo de produto para absorver qualquer água que tenha nesse produto e vai estragar a formulação.
Aglutinantes – entra na fabricação pra ajudar, aglutinar, juntar todas as partículas. Na hora que eu fabrico meu produto ele ajuda a formar uma massinha, nessa massinha também tem desagregante que vai atuar no estômago. Exemplos: goma arábica, ácido algínico, açúcar compressível, CMC-Na, etilcelulose, gelatina, metilcelulose, povidona (PVP), amido, amido pré-gelatinizado, glicose líquida.
Os agregante pra ajudar na hora da fabricação. Os desagregantes quando eu tomar, os ácidos do estômago vão conseguir quebrar aquele produto, vai desintegrar.
Lubrificantes - ajuda a escoar melhor o pó. Agentes capazes de prevenir a aderência dos pós e granulados nas punções e matrizes, facilitar o escoamento dos mesmos no alimentador e facilitar o enchimento de cápsulas. Otimizar o processo produtivo. Exemplos: estearato de magnésio, estearato de cálcio, ácido esteárico, talco, óleo vegetal hidrogenado.
Deslizantes - agentes usados nas formulações de comprimidos e cápsulas para melhorar as propriedades de fluxo das misturas em pó. Exemplos: sílica coloidal, talco.
Agentes Molhantes - substâncias adicionadas com a finalidade de diminuir a tensão superficial na interface sólido/líquido. Age diminuindo o ângulo de contato entre a água e as partículas sólidas, aumentando a molhabilidade das partículas. Exemplos: lauril sulfato de sódio, docusato sódico, polissorbatos 20, 60, 80 (Tweens).
Quando juntamos um sólido e líquido o que acontece? Antro de contato em a água e os sólidos, eles não se misturam, então eu coloco uma 3ª substância para diminuir a tensão superficial e assim misturar o sólido e a água.
Suspensão – o sólido não dissolve no líquido.
Agentes Tamponantes -  usado para fornecer às formulações, resistência contra variações de pH, em casos de adição de substâncias ácidas ou básicas. Exemplos: tampão citrato, tampão fosfato, tampão borato.
Solventes - usados para dissolver outra substância na preparação de uma solução; pode ser aquoso ou não. Co-solventes, como a água e álcool (hidroalcóolico) e água e glicerina, podem ser usados quando necessários. Exemplos: álcool, óleo de milho, óleo de algodão, glicerina, álcool isopropílico, óleo mineral, ácido oléico, óleo de amendoim, água purificada, água para injeção.
Pra fazer líquidos, soluções, injetáveis, substâncias que ajudam a dissolver o princípio ativo.
Agentes Plastificantes - substâncias empregadas juntamente com polímeros, para modificar a temperatura de transição de fase dos mesmos e, facilitar a coalescência do filme formado sobre os grânulos, comprimidos ou pellets. Torna a camada de revestimento mais uniformemente distribuída sobre o granulado, durante a preparação de cápsulas de liberação entérica. Exemplos: glicerina, trietilcitrato, dibutilftalato, silicone, PPG.
As drágeas tem um revestimento plastificado em volta.
Corantes, Aromatizantes e Flavorizantes - adjuvantes empregados para corrigir cor, odor e sabor desagradáveis, tornando a preparação mais atraente. Exemplos de flavorizantes: baunilha, mentol, óleo de canela, óleo de anis, cacau, dentre outros.
Edulcorantes - usado para edulcorar (adoçar) a preparação. Exemplos: aspartame, dextrose (glicose), manitol, sorbitol, sacarina, ciclamato sódico, açúcar, acesulfame de potássio, sucralose, esteviosídeo.
Agentes formadores de matrizes para liberação controlada - substâncias de natureza polimérica empregadas com a finalidade de se obter liberação prolongada e/ou controlada do fármaco que se encontra disperso, uniformemente, na matriz. Podem apresentar diferentes naturezas. Exemplo: Analgésicos, hormônios. Exemplos: HPMC, CMC-Na, goma xantana, Carbopol, diversos tipos de Eudragit, ágar-ágar, dentre outros.
Agentes Emulsificantes – vai juntar a formulação, é quando temos a água e o óleo que não se misturam e eu coloco um 3º componente pra formar. Usados para estabilizar formulações que possuem um líquido disperso no seio de outro líquido com ele imiscível. O emulsionante ou emulsificante mantém a estabilidade da dispersão. O produto final pode ser uma emulsão líquida ou semissólida (creme). Podem ser aniônicos, catiônicos ou anfotéricos. Ainda, podem ser naturais ou sintéticos. Exemplos: monoestearato de glicerila, álcool cetílico e gelatina. Podem ser empregados como agentes emulsivos auxiliares: CMC-Na, MC, alginato e pectina.
Agentes surfactantes (tensoativos) -substâncias que reduzem a tensão superficial. Podem ser usados como agentes molhantes, detergentes ou emulsificantes. Exemplos: cloreto de benzalcônio, nonoxinol 10, octoxinol 9, polissorbato 80, lauril sulfato de sódio.
Agentes suspensores - agentes utilizados para aumentar a viscosidade da fase externa de uma suspensão (dispersão de sólidos, finamente divididos, no seio de um líquido no qual o fármaco é insolúvel). Reduzem a velocidade de sedimentação das partículas do fármaco. Agente doador de viscosidade ao meio. Exemplos: goma xantana, goma adragante, Celulose microcristalina/CMC-Na, Hidroxipropilmetilcelulose (HPMC), Metilcelulose, Hidroxietilcelulose (Natrosol),Carbômero (Carbopol).
Se eu tenho um recipiente com líquido, água e outro com óleo, vou pegar sal grosso e coloco um pouco em cada recipiente, onde sedimenta mais rápido? Na água porque vai cair rapidamente, o óleo já é mais viscoso e vai se depositar mais lentamente.
O agente suspensor vai retardar a formação do sedimento, quando o sedimento cai muito rápido ele forma um sedimento compacto, duro, quando colocamos o agente suspensor ele fica mais frouxo e fácil de ressuspender.
Agente doador de consistência - usado para aumentar a consistência de uma preparação, em geral, uma pomada. Exemplos: álcool cetílico, cera branca, cera amarela, álcool estearílico, parafina, cera microcristalina, cera de ésteres cetílicos.
Agente de tonicidade (Isotonizantes) - usado para obtenção de soluções com características osmóticas semelhantes às dos fluidosbiológicos, à serem administradas pelas vias: ocular, nasal, parenteral. Exemplos: NaCl (0,9%), manitol (5,07%) e dextrose (5,51%).
Umectantes - substâncias empregadas para prevenir o ressecamento de preparações, principalmente, pomadas e cremes, por apresentarem a capacidade de retenção de água. Exemplos: glicerina, propilenoglicol, sorbitol.
O umectante numa emulsão, vai evitar perda de água.
Agentes Levigantes - líquido usado como agente facilitador no processo de redução de partículas do fármaco, durante o preparo de emulsões, bases oleosas, dentre outras. Triturado juntamente com o fármaco. Exemplos: Óleo mineral, glicerina, propilenoglicol.
Conservantes -  usados em preparações líquidas e semissólidas para prevenção do crescimento e desenvolvimento de microrganismos (fungos e bactérias), podemos colocar mais de um. Exemplos: ácido benzóico, benzoato de sódio, butilparabeno, metilparabeno, propilparabeno, etilparabeno, propionato de sódio, cloreto de benzalcônio, cloreto de benzetônio, álcool benzílico, cloreto de cetilpiridíneo, clorobutanol.
Onde crescem mais bactérias, fungos e leveduras? Na água, não podemos guardar mais de 24hs.
Agentes quelantes (sequestrantes) – servem para roubar, quelar, os metais pesados que podem estar contaminando a água e desestabilizando meu produto. Substância que forma complexos estáveis (quelatos) com metais. São usados em preparações líquidas como estabilizantes para complexar os metais pesados que podem promover instabilidade. Exemplos: EDTA-Na2, ácido edético.
Agentes Antioxidantes -  empregados na tentativa de proteger a formulação (colocamos em todas as formulações) de qualquer processo oxidativo e consequente desenvolvimento de ranço em substâncias de natureza oleosa e gordurosa e/ou inativação do fármaco. Podem atuar de diferentes modos: 
Interrompendo a formação de radicais livres (BHA, BHT, alfa-tocoferol); 
promovendo redução das espécies oxidadas (ácido ascórbico, palmitato de ascorbila, metabissulfito de sódio; 
Prevenindo a oxidação (EDTA, ácido cítrico, cisteína, glutationa). 
Em sistemas aquosos, preferencialmente, são empregados: vitamina C, metabissulfito de sódio, cisteína e tiossulfato de sódio. Nos sistemas lipofílicos, preferencialmente, BHT, BHA e vitamina E.
Produtos oxidados mudam a cor, odor e textura.
As vitaminas C, E são importantes para tomar no dia a dia que evitam a formação dos radicais livres e consequentemente inflamações e infecções, relacionadas a doenças auto-imunes, doença degenerativa, câncer.
Agente para expulsão de ar -  empregado para expulsar o ar de recipientes hermeticamente fechados ou de formulações fluidas, para aumentar a estabilidade. Exemplos: nitrogênio (N2), dióxido de carbono (CO2).
Agente alcalinizante ou acidificante - usados para alcalinizar ou acidificar o meio, respectivamente, para fornecer estabilidade ao ativo ou promover sua dissolução. Exemplos: Ácido cítrico, ácido acético, ácido bórico, ácido clorídrico HCl, entre outros.
O PH é extramemente importante para a solução.
PH vai do 0 ao 14, 7 é neutro. 0 a 7 ácido e de 7 a 14 é básico.
Flavorizantes - A percepção de um determinado sabor envolve os receptores dos paladares, proteínas localizadas na superfície das células das papilas gustativas, que reconhecem certas estruturas químicas e iniciam a emissão de sinais para que o cérebro os traduzam e reconheçam como doce, amargo, salgado ou azedo (ácido). Possuímos cerca de 10.000 papilas gustativas, sendo que nas crianças elas estão em número maior. Isto explica em parte o porquê das crianças serem mais sensíveis a sabores desagradáveis.
Os receptores para os paladares primários doce, amargo, salgado e azedo (ácido) estão distribuídos e agrupados em regiões diferentes da superfície da língua. O paladar doce é detectado principalmente na ponta da língua, enquanto o amargo é mais evidenciado na região posterior, o salgado nas laterais anteriores e o azedo nas laterais medianas.
Doce: baunilha, vanilina, tutti-frutti, uva, morango, framboesa, amora, hortelã-pimenta.
Ácido/azedo: cítrico, limão, laranja, cereja, framboesa.
Salgado: amêndoas, xarope de canela, xarope de ácido cítrico, xarope de laranja, xarope de alcaçuz, framboesa.
Amargo: anis, café, chocolate, chocolate-menta, menta, limão, laranja, xarope de cacau, xarope de alcaçuz, cravo.
Salino + amargo: xarope de canela, xarope de laranja, xarope de ácido cítrico.
Oleoso: menta, anis, hortelã (ex. correção do sabor de preparações com óleo mineral).
Metálico: morango, framboesa, cereja, uva.
Insípido: associar edulcorante + flavorizante, xarope de limão ou xarope simples com tintura ou essência de limão.
Corantes - Os corantes a serem adicionados em produtos farmacêuticos de uso interno devem ser atóxicos e farmacologicamente inativos. Só devem ser utilizado corantes certificados para administração em alimentos, fármacos e cosméticos, geralmente em pó e temos que diluir (FD&C – Food, Drug and Cosmetics Administration).
Diluição de corantes
Sugestão de solução base para diluição de corantes
Corante 0,10 – 10,00% (concentração variável)* + Propilenoglicol 3,00% + Metilparabeno 0,15% +
Propilparabeno 0,05% + Álcool etílico 10,00% + Água desmineralizada qsp 100,00 mL
A quantidade de corante utilizada em uma formulação oral pode variar de 0,0005 a 0,005% de corante.
Alguns corantes naturais também podem ser utilizados, tais como:
Amarelo: cúrcuma e vitamina B2.
Vermelho: carmim.
Verde: clorofila.
Alaranjado: betacaroteno.
NA (50%), algumas matérias-primas vêm diluída de fábrica, tenho que encontrar o Fator de Correção (FC).
18/03/19
ESTABILIDADE DE PREPARAÇÕES MAGISTRAIS
Estabilidade - É a manutenção, por um produto, das mesmas propriedades e características que possuía no momento da sua fabricação, dentro de limites especificados, e por todo o seu período de armazenamento e uso. (USP 30, 2007).
O produto que fiz hoje e validei por 4 meses, então por este período ele tem que permanecer intacto, sem nenhuma alteração no produto.
Se houver alteração, o paciente vai voltar na farmácia, vai reclamar, vai ficar desgostoso. O farmacêutico vai ter que analisar porque que essa fórmula teve instabilidade, o que aconteceu?
Esse produto só tem que vencer depois que o prazo de validade expirou.
Prazo de validade é a data que eu vou ter como limite que essa formulação não vai ter absolutamente nenhuma alteração.
Existem drogas e formulações que temos que guardar na geladeira, pra melhor conservação.
Data após a qual a preparação farmacêutica manipulada não deverá ser utilizada, determinada a partir da data de manipulação do produto. (USP 30, 2007) 
Período no qual o medicamento mantém seus atributos dentro de limites considerados aceitáveis e seguros = pureza, qualidade e identidade na embalagem adotada e estocada nas condições recomendadas no rótulo. (ANVISA, 2006)
Quais são as dificuldades em estabelecer prazo de validade?
Diversidade de formulações e formas farmacêuticas; Cápsula, xarope, suspensão.
Associações de ingredientes ativos;
Variações do excipiente ou veículo;
Compatibilidade dos ingredientes ativos com excipiente ou embalagem; 
Condições de armazenamento; 
Equipamentos e tecnologias na manipulação, é manual.
Não existe estudo científico que analise uma formulação por formulação pra dizer que este tem validade pra um mês e o outro pra outro mês.
Os médicos não têm a preocupação e nem o conhecimento de interações medicamentosas, e fazem associação de ingredientes ativos na receita, usando inúmeras matérias-primas.
Forma farmacêutica sólida: como sachê, como cápsula, como comprimido, como talco. São sólidos que são secos, a validade deles é muito maior, do que uma formulação líquida de uma suspensão, de uma solução, porque nesses produtos o fármaco está intacto, ele não foi dissolvido, não foi misturado com partes líquidas, tendo a validade e a instabilidade maior e melhor.
Excipientes ou veículos: pode ser um creme, gel, shampoo, pode ser uma associação de substâncias sólidas para fazercápsulas e comprimidos, pode ser uma suspensão, podem ser várias formas farmacêuticas. Entretanto essas formas farmacêuticas podem ser feitas do que? 
Se eu tenho uma formulação: Vitamina C 1% e gel qsp 10g, o princípio ativo será a vitamina porque terá o efeito terapêutico e o excipiente ou veículo será o gel porque é a forma farmacêutica, vai dar o volume pra fórmula.
Existe uma fórmula atrás do gel, o gel é feito de carbopol, que é o produto que vai dar viscosidade, ele é formado por conservantes que são os parabenos, por umectantes que é o propilenoglicol e tem como excipiente a água. O gel é considerado excipiente ou veículo e é formado por vários adjuvantes farmacotécnicos ou excipientes.
Principais adjuvantes ou excipientes – é tudo que eu coloco na minha formulação que não é o princípio ativo.
Excipiente / embalagem / acondicionamento – é onde eu guardo a minha fórmula farmacêutica, tenho que saber por exemplo, qual plástico não vai interagir na minha formulação, temos vidros, bisnagas de plástico, bisnagas de alumínio. 
Não posso colocar determinada fórmula, formulação em uma embalagem porque vai haver uma integração.
Dependendo da temperatura, meu produto pode degradar. As pessoas que usam fórmulas magistrais têm que ser alertadas pelo farmacêutico. 
Na farmácia magistral usamos encapsuladora, misturador. Se a pessoa encapsula errado, as vezes a pessoa não usa boas práticas de manipulação que colocamos.
Aspectos a serem analisados para estabelecer prazo de validade:
Propriedades físicas e químicas dos ingredientes;
Uso de conservantes e estabilizantes, isso é essencial pra evitar que minha formulação tenha alterações instabilidade química, física, microbiológicas.
Forma farmacêutica empregada, forma farmacêutica líquida te menos estabilidade do que uma formulação sólida, como cápsula, comprimido. Porque na solução líquida o princípio ativo está dissolvido totalmente.
Material de embalagem
Provável temperatura de armazenamento
Duração do tratamento
Dados científicos
Similaridade com especialidade farmacêutica manufaturada, uma ideia do prazo de validade de uma indústria, mas é inviável pra magistral.
 Validade das matérias primas empregadas nas formulações
Existem formulações que precisam ser feitas aos poucos para que o prazo de validade de alguns princípios ativos não sejam degradado. O farmacêutico tem autonomia de dividir as fórmulas.
Não existe pesquisa científica que mostre a validade do medicamento. Consultamos livros farmacotécnicos que podemos ter ideias sobre validades.
Um teste de instabilidade demora 90 dias.
Precisamos comprar conservantes: quelantes, antioxidantes, que a dosagem é muito baixa, é comum algumas farmácias serem amigas entre si, porque o fornecedor só vende aquela quantidade x e não menos, fazemos uma associação de farmácias.
ANFARMAG - Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, tem uma lista de fornecedores idônios, lista de farmácias magistrais.
Exemplo: Fiz uma formulação para um paciente cujo a validade é de 3 meses, só que o propilenoglicol que é um dos coadjuvantes farmacotécnicos pra deixar minha fórmula mais umectante mais sedosa, com melhor toque, vai vencer a 2 meses, então eu não posso usar ele na minha formulação.
As farmácias retiram das prateleiras, formulações que estão para vencer em 3 meses, 2 meses, 1 mês.
Normalmente fazemos validade de 3 a 4 meses. Todas as formulação feitas com água, duram 14 dias no máximo.
Prazo de uso de produtos manipulados
Orientação da USP/NF 
Considerando formulações manipuladas extemporâneas, produzidas com matérias-primas aprovadas segundo suas especificações, uso de recipientes bem vedados e armazenagem à temperatura controlada.
 Para preparações aquosas: até 14 dias em temperatura de 2 a 8º C (refrigerador) 
Para todas as demais preparações: no máximo o tempo de duração da terapia ou 30 dias, o que primeiro expirar. 
Prazos maiores se houver informações específicas e cientificamente reconhecidas
Tipos de estabilidade
 A estabilidade física está mais ligada a aparência do produto.
 Fiz por exemplo uma solução (Enxaguante bucal), parece 
 água, álcool, não tem soluto visível, está tudo solubilizado,
 tem que estar límpido, transparente, porque se ficar turvo,
 formar sedimentos no fundo é porque está começando o
 processo de instabilidade.
Estabilidade física:
A estabilidade física significa que o medicamento não sofreu alterações, durante seu armazenamento. 
Aparência
Palatabilidade, como está o gosto desse produto, se alterou o sabor a formulação começou a degradar
Uniformidade, está intacta, tem que estar tudo dissolvido na solução, não tem sedimento, nem precipitação.
Dissolução
Suspensabilidade 
Quando fazemos um produto líquido pra uso interno na farmácia, costumamos colocar um pouquinho para experimentar, pra ver se o gosto está bom ou se precisaremos colocar o corretivo (edulcorante, flavorizante).
Suspensabilidade – por exemplo temos 2 frascos (água) e (óleo), o mais viscoso é o óleo, se coloco sal grosso, no óleo ele cai mais frouxo, bem devagar, sedimento frouxo.
ESTABILIDADE QUÍMICA
É a capacidade da forma farmacêutica em manter a identidade molecular do fármaco
 Relacionada à presença de reações de decomposição do fármaco
 
Ocorre quebra da molécula de fármaco pela ação da água – a água é reagente 
Classes de fármacos susceptíveis à hidrólise:
Éster: ácido acetilsalicílico, procaína, atropina, benzocaina
Éster cíclico ou lactona: varfarina, nistatina, digoxina, digitoxina, pilocarpina, ácido ascórbico
Tioéster: espironolactona
Amida: nicotinamida, paracetamol
Imida: feniotina, barbitúricos
Como evitar ou diminuir a hidrólise 
Remover a água: substituir por solventes como glicerina, sorbitol 
Proteger da umidade, usar dessecantes – formas sólidas 
Preparar suspensões em vez de soluções 
Acondicionamento impermeável
Remover traços de metais que podem catalisar a hidrólise: 
Ajustar o pH e propiciar sua manutenção: 
Manter boas condições de temperatura e umidade
ESTABILIDADE QUÍMICA – OXIDAÇÃO
Reação que ocorre na presença de oxigênio, envolve a perda de elétrons de um átomo ou de uma molécula. 
Classes de fármacos susceptíveis à oxidação:
Substâncias fenólicas: morfina, fenilefrina, catecolaminas (adrenalina, noradrenalina), hidroquinona, resorcinol, paracetamol, salbutamol.
Compostos poli-insaturados: óleos fixos, gorduras, flavorizantes
Fenotiazínicos: clorpromazina, prometazina, etc
Substâncias esteroidais: corticoesteroides
Estatina: levostatina, pravastatina, sinvastatina, etc
Antidepressivos tricíclicos: imipramina, amitriptilina etc
Outras substâncias: vitaminas lipossolúveis, tretinoina, anfotericina, tetraciclina, vitamina B12, vitamina B2 etc
Como evitar ou reduzir a oxidação:
Remover traços de metais 
Evitar a luz 
Reduzir o contato com oxigênio
Manter a temperatura 
Usar antioxidantes
Quelantes 
EDTA (edetato de sódio, ác. edético) 
Ácido cítrico 
 Antioxidantes 
Ácido ascórbico 
Sulfitos (sulfito e metabissulfito de sódio) 
Ácido ascórbico e seus ésteres 
Tocoferóis 
BHT (butilhidroxitolueno), BHA (butilhidroxianisol) 
Sulfoxilato
ESTABILIDADE QUÍMICA – FOTÓLISE
A luz UV afeta as ligações químicas fornecendo energia para a separação dos elétrons compartilhados entre os dois átomos dessa ligação: 
Formação de radicais livres no processo de oxidação 
Lise da molécula formando dois radicais 
A quebra da molécula pode causar isomerização 
Fármacos sujeitos à fotólise: 
Vitaminas (A, B1 , B12, D, E); Ácido fólico; Corantes; Dipirona; Ácido meclofenâmico; Metotrexato; Fenotiazinas; Corticóides:hidrocortisona, metilprednisolona
Como prevenir os efeitos da ação da luz: 
Fármacos oxidáveis: uso de antioxidantes e quelantes, proteção contra O2 , temperatura de armazenagem adequada, material de acondicionamento opaco ou âmbar. 
ESTABILIDADE - MICROBIOLÓGICA
A contaminação microbiana acarreta em perda de estabilidade química e física 
Odor, cor e cheiro desagradável 
Presença de patogênicos 
 Os agentes são: algas, bactérias e fungos 
 As formas particularmente susceptíveis são as preparações líquidas e semissólidas
Principais causas 
contaminação ambiental 
pessoal 
matérias-primas: água, produtos de origem natural, insumos em geral 
concentração ou tipo de conservante inadequado 
inativação de conservantes
Como evitar a perda de estabilidade microbiológica: 
Uso de matérias-primas dentro dos limites microbianos especificados 
Boa qualidade microbiológica da água 
Produção dentro das GMPs – qualidade ambiental adequada, higiene pessoal, etc. 
Controle e validação de processos de esterilização
Uso de conservantes
Conservantes: São adjuvantes que mantém, dentro dos limites preconizados, a carga microbiana presente nas formas não estéreis durante o armazenamento e a qualidade microbiana nas estéreis multidose durante o uso.
Uso externo: álcool benzílico, parabenos, imidazolidiluréia, cloreto de benzalcônio, cloroxilenol 
Uso interno: benzoato de sódio ( até 0,5%), ácido benzóico (0,01%), parabenos – metil, propil, hidroxietil (0,05 a 0,4%)
Estudos de estabilidade
Objetivos: 
Conhecer os produtos de decomposição 
Estabelecer o acondicionamento 
Estimar o prazo de validade 
Estabelecer as condições de armazenamento 
Certificar que o produto consumido mantém as características originais
Tipos de estudos:
Preliminar 
Acelerada 
De longa duração 
 À prova do uso (in-use tests)
Teste de Triagem, Estabilidade Acelerada, Preliminar ou de Curto Prazo
Objetivo: auxiliar e orientar a escolha das formulações 
Características Organolépticas: aspecto, cor, odor e sabor, quando aplicável. 
Características Físico-Químicas: valor de pH, viscosidade e densidade, ou outros.
Tempo: 0 h, 24 h, 7 dias, 15 dias, 30 dias, 60 dias e 90 dias
Estudos de estabilidade preliminar
Os valores geralmente adotados para temperaturas elevadas podem ser: 
Estufa: T= 37 ± 2 ° C 
Estufa: T= 40 ± 2 °C 
Estufa: T= 45 ± 2°C 
Estufa: T= 50 ± 2°C 
Os valores geralmente adotados para baixas temperaturas podem ser:
 Geladeira: T= 5 ± 2°C 
Freezer: T= –5 ± 2° C ou T= –10 ± 2 °C. 
Os valores geralmente adotados para os ciclos são: 
Ciclos de 24 horas a 45 ± 2° C, e 24 horas a –5 ± 2°C - durante 12 dias (6 ciclos).
Acelerada ou Estabilidade Normal ou Exploratória 
Objetivo: fornecer dados para prever a estabilidade do produto, tempo de vida útil e compatibilidade da formulação com o material de acondicionamento.
Pode ser empregado para:
Estimar o prazo de validade do produto 
Quando houver mudanças significativas em: 
ingredientes do produto ou 
processo de fabricação, ou
material de acondicionamento que entra em contato com o produto, 
Para validar novos equipamentos ou fabricação por terceiros.
Acelerada ou Estabilidade Normal ou Exploratória 
Em alguns casos, a duração deste teste pode ser estendida por seis meses ou até um ano, dependendo do tipo de produto. As amostras podem ser submetidas a aquecimento em estufas, resfriamento em refrigeradores, exposição à radiação luminosa e ao ambiente. 
Exposição à Radiação Luminosa
Características organolépticas: aspecto, cor, odor e sabor, quando aplicável; 
Características físico-químicas: valor de pH, viscosidade e densidade, entre outros; 
Características microbiológicas: estudo do sistema conservante do produto por meio do teste de desafio efetuado antes e ou após o período de estudo acelerado.
Estabilidade de Longa Duração ou Shelf life ou Tempo de prateleira
Objetivo: estabelecer o prazo de validade definitivo 
 Condições ambiente de temperatura e umidade 
Tempo: mínimo de 24 meses
A prova do uso ou in-use test 
Objetivo: verificar se durante o uso – abertura e fechamento do acondicionamento, ou após a primeira dose (violação da embalagem pelo usuário), ou após reconstituição, o produto mantém seus atributos dentro de limites aceitáveis.
 Condições de uso do medicamento: dentro da posologia indicada
 Tempo: duração da terapia ou término do produto
Teste de Triagem, Estabilidade Acelerada, Preliminar ou de Curto Prazo
Objetivo: auxiliar e orientar a escolha das formulações 
Características Organolépticas: aspecto, cor, odor e sabor, quando aplicável. 
Características Físico-Químicas: valor de pH, viscosidade e densidade, ou outros.
Tempo: 0 h, 24 h, 7 dias, 15 dias, 30 dias, 60 dias e 90 dias
Estudos de estabilidade preliminar
Os valores geralmente adotados para temperaturas elevadas podem ser: 
Estufa: T= 37 ± 2 ° C 
Estufa: T= 40 ± 2 °C 
Estufa: T= 45 ± 2°C 
Estufa: T= 50 ± 2°C 
Os valores geralmente adotados para baixas temperaturas podem ser:
 Geladeira: T= 5 ± 2°C 
Freezer: T= –5 ± 2° C ou T= –10 ± 2 °C. 
Os valores geralmente adotados para os ciclos são: 
Ciclos de 24 horas a 45 ± 2° C, e 24 horas a –5 ± 2°C - durante 12 dias (6 ciclos).
Acelerada ou Estabilidade Normal ou Exploratória 
Objetivo: fornecer dados para prever a estabilidade do produto, tempo de vida útil e compatibilidade da formulação com o material de acondicionamento.
Pode ser empregado para:
Estimar o prazo de validade do produto 
Quando houver mudanças significativas em: 
ingredientes do produto ou 
processo de fabricação, ou
material de acondicionamento que entra em contato com o produto, 
Para validar novos equipamentos ou fabricação por terceiros.
Em alguns casos, a duração deste teste pode ser estendida por seis meses ou até um ano, dependendo do tipo de produto. As amostras podem ser submetidas a aquecimento em estufas, resfriamento em refrigeradores, exposição à radiação luminosa e ao ambiente. 
Exposição à Radiação Luminosa
Características organolépticas: aspecto, cor, odor e sabor, quando aplicável; 
Características físico-químicas: valor de pH, viscosidade e densidade, entre outros; 
Características microbiológicas: estudo do sistema conservante do produto por meio do teste de desafio efetuado antes e ou após o período de estudo acelerado.
Estabilidade de Longa Duração ou Shelf life ou Tempo de prateleira
Objetivo: estabelecer o prazo de validade definitivo 
 Condições ambiente de temperatura e umidade 
Tempo: mínimo de 24 meses
A prova do uso ou in-use test 
Objetivo: verificar se durante o uso – abertura e fechamento do acondicionamento, ou após a primeira dose (violação da embalagem pelo usuário), ou após reconstituição, o produto mantém seus atributos dentro de limites aceitáveis.
 Condições de uso do medicamento: dentro da posologia indicada
 Tempo: duração da terapia ou término do produto
25/03/19
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS SOLUÇÕES
Solução – é uma mistura aonde o soluto (parte sólida, pó), dissolve 100% no solvente. Posso colocar mais de 1 soluto.
Posso misturar sal, açúcar e água, isso é uma solução.
Soluções - “São preparações líquidas que contém uma ou mais substâncias químicas dissolvidas, ou seja, molecularmente dispersas, em um solvente adequado ou em uma mistura miscível de solventes.” (Ferreira, A. O. 2010).
As soluções podem ser de uso oral, uso tópico (cabelo, pele) e a parenteral que é muito utilizada em hospitais, que é um conjunto de substâncias que podem ser vitaminas, nutrientes, minerais para pessoas que estão acamadas, desidratadas e desnutridas.
Solução oral
Características:
Podem conter um ou mais ingredientes ativos dissolvidos em água ou em um sistema água-cossolvente.
Podem conter adjuvantes farmacotécnicos para prover maior estabilidade, palatabilidade e viscosidade.
Tipos de solução oral:
Xarope
Edulitos e melitos
Elixires
Linctus
Misturas (soluções orais + suspensões)
Gotas orais
Toda solução oral temos que colocar o excipiente, que vai dissolveros pós (sólidos), ou solutos, e a gente tem que melhorar a palatabilidade (gosto), o odor, a cor, pra ficar um produto mais atraente pro paciente.
Quando falamos em palatabilidade temos que pensar em gosto, de preferência doce, cheiro e muitas vezes a cor. Temos sempre que conciliar cor e cheiro.
Desvantagens da solução oral:
 solubilização realça sabor, dissolve um princípio ativo ele realça o gosto amargo do produto e no comprimido não sentimos o gosto.
 menor estabilidade do líquido comparado ao sólido, a partir do momento que eu solubilizo meu produto, eu tô desestabilizando ele porque os produtos são estáveis com PH X, quanto maior a faixa do PH do princípio ativo é melhor, eu consigo uma estabilidade maior.
 dose correta, xarope, conta gotas, colher de sopa. O ideal é enviar os copinhos doseadores.
 manuseio e transporte, difícil o transporte de um xarope, de um vidro grande na bolsa do que uma cartelinha de comprimidos, ou cápsulas, porque pode quebrar, pode vazar.
Vantagens da solução oral:
facilidade de preparo
homogeneidade, mistura tudo e não vemos nenhum produto sólido, só vemos líquido.
ação farmacológica rápida, porque o princípio ativo está dissolvido lá, imediato, não terá o tempo do comprimido que ele ao chegar no estômago e os ácidos desintegram o composto para liberar o princípio ativo para a absorção.
facilidade de administração, é bom pra idoso, é bom pra criança.
Solução tópica
Dependendo do solvente que uso ela leva um nome. Por exemplo: Minoxidil com solução alcoólica.
Quando falamos em hidroóleos o solvente é uma água purificada, pode ser obtida ou água da torneira que sofreu processo de purificação.
Esse processo de purificação pode ser por destilação, deionização, osmose reversa.
Álcool óleos – o excipiente pode ser um álcool de cereais, álcool isopropílico, etanol.
Éteróleos vem de éter.
Solução acetônica vem de acetona.
Gliceróleos vem de glicerina.
São exemplos de solventes que podemos usar no laboratório, pra dissolver o princípio ativo, pra uso tópico somente (pele, cabelo).
Toda solução ou veículo que eu vou utilizar pra fazer solução, tem que seguir esses critérios, o mais importante é a solubilidade do fármaco, porque se ele não dissolver o fármaco é porque não é o solvente ideal. 
Encontro solventes na Farmacopéia Americana USP, Compêndios Nacionais, Farmacopéia Brasileira, Formulários Nacionais, todos os livros de farmácia mostrarão a solubilidade do produto.
Solução e veículo
Solubilidade do fármaco
Conservação da solução
Compatibilidade com a via de administração
Devem ser desprovidos de toxicidade
Não devem ser irritativos
Inertes do ponto de vista farmacológico
Compatíveis com o fármaco a dissolver
Todo solvente alcoólico a 70% que usamos geralmente na farmácia magistral ele é bactericida. Quando usamos o álcool 70% com o veículo, naturalmente ele já é um conservante.
O tempo de validade de um produto com água, por exemplo, uma solução pra um recém-nascido, é de 7 a 10 dias sendo conservado na geladeira.
Temos que prestar atenção na via de administração, se for tópico, posso usar álcool, éter, se for oral temos que usar água.
Inertes – não posso colocar substâncias que vão competir com meu princípio ativo.
Solubilidade das Substâncias
Quando falamos que o solvente tem que dissolver todo princípio ativo usamos essa tabela.
	Termos utilizados
	Quantidade de solvente para 1 parte de soluto
	Muito solúvel
	Menos de 1 parte
	Facilmente solúvel
	De 10 partes
	Solúvel
	De 30 partes
	Pouco solúvel
	De 100 partes
	Ligeiramente solúvel
	De 1000 partes
	Muito pouco solúvel
	De 10000 partes
	Praticamente insolúvel
	Mais de 10000 partes
Essa tabelinha é muito comum no Controle de Qualidade, eu quero conferir se o laudo que veio é compatível eu uso essa tabela.
Um produto sólido é totalmente solúvel no solvente se eu pegar 1g do soluto ou 1 parte do soluto e dissolver em 1 parte do solvente, é muito solúvel, e assim sucessivamente.
A proporção do soluto é a mesma o que tá modificando é a quantidade de solvente. Quanto mais quantidade de solvente eu precisar usar, menos solúvel é o meu produto.
Se eu precisei usar uma parte de soluto pra 10.000 partes de solvente, esse produto é praticamente insolúvel, não é o solvente adequado pra aquela preparação de solução.
Expressão da concentração do soluto nas soluções
% (p/v) peso do soluto em (g) em 100 mL da solução
b) % (p/p) peso do soluto em (g) presentes em 100 g da solução
c) % (v/v) volume do soluto líquido miscível (princípio ativo líquido) em 100 mL da solução
Exemplos: Quantidade/unidades de volume: 100 mg/5 mL; 500 mg/ 10 mL
p/v – é o peso do soluto em 100%. Vou pesar o soluto em gramas e vou dissolver em 100ml de solução.
Soluções Simples
Fatores influentes na solubilidade dos sólidos:
Grau de hidratação do fármaco
 Grau de divisão do sólido
 Agitação do sistema
 pH do meio
 Temperatura
Toda solução tem que ter uma agitação depois de pesar o sólido e o líquido, vai mexendo, quanto maior a agitação mais rápido.
A temperatura ajuda muito, o xarope é uma solução que saturada em açúcar, 85g de açúcar qsp100 de água, dissolve somente a quente, em banho maria, precisa de agitação, e o Ph do meio tem que ser compatível com a substãncia.
Temos que analisar o PH do princípio ativo para fazer com que o Ph do meio seja adequado, para dissolver.
Grau de divisão do sólido – quanto menor o tamanho das partículas, maior facilidade eu tenho de dissolver. Por exemplo: o mentol e a cânfora são cristais grandes, se eu colocar em alta temperatura ele vai dissolver devagar, mas se eu triturar e dissolver será mais rápido.
Grau de hidratação do fármaco – por exemplo o hipoclorito de sólido que chama água, a molécula é extremamente hidratada, ela dissolve muito rapidamente na água.
L-carnitina – são substâncias extremamente hidroscópica, extremamente hidratada, só de pesar e chegar na bancada, em menos de 3 minutos ela já começa a dissolver.
Tem soluções que precisamos colocar adjuvantes farmacotécnicos.
Se eu for colocar uma substância como por exemplo, xarope, o que eu precisaria pra colocar pra conservar essa solução? Os conservantes.
Se eu tenho uma substância extremamente oxidantes, o excipiente é álcool ele vai ter uma conservação, mas além disso eu vou ter que colocar uma outra substância pra evitar a oxidação que são os anti oxidantes.
Adjuvantes empregados:
Agentes corretivos de pH
Agentes antioxidantes, sequestrantes e antimicrobiano
Corantes 
Corretivos de sabor e odor
Os conservantes – evitam crescimento de bactérias, fungos e leveduras.
Anti-oxidante – pra evitar oxidação do meu fármaco.
Sequestrante / quelante – pra retirar qualquer metal pesado que esteja contaminando o meu produto.
Toda solução oral, tópica ou não, nós usamos os adjuvantes farmacotécnicos, podemos colocar os corretivos também pra melhorar a cor, o odor, pra melhorar o sabor, posso colocar também os edulcorantes (adoçantes naturais e sintéticos).
Adjuvantes empregados:
Agentes corretivos de pH
Agentes antioxidantes, sequestrantes e antimicrobiano
Corantes 
Corretivos de sabor e odor
Temos que ajustar o PH, encontrar uma embalagem ideal.
Instabilidades
Química – hidrólise, oxidação e redução –pH, luz e metais
Física - sedimentação, aumento de viscosidade em suspensão (baixa temperatura), pH
Microbiológica 
Palatabilidade – sabor, textura e cheiro
Xaropes
É uma solução oral, entretanto é um modo diferente de fazer, a aparência e o gosto do xarope é completamente diferente de uma solução.
Solução em gotas é bem líquida porque o excipiente tem água. 
O xarope é viscoso, porque a concentração de açúcar que tem nele é muito alta, por isso temos que tomar muito cuidado na hora de fazer o procedimento, porque temos que chegar em uma temperatura X, se eu passar dessa temperatura ele vai ficar muito mais viscoso, ele vai açucarar e vai mudar a coloração.
O xarope tem 85% de açúcar refinado ou açúcar cristal e tem como desvantagem os diabéticos.São preparações aquosas concentradas à base de açúcar ou um substituto de açúcar, com ou sem agentes flavorizantes e substâncias medicinais. Apresentam não menos que 45% (p/v) de sacarose ou outros açúcares em sua composição.
A quantidade do açúcar está próxima a saturação (solução hipertônico) – o que evitaria a precipitação do açúcar utilizado. Vantagens do Xarope
Boa conservação- por serem hipertônicos – desidratam os micro-organismos – plasmólise 
São apropriados para fármacos hidrossolúveis
Possibilitam a correção de sabor da formulação
Desvantagem do Xarope
 Contraindicado para diabéticos
O xarope é fácil de corrigir o sabor.
Preparação de xaropes
	Matéria prima
	Dosagem
	Sacarose ( açúcar refinado)
	85g
	Metilparabeno 
	0,15g
	Propilparabeno
	0,2g
	Água destilada qsp 
	100g
1- Pesar com precisão os ingredientes sólidos, sem misturá-los.
2- Em um recipiente adequado, dissolver o açúcar e componentes sólidos com auxílio da água, na placa aquecedora (até 80º C) com agitação constante, com um bastão e um termômetro junto.
3- Esfriar, homogeneizar e filtrar em gaze.
Se passar de 80ºC acontece a reação, hidrólise da sacarose, onde a sacarose vai formar açúcar invertido, vai formar glicose e frutose.
Essa reação do açúcar invertido vai fazer com que o meu xarope fique com uma coloração amarela. 
O xarope tem que ficar transparente, límpido, sem qualquer coloração que possa no final alterar a conservação.
 
Açúcar invertido é mais rapidamente fermentado que sacarose e a levulose (frutose) é responsável pela coloração amarela.
Xarope para diabético – Sugar Free
	Matéria prima
	Dosagem
	Carboximetilcelulose
	2,0g
	Glicerina
	6,0g
	Sacarina sódica
	0,1g
	Metilparabeno
	0,15g
	Água destilada qsp
	100g
Preparação farmacêutica líquida aquosa edulcorada através de edulcorantes sintéticos como sacarina sódica, ciclamato de sódio, sorbitol, aspartame.
Carboximetilcelulose é responsável pela viscosidade, sacarina pra dar um gosto docinho mas fica um gosto residual na boca, a glicerina pra ajudar na viscosidade, vou colocar meu conservante e água, levo tudo no fogo e não preciso me preocupar com a temperatura, mexo e ele vai apresentar uma consistência semelhante e próximo ao xarope.	
	
Aditivação de tinturas e extratos fluidos
Aditivação de ativos (pós) hidrossolúveis
Associação de ativos 
compatibilidade, 
propriedades físico-químicas,
melhor faixa de pH de estabilidade de cada fármaco correta
adjuvantes farmacotécnicos e solventes corretos
Tenho que dissolver meu princípio ativo e tenho que ver se é solúvel em água, em álcool, antes de incorporar ao xarope, porque senão ele vai ficar cheio de pontinhos brancos.
Se não usarmos adjuvantes farmacotécnicos, podem formar alterações químicas, físicas, microbiológicas.
Alterações físicas do medicamento, estão relacionados a aparência do produto: cor, odor quando o produto está fermentando, se ficar turvo significa que o meu princípio ativo está precipitando e não está estável naquele meio.
Alterações químicas – são processos que ocorrem em relação a oxidação, hidrólise, fotólise, muda a cor e o sabor também.
Eu coloco por exemplo um corante no xarope e com o tempo ele vai descolorindo.
Tudo isso está desestabilizando a minha formulação.
Eu vou pesar os 4 componentes separadamente no laboratório, hidroquinona, metabissulfito que é o antioxidante, peso o propilenoglicol, e peso o álcool a 70%, vou misturar em um cálice, ou Becker, sobre agitação, vou filtrar em papel filtro, vou rotular, acondicionar e dispensar pro paciente.
Técnica de preparo de soluções simples
Medicação dos componentes
Mistura sob agitação
Filtração
Acondicionamento
Vidrarias e equipamentos
- Balanças
- Becker
- Vidro relógio
- Proveta
- Bastão de vidro para agitação
- Sistema de filtração
Vamos pegar o vidro relógio e levar a balança, até estabilizar apertando o botão de Tara para descontar o peso daquele recipiente e esperar oscilar até parar, oscila porque tem muita gente em volta, pega o ar condicionado.
Na farmácia magistral, a bancada tem que estar cimentada na parede, sem nenhuma vibração, até porque temos de 1 a 2 manipuladores no máximo, não pode ficar perto do ar condicionado.
Se passou do peso e eu ainda não misturei em nenhum composto, posso voltar o sobrante a embalagem.
 
Sistema de filtração – pra evitar impureza.
No rótulo tem que ter: Fórmula que é todo o princípio ativo, adjuvantes e dosagens, data de fabricação, data de validade, nome da farmácia magistral com endereço, cnpj, nome do médico, posologia, nome do paciente.
A fórmula que o médico prescreveu na receita tem que ser copiada íntegra. 
O cálculo farmacêutico não pode ir no rótulo.
O único meio que o paciente tem pra conferir a sua fórmula é o rótulo.
01/04/19
A professora colocou hidroquinona na água propositalmente e ao mexer não dissolve, porque a água não é o solvente ideal para a hidroquinona.
A água por exemplo é o solvente natural pra uréia, pro hidrosulfito de sódio.
Cada produto tem o seu solvente próprio.
A solução tem que ser transparente e límpida e não necessariamente incolor, como é o caso da vitamina B12 que é vermelha, o betacaroteno é alaranjado. Os princípios ativos podem ter cor, mesmo dissolvidos terão coloração.
Numa farmácia magistral a balança fica fixa na parede em cima de um mármore pra não sofrer nenhuma trepidação.
A melhor embalagem para acondicionar a Hidroquinona é o vidro escuro (âmbar) para evitar oxidação.
A solução para melasma é de uso tópico somente na mancha, passar com a ajuda de um cotonete a noite, não podendo tomar sol durante o tratamento porque a pele estará sensível.
Rótulo – Nome do médico, Nome do paciente, CNPJ, endereço, Nome do Farmacêutico, CRF, Fórmula Farmacêutica (conforme a receita, cópia legítima) sem cálculos farmacêuticos, posologia (forma de uso), data de fabricação, data de validade, se é uso interno ou externo.
08/04/19
Xarope de arnica é anti-inflamatório, serve para evitar infecção, cicatrização antes de uma operação por exemplo. Depois do corte você passa por cima a arnica, ajuda a evitar queloide, inflamação, hematomas.
Quando chegam alguns produtos na farmácia como por exemplo: Miconazol, Fluoxetina, Sertralina, Eritromicina e a Betametasona, existem o sal e a base deles, então temos que achar o fator de equivalência entre um e outro.
Se o médico pede o sal e nós só temos a base, ou vice-versa, nós precisaremos fazer o fator de equivalência (correção), porque é peso molecular, pra justificar um pelo outro.
O fator de equivalência sempre vai ser o peso molecular do sal sobre o peso molecular da base, um dividido pelo outro, sempre o maior pelo menor.
15/04/19
A farmácia magistral não pode fazer estoque de medicamentos, porque isso faz com que ela vire uma indústria, e ela não é.
A receita médica tem que ser legível, sem nenhuma dúvida para quem vai manipular ou para o paciente que iremos atender.
Temos 3 tipos de rótulos: Rótulo para medicamento manipulado magistral, Rótulo para medicamento manipulado fitoterápico e Rótulos para medicamento manipulado oficinal.
Medicamento manipulado magistral – tem que ser prescrito pelo médico, obrigatoriamente, tem que ter a receita do médico.
Medicamento manipulado oficinal – está escrito em farmacopeias ou em formulário nacional ou internacional e não preciso da receita.
Por exemplo: Quero fazer pasta d’água, está escrito no formulário nacional.
Magistral e Oficinal – não precisam de receita médica.
Fitoterapia – é um medicamento onde o princípio ativo é a base de plantas.
Como é feito o rótulo de cada um?
Rótulo padrão - Nome do médico, nome do paciente, fórmula (uma cópia legítima da receita), não se usa cálculo farmacêutico, uso interno ou externo a depender da formulação, posologia (usar a noite, dia, no pé, na mão) se o médico não colocar nada colocamos uso indicado conforme orientação médica, fabricação e validade, nome dofarmacêutico, CRF, nome da farmácia, endereço, CNPJ, telefone. Formulação básica de produtos magistrais, número de requisição.
Quando eu incluo uma receita no Sistema da Farmácia (Software), fórmula certa (na farmácia escola), onde 25% das farmácias magistrais tem, ele automaticamente é gerado um número de requisição que é sequencial, desde a primeira fórmula que você inclui quando abre a farmácia.
Pelo número de requisição também consigo localizar a formulação no programa. 
Rótulo oficinal – Nome do paciente, fórmula (pasta d’água) e de onde retirou (farmacopeia Brasileira), posologia, data de fabricação, validade, número de requisição, se vier com receita coloco o nome do médico, mas não precisa de receita, nome da farmácia, CNPJ, Endereço, Telefone, nome do farmacêutico, CRF.
Rótulo fitoterápico – Nome do paciente, nome do médico, planta na sua nomenclatura botânica (Camomila - Matricaria chamomilla) e a dosagem (100mg), 30 cápsulas, uso interno, posologia (tomar 2 cápsulas a noite), nome da farmácia, CNPJ, endereço, Telefone, Nome do farmacêutico, CRF, número de requisição, data de fabricação e validade.
Fixo no rótulo – Nome do médico, nome do paciente, farmácia, farmacêutico, data de fabricação e data de validade.
Varia no rótulo – formulação, forma farmacêutica, posologia.
Embalagem de alumínio – vem aberta pelo fundo onde colocamos a fórmula, depois vamos dobrando ela manualmente, até fechar toda a embalagem. Colocamos substâncias que oxidam facilmente, sensíveis a luminosidade e substâncias termo lábeis para guardar a geladeira, por serem sensíveis ao calor.
Embalagem plástica – é a mais comum e já vem fechada. Colocamos o produto pela entrada com ajuda de uma espátula ou seringa de 20ml, fazemos tudo manualmente porque é farmácia magistral.
Substâncias termo lábeis – são sensíveis ao calor, tem que ser guardadas na geladeira (2º a 8ºC).
Embalagens de frascos – pode ser vidro, âmbar, plástico leitoso (cápsulas, sólidos).
Conta gotas – utilizamos para emulsão capilar, dentre outras.
Potes – temos com friso prateado, friso dourado, sem friso, de todos os tamanhos, sendo o menor de 10g.
Copos dosadores – para dosagem de xaropes. 
Batoque – fica entre o frasco e a tampa.
Sachês – utilizamos para amostra grátis em farmácia, ou substância que dissolve quando o médico pede uma série de compostos que seriam várias cápsulas, para o paciente é mais cômodo dissolver as substâncias.
Sílica gel – é considerada embalagem, porque é colocada dentro do frasco de cápsula, para tirar qualquer umidade que possa contaminar aquele produto. 
As vezes o usuário erra muito quando vai tomar a cápsula, pegando o pote e virando todo na mão podendo vir muitas cápsulas ou comprimidos, e a nossa mão é suada, suja, tendo oleosidade, podendo desestabilizar o produto.
Válvulas – utilizadas em sabonetes líquidos, desodorantes, sprays.
Existem tampas coloridas, brancas, incolores.
Além dos 3 tipos de rótulos, nós temos os Rótulos auxiliares, o papel deles é alertar o paciente a não tomar o medicamento errado. Se o produto é controlado vermelho, colocamos uma etiqueta vermelha.
Tem produtos que colocamos, agite antes de usar, tem cápsulas que o paciente só toma 1 vez por semana, colocamos: tomar 1 cápsula por semana. Guarde na geladeira também é um importante.
Solução – quando o sólido se dissolve totalmente no solvente, não sobra resíduo, é uma solução límpida e transparente e não necessariamente incolor.
Solução pode ser xarope, solução de uso oral, elixir, linctus. São denominações, tipos de soluções que precisamos saber.
Não são hoje pedidos em farmácia magistral xarope e linctus, na lista de solução tem para consulta.
Elixir nada mais é do que preparações hidro alcoólicas, onde a concentração de álcool vai de 20% a 50% na formulação. O álcool acabava conservando o produto, entretanto, a concentração de álcool é tão grande que, crianças não podem usar, portadores de doenças hepáticas ou renais não podem usar, alcoólatras não podem usar. A vantagem é que essa solução vai dissolver qualquer substância que seja insolúvel na água, por ter grande concentração de álcool.
Exemplos de elixir: Fenobarbital 0,4g
Óleo de laranja que tem como função ser flavorizante que melhora o cheiro, um pouco o sabor
Propilenoglicol que é um derivado do álcool, que vai ajudar na dissolução
Álcool etílico 
Sorbitol que é um adoçante, deixando a minha formulação mais doce
Corante alimentício que é o meu adjuvante farmacotécnico corretivo
Água que é o veículo
Na drogaria ainda existe o Elixir paregórico que antigamente tinha como fórmula a codeína, muito utilizado para dor abdominal, hoje em dia já mudou a formulação.
Elixir lembra muito licor, quem faz licor caseiro utiliza elixir por ter uma grande concentração de álcool.
Linctus é uma forma farmacêutica líquida, que dissolve qualquer sólido, vai ficar transparente, indicada para tosse, não é xarope mas tem grande quantidade de açúcar.
Melito – o excipiente é o mel, este tipo de medicamentos, usamos muito para fazer formulações para passar na boca, na gengiva, usado pra neném quando está com a gengiva inchada, sapinho. Ele é tirado da abelha apis melifera negra.
O melito simples é mel, calmim e água purificada, misturo tudo e depois eu filtro.
Eu uso por exemplo: o extrato fluído de rosa gálica com melito simples.
Elixir, linctus, melitos, digestos e poção, acabamos não usando na formulação do dia-a-dia mas temos que saber que existe pelos concursos.
Poção – é uma forma farmacêutica líquida alcoólica ou hidro alcoólica, edulcorado (quando leva açúcar ou açúcar artificial). É uma das primeiras denominações quando surgiu a farmácia. Os boticários vendiam as formulações em poção.
Soluções extrativas – são preparações cometidas pelas dissoluções parciais ou totais de uma planta, e esse solvente que eu uso pra fazer a tintura, o extrato, ele consegue extrair da planta o princípio ativo.
Dependendo do que eu quero extrair eu vou usar um determinado solvente, por exemplo: eu eu quero extrair um alcaloide eu vou usar um solvente X, se eu quero extrair taninos, óleos voláteis, flavonoides, eu vou usar um tipo de solvente próprio pra isso. 
Vou pesquisar isso em monografias, em farmacopeias, a ANVISA tem um livro sobre isso.
Soluções extrativas – temos na forma de macerados, tinturas, 19:03

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