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Pregão eletrônico não vale para construção civil

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Pregão eletrônico – não vale para construção civil
Equipe:
Nívea Soares
Olívia de Moura
Saulo do Vale
O QUE É PREGÃO?
Pregão é uma modalidade de licitação criada pela lei 10.520 de 2002 e regulamentado na forma eletrônica pelo decreto 5.450/2005, que tem como características a rapidez no procedimento e a economia tanto para a administração pública como para o licitante. O pregão é utilizado para efetuar a aquisição de serviços e bens comuns em que as empresas dão seus lances em sessão pública, presencial ou eletrônica.
Em seu Parágrafo 8º, a Lei nº 8.666/93 veda a criação de outras modalidades de licitação ou da combinação delas. No entanto, pela Medida Provisória nº 2.182-18, de 23/08/2001, foi criado o pregão como nova modalidade de licitação, a ser utilizada exclusivamente pela União.
Mas o que seria esses bens e serviços? 
Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Alguns exemplos:
Aquisição e manutenção de veículos;
Manutenção de ar condicionado;
Equipamentos hospitalares;
Hospedagem;
Material de escritório;
Tablet, notebook;
Telefonia móvel, telefonia fixa;
Limpeza e conservação;
Manutenção predial;
Reforma, obras e serviços de engenharia;
Locação de veículos;
Vale transporte;
Papel higiênico também, etc.
COMO FUNCIONA?
Após o recebimento de todas as propostas das empresas interessadas em participar do pregão, é identificado o menor valor (R$) apresentado e todos os demais licitantes que tiverem uma proposta de valor (R$) que se enquadra dentro de uma margem de 10% referente ao valor menor passarão para uma segunda fase.
Na segunda fase deste respectivo pregão, as empresas participantes, já conhecendo as propostas dos seus concorrentes, são incentivadas a reduzir ainda mais seus valores originais, dando lances sucessivos e diminuindo seus preços (semelhante a um leilão).
No final dos lances, o pregoeiro verifica a proposta que se classifica em primeiro lugar como sendo a mais vantajosa para o poder público no que se refere aos aspectos de preço e qualidade, e então conclui-se essa como a empresa vencedora. No entanto, se o primeiro colocado não estiver com todos os documentos necessários em ordem, conforme descrito no edital, ele é considerado inabilitado e o segundo colocado no pregão é chamado, desta forma sucessivamente.
Na modalidade de pregão, tanto o presencial quanto o eletrônico, há uma inversão de fases comparada com as outras modalidades previstas na Lei no 8.666/1993. Nestas, primeiro verifica-se a habilitação para depois realizar a disputa de preço, diferente do pregão, onde primeiro ocorre a disputa de preço e posteriormente é realizada a habilitação do provisoriamente classificado em 1º lugar na fase de disputa de preço no certame. Isso desburocratiza e dá maior agilidade na execução do processo.
No final dos lances, o pregoeiro verifica a proposta que se classifica em primeiro lugar como sendo a mais vantajosa para o poder público no que se refere aos aspectos de preço e qualidade, e então conclui-se essa como a empresa vencedora. No entanto, se o primeiro colocado não estiver com todos os documentos necessários em ordem, conforme descrito no edital, ele é considerado inabilitado e o segundo colocado no pregão é chamado, desta forma sucessivamente.
Na modalidade de pregão, tanto o presencial quanto o eletrônico, há uma inversão de fases comparada com as outras modalidades previstas na Lei no 8.666/1993. Nestas, primeiro verifica-se a habilitação para depois realizar a disputa de preço, diferente do pregão, onde primeiro ocorre a disputa de preço e posteriormente é realizada a habilitação do provisoriamente classificado em 1º lugar na fase de disputa de preço no certame. Isso desburocratiza e dá maior agilidade na execução do processo.
HABILITADOS AO PREGÃO
No caso do Pregão eletrônico, deverão ser previamente credenciados perante o provedor do sistema eletrônico a autoridade competente do órgão promotor da licitação, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio e os licitantes que participam do pregão na forma eletrônica. 
Serão impedidos de participar de qualquer fase do processo quem se encaixa em uma ou mais das situações impeditivas:
-Estejam constituídos sob a forma de consórcio;
-Esteja suspenso temporariamente de participação em licitação e impedido de contratar com a Administração pela inexecução total ou parcial de contrato ou quem convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios
-Estejam sob falência, recuperação judicial, dissolução ou liquidação;
-Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:
I – ao autor do projeto, básico u executivo, pessoa física ou jurídica;
II – empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;
III – servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.
Qual o prazo para pedir esclarecimentos e/ou impugnação do Pregão Eletrônico?
Se você quer pedir esclarecimento envie sua solicitação ao pregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital. Falar por telefone é possível sim, mas é melhor que fique registrado também por escrito o que foi dado como resposta a você a fim de evitar desgastes posteriores.
Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório do Pregão na forma eletrônica.
Modalidade pregão 
É obrigatória aquisição de bens e Serviços comuns, preferencialmente da forma eletrônica.
Caso de Dispensa de Licitação
Art. 24. É dispensável a licitação: (Vide Lei nº 12.188, de 2.010) Vigência
 I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10%, do valor máximo de R$33 mil
 II - para outros serviços e compras de valor até 10% , do valor máximo R$17,6 mil
 III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
 IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública
 (...)
Princípios Aplicados na Modalidade Pregão
A licitação na modalidade de pregão é condicionada aos princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo, bem como aos princípios correlatos da razoabilidade, competitividade e proporcionalidade.
ALGUMAS PERGUNTAS E RESPOSTA
Quem faz o pregão?
Posso saber quem está participando de um determinado pregão eletrônico?
 O que é o anexo da proposta? 
Qual a vantagem do pregão eletrônico?
Qual a desvantagem do pregão eletrônico?
O PREGÃO PODE SER UTILIZADO PARA LICITAR OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA CIVIL?
Dispõe o artigo 5º do Decreto nº 3.555/00 que a licitação na modalidade de pregão não se aplica às contratações de obras e serviços de engenharia.
Dois anos depois, a Lei nº 10.520/02 estabeleceu o cabimento da modalidade pregão somente para a contratação de bens e serviços comuns, definindo, em seu artigo 1º, que se consideram bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Observe-se que a Lei nº 10.520/02não veda, expressamente, a contratação de obras e serviços de engenharia por meio de pregão. Ela apenas impõe que o objeto da licitação seja bem ou serviço comum.
Com relação aos serviços de engenharia, existe alguma controvérsia doutrinária acerca da viabilidade de aplicação do Pregão à sua contratação.
O Decreto nº 5.450/05, que regulamentou o pregão na forma eletrônica no âmbito federal, também estabeleceu que não se aplica esta modalidade para contratações de obras de engenharia, silenciando-se quanto aos serviços de engenharia. Quanto a esta proibição, há por parte da doutrina e, inclusive, do próprio Tribunal de Contas da União – TCU, manifestações que consideram que tal vedação não possui eficácia, porque não consta da lei que institui o Pregão. Ato regulamentar não poderia proibir o que por lei não o foi.
Entretanto, como dito, tanto a Lei nº 10.520/02 quanto o Decreto nº 5.450/05 não fazem menção expressa quanto à impossibilidade de contratação de serviços de engenharia pela modalidade Pregão. Logo, o que cabe discutir não é se o pregão poderá ser utilizado para contratação de serviço de engenharia, mas sim se o serviço de engenharia pode ser caracterizado como comum.
Em Nota Técnica Informativa, o CONFEA/CREA esclarece que todo serviço de engenharia possui certo grau de complexidade que inviabiliza sua contratação por meio da licitação na modalidade pregão. Em Decisão Plenária (2467/2012, de 03/12/2012), o Conselho decidiu que serviços que exigem habilitação legal para a sua elaboração ou execução, com a obrigatoriedade de emissão da devida ART perante o CREA, tais como projetos, consultoria, fiscalização, supervisão e perícias, jamais poderão ser classificados como comuns, dada a sua natureza intelectual, científica e técnica, fatores que resultam em ampla complexidade executiva, exigindo, portanto, profissionais legalmente habilitados e com as devidas atribuições, conforme também detalha o artigo 13 da Lei 8.666, de 1993, não se admitindo a sua contratação pela modalidade pregão
Apesar do entendimento contrário do CONFEA, o Tribunal de contas da União vem se posicionando de forma a admitir a utilização da modalidade Pregão para a contratação de serviços comuns de engenharia. Nesse sentido:
A Lei 10.520/2002 e o Decreto 5.450/2005 amparam a realização de pregão eletrônico para a contratação de serviços comuns de engenharia, ou seja, aqueles serviços cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado (TCU, Acórdão n. 286/2007. Plenário. DOU 16.02.2007).
NOVO DECRETO DO PREGÃO
“Uma audiência pública para apresentar o decreto que altera dispositivos do Pregão Eletrônico foi realizada no dia 04 de abril. O debate, convocado pela Secretaria de Gestão do Ministério da Economia, teve a participação de empresários, servidores, representantes de categorias, advogados e especialistas do Direito Administrativo. Após uma série de audiências e reuniões técnicas, essa foi a última etapa antes do envio do texto à Presidência da República.
O novo texto trouxe diversas alterações no pregão na forma eletrônica e dispõe sobre o uso da cotação eletrônica. A principal inovação é quanto ao uso obrigatório do pregão eletrônico pelos órgãos da Administração Pública federal direta, autárquica, fundacional e os fundos especiais. Antes, existia apenas a recomendação. A obrigatoriedade causará impacto nos órgãos integrantes do Sistema de Serviços Gerais – Sisg que ainda realizam pregões na modalidade presencial e exigirá o uso do sistema Comprasnet.
Outra inovação foi o alinhamento perante a jurisprudência do Tribunal de Contas da União – TCU sobre o uso do pregão para realização de “serviços comuns de engenharia”. O assunto causou muita polêmica junto as associações de arquitetos e engenheiros, que discordam da definição do TCU. O dispositivo abarca aSúmula nº 257 do TCU, que estabelece: “o uso do pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei nº 10.520/2002”.”

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