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Aula 6 - Leishmania

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Perfil do Egresso
 Classificação:
 Reino: Protozoa
 Filo: Sarcomastigophora
 Subfilo: Mastigophora
 Classe: Zoomastigophora
 Ordem: Kinetoplastida
 Família: Trypanosomatidae
 Gênero: Leishmania
Perfil do Egresso
 Parasitas unicelulares, heteróxenos
 Formas evolutivas: 
 Promastigota - flagelada
 Paramastigota - flageladas
 Amastigota – sem flagelo livre
 Hospedeiros vertebrados: mais comum em 
roedores e canídeos, marsupiais, procionídeos, 
ungulados primitivos, felinos, primatas –
humanos.
 Vetor: flebotomíneos – Diptera: Psycodidae
subfamília Phlebotominae
Perfil do Egresso
Perfil do Egresso
Perfil do Egresso
 Forma flagelada
 Habitat: trato digestivo – hospedeiro 
invertebrado
 Alongadas, flagelo livre e longo – porção 
anterior
 Núcleo arredondado ou oval – região 
mediana
Perfil do Egresso
 Forma flagelada
 Habitat: trato digestivo – hospedeiro 
invertebrado
 Pequenas e arredondadas ou ovais
 Flagelo curto – porção anterior
 Núcleo arredondado ou oval – região 
mediana
Perfil do Egresso
 Forma flagelada –flagelo longo: duas vezes o corpo –
mobilidade intensa
 Forma infectante para o hospedeiro vertebrado
 Habitat: porções anteriores do trato digestivo –
hospedeiro invertebrado
Perfil do Egresso
Perfil do Egresso
 Forma oval, esférica ou fusiforme
 Núcleo grande e arredondado – ocupa 
1/3 do parasita
 Cinetoplasto em forma de bastonete
 Sem flagelo livre – bolsa flagelar
Perfil do Egresso
 Vetor: fêmeas de mosquitos flebotomíneos (gênero Lutzomyia)
 Inoculação das formas infectantes (promastigotas metacíclicas) 
durante o repasto sanguíneo.
Perfil do Egresso
 Vetores – flebotomíneos: + de 500 espécies conhecidas – 30 
transmitem Leishmania!
 Mosquitos do gênero Lutzomyia - conhecidos no Brasil por birigui, 
mosquito-palha e tatuquira...
 Brasil: L. whitmani, L. wellcomei, L. pessoai, L. intermedia, L. umbratilis
e L. flaviscutellata
Perfil do Egresso
 Somente as fêmeas fazem repasto sanguíneo
Perfil do Egresso
 Locais onde encontrar – abrigos úmidos e escuros de florestas 
tropicais
Perfil do Egresso
Perfil do Egresso
Inoculação de 
promastigotas metacíclicas
na pele
Promastigotas são 
fagocitadas por 
macrófagos
Se transformam em 
amastigotas
Divisão binária
Rompem os 
macrófagos
Serão 
novamente 
fagocitadas
Perfil do Egresso
Perfil do Egresso
Repasto sanguíneo
Ingestão de 
amastigota
Intestino médio –
matriz peritrófica
Paramastigotas–
epitélio intestinalDivisão binária
Migração – válvula 
estomodeal
Promastigotas
metacíclcicas
Perfil do Egresso
Perfil do Egresso
A espécie infectante é importante para o fenótipo da
patologia desenvolvida em indivíduos imunocompetentes
(Espécies que ocorrem no Brasil)
Perfil do Egresso
 Formas promastigotas na derme – atração de células fagocitárias 
mononucleares : MACRÓFAGOS – HISTIÓCITOS
 Lesão inicial: infiltrado inflamatório – linfócitos e macrófagos infectados
 Período de incubação: 2 semanas a 3 meses
 Lesão incial: pode regredir, pode permanecer estacionária ou evoluir para 
um nódulo dérmico (histiocitoma)
Perfil do Egresso
 Evolução do histiocitoma – depende da espécie de Leishmania
 Caracterização da lesão: hipertrofia do extrato córneo e da papila
 Infiltrado celular ao redor da lesão (linfócitos) – reação 
inflamatória do tipo tuberculoide
 Necrose – desintegração da epiderme – lesão ulcerocrostosa
Perfil do Egresso
 Úlcera leishmaniótica: 
 circular, 
 bordas altas, 
 fundo granuloso, 
 cor vermelha intensa, 
 recoberto por exsudato seroso 
ou seropurulento
Perfil do Egresso
 Variação de formas – desde lesões 
autorresolutivas até lesões 
desfigurantes
 Estado imunológico do paciente
 Espécie de Leishmania
Perfil do Egresso
 Leishmaniose Cutânea
 Úlceras únicas ou múltiplas
 Confinadas na derme
 Úlceras leishmanióticas típicas
 Leishmaniose cultaneo-disseminada 
– pacientes imunossuprimidos
 Espécies no Brasil: L.(V.) braziliensis, 
L.(V.)guyanensis, L.(L.) amazonenses, 
L.(V.) laisonsi
Perfil do Egresso
 Leishmaniose Cutaneomucosa
 L. braziliensis
 Mesmas manifestações da LC na 
fase inicial
 Meses ou anos: lesões destrutivas 
envolvendo as mucosas e 
cartilagens
 Extensão direta da lesão primária 
ou disseminação hematogênica
 Nariz, faringe, boca e laringe
Perfil do Egresso
 Leishmaniose Cutaneomucosa
 1ª manifestação: eritema e discreta inflamação no septo nasal 
– coriza constante e processo ulcerativo
 Atinge vestíbulo, asa do nariz, assoalho da fossa nasal, palato 
mole, úvula, faringe, laringe e traqueia
 Mudança anatômica e aumento do nariz – nariz de anta
Perfil do Egresso
 Leishmaniose Cutânea Difusa
 L. pifanoi, na Venezuela; L. amazonensis, 
no Brasil
 Lesões difusas não ulceradas por toda a 
pele
 Erupções papulares ou nodulares não 
ulceradas – extremidades e partes expostas
 Deficiência imunológica do paciente
 Curso crônico e progressivo – tratamento 
não eficaz
Perfil do Egresso
 Leishmaniose Visceral
 L. infantum = L. chagasi / Vetor: Lutzomyia longipalpis
 Doença infecciosa sistêmica
 Evolução crônica
 Febre irregular de intensidade média e de longa duração
 Esplenomegalia e hepatomegalia
 Anemia, leucopenia, trombocitopenia, hipergamaglobulinemia
 Emagrecimento, edema, debilidade progressiva – caquexia e óbito
Perfil do Egresso
 Leishmaniose Visceral
 Cães são reservatórios domésticos
 descamação seca da pele, pelos quebradiços, nódulos na pele, úlceras, 
febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, falta de apetite, vômito, 
diarreia, lesões oculares e sangramentos.
 Ministério da saúde: sacrifício de animais infectados
Perfil do Egresso
 DIAGNÓSTICO CLÍNICO
 Observação da lesão característica
 Dados epidemiológicos
 Doenças de manifestação semelhante: tuberculose cutânea, 
hanseníase, infecções por fungos – lesões granulomatosas
Perfil do Egresso
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Pesquisa de parasitos em material obtido da lesão
 Exame direto de esfregações corados: biópsia ou escarificação nas bordas 
da lesão – pesquisa de amastigotas
Perfil do Egresso
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Pesquisa de parasitos em material obtido da lesão
 Exame histopatológico: biópsia - técnicas histológicas – pesquisa de 
amastigotas ou infiltrado inflamatório característico
Perfil do Egresso
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Pesquisa de parasitos em material obtido da lesão
 Cultura: fragmentos de tecido em meios apropriados – NNN + LIT– 3 
repiques com intervalos de 10 dias – facilmente contaminadas
 Inóculo em animais: Hamster – inoculação intradérmica (focinho ou 
patas) – instituição de pesquisa
Perfil do Egresso
 TESTES IMUNOLÓGICOS – Teste Intradérmico 
de Montenegro
 Avalia: reação de hipersensibilidade do paciente
 Diagnóstico e monitorização
 Sensibilidade: 82,4 a 100%
 Antígeno: promastigotas mortas
 Inoculação do antígeno via intradérmica – face 
interna do braço
 Após 48-72h: reação inflamatória local – nódulo ou 
pápula
 Positivo: >5mm
Perfil do Egresso
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL – Leishmaniose visceral
 Pesquisa de parasitos em material obtido aspirado de medula 
óssea, baço, fígado e linfonodo
 Esfregaço, cultura, inoculação em animais
 Punção de medula é a técnica mais simples – pouco risco para 
paciente
 Reação de Imunofluorescência direta
 ELISA
 Pesquisa de parasitos por PCR
Perfil do Egresso
 Leishmaniose tegumentar
Gaspar Viana (1912): antimonial tártaro emético
 Antimonial pentavalente (Sb+5): Glucantime® (antimoniato de N-
metilglucamina)
 Via de administração: intramuscular
 Esquema terapêutico: 20mg/Kg de peso do paciente/dia durante 20 
dias – intervalo de 10 dias – novamente outra série de 10 dias
 Limpeza das lesões – infecções secundárias
 Tratamento se estende até cura total da lesão – avaliação clínica
 Não pode utilizar em pacientes cardíacos e grávidas
Perfil do Egresso
 Leishmaniose visceral
 Antimonial pentavalente (Sb+5): Glucantime® (antimoniato de N-
metilglucamina)
 Via de administração: endovenosa ou intramuscular
 Esquema terapêutico: 20mg/Kg de peso do paciente/dia durante 20 
dias – máximo 40 dias
Perfil do Egresso
 Enzootia de animais silvestres – homem invade hábitat do vetor
 Distribuição geográfica – limitada a distribuição do vetor
 Reservatórios mamíferos: roedores, marsupiais, canídeos, 
primatas... – raramente produz doença
 Lesões em hospedeiros acidentais: humanos e cães
 Américas: leishmaniose é endêmica no México, maior parte da 
América Central, países da América do Sul (exceto Chile|).
 Brasil: maior incidência na região Norte
 Mais comum na zona rural
Perfil do Egresso
 Proteção individual: uso de repelentes, mosquiteiros e telas nas 
janelas
 Proteção coletiva: limpeza de terrenos e quintais
 Evitar acúmulo de lixo orgânico
 Impedir a formação de criadouros de mosquitos
 Impedir a aproximação de roedores e marsupiais - reservatórios
A gente se vê 
por aí... tchau!

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