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Perfil do Egresso Classificação: Reino: Protozoa Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Classe: Zoomastigophora Ordem: Kinetoplastida Família: Trypanosomatidae Gênero: Leishmania Perfil do Egresso Parasitas unicelulares, heteróxenos Formas evolutivas: Promastigota - flagelada Paramastigota - flageladas Amastigota – sem flagelo livre Hospedeiros vertebrados: mais comum em roedores e canídeos, marsupiais, procionídeos, ungulados primitivos, felinos, primatas – humanos. Vetor: flebotomíneos – Diptera: Psycodidae subfamília Phlebotominae Perfil do Egresso Perfil do Egresso Perfil do Egresso Forma flagelada Habitat: trato digestivo – hospedeiro invertebrado Alongadas, flagelo livre e longo – porção anterior Núcleo arredondado ou oval – região mediana Perfil do Egresso Forma flagelada Habitat: trato digestivo – hospedeiro invertebrado Pequenas e arredondadas ou ovais Flagelo curto – porção anterior Núcleo arredondado ou oval – região mediana Perfil do Egresso Forma flagelada –flagelo longo: duas vezes o corpo – mobilidade intensa Forma infectante para o hospedeiro vertebrado Habitat: porções anteriores do trato digestivo – hospedeiro invertebrado Perfil do Egresso Perfil do Egresso Forma oval, esférica ou fusiforme Núcleo grande e arredondado – ocupa 1/3 do parasita Cinetoplasto em forma de bastonete Sem flagelo livre – bolsa flagelar Perfil do Egresso Vetor: fêmeas de mosquitos flebotomíneos (gênero Lutzomyia) Inoculação das formas infectantes (promastigotas metacíclicas) durante o repasto sanguíneo. Perfil do Egresso Vetores – flebotomíneos: + de 500 espécies conhecidas – 30 transmitem Leishmania! Mosquitos do gênero Lutzomyia - conhecidos no Brasil por birigui, mosquito-palha e tatuquira... Brasil: L. whitmani, L. wellcomei, L. pessoai, L. intermedia, L. umbratilis e L. flaviscutellata Perfil do Egresso Somente as fêmeas fazem repasto sanguíneo Perfil do Egresso Locais onde encontrar – abrigos úmidos e escuros de florestas tropicais Perfil do Egresso Perfil do Egresso Inoculação de promastigotas metacíclicas na pele Promastigotas são fagocitadas por macrófagos Se transformam em amastigotas Divisão binária Rompem os macrófagos Serão novamente fagocitadas Perfil do Egresso Perfil do Egresso Repasto sanguíneo Ingestão de amastigota Intestino médio – matriz peritrófica Paramastigotas– epitélio intestinalDivisão binária Migração – válvula estomodeal Promastigotas metacíclcicas Perfil do Egresso Perfil do Egresso A espécie infectante é importante para o fenótipo da patologia desenvolvida em indivíduos imunocompetentes (Espécies que ocorrem no Brasil) Perfil do Egresso Formas promastigotas na derme – atração de células fagocitárias mononucleares : MACRÓFAGOS – HISTIÓCITOS Lesão inicial: infiltrado inflamatório – linfócitos e macrófagos infectados Período de incubação: 2 semanas a 3 meses Lesão incial: pode regredir, pode permanecer estacionária ou evoluir para um nódulo dérmico (histiocitoma) Perfil do Egresso Evolução do histiocitoma – depende da espécie de Leishmania Caracterização da lesão: hipertrofia do extrato córneo e da papila Infiltrado celular ao redor da lesão (linfócitos) – reação inflamatória do tipo tuberculoide Necrose – desintegração da epiderme – lesão ulcerocrostosa Perfil do Egresso Úlcera leishmaniótica: circular, bordas altas, fundo granuloso, cor vermelha intensa, recoberto por exsudato seroso ou seropurulento Perfil do Egresso Variação de formas – desde lesões autorresolutivas até lesões desfigurantes Estado imunológico do paciente Espécie de Leishmania Perfil do Egresso Leishmaniose Cutânea Úlceras únicas ou múltiplas Confinadas na derme Úlceras leishmanióticas típicas Leishmaniose cultaneo-disseminada – pacientes imunossuprimidos Espécies no Brasil: L.(V.) braziliensis, L.(V.)guyanensis, L.(L.) amazonenses, L.(V.) laisonsi Perfil do Egresso Leishmaniose Cutaneomucosa L. braziliensis Mesmas manifestações da LC na fase inicial Meses ou anos: lesões destrutivas envolvendo as mucosas e cartilagens Extensão direta da lesão primária ou disseminação hematogênica Nariz, faringe, boca e laringe Perfil do Egresso Leishmaniose Cutaneomucosa 1ª manifestação: eritema e discreta inflamação no septo nasal – coriza constante e processo ulcerativo Atinge vestíbulo, asa do nariz, assoalho da fossa nasal, palato mole, úvula, faringe, laringe e traqueia Mudança anatômica e aumento do nariz – nariz de anta Perfil do Egresso Leishmaniose Cutânea Difusa L. pifanoi, na Venezuela; L. amazonensis, no Brasil Lesões difusas não ulceradas por toda a pele Erupções papulares ou nodulares não ulceradas – extremidades e partes expostas Deficiência imunológica do paciente Curso crônico e progressivo – tratamento não eficaz Perfil do Egresso Leishmaniose Visceral L. infantum = L. chagasi / Vetor: Lutzomyia longipalpis Doença infecciosa sistêmica Evolução crônica Febre irregular de intensidade média e de longa duração Esplenomegalia e hepatomegalia Anemia, leucopenia, trombocitopenia, hipergamaglobulinemia Emagrecimento, edema, debilidade progressiva – caquexia e óbito Perfil do Egresso Leishmaniose Visceral Cães são reservatórios domésticos descamação seca da pele, pelos quebradiços, nódulos na pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, falta de apetite, vômito, diarreia, lesões oculares e sangramentos. Ministério da saúde: sacrifício de animais infectados Perfil do Egresso DIAGNÓSTICO CLÍNICO Observação da lesão característica Dados epidemiológicos Doenças de manifestação semelhante: tuberculose cutânea, hanseníase, infecções por fungos – lesões granulomatosas Perfil do Egresso DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pesquisa de parasitos em material obtido da lesão Exame direto de esfregações corados: biópsia ou escarificação nas bordas da lesão – pesquisa de amastigotas Perfil do Egresso DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pesquisa de parasitos em material obtido da lesão Exame histopatológico: biópsia - técnicas histológicas – pesquisa de amastigotas ou infiltrado inflamatório característico Perfil do Egresso DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pesquisa de parasitos em material obtido da lesão Cultura: fragmentos de tecido em meios apropriados – NNN + LIT– 3 repiques com intervalos de 10 dias – facilmente contaminadas Inóculo em animais: Hamster – inoculação intradérmica (focinho ou patas) – instituição de pesquisa Perfil do Egresso TESTES IMUNOLÓGICOS – Teste Intradérmico de Montenegro Avalia: reação de hipersensibilidade do paciente Diagnóstico e monitorização Sensibilidade: 82,4 a 100% Antígeno: promastigotas mortas Inoculação do antígeno via intradérmica – face interna do braço Após 48-72h: reação inflamatória local – nódulo ou pápula Positivo: >5mm Perfil do Egresso DIAGNÓSTICO LABORATORIAL – Leishmaniose visceral Pesquisa de parasitos em material obtido aspirado de medula óssea, baço, fígado e linfonodo Esfregaço, cultura, inoculação em animais Punção de medula é a técnica mais simples – pouco risco para paciente Reação de Imunofluorescência direta ELISA Pesquisa de parasitos por PCR Perfil do Egresso Leishmaniose tegumentar Gaspar Viana (1912): antimonial tártaro emético Antimonial pentavalente (Sb+5): Glucantime® (antimoniato de N- metilglucamina) Via de administração: intramuscular Esquema terapêutico: 20mg/Kg de peso do paciente/dia durante 20 dias – intervalo de 10 dias – novamente outra série de 10 dias Limpeza das lesões – infecções secundárias Tratamento se estende até cura total da lesão – avaliação clínica Não pode utilizar em pacientes cardíacos e grávidas Perfil do Egresso Leishmaniose visceral Antimonial pentavalente (Sb+5): Glucantime® (antimoniato de N- metilglucamina) Via de administração: endovenosa ou intramuscular Esquema terapêutico: 20mg/Kg de peso do paciente/dia durante 20 dias – máximo 40 dias Perfil do Egresso Enzootia de animais silvestres – homem invade hábitat do vetor Distribuição geográfica – limitada a distribuição do vetor Reservatórios mamíferos: roedores, marsupiais, canídeos, primatas... – raramente produz doença Lesões em hospedeiros acidentais: humanos e cães Américas: leishmaniose é endêmica no México, maior parte da América Central, países da América do Sul (exceto Chile|). Brasil: maior incidência na região Norte Mais comum na zona rural Perfil do Egresso Proteção individual: uso de repelentes, mosquiteiros e telas nas janelas Proteção coletiva: limpeza de terrenos e quintais Evitar acúmulo de lixo orgânico Impedir a formação de criadouros de mosquitos Impedir a aproximação de roedores e marsupiais - reservatórios A gente se vê por aí... tchau!
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