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Manufatura mecânica – Conformação dos metais Aula 4 Prof. Fábio Brongar Milech 1 Laminação 2 • Os processos de conformação realizam significativas mudanças de forma em peças metálicas cuja forma inicial é uma peça maciça e não uma chapa. • Os processos de conformação volumétrica transformam as formas de partida, por vezes aprimorando propriedades mecânicas, mas sempre agregando valor. • Esses processos transformam a geometria do material aplicando tensão suficiente para que o metal alcance o estado de escoamento plástico e se acomode à forma desejada. Laminação 3 Laminação 4 • Laminação é um processo de conformação no qual a espessura do metal é reduzida por esforços compressivos exercidos por meio de dois cilindros. • Os cilindros giram para puxar e, ao mesmo tempo, comprimir o metal que está compreendido entre eles. Motor Laminação 5 Laminação 6 Laminação 7 • A maioria dos processos de laminação demanda investimento grande de capital, pois seus equipamentos contêm componentes robustos, chamados de laminadores, para realizá-los. • O alto custo de investimento exige que os laminadores sejam usados para produção, em grande escala, de itens padronizados, tais como chapas finas e grossas. • A maioria dos processos de laminação é realizada por meio de trabalho a quente, chamado de laminação a quente, em razão da necessidade de grande volume de material a ser deformado. • O metal laminado a quente é geralmente isento de tensões residuais, e suas propriedades são isotrópicas. • Desvantagens da laminação a quente são relacionadas com a impossibilidade de serem obtidos produtos com tolerâncias estreitas, e a superfície apresentar uma camada característica de óxido. Laminação a quente 8 Laminação a quente 9 Laminação a quente 10 Laminação a quente 11 Laminação a quente 12 Laminação a frio 13 • A laminação a frio aumenta a resistência do metal e permite tolerâncias mais estreitas na espessura. • Além disso, a superfície da chapa laminada a frio é isenta de carepas, e geralmente melhor, se comparada ao correspondente produto laminado a quente. • Estas características tornam as chapas finas, tiras e bobinas laminadas a frio as matérias-primas ideais para estampas, painéis externos e outros componentes de produtos, desde automóveis até utensílios e material de escritório. • Acabamento superficial e tolerâncias dimensionais superiores às tiras produzidas por laminação a quente. • O encruamento resultante da redução a frio garante maior resistência ao produto final, além de melhor aspecto superficial (menor rugosidade e livre de oxidações aparentes). Laminação a frio - Defeitos 14 • Rugosidade: Afeta toda a largura da chapa – é constituída de partículas de carepa engastadas na superfície, que desaparecem depois da decapagem e deixam um aspecto áspero. • Marcas de cilindros - Tem origem numa irregularidade na superfície do cilindro de trabalho e que, a cada rotação, são reproduzidas na superfície do metal. • Ondulações‐ Resultam de tensão muito baixa, má planicidade ou perfil assimétrico da tira do acabador. • Vazios: São locais onde aparecem "buracos" no produto laminado e podem ser oriundos de rechupes ou dos gases retidos no metal, quando da sua fundição. • Este tipo de defeito reduz a resistência mecânica do produto. Laminação a frio - Defeitos 15 • Gotas Frias: São pingos de metal que se solidificam na parede da lingoteira durante o vazamento do metal na fundição e, quando o líquido chega nestes pingos solidificados para preencher e formar o bloco que será laminado, a “gota fria” adere‐se ao bloco e forma o defeito. • Trincas: São rachaduras que aparecem nas peças laminadas e, tipicamente, são oriundas de temperaturas inadequadas durante a laminação. • Dobras: São oriundas de reduções de espessura muito elevadas. • Inclusões: São oriundas do processo de fundição (óxidos, cinzas, escórias, pedaços do refratário do forno de fundição, ou qualquer outro tipo de contaminação sólida inadequada no metal a ser laminado). Normalmente são óxidos metálicos muito mais duros do que os rolos laminadores e provocam a deformação ou marcação destes definitivamente. Laminação a frio - Perfis 16 Laminação a frio – Fuso 17 CONFORMAÇÃO A FRIO USINAGEM Laminação a frio – Engrenagem 18 Fatores que afetam a laminação 19 • Definição do correto processo de laminação. • Tipos de laminadores a serem utilizados. • Aspectos metalúrgicos a serem considerados. • Relações geométricas na laminação (região de deformação, coeficientes de deformação, arco de contato, ângulo de mordida, fatores geométricos que afetam a mordida e o arraste, ângulo neutro, plano neutro e deslizamento). • Mordida do esboço pelos cilindros. Fatores que afetam a laminação 20 • Carga de laminação. • Alargamento na laminação. • Velocidade de deformação. • Cálculo da resistência à deformação a quente e a frio. • Lubrificação. • Atrito. Fatores que afetam a laminação 21 • Instrumentação necessária para controle do processo produtivo. • Medição da espessura e largura. • Medição das forças e esforços envolvidos. • Medição e controle da temperatura, da velocidade de trabalho e da planicidade da chapa. • Quantidade de recozimentos necessários. Laminadores 22 • Partes do laminador: cilindros, mancais, uma carcaça (chamada de quadro, gaiola ou cadeira) e um motor. • O conjunto de cadeiras que compõem um laminador denomina‐se trem de laminação (é a denominação do conjunto de todos os órgãos necessários para se obter um produto final, partindo‐se de um lingote sobre o qual é efetuado um trabalho mecânico). Classificação de laminadores 23 • Subdividido em 3 etapas distintas dentro do processo: • TREM DESBASTADOR: tem por objetivo reduzir as dimensões do material (lingote ou placa), sem atingir a dimensão final. • TREM INTERMEDIÁRIO: processa a redução das dimensões da peça sem atingir a forma final, mas com possibilidade disso acontecer. • TREM DE ACABAMENTO: processa o material até que este atinja as dimensões finais. Configurações de laminadores 24 Várias configurações de laminadores: (a) duo, (b) trio, (c) quádruo, (d) laminador com cilindros agrupados (Sendzimir) e (e) laminador em tandem ou trem de laminação. Laminação de longos 25 • DUO: o mais simples de todos, é constituído por dois cilindros de eixos horizontais, colocados verticalmente um sobre o outro. Pode ser reversível ou não. • TRIO: os cilindros sempre giram no mesmo sentido. Porém, o material pode ser laminado nos dois sentidos, passando‐o alternadamente entre o cilindro superior e o intermediário e entre o intermediário e o inferior. • QUADRUO: para a laminação de materiais de menor espessura é interessante utilizar cilindros de trabalho de pequeno diâmetro. Entretanto, estes cilindros podem sofrer flexão. Para evitar a flexão, estes cilindros são apoiados por cilindros denominados cilindros de encosto. Laminação de longos 26 • SENDZIMIR: quando o diâmetro dos cilindros de trabalho é pequeno (<100 mm), eles podem sofrer flexão tanto na direção vertical quanto na horizontal. Para evitar a flexão, os cilindros devem ser apoiados em ambas as direções. • UNIVERSAL: dispõe de dois pares de cilindros de trabalho, com eixos verticais e horizontais.
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