Buscar

Abbé SAINT-PIERRE - Projeto para tornar a paz perpétua

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

I P R I 
A B B É DE S A I N T - P I E R R E 
PROJETO PARA TORNAR
 
PERPÉTUA A
 
PAZ NA EUROPA
 
I r R I 
A refle x ão sobre a tcm át ica da s rcl acõcs internacion ais está presente desd e os 
pensadores da antigüidade g reg:I, como é o caso de Tucfd ides. lgu almcruc , 
obras como a Utop ia . de 1110mas More , e os esoitos de Maquiave l, Hobbe«e 
Monresq u ie u requerem, para sua melhor compreens ão, uma leitura soh a 
<'>tica mais amp la das re!ac,;(x:s e ntre es tados e povos. No mundo mex lcrno, 
como é sa bido , a dis ciplina l<ela l;/ )eS Internacionais su rgiu ap()s a Primeira 
Guerra Mundial e , desde ent ão ,experime nto u notável desenvolvimento, trans ­
formando-se em matéria indispensável para o entendiment o do cenário a­
rual, Assim se ndo, as rc lac õcs inte rnaciona is constituem áre.t essenc ia l do 
conhecimento que é. ao mesmo tempo , an tiga, mexlerna e contemporânea. 
N<) Bra sil, a pesa r de) cresce nte interesse nos mei os acadêmico, político , em­
prcsarial , sind ical e jorna lístico pelos ass untos de rclav'x:s exteriores e políti ­
G l internacional. consta ta-se e norme ca rência hihliog rálk a nessa matéria. 
I'\ess e sentido, o Instituto de Pesqu isa de Relações Institucionais - lPHI, a 
Editora Un iversid ade de Bras ília e a Impre nsa Oficial do Estado de Sâo Pau ­
lo esrabclccc raru parceria IXll :1 viabilizar a edi ção sistemá tica, sob a 1<mna de 
colecào, de Ohl: IS lxisicas para o es tudo das rcla<,:(x:s imcmaciona is, Algumas 
das obras incluídas na colcc ào nunca fo rum traduzídas pa ra o portugu ês , 
como () f)ircito da Paz c da Guerra de Ilugo Grotius , enquanto o utros títulos. 
apesar de n ào serem inéd itos em língu a portu guesa, e nco ntram-se esgotados, 
se ndo de di fíci l acesso. Desse m odo , a colec ào CUslJ('()\II 'N! tem po r obj c­
tivo bcilitar ao público interessade)o acess<)a ol )ras e<msidcrada» fundamen­
tais pa ra o estud o das relacocs int ernaciona is em seus aspectos hist órico , 
conce itual c rc órico. 
Cada um dos livros da coie(:lo contará com aprescnt;lç.1o li.:ita por um espc­
cialisr.i qu e situani :Lobra em seu tempo, discutindo também sua im portância 
dentro de) pa nenuma gel: d da reflex ão so l)re as rcla <,'(X:s entre P()v< >s e nações. 
Os CI.,iSIJ(XJS IPNIdestin am-se es pecia lme nte ao meio universirário brasilei­
ro que tem rcgi -rrado, nos últimos anos, um ex p ressivo aumento no número 
de cursos de gl: ld ua<,':10 e pós-graduarã o na {tn:a de rcla <,'{x:s inte rnaciona is. 
Op\10~\ 
,)\1/}.I,)111 llllllV O!SIln'IlV Oplll~ll.I'):1 :( ll.wj<).Id 
.. /11,)[1 ,U II( ,)(/ I,) -'"lJ}/(1 ,J(/ . 
\IH()lt i \ .1<1 ()Sll\.\ll:1 
S')\P~"llO~) SlllC!II!/\\ :ol.)~~F)Jd 
.. lJ.Jlllh.I1JIIV,)j)lJj),J/.J(),",' V.. 
11.1H~II(I'I1 
SSI1.111,11!,)S Op.ll~.)I}1 :O!,1~~J.).Id 
.. m!().tll,:1 
lJII ZlJeI I) lJlI/~)(/.I'H .tI)II.I()IUI/H! ()I,J/ii.ld. 
IHH:lldl.\.I\SI< I :.IHHV 
0.1 !,)( 1!}I 
,)ll!ller OWlI')H :o!,1ej<).Id ,) (W,WZIUl~n'.I() 
"S()jJlJIIOJ.),Jj')S S()I.\',~f... 
SIIIH( II I SVI\( )11,1. 
1,)n'Ul~H 
1~1l()J q\ ,)lU,),)! i\ :O!,1~~.J,).Id ,) O t;.'ltl pl~.I, L 
"S,)III,J/) S17j) ()1,l,).I/U () .. 
II.I.I.\;\I(III.)IHII\:I 
C0·1.10:) SCX!')S 
')11 ,)dq,):! ZII1'1 :O!,1~~J.).Id ,) O('>1~Z!UI~n'.I() 
S,).I0lI11~ SO!.I~~;\ 
"SI i.J! I !JlII! ij</I( I SI iqj,JSI Ii1,').. 
OUlllllV ot;or :O!.1~~p.ld 
,,17!</()hJ.. 
Ill()l!\l SVI\()II,L 
osqW.lCd ,/sor :O!')~~.I,).Id 
" ()rSlljl ')jJlIIJ.I,') V.. 
TII~ )\.V \.VI\ll()N 
'.11' 
l~,),)SllO:1 UOSI')~) :O!.1~~J).Id ,) O()l~Zllll~n'.I() 
.. S()jJ17IIO/"')j,J,",' S()I.\"~l" 
I V:lSS. I< )}( S:1. 1<') iv('-\.V:I r 
lI!,).I,L Uq~lll~.I:1 :O!,)~~p.ld ,) O()l~Z!Ul~~.I()
 
"S()jJ17I1().J.),)j,)S S()I.\"~l..
 
TI~HI I ':1 ';\\ .~)
 
C.'l1l,10.ld Of.)!ll!O( [ :ol.wj<).Id 
.. I).I.I,JIl,') lJ( l.. 
11.1 \\.IS \\1:) \.() \Ill\:) 
.I0111l.1rZr.I.l,1:1 ollxhlll~S (>1.).1,).1. :O!.)~~J.).ld 
"S,JIII,),') SlJjJ ,J jl).tll/I).\' ()I!,J.I!(/ ()u .. 
IHO( 1\.1.1 ld '11.11\\-'; 
1lI1P.1l~:) ,11l/}PU')\1 SOpl~:) :O!.)~:j,).Id 
SI),)/! 
-Jj()eI S()ll.U,\:1 S().IIII() ,J" J)}II~JI/.I'H 21Je! V, 
'\'\'1 TIl\.\I\I\( 
n'.I,1qU,)p·ICS '~\i oP,,~uoH :O!,)r,p.ld 
"S,J~i·;!/Ji\' SIJ ,),11/1,) I).)l/Jj()e! v.. 
1\11I'1~))I()I!\l s\.\11 
S,)tl~~IP(l}\ 
Z')I');\ Op.lI~,)IH :O!,)r.r-).Id ,) OI.~,)I~Z!Ul~n'.I() 
~;lij)17l1lip,JpS ~·lil!.n.'H, 
ITII\II(UI ),1. :,<1 SIX:·IIV 
.I'),WI OSI,):) :oul~J.).Id 
,,21Je! I)j) ,J I). 1.1,JIl" ) l)jJ ()I.I,J.'.I(/ ().. 
S 11.1.1 )H~) ()~)]I I 
,)I1/}.I,)tl/}11( IIV 
UI ll[pl1~) (llSI1~tlV ,/S( lr:( lt;,)CZ!lll~~.I(l ,) (J!')~~.J,).Id 
"SI'P!' I 11ip')j,J.\' SI il!.ns:/., 
I:I.\\II()\ ~ 
lll!l~d O!llOlllV :()!,)rJ).Id 
"S,)~ijlJ:V SI) ,).1111,) 1).1.1.711/) ,) 2'I)cf., 
\.OHV (l\.I )1\~\}1 
\1,).IqV r"!I\1 ,)P 01,),).I1~I!\l :oUn).Id 
"ZlJe! l?jJ SIJ,JlIIIIJIII),):1 SlJPII~lIj),)SII(),')sV" 
s:l\.uJI '~ '1' 
Oles !1!!:I :O!,)rp.ld 
S!I)1I01,!l)1I 
-·{,JI"I S.7~J.1I}j,W SlJjJ opn1.'::1 ()J) O !J.1 IIjJl i.I 1 
-IIIIJIII(}·óró/-()/ó/.7S/-0')jJS()IIJ/,)III/.1 .. 
mlv:) '11 ':1 
,)q~lCtln'l~r 0H'/II :OI.)~~J).Id 
,,()S,)Jfli</Oj,Jd lij) 1).1.1.711,') lJj) IJ,U~iIS.lII.. 
SIIIIIIn.1.l. 
IHdI SO:J/SSyI:J o~jdlOJ 
FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GusMÃo - FUNAG 
Presidente: Embaixadora TI1ERFlA MAHIA MAU lADO QIII:"TELLA 
INSTITUTO DE PESQUlSA DE RElAÇÕES INTERNACIONAIS IPRI 
Diretora: Embaixadora HELOÍSA VILlll':\iA DE AI{A(IO 
EDITORA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB 
Diretor. ALEXA\iDHF LIMA
 
Conselho Editorial. EU/.A1WTII CAMTLLI (Presidente), ALExANlmE LltvlA, Ex­
TI·:VÀ.O C: lAVES DF REíT\])E MAHTIl\S, HE\iHYK SIFWII':HSKI, JOS(: MAI{IA G. m:
 
AUVIFI])A JI'\lIOR, MOFMA MALlII':II{OS PONTES, RFIi\illAlmT ADOLFO Ft 'CK, SI~:I{(;IO
 
PAI:\'() Rl'A'\iET, SYJXIA FIUI!'H.
 
IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Diretor Pre:...idente: HI 'BEHT ALQI 1f.:RI·:S 
Diretor Vice-Presidente. Liuz CAI{1.0S FHI(;ERIO 
Diretor Industrial: TFI,II TOMIOKA 
Diretor Financeiro e Administratii«r }{IClIAHD VAINBEH(; 
'V.~ e,:.."oI 
u 
,4 .G> ~ 
I r R I 
ABBÉ DE SAINT-PIERRE 
PROJETO PARA TORNAR
 
PERPÉTUA A
 
PAZ NA EUROPA
 
Traduccto de 
Sérgio Duarte 
Prefácio. 
Ricardo Seitenfus 
Imprensa Oficial do Estado
 
Editora Universidade de Brasília
 
Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais
 
São Paulo, 2003
 
Título Original: Projct pou r rend re la paix perpetuello cn Eu rop« 
Traducáo de S. Duarte 
Direitos © desta edi,)o: 
Editora t .nivcrsidade de Brasília 
SCS Q. 2 bloco C n". 7H, 2°. andar 
70jOO-')OO Brasília, DF 
A presente edi(:[o foi teita em forma cooperativa da Editora I 'nivcrsidadc de Brasília com 
o Instituto de Pesquisa de Rdlc.;óes lntcrnacionaix OP/{//FllNAG) e a Imprensa Oficial do 
Estado de S:[O Paulo. Todos os direitos reselvados conforme a lei. Nenhuma parte desta 
publicaoto pode1':1 ser armazenada ou reproduzida por qualquer meio sem autorizacúo 
por escrito (Lt Editora Universidade de Ikasília. 
liqu ipc técn ica: 
EIITI SAro (Planejamento editorial)
 
A"i;\ CIAll )1;\ BF/FI{I{;\ \)F MFLO FILTFI{ (Assistente)
 
Editoração. fotolitos, impressão e acabamento: 
IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Dados internacionais de Cataloga\'~I()na Publicaçào (C\ P) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
Sa int-Picrrc, Ahlx: de 
Projeto para Tornar Perpétua a Paz na Europa / Ahhó de Saint­
Picrrc (Charles Irinó« Castcl de Saint-Picrrc. IÓ')H-ITi5); prd:lcio de Ricardo 
Seitenfus; rraducào de Sé'rgio Duarte (I". edi<,)o no Brasil); Brasília: Editora 
Universidade de Brasília, Instituto de Pesquisa de Rela<...·óes Internacionais; 
S.	 Paulo: Imprensa Oficial do Estado de S:[O Paulo, 2005. 
LlI. ()9/j. p. ,2,'1 cru (Cl:lssicos IPRI, H) 
ISBN: H')-2.'10-0717-2 (Editora UnB) 
ISBN: H')-70()O-I') 1-4 (Imprensa Oficial do Estado) 
ISBN: H')-H7IJ.HO-2H-()
OPRIIFUNAG) 
1 - Hela<,;()('S Internacionais; 2 - Política Internacional. I. Titulo. I!. Sé'rie. 
Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional. (Lei 11" lRZ"i. de 2()!I2/l <)()7). 
Sumário e 
ÍNDICE DE ASSUNTOS 
Prefácio ~l edição brasileira XXIII 
PREFÁCIO DA EDIÇÃO ORICINAL 
Oportunidade da obra 3
 
Tema do primeiro discurso............................................................. .:;
 
Tema do terceiro discurso............................................................... <)
 
Tema do quarto discurso <)
 
Tema do segundo discurso 7
 
Tema do quinto discurso 9
 
Tema do sexto discurso.. 10
 
Tema do sétimo discurso 10
 
Interesse dos Ingleses e Holandeses em examinar........................ 11
 
PRIMEIRO DISCl 'RSO 
Primeira proposiçâo, falta de seguran<c'a suficiente nos Tratados. 17
 
Fontes de divisão IH
 
Meios de evitar a divisão 1<)
 
Primeiro incont cniente da não-Sociedade; os processos somente
 
Scxtc: inconoeu tente. necessidade de intervir em todos os Processos
 
dos vizinhos 2H
 
Estado de Guerra dos Selvagens..................................................... 19
 
Não há Sociedade sem seguran<,'a permanente.............................. 20
 
terminam pela destruição de um dos Pretendentes.................. 20
 
Scgu ndo inconreu tente. os Descendentes herdam pretensües..... 23
 
Terceiro incont cniente, n~10 h{l proteção nas Regências.............. 23
 
Quarto tnconreniente. n~10 há Poder coercitivo............................ 24
 
Quinto incont cniente. custos elevados dos Processos 27
 
Sétimo inconreniente, interrupção do Comércio 29
 
Tratados de confederação, falta de poder e querer 32
 
Primeira uantagem do Sistema da União, preventivo contra
 
Segunda rantagem, preventivo contra Guerras Civis.................... 3ó
 
Quinta iantauem, maior facilidade de estabelecimento e
 
Segu nda proposição sobre o Sistema do Equilíbrio de Poder...... 33
 
Guerras externas......................................................................... 34
 
Terceira tantagem, segurança da conservação dos Estados......... 37
 
Quarta uantagem; segurança da continuação do Comércio......... 40
 
manutenção da União do que do Equilíbrio de Poder............. 40
 
Conclusão do discurso..................................................................... 42
 
SECl iNDO DlSCl q{SO 
Primeira proposição, premissa retirada da União Germânica.. 47
 
Origem da União Germânica 4H
 
Preconceitos contra a União Germânica ':;0
 
Dois defeitos da União Germânica................................................. ')4
 
Enfraquecimento da liberdade do Corpo Germânico..... ').:;
 
Câmara de Spire ')6
 
Câmara Áulica ')()
 
Chefe perpétuo impede o crescimento da Sociedade................... ')7
 
Holandeses e Suíços evitaram o Chefe perpétuo ,)H
 
Motivo para formação da União Germânica................... ')9
 
Obstáculos que deveriam impedir a União Germânica ó4
 
Conseqüência dos fatos................................................................... H2
 
Conclusão HH
 
Objeção: a Europa é mais extensa do que a Alemanha................ 66
 
Meios de formação da União Germânica.............. 71
 
Primeiro meio, contentar-se com a posse atual............................. 71
 
Segundo meio, arbitragem perpétua 72
 
Terceiro meio, punição do recalcitrante; palavra de Sólon 73
 
Quarto meio, contribuição.............................................................. 73
 
Conclusão 74
 
SE(;liNDA PI{OI'OSICÀO, projeto de Henrique o Grande 75
 
História dos fatos............................................................................. 76
 
TFI{CEII{O DISClI({S() 
PI{OI'OSIC:\O ;\ D!':.",!O'\STR:\I{, vantagem de assinar................................ 93
 
PIW\!FI/{:\ vantagem, fundamento da esperança de crescimento
 
comparado com () fundamento do temor de perturbação 94
 
Suposicào de dU~IS CaS~IS Soberanas na Europa que sejam 
igualmente poderosas; esperan(,'~ls iguais e receio desigual. 
Portanto. Paz lucrativa................................................................ 97
 
Suposição de três Casas 9H
 
Consick-racào importante, grande ck-vacao multiplica as
 
conspiruçocs e Clusa perturbação 100
 
Raciocínio decisivo 10'S
 
Vantagem da multiplicidade de Soberanias para tornar inalterável
 
Causas da multiplicação das conspir.içocs 101
 
Exemplos de conspiracocs 102
 
Exemplos de Conquistadores 106
 
a Paz , 10H
 
Iguald.uk: na cess~lo e na aquisiçlo; vantagem a mais 109
 
Ohriga\'~10 de entrar nas disputas alheias 11'S
 
Maior dependência no Sistema da Guerra 11'S
 
Custos do processo 11H
 
QI;\lnA vantagem, poder maior, dependência menor l1H
 
Menos dependência em rela\'~10 aos vizinhos 11H
 
Qll'\T:\ vantagem, progresso ebs leis, regulamentos e
 
SI':C[,\I)\ vantagem. subxtituic.«: dos Varocs dos Soberanos 111
 
TFI{U:II{:\ vantagem do caminho da Arbitragem 1 12
 
Arrisca-se mais na Guerra do que o ohjeto da disputa 114
 
Adquirir tanto quando se cede 117
 
Árhitros interessados em ser equânimes 117
 
Maior poder em rela(;~lo aos súditos 121
 
ínstituiox-s úteis 121
 
Diminuicao do número de processos 121
 
Discernimento do mérito 122
 
Aproveitar os espíritos excelentes 122
 
Comodidade e segur~lI1(;~1 das estradas 122
 
Prevcnçáo da fome 125
 
Aperfeiçoamento da educação 123
 
SIXIA vantagem; menos necessidade de dissimular e mais facilidade
 
Nox« vantagem, reputação 12H
 
D(:UI\IA QI'i\lni\ vantagem, grande diminuição da despesa
 
Conclusão do discurso 1')1
 
Crescimento das Finanças do Soberano com alívio para os Súditos 124
 
de aproveitar a inteligência de todos os seus Súditos 125
 
Sf~TIMA vantagem, progresso das artes e das ciências 126
 
OrlAVA vantagem, durabilidade dos monumentos 127
 
Df,:ul'vli\ vantagem, tranqüilidade 131
 
Df.:<:II'vIi\ I'HIMEIHi\ vantagem, produto do Comércio 132
 
D(,:ul\li\ SFCI'!\iI)i\ vantagem, multiplicação dos Súditos 133
 
l)(:UI\IA TEI{U~If{A vantagem, tributo das fronteiras maior 134
 
C(H11 Tropas 134
 
Df.:<:II\Ii\ (.:n:r,NTA vantagem, maior duração das Casas Soberanas 137
 
Reflexão sobre a amplitude dessas vantagens 140
 
Motivações particulares dos Soberanos menos poderosos 142
 
Motivacoes particulares das Repúblicas 143
 
Vantagem dos Holandeses no Comércio 147
 
QIIA1{T() Drsc.r i1bO 
Proposição a demonstrar 1')')
 
Necessidade do primeiro artigo 1')7
 
Primeiro artigo fundamental redigido 1'57
 
Necessidade do segundo artigo 160
 
Segundo artigo 160
0 "0 ••••••• 
Terceiro artigo 162o 
Necessidade do quarto artigo 163
 
oQuarto artigo 163
 
Necessidade do quinto artigo 173
 
o. o o •••• o •••••••••••••••••• o •• o ••••• o ••••••••••••••• o ••••••••• o •••••••• o •••••••Quinto artigo 173
 
Sexto artigo 174o o o o ••••••••••••••••••••••• 
Necessidade do sétimo artigo 174
 
•• o o •••••••• o •• o oSétimo artigo . o 17'5
 
Necessidade do oitavo artigo 177
 
Oitavo artigo 177
 
Necessidade do nono artigo IH)
 
Nono artigo fundamental IH)
 
Décimo artigo lH6
 
Décimo primeiro artigo lHH
 
Décimo segundo e último artigo Iundamental.. lH9
 
Rcflcxoes sobre esses doze artigos lH9
 
Segundo artigo 19)
 
Oitavo e último artigo importante 20)
 
Eqüidade dos artigos 20H
 
Opiniào sobre os artigos importantes 192
 
Primeiro Artigo 193
 
Terceiro artigo 200
 
Quarto artigo 201
 
Quinto artigo 203
 
Sexto artigo 203
 
Sétimo artigo 204
 
Reflexões sobre esses artigos 206
 
Conclusão do discurso 209
 
Ql '[NTO Dtsc.r ue-o 
Proposição a demonstrar 213
 
Prova da segunda parte 21)
 
Prova da terceira parte 21)
 
Prova da primeira parte 213
 
Conclusão do discurso 216
 
Sr:XTO DISU :]{SO 
I. Objeção. A Casa
de Franca seria demasiadamente poderosa após
 
a restituição das Conquistas 220
 
11. Objeção. A República da União seria temível para os Soberanos 226
 
111.	 Objeção. A residência dos Deputados na Cidade da União 
poderia dar origem a conspíraçocs contra a própria União ..... 22H 
IV. Objccao. O Soberano ganha um Soberano acima dele, ao 
adquirir um Juiz 233 
V. Objeção, Ser:l possível que um projeto tào vantajoso rara 
todos os Soberanos escapem aos mais h.ilx-i« 239 
VI. Objeção. Os Soberanos nâo s~10 suficientemente razoáveis, 
s~10 governados ror paixões 240 
VII. Objeção. Dispensando-se de restituir as conquistas, os 
Aliados aumentariam sua seguran<.,·a 246 
VIII. Objecào. Nenhuma compensação em favor dos Ingleses e 
Holandeses quanto ~b conquistas a restituir e aos custos da 
Guerra 247 
IX. ()hje<,,·~10. A renúncia a todos os direitos e a tomar as Armas 
seria um grande obstáculo 2')1 
X. Objcçào. Há princípios de divisao perpetua entre os homens 
e esses princípios se opõem ~1 Uniào 2')4 
XI. Ohje<.,·~10. Um Soberano receará que a Uni~10 o prive de seus 
Estados 2')') 
XII. Objccao. Será justo que a União apoic revoltas em um Estado 
rebelde e que runa duzentos oficiais desse Estado 2')6 
XIII. Objccào. Nenhum Soberano quererá Árbitros perpétuos rara 
decidir suas controvérsias futuras 2')7 
XlV. Objccào. Processos demasiado longos e sem dccisào 2')H 
xv. ()hie<.,·~10. Haverá cabalas no Senado 2')9 
XVI. Ohie<.,·~10. O desejo de crescer ser:l grande obstáculo 260 
XVII. Ohjccáo. A Guerra é conseqüência necessária do recado 
()riginal 263 
XVIII. Ohjcc.io. A Guerra é um tlLgcio de Deus necessário à 
Sua justi<.,·a 266 
XIX. Objccào. Os cristãos não se conduzem segundo seus 
maiores interesses 267 
XX. Objcçào. Esse projeto é demasiado vasto rara poder ser 
executado 269 
XXI. Objecào. Esse projeto n~10 será assinado 273 
À'lCII. Objeção. Pessoas de espírito predizem que esse projeto 
n~10 ser.i assinado 274 
XXIII.	 Objccáo. As nações se tornariam demasiadamente 
numerosas 27') 
XXIV	 Objecào. Nenhuma instituicào humana poderá ser 
inalterável 27H 
XXV. Objeção. Cristianismo e Maomctanisruo irrcconcili.ivcis 27t} 
XXVI. Objeção. A gl(nia das armas afastará alguns Soberanos 2H1 
XXVII.	 Objccào. Os ministros se oporiam. Considcracocs sobre 
os interesses da nobreza 2H5 
XXVIII.	 Objeção. Dificuldade de fazer com que vinte e quatro 
pessoas entrem em acordo 2HH 
XXIX. Ohje~'~10. A abundância produzirá grandes males 2t}2 
XXX Objeção. As Guerras livram os Estados dos espíritos 
sedici()s()s 2t}() 
XXXI. Objccào. f~ impossível que quatro ou cinco comecem 2<)7 
XXXII. Objecào. Era adequado ao autor ocultar sua pátria 2t}H 
XXXIII. Objeção. Dificuldade em mudar os hábitos do ministério 2t}t} 
XXXIV. Objccáo. Os Ministros n~10 terão tempo de ler 500 
XXXV.	 Objeção. Um Soberano poderá convencer um Residente 
e arnlar-se 501 
XX"XVI.	 Objecão. Princípio de divisao entre os homens; grande 
obstáculo 501 
XXXVII.	 Objccào. Esse projeto deve ser apresentado como idéia 
platônica 505 
XXXVIII. Objeção. Primeiro expulsar os turcos da Europa 304 
XXXIX. Ohje\·~10. Os mais poderosos dcscjarào ter mais votos 50') 
XL. Objcçào. Soberanos e Ministros acostumados a pensar de 
outra forma 50') 
XLI. Ohjecào, Ciúmes das funcoes revoltado os Ministros -)06 
XLII. Objccáo. Diversos podem aliar-se para destruir a União 507 
XLIII. Ohjccào. Guerras civis impossíveis 307 
XLIV Ohjeçl0. A Casa de Françl poderia aliar-se com a Casa de 
Áustria 50H 
XLV Ohjcçào. O dinheiro da Guerra permanece no Estado 50<) 
XLVI.	 Objccào. Uma louca amhicào pode dominar alguns 
Soberanos 50t} 
XLVII. Objeção. Uma longa paz apagará a lembrança das desgraças
 
ela Guerra 310
 
XLVIII. Objeção. Não ousarão dizer a verdade aos Soberanos 311
 
XLIX. Objeção. f~ preciso ser muito prudente para ver todas as
 
vantagens do projeto e os Príncipes raramente têm muita
 
prudência 312
 
L. Objeção. A Casa de França já ganharia muito, sem pretender
 
restituições 314
 
LI. Objeção. Um Soberano n~10 desejará a Sociedade Européia, por
 
medo que algum dia ser banido da Europa 31 '5
 
L11. Objeção. As paixões pelo Sistema da Guerra s~10 maiores e
 
mais fortes 316
 
UII. Objeção. As tropas dos vizinhos da Europa se prepararão para
 
a Guerra 317
 
uv. Ohjeçào. A opulência do povo o dispõe ã revolta 320
 
LV.	 Objeção. Os particulares poderão ver o interesse dos
 
Soberanos pela União, mas os Soberanos não o vedo 321
 
LVI. Objeção. Não se deveria responder às ohjcçocs 322
 
LVII. Objeção. A obra é demasiado longa	 323
 
LVIII. Objccào. Seria preciso limitar-se a propor uma Câmara 
Européia, ~l semelhança da Câmara Imperial 324
 
L1X. Objeção. Tirania mais temível no Sistema da paz 326
 
LX. Objeção. Os aliados não poderão resolver-se a restituir 331
 
LXI. Objeção. Ao tomarem conhecimento deste projeto os Aliados
 
se afastarão mais da paz 339
 
LXII. Objeção. Os aliados tomarão este projeto como uma
 
armadilha 341
 
LXIII. Obiecào. Demasiadas repcticocs	 34.1 
LXIV.	 Objccào. Vinte e três Soberanos podem aliar-se para 
despojar o vigésimo quarto e partilhar seus despojos 34'5 
LXV.	 Objeção. A Lorena não poderá fornecer o contingente de 
soldados 34H 
LXVI. Objeção. A União Germânica formada unicamente contra 
o Imperador	 349
 
LXVII. Objeção. Os comerciantes de Edinhurgo poderão apelar 
à Uni~10 contra o julgamento do Hei? 3'52 
LXVIII. Objeção. Não se sabe quando se formou a União 
Germânica 3'::;3 
LXIX. Objeção. Interesse do Soberano oposto ao dos súditos 3')') 
LXX. Objeção. Henrique N fingiu desejar estabelecer a Sociedade 3')7 
S(:TIMO DISCl']{SO 
Al'I igos ú (eis 
I. Artigo Seguran<,'a e privilégios da Cidade da Paz 362 
11. Art. Generalíssimo da União 363 
IH. Art. Qualidade dos Deputados, etc. 3ó4 
IV. Art. Funções dos Deputados 36') 
v. Art. Forma das delibera<,'()es, etc. 3ó6 
VI. Art. Seguran<,'a das Fronteiras da Europa 370 
VII. Art. Contribuicoes 370 
Lista das Contribuiçoes 371 
Despesa da União 372 
VIII. Art. I Iniào Asiática 374 
Interesse da Polônia 37ó 
Vantagem de um rei sábio para seu sucessor menor 377 
Interesse dos Soberanos da Itália 3HO 
Interesse da Inglaterra 3H1 
Interesse dos Maometanos 3H3 
Interesse do Czar 3H.=) 
Interesse dos Soberanos para a vida futura 3H4 
Interesse de um Reino prestes a cair em menoridade 3H() 
Interesse dos Estados devido aos problemas religiosos 3H9 
Interesse dos Suíços 3H9 
Rccapitulacào da obra 590 
Organizacao da Segunda Parte 413 
Carta do Autor pa ra M 114 
Segunda carta elo Autor 4 I ') 
Terceira carta. Diversas opiniões sobre o projeto 417 
Opiniões do Barão de EI*** sobre o Projeto de Paz Perpétua 420 
Excerto de uma carta de M. B., Ministro na Haia, para M. D., 
Ministro em Berna 423 
PROJETO DE HENRIQUE, ° GRANDE 
( HF/\'NIQl !h' IV, J)F f/NASÇA) 
Carta ao Regente " "" " "." .. 427
 
Aviso do Livreiro " "" " 435
 
Prefácio. Divisão do terceiro Tomo, etc. 437
 
Excerto do Jornal de Trevoux " 441
 
I. OB./I:cAo. Aumento da dependência ." 447
 
I. Artigo. Diminuição da liberdade " 44H
 
lI. Artigo. Dependência das Leis " " 44H
 
III. Artigo. Diminuição do direito de propriedade " 449
 
IV. Artigo. A força não é decisiva "	 450
 
V. Artigo. Perda de superioridade ao estabelecer Juizes superiores .. 450
 
Considerações Preliminares 451
 
I. Consideracáo. Vantagem que o homem obtém em Sociedade. 452
 
lI. Considerarão. Vantagem do Comércio """""" ... " ... "",, ...... ,,"" 455
 
I11. Consideração. Necessidade de surgimento de divergências ". 462
 
Primeira fonte de divergências. Bens a partilhar ... """" ..,,"",,. 462
 
Segunda fonte de divergências. Promessas a cxccutar c.... """. 463
 
Terceira fonte de divergências. Ofensas a reparar """" ......
" .." 465
 
IV. Consideração. Origem das pilhagens, assassinatos, etc. """"" 467
 
V. Considcracào. A Arbitragem impede os assassinatos .."".""" ... 470
 
VI. Consideração. Qualidades essenciais da Arbitragem ."""""" .. 473
 
VII. Consideração. Toda Arbitragem se funda em uma Convenção .. 47H 
VIII.	 Consideração. A Arbitragem é vantajosa mesmo para o 
mais forte " " " 4Hl 
IX. Consideração. A Arbitragem reduz a dependência ..""." """ 4H3 
X. Consideração. A nào-Arbitragcm aumenta a dependência ".,," 490
 
XI. Considcraçào. A nâo-arbirragcm reduz a liberdade " .."." .... " .. 492
 
XII.	 Consideração. Proporção entre Chefes de família e Chefes
 
de nacào 493
 
Resposta ao Artigo I .." " " " " .. 500
 
Resposta ao Artigo II " " "" 502
 
Resposta ao Artigo III "." "." " "" .. 505
 
Resposta ao Artigo IV .." " " "" " 507
 
Resposta ao Artigo V	 511
 
11. OB./E(:Ao. Pretendes fazer mais do que Jesus Cristo 522
 
III. OB./ECÀO. Os homens agem contra seus interesses 525
 
IV. OB./n:Ào. Os Soberanos permanecerão na dúvida 52H 
V. OB./ECÀO. Três Soberanos insensatos podem se aliar 529
 
VI. OB./I·:(:ÀO. Oposição dos preconceitos dos Soberanos e
 
Ministros 532
 
VII. OB./I:CÀO. O Imperador chinês pode invadir a Moscóvia 533
 
INTERESSE DOS SOBERANOS 
Prefácio sobre o Interesse dos Príncipes 537
 
Finanças 55H
 
Conquistas ativas '566
 
Milícia contra os Estrangeiros 56H
 
Artigos fundamentais 540
 
INTERESSE DE VFNF/A 551
 
Proposição a demonstrar 552
 
Divisao dos Membros e Dernonstracào 553
 
Considerações sobre os aspectos internos 553
 
Política 554
 
Justiça 557
 
Comércio 560
 
Milícia contra Rebeldes 561
 
Autoridade dos Súditos 561
 
Consideracocs sobre os aspectos externos 562
 
Comércio Exterior 563
 
Ligas 564
 
Conquistas passivas 565
 
Dependência dos vizinhos 569
 
I. Objecáo. Ministros demasiado ocupados 571
 
11.	 Objeção. Quem desejará assinar o Tratado com os
 
venezianos 573
 
III. Objeção. Os mais poderosos n~10 assinado 574
 
Conclusão sobre Veneza 575
 
INTFI{ESSES DA HOLA'\I)A 576
 
I. Observação. Não se deve mais temer o Stadthouder. 577
 
11 e 111. Observaçôes. Não se deve mais temer a divisão
 
entre províncias 578
 
IV Observação. As dívidas do Estado diminuirão 579
 
V. Observação. As obras públicas serão realizadas 580
 
VI. Observação. Comércio exterior não interrompido 580
 
VII. Observação. Os Tratados de Comércio serão executados 583
 
VIII. Observação. A barreira não será mais necessária 583
 
IX. Observação. Ligas constantes e poderosas	 584
 
X. Observação. Conquistas ativas e passivas	 584
 
XI. Observação. Diminuição da despesa com a milícia 585
 
XII. Observação. Diminuição de dependência	 58'5 
XIII. Observação. Interesse dos particulares	 585
 
I. Objeção. Não se negocia em público	 586
 
11. Objeção. Algumas companhias de comercio perderão 587
 
Conclusão sobre a Holanda 590
 
INTERESSE DE PORTUGAL 590
 
I. Observação. Haverá que recear mais a Espanha	 591
 
I. Objeção. O Rei da Espanha perderá	 592
 
11.	 Observação. Ele já não temerá nem os ingleses nem os
 
holandeses 593
 
111.	 Observação. Ele não sofrerá injustiças C01110 mais fraco '593 
IV. Observação. Ele não sofrerá prejuízos pela grande distância
 
das partes 594
 
V Observação. O Rei dobrará suas rendas 594
 
11.	 Objeção. Não é fácil acabar com a Guerra 596
 
111. Objeção. Os ministros de Portugal se oporão 597
 
IV Objeção. O Rei de Portugal ficaria de mãos atadas 598
 
V. Objeção. Ele se colocaria em tutela, em curatela 600
 
Conclusão sobre Portugal 601
 
INTERESSE DE Gf:NOVA E ASSOCIADOS 601
 
INTERESSE DO REI DA SICÍLlA 602
 
I. Observação. Ele não mais temerá o Imperador 602
 
lI. Observação. Necessidade de nova organização na Sicília 602
 
111.	 Observação. Aumento de renda 603
 
IV. Observação. Dependência reduzida em relação aos
 
vizinhos 603
 
V. Observação. O subsídio da Guerra seria lucro seu 603
 
VI. Observação. Mais segurança para sua descendência 604
 
INTERESSE DO DCQUE DE FLOREN(A E ASSOCIADOS 60')
 
INTERESSE DO PAPA 60')
 
Conclusão sobre o rei da Sicília 604
 
I. Observação. Não seria mais preciso temer os turcos 60') 
11.	 Observação. Liga contra os turcos 606
 
111. Observação, Não seria mais necessário temer os Imperadores 606
 
hTERESSE [)O Di ~Ql IE [)E LOHl-:r"';A 607
 
Objeção 607
 
INTERESSE DOS SllÍ(OS E DE GENEBRA 608
 
Objeção 609
 
Interesse do Eleitor da Baviera 610
 
I. Observação. Opinião sobre o Trono Imperial	 610
 
11. Observacão. Possibilidade de barganha 611
 
INTERI':SSF [)O ELEITOR PALATI'..;O I': ASSOClA[)OS 611
 
I ]\;TI':I{ESSE I )OS ELEITORES ECLESIÁSTICOS F ASSOCIADOS 613
 
Observação sobre o Aperfeiçoamento das Leis da Alemanha 614
 
INTERESSE DO REI DA PRÚSSIA 614
 
INTEI{ESSE DO REI DA DII'<AMAI{CA 61')
 
INTERESSE DO Dt IQI ~E DA CURLÂNDIA E ASSOCIADOS 616
 
INTERESSE DO REI DA POLÔNIA E ELEITOI{ DE SAXE 616
 
I. Observação. Reinado tranqüilo	 617
 
11. Observação. Licenciamento de tropas saxónlcas 617
 
Interesse do Eleitor de Hanover, Rei da Inglaterra, no
 
estal iek-cimento de uma Organização geral 618
 
I. Observacão. Assegurar a coroa	 619
 
11.	 Observacào. Limites colocados e mantidos entre o direito
 
do Rei e o direito do Parlamento 620
 
111. Observação. Aumento da renda do Rei ao dobro 621
 
Objeção e Resposta 622
 
Interesse do Imperador no estabelecimento da organizaçào
 
geral da Europa 626
 
I. Considcracáo, Aumento do rendimento	 627
 
11. Consideração. Aumento da tranqüilidade 62H 
111. Consideração. Aumento da Reputação 629 
Objeção e Resposta 632 
Interesse do Czar no estabelecimento da organização Européia ..633 
I.	 Observação. Inconvenientes da grande extensão de seus 
Estacl()s 634 
11.	 Observação. Aperfeiçoamento das artes 636 
Interesse do Rei da Espanha em fazer cessar a desorganização 
européia 637 
I. Observação. Afastamento das partes em relação à monarquia 63H 
11.	 Observação. O comércio feito diretamente dobraria 639 
111.	 Observação. Os rendimentos do Rei dobrariam 639 
Interes....;edo Rei da Suécia em estabelecer uma organizaçao entre 
os Chefes de nações 640 
O caráter do Rei da Suécia é de ter paixão pelo que é grandioso. 641 
I. Objeção e Resposta	 646 
11.	 Objeção e Resposta 647 
111.	 Objeção e Resposta 647 
IV. Objeção e Resposta	 64H 
V. Objeção e Resposta	 649 
Intcres....;e do Rei de França no estabelecimento da organizaçâo 
Gera! dos Soberano ; 650 
I. Objeção. Morte do Delfim de Borgonha	 652 
11.	 Objeção. O Rei de França ganha menos do que os menos 
poderosos 654 
Excerto das memorias de Sullv 65H 
Comentário - A grande idéia que o Duque de Sully fazia 
do projeto 65H 
Comentário - Renúncias recíprocas são essenciais para 
assegurar uma propriedade recíproca 662 
Comentário- Henrique IV poderia tornar sólida a 
Organização Européia sem tentar primeiramente 
cnfraquecer a Casa de Áustria	 663 
Comentário - O Rei da Inglaterra não desejava que se fizesse 
Guerra à Casa de Áustria 664 
Comentário ­ Nenhum Associado poderá tomar armas senão 
em concerto com a Uni~10 66'S 
Comentário ­ Punição do Associado recalcitrante 666 
Comentário ­ Maioria de votos dos Associados 667 
Comentário ­ Punição do associado que quiser retirar-se 667 
Come-ntário - Utilidade dos juramentos 66H 
Comentário ­ As alianças parciais n~10 são duráveis 66H 
Comentário ­ Negociação iniciada antes da morte de 
Henrique IV 66H 
Comentário - Henrique IV desejava imortalizar seu nome 
com essa instituição 670 
Comentário - Henrique IV teria consentido em fazer o 
estabelecimento sem Guerra 670 
Comentário -Henrique IV n~10 recusaria o CZar como 
Associado 671 
Comentário - Henrique IV desejava a igualdade como 
fundamento para as leis de comércio 67'S
Comentário - Henrique IV meditou neste projeto 
durante dez anos 67H 
Excerto de Fresne Can.iye 679 
Comentário ­ Houve um projeto de Tratado assinado 
C()n1 Veneza 679 
Proposta para expulsar os turcos da Europa, da 
Ásia e da África 6H 1 
Vantagens da empresa 6H1 
Facilidade da empresa 6H3 
Glória da empresa 6H4 
I. Conclusão do terceiro Tomo 6H,) 
11. Conclusão. f~ impossível que este projeto n.io se 
execute 6H6 
Prova I 6H6 
Prova 11 6H7 
Prova 111 692 
Advertência sobre a morte de Luís XlV 693 
o Abade de Saint-Pierre: 
os fundamentos das 
instituições internacionais 
Ricardo Seitenfus' 
Le plus beau de tous les titres serait celui de 
pacificateur de l'Europe 
AW3f: nu SA1NT-PI/:RRI:' 
o Projeto para a Paz perpétua na Europa, do Abade de 
Saint-Pierre, conhece um curioso itinerário. Quando publicado 
em três volumes em 1713, ou o seu resumo C172R), passa prati­
carnente despercebido. jean-Iacques Rousseau ao redigir, em 
1761, uma análise interpretativa que, em muitos aspectos, de­
forma as idéias originais, reconduz o Projeto ~l frente dos deba­
tes sobre o pacifismo:' e em torno da problemática da constru­
çào de relações estáveis na Europa cristã. 
O Projeto é filho de seu tempo e inspira-se num período 
histórico distinto daquele vivido por Rousseau. Para a sua com­
preensão, devemos levar em consideração a crise de consciên­
cia européia, reflexo de urna sociedade guerreira que faz surgir 
urna vontade de paz difusa que encontra no Abade de Saint­
Pierre um dos mais ilustres representantes. 
Doutor em rclacocs internacionais pelo Instituto de Altos Fstu<.los Internacionais de 
Genebra.
 
-' N;10 se trata do mesmo sentido utilizado atualmente, pois a expressao pacifismo l'
 
cunhada por f:mile Arnaud somente no início do sl'CLilo xx. Cf. Faguct. L, fe t'aciftsmc,
 
Paris, Sociétl' Francaisc d'Irnprimcric e de l.ihrairic. I90H,
 
I 
ABBÉ DF SAINT-PIElmEXXIV 
A análise de Rousseau pode ser considerada, de fato, COIno 
um obituário, pois desde então o Projeto não se beneficiou de 
publicação integral. Somente no final do século XX, renasce o 
interesse pela obra do Abade, tentando-se estabelecer sua contri­
buição para a história do pensamento político e identificando­
se a influência exercida, muitas vezes inconscientemente, na 
construção das instituições internacionais. 
Charles Irénée Castel de Saint-Pierre (165H-1743) - o Abade 
de Saint-Pierre - é o segundo dos cinco filhos de urna família da 
pequena nohreza da Baixa Normandia. Tendo perdido a mãe aos 
seis anos, e inapto, por razoes físicas, à formação militar, ele é 
conduzido a uma instrução eclesiástica onde descobre sua voca­
ção: ele será UIn « henfeitor da humanidade ». Obcecado pelo 
interesse público - ou geral, como se mencionava na época - ele 
descobre que a política e as normas jurídicas são hem mais 
importantes do que a moral. Mas, sohretudo, ele convence-se de 
que as leis, e somente elas, poderão garantir a segurança e a paz. 
Essa constataçào sustenta a elaboração do Projeto.' 
Dois aspectos salientam-se no Projeto e justificam que ele 
ocupe um espaço próprio na história do pensamento sohre as 
relações internacionais. En1 primeiro lugar, ele filia-se à corren­
te pan-européia que tenta encontrar instrumentos, inclusive 
institucionais, para por um termo às constantes guerras conti­
nentais. Ele insere-se, nesse sentido, num movimento que pos­
sui seus principais expoentes na República Crista de Pierre 
Dubois (século XIV) ; no « Congregatio concordiae » do rei 
Podiehrad (século XV) ; nas Economias reais de Sully, atribuída 
ao próprio rei Henrique IV (século XVII) ; no Discurso das oca­
siões e meios para estabelecer uma paz geral e a liherdade de 
) Goyard-Fahre, S., Projet pour rendre la paix perpétuelle eu Europe (Introductíon), 
Paris, Éditions Garnier Freres, 19fH, p. 11. 
Prefácio xxv 
comércio para todos de Emeric Crucé de Lacroix (século XVII); 
nas idéias de Leibniz ao propor, no final do século XVII, U111a 
federacào européia sob a dupla autoridade do Papa e do Impe­
rador e, finalmente. nos trabalhos de Willialn Penn, que sugere 
a conclusão de U111 tratado perpétuo entre os soberanos euro­
peus (1693). Todavia, é C0111 o Projeto que a idéia paneuropéia 
será apresentada, pela primeira vez, de maneira sistêmica. 
Não devemos, no entanto, iludir-nos C0111 os resultados da 
racionalidade proposta por Saint-Pierre pois, C01110 ressaltou 
pertinazmente Rousseau, o Abade «teria sido U111 sábio homem, 
caso n~10 tivesse sido afetado pela loucura da razão », 
O segundo aspecto fundamental do Projeto encontra-se e111 
sua problemática pacifista. O desafio de Saint-Pierre consiste, 
C0111 efeito, e111 « vincular os dois aspectos, apresentando U111a 
sociedade européia C01110 sendo a única garantia de paz per­
pétua nos Estados dos príncipes cristãos C01110 fora deles ». I 
As noções de sociedade ou comunidade que se relacionam 
de forma pacífica e construtiva percorre UI11 longo e tortuoso 
G1I11inho. A idéia de cooperação entre os grupos sociais organi­
zados é estranha ~1 Antigüidade. Nesta, ao contrário, os vínculos 
entre as cidades e a religião fazem da guerra tanto UI11a norma 
quanto U111a fatalidade da vida social. Foi somente C0111 o surgi­
mento do BudisI110 (século V a.C.) que a condenação da guerra 
aparece no pensamento religioso. Todavia, os budistas n~10 susren­
ta111 seu pacifismo nos imperativos humanitários, 111as através de 
urna improvável renúncia voluntária ao exercício do poder. 
No Ocidente, o pacifismo surge C0111 os primeiros cristãos. 
convencidos de que a chegada do Messias poria U111 ponto final 
I Assouan, P.-L., « l.'Ablx' S~lint-Picrre », in Chârck-t. F., Duh.uncl. o. e Pixicr, L. 
IJíctío}/Iwírec!es(XJ!ll'res/)o!itú/l/es, Paris, Pl:F, IlJH(J. p. 101 f. 
Alm[~ DE SAlNT-PlERREXXVI 
à guerra. Ao tornar-se cristão, o Império Romano coloca eI11 
cheque essa possibilidade latente da Igreja pois, ainda no sécu­
lo IV, Santo Agostinho declara que «o soldado que mata um 
homem obedecendo à ordem emanada de UI11a autoridade regu­
lar não é culpado de homicídio ». 
O esforço da Igreja não mais será conduzido a eliminar o 
flagelo da guerra, I11aS simplesmente a humanizá-la e a influir 
sobre seu desenrolar, aplicando certos princípios COIno o da 
Trégua de Deus ou o da excomunhão. Cahe salientar que o Cris­
tianismo, o Islamismo e o Judaísmo - as três religiões monoteístas 
- introduzem a idéia da infidelidade, portanto da paixão, religio­
sa. A partir dessa leitura excludente dos princípios teológicos, 
as guerras de religião multiplicam-se sendo sustentadas na idéia 
da guerra justa conduzida contra os infiéis. 
Somente no século XVI surgem doutrinas religiosas paci­
fistas C01110, por exemplo, a dos Quakers. Insere-se nessa nova 
fase a obra do Abade de Saint-Pierre. Todavia, a motivação do 
Abade decorre mais de sua inquietação com o equilíbrio de 
poder europeu e menos de considerações religiosas. Preocu­
pado C0111 a neces-sidade de manter o status quo territorial na 
Europa, o Abade propõe, de maneira precursora, urna Santa 
Aliança entre os Estados cristãos. Con10 se vê, sua proposta 
distingue-se da percepção kantiana'), já que esta defende a paz 
entre os povos através da transparência dos tratados interna­
cionais, objetivando colocar UI11 termo às cláusulas secretas, e 
apoiando o incremento das relaçôes econômicas, sobretudo 
comerciais. Contudo, a realidade que preva-lece na Europa, ern 
< Kant, lmmanuel, Projetofilosofico de paz peI1}('tIW, 179'), que faz parte da presente 
colcçao Obras Clássicas sobre Rclacocs Internacionais, com prefácio e apresentação 
de Carlos Henrique Cardim, 
Prefácio XXVII 
especial a partir da Revolução Francesa, é marcada por constan­
tes e sangrentas guerras civis e ideológicas." 
Para Saint-Pierre, o espírito helicoso
vincula-se à autocracia 
monárquica, sohretudo de Luís XIV, que manifesta desenfreada 
ambição e pratica guerras de conquista colocando a fogo e a 
sangue a Europa. Esse ataque frontal ao absolutismo provoca 
sua expulsão da Academia Francesa e leva à prisào seu editor 
quando da puhlicação da obra Polysvnodie (171H).7 
Sua franqueza e seu h0111 caráter, movidos por sentimentos 
humanistas, levam o Abade a associar-se aos livres pensadores. 
Para estes, a luta pela liberdade e em defesa do gênero humano 
contra as arbitrariedades dos poderes espiritual e temporal consti­
tui guia e missão. Naturalmente. o Abade integra-se nesse ambien­
te, já que sua bondade e honestidade impregnam o conjunto de 
sua obra. C01110 veremos a seguir, nào se pode dizer o lneS1110 
da análise política do Abade. C0111 efeito, o Projeto deixa transpa­
recer uma clara ingenuidade quando trata do exercício do po­
der e uma marcante vontade de manutenção do statu quo polí­
tico e territorial. 
Tal C01110 os tratados de Utrecht, considerados corno UlTI 
CCJlpUS jurídico europeu, o texto do Abade indica que a paz 
"Ax primeiras organi/:I(,'r'll'S p~lcirislas surgem,;onwnle no scculo XIX: :I.'; Pcacc Socictv
 
británica (IHI(») e norte-americana (IH2H), A Franca cria, em oposi<,'~10 ~I política de
 
Napoleão l ll, a Up,{{ lntcrnctciouctl de Paz c Liberdade (IH()]). e os movimentos paci­
fist.is estendem-se ~IOS p:líses germ~lnicos, Finahucuu-. em IW)(). l' instituído o Prl'mio
 
]\i ( )he! d:l P:I/,
 
- Com um discurso post-mottcnt (177:;) de dAk-mlx-rt, o Alxn.k- De S:lint-PielTe recu­
pera Sl'lI IlIg:lr T1:1 g~lleri:l d:l }\cH.lemi:l Fr:lnce<;a.
 
XXVIII Almf: DE SAINT-PIElmF 
perpétua entre os Estados cristàos somente poderá ser alcançada 
caso os soheranos respeitem os princípios fundadores de seu 
Projeto. 
O longo texto da paz perpétua é redigido em forma de 
artigos - ditados e alinhados - que demonstram a importância 
reservada ao positivismo jurídico. Pretextando economizar demo­
radas e complexas negociações entre os plenipotenciários das 
potências européias, o Abade, de fato, n~10 esconde sua preten­
são: propor um texto acabado ao qual os soheranos somente 
expressariam sua adesão, aportando pequenas modificacoes que 
lhes parecem indispensáveis. Portanto, o sistema proposto orien­
ta-se pela racionalidade da ordem política, tanto interna quanto 
externa. 
O núcleo central do Projeto é composto por cinco artigos 
fundamentais que nào podem ser ohjetos de mudanças. Eles 
foram resumidos na publicaçào de 1729 e apresentam-se com o 
seguinte conteúdo: 
(1) A partir da conclusào do Projeto, os signatários alcança­
riam urna aliança perpétua que propiciaria a eles e a seus suces­
sores U111a absoluta e total segurança "contra as grandes desgra­
ças das guerras estrangeiras e as grandes desgraças das guerras 
civis"; haveria U111a garantia mútua - diríamos hoje, urna segu­
rança coletiva - que protegeria os Estados, seus hens e pessoas 
e asseguraria a completa herança de seu poder, ou seja, o respei­
to aos direitos hereditários; haveria U111a substancial diminuição 
das despesas púhlicas e111 razão da economia com o armamento 
e, por conseguinte, um aumento efetivo da renda nacional; as 
leis e regulamentos internos beneficiar-se-iam de mudanças 
positivas; os tratados em vigor seriam respeitados, he111 como as 
linhas de fronteira. 
O traço marcante desse primeiro enunciado prende-se ~l 
preocupação do Abade e111 manter o status quo nas relações de 
poder entre os Estados cristãos e no interior destes. A conquista 
da paz representa para ele uma clara renúncia ao estado de 
Prefácio XXIX 
natureza, já que os signatanos extraem-se deste e ingressam 
num estado social. Ora, esse defensor da justiça n~10 se inter­
roga sobre a contradição entre suas idéias progressistas e a defe­
sa da petrificação social e política que ele propõe. Assim, por 
exemplo, o princípio das nacionalidades, que fundamenta o 
direito internacional moderno. n~10 encontra guarida no Projeto. 
Ele aceita a existência de Estados artificiais e a manifestação do 
poder de domínacào nacional que marca a Europa. 
Para o Abade, o traçado artificial e injusto das fronteiras 
européias que privilegia os principais Estados, constitui Ull1 dado 
da realidade. Nesse sentido, a conjuntura decorre de urna evolu­
ção histórica que n~10 pode ser desconhecida, muito menos en­
frentada. Portanto, o Projeto n~10 somente n~10 pretende colocar 
em questão o estatuto geogr{lfico da Europa, mas, igualmente, 
defendê-lo. 
Por outro lado, a manutcnçáo do status quo interno decor­
rente da aplicacão do princípio da segurança coletiva nos casos 
de guerra civil constitui urna afronta ao princípio de auto-orga­
niz.rcão dos povos. Sainr-Picrre n~10 coloca em questão a legiti­
midade do poder soberano, 111esn10 quando este se utiliza de 
instrumentos arbitrários e ditatoriais para oprimir seus súditos. 
O mau exercício do poder poderá eternizar-se, pois, alem de 
sua própria forca, poderá contar C0111 o beneplácito coletivo. 
Nota-se que o Abade propoe - mesmo que ele negue - a possihi­
lidade da criação de urna liga dos soberanos contra os seus 
povos, ou seja, urna espécie de Santa Alianca aoant la lettre. 
2) Os signatários contribuem individualmente, segundo suas 
possibilidades, para o financiarnc-nro dos custos coletivos da 
aliança. 
As contribuiçocs para a seguran<-c'a e as despesas comuns 
constituem "'a alímcntacào quotidiana e perpétua do corpo polí­
tico da Europa". A forma de repartir os custos obedecendo ~l 
proporcionalidade das riquezas de cada um dos soheranos é 
urna das idéias mais interessantes do Projete». Todos deverão 
xxx ABBí~ DE SAINT-PIERRE 
arcar com o financiamento da segurança coletiva, já que todos 
encontram nesta seus interesses maiores. 
Todos os Estados membros, inclusive aqueles desprovidos 
de riquezas, devem contribuir ao financiamento coletivo da paz 
e da segurança internacionais. O atual modo de financiamento 
da maioria das organizações internacionais obedece ao preceito 
do Abade, já que a contribuição de cada Estado membro é calcu­
lada de forma proporcional ao seu produto nacional. Contudo, 
o financiamento da paz é, preferencialmente, de responsabi­
lidade dos Estados desenvolvidos e das grandes potências. 
Os Estados menos desenvolvidos, por sua vez, são chama­
dos a colaborar para financiar o funcionamento normal da insti­
tuição e para projetos que possuam um retorno imediato, pois 
tratam de questões vinculadas ao progresso econômico e social 
dos sócios de menor desenvolvimento relativo. 
Por outro lado, a presidência do coletivo é prevista de for­
111a alternada, fazendo com que cada Estado membro exerça-a 
durante um certo período. A rotatividade do exercício da adminis­
tração política que encontramos no Mercosul e na União Euro­
péia, ou seja, em instituições que buscam a integração entre os 
parceiros, bem C01110 o secretariado rotativo da organização inter­
nacional informal que encontramos no Grupo dos Oito (G-H), 
originam-se na sugestão do Abade. 
3) Os signatários comprometem-se a não lançar 111ão de 
meios bélicos para resolver seus litígios presentes e futuros, e 
aceitam, em qualquer situação, a mediação e a arbitragem dos 
aliados. 
A renúncia às armas é acompanhada pela indispensável 
existência de instrumentos de mediação ou arbitragem. Para o 
Abade, não basta criar urna situação de paz de fato. É neces­
sário estabelecer soluções pacíficas dos litígios que venham substi­
tuir-se à tradicional utilização da força. A conciliação através da 
arbitragem e mediação é realizada pelos pares no âmbito de 
urna assembléia geral. 
Prefácio XXXI 
Novamente encontramos nas atribuições de certos órgãos 
das organizações internacionais contemporâneas as propostas 
do Abade. O artigo 15 do Pacto da Liga das Nações estipula
a 
obrigatoriedade de submissão, ã autoridade do Conselho, de 
um litígio não resolvido por meios pacíficos entre os Estados 
membros. Por sua vez, a Carta da Organização das Nações Uni­
das indica em seus capítulos VI e VII (a partir do artigo 33),H o 
papel fundamental desempenhado pelo Conselho de Segurança 
na prevenção e solução dos litígios internacionais. Uma vez mais, 
deve ser enfatizada a importância dos instrumentos preconi­
zados pelo Abade para a solução dos litígios e os mecanismos 
por ele propostos. 
Caso o litígio não encontre solução através dos meios pacífi­
cos, o Abade propõe que a ele seja submetido a U111 julp,a­
mento. Essa jurisdição obrigatória para C)S Estados membros 
aproxima-se do modelo estatal contemporâneo e transcende o 
princípio da cláusula facultativa de jurisdição obrigatoria do 
Estatuto da Corte Internacional de Justiça (art. 36).') A atual fragi­
lidade de jurisdição e de competência desta contrapõe-se aos 
terríveis desafios das relações internacionais contemporâneas. 
O princípio da não-intervenção nos assuntos internos dos 
Estados - que constituem seu domínio reservado -, consagrado 
pelo Direito dos Tratados e pelas Cartas constitutivas das organi­
zaçoes internacionais contemporâneas, não encontra guarida na 
argumentação de Saint-Pierre. Para ele, a distinção entre guerra 
civil e internacional não é pertinente, pois ambas atentam con­
tra a ordem monárquica e contra os direitos fundamentais dos 
homens. Portanto, devem ser combatidas C0111 a mesma intensi-
H in Scitc-nfus, R, Textos Fu ndamentais do Direito das !?e/aç-'()es lntcrttacionais, Porto 
A1l:'grl:', Livraria do Advogado Editora, .200.2, p. 12) l:' seguintes. 
'! tbidcni. p. 1'1). 
XXXII Almf: DE SA1NT-PIEHHF 
dadc. Trata-se, evidentemente. da possibilidade de impor a paz 
mesmo que seja contra a vontade dos beligerantes. Tanto os 
episódios recentes das guerras na antiga Iugoslávia corno os 
cont1itos africanos sào exernplos de como o Conselho de Segu­
rança das Nacoes Unidas inspirou-se, mesmo sem a necessária 
consciência, nos preceitos de Saint-Pierre. 
4) Todo e qualquer signatário da aliança que atentasse a 
sua solidez seria objeto de ações coletivas. 
Corolário do artigo precedente, o dispositivo prevê a apli­
ca<;àode urna sanção aos Estados signatários que "recusam execu­
tar os julgamentos e as soluções indicadas pela grande aliança, 
negocia tratados contrários e prepara-se para a guerra". Os Esta­
dos infratores serào ohjeto de medidas coletivas "ofensivas", 
verdadeira polícia européia, defendida pelo Ahade através de 
um curioso raciocínio. Segundo ele, a dissuasào representada 
pela existência dessa polícia agirá segundo um medo saudável 
que aproxima das crianças os Estados, que necessitam ter corno 
perspectiva "uma certeira punição, próxima e suficiente", para 
que sejam capazes de ouvir a voz de seus próprios interesses. 
C;) Artigos su plemcntares poderiam adicionar-se aos atuais 
seguindo negociações diplomáticas realizadas pelos plenipoten­
ciários dos Estados partes. Contudo, o seu alcance jamais pode­
ria modificar o conteúdo destes cinco artigos fundamentais. 
O Abade, através deste artigo, indica que ele concebe seu 
Projeto corno sendo uma verdadeira "constituição européia", per­
mitindo unicamente aos Estados a regulamcntaçào dos disposi­
tivos propostos e a complementação através de leis menores. 
Os princípios elencados pelo Abade chocaIn-se frontalmente 
com a percepção de poder do Estado europeu. Este percebe, 
rapidamente, que o Projeto limitaria sua independência e desco­
nheceria seus direitos soberanos. Pode-se, inclusive, aceitar a 
idéia de que a paz perpétua lhe seja conveniente. Contudo, 
corno ressalta Rousseau, "devemos distinguir o interesse real do 
interesse aparente. Este encontra-se na situação de indepen­
Prefácio XXXIII 
dência absoluta que o retira do império da lei para submetê-lo 
ao da fortuna ...Toda a preocupação dos reis, ou daqueles que 
se encarregam de suas funcoes, tem dois únicos objetivos: esten­
der seu domínio externo e torná-lo ainda mais absoluto interna­
mente: qualquer outra perspectiva, ou vincula-se a urna destas 
duas ou serve somente de pretexto; esse é o caso do be111 públi ­
co, da felicidade dos súditos ~ da glória da nação". lo 
Podendo ser considerado corno um "verdadeiro sindicato 
de seguro mútuo contra a guerra", 1I o Projeto não deve ser in­
terpretado C01110 o fez Rousseau, que o considerava excelente, 
entretanto impossível. Certamente o Projeto "era impossível e 
felizme-nte ele n~10 era hC)l11".12 
Criticado por muitos e111 razão de sua ingenuidade e volun­
tarismo, que desconhece as engrenagens e as motivacocs dos 
homens, o Projeto inscreve-se nU111 momento hisrórico dctcrmí­
nado e S0111ente pode ser avaliado em seu contexto temporal. 
O Abade é o primeiro pau-europeu dos tempos modernos, 
e ele concebe sua 111iss~10 corno a de U111 simples propagandista 
de idéias que defendem o he111 coletivo, bUSGln1 reformar o 
sistema político e insurgem-se contra o absolutismo e o expan­
sionismo monárquico. Contudo, o Projeto deve ser percebido, 
igualmente, corno U111 instrumento para que os soberanos 111an­
tenham seu poder intacto. 
I" in Goumy. L. litncles sur la t-ic e! les ccrits de IAIJIJ(' dI' Sa int-Ptcrrc. C;cnchra. 
slatk inc Rc-prints. I()71. p. H2.
 
11 DrollC\.,/ .. I,AIJIJ(' de Saint-Pictrc. Ih()/JI/)/(' ('/ l ocurrc. Paris. Libr.riric Ch.uupion.
 
l\)I 2. p. I 2·+.
 
/2 C;Ol 'MY. L. op. cit.. p. H().
 
XXXIV 
o princípio da segurança coletiva que sustenta as organi­
zacoes político-militares desde o início do século XX até as 
atuais indica que as sugestões do Abade estavam fora de seu 
tempo. A longa maturação que experimentaram as relações inter­
nacionais para formatar, finalmente a partir da segunda metade 
do século passado, uma verdadeira sociedade internacional, é 
um indício da correta premonição do Abade. 
A recente evolução das relacoes internacionais, marcada 
por sua institucionalizaçao - há mais de 3'50 organizaçocs inter­
nacionais" - e pelo registro nas Nacocs Unidas de quase 40 mil 
tratados internacionais, demonsrram a atualidade do pensa­
mento de Saint-Pierre, pois trata-se de U11l esforço para enqua­
drar a moral e a política dos Estados, mormente os mais int1uen­
tes, em parâmetros jurídicos que venham a proteger os mais 
fracos, concedendo maior previsibilidade às relacoes interna­
cionais. 
Se a imposição de L1111 mínimo de racionalidade ~lS relaçôes 
internacionais por parte dos Estados decorrem, C011l0 sugeriu 
astuciosarnente Saint-Pierrc, de U111 cálculo de custo-beneficio. 
pois a paz faria C0111 que seus dirigentes pudessem usufruir do 
lazer e de meios gastos C0111 a guerra seriam utilizados de manei­
ra pessoal, ou se essa nova atitude origina-se na formatação de 
U111 mundo onde o domínio está sendo suplantado pelo império 
na acepção aroniana, constituem ternas de reflexào e debate, 
Existem somente duas certezas: por urn lado, a paz conquistada 
acompanha-se da terrível ameaça nuclear, e, por outro, ela 
jamais apresenta-se corno absoluta; de fato, C01110 indica Paul 
Valéry, "a paz é a guerra e111 outro lugar", 
I.i Seitcnfus , R, Mal/lia! das orga ulzacoes internacionais, Porto Alegre, Livraria do 
Advog.uk: Editora, 2000, 2° cdicão. .'1(l7 p. 
Prefácio xxxv 
C01110 ressalta Goyard-Fabre, "o Abade de Saint-Pierre é 
provavelmente U111 dos primeiros autores a pressentir a impor­
tância, e111 matéria jurídica, do uso prático e não S0111ente teóri­
co, da razão"." Nessas concliçoes, não surpreende o reconhe­
cimento de Kant ã obra do Abade, pois o b0111 padre contribuiu 
não S0111ente ao fortalecimento do 1110vi111ento pacifista - U111 
dos fenômenos transnacionais fundamentais da conternpo­
raneidadc - C01110 também inspirou as atuais organizações inter­
nacionais e,
finalmente, lançou as bases da lógica da argurnen­
tacào que perrneia os modernos estudos sobre a retórica jurídica. 
BJl3UOGNAflA 
1. OnNAs J)O AnAI)J;' J)/;' SAINT-PI/;HN/;'/"i 
a. Obras isoladas organizadas em ordem cronológica, 
Discours prol1ol1cc's cl.ms I'Acadc'mie Ira nc.u:«: le 5 m.us 1()9'1, 
~'I I~I reception de M. I'ahhc' de S.-P., Paris, J.-H. Coignard, 
in-ia, 2() p. 
Discours prononcc par M. ['ahhc' de S.-P, le U mars I ()9'1, Recuei! Acad. Françlise, 
1()9'1, p. 225. 
Mcmoire au sujl't des hc'nc-fices possc'dc's par les rcligicux de la Congrc'gation de 
Saint-Maur cn 1704, Luxe-mburgo, A. Cavclk-r, 170'1. 
l listoire dunc apparition, s.l., 170K, in-x", 51 p. 
M01110ire sur la rcparatíon dcs chcmms, s.l., 170K, in-i", 7'1 p. 
Mcmoin- pour rcndre la paix pcrpctuclk. ~I lEuropc-, s.l., s.d. 11712, Colônia, J Lc 
Pacifique], in-12. 
Projct pOLIr rcndre la pa ix pcrpcrucllc ~I lEuropc-, t Itrccht. Antoine Shoutcn, 
2 vol. In-12, -fOO p. ct 420 p. 
Premie-r ISecond] discours de M. I'ahhc' de S.-P, sur lcs travaux de lAcadcrnic 
francaisc, s.l. 171'1, in-4°, IV-KK p. 
II Op. cit., p. HI. 
I" Organizallas por Goyard-Fabrt- , S.. op. cit; pp. 2=)-51 
XXXVI 
Mémoirc pour perfcctionncr LI SUl' 1cs s.l. 171S, in-/ío, 1V-S2 policc chcrnins, 
p. 
Projct de tr.ritc pour rcndrc la puix pcrpctucllc entre lcs souvcrnins chrcticns, 
pour maintcnir toujours lc corurucrcc librc entre- lcs n.uions, pour 
.iffcrmir lx-aucoup davantage lcs maisons souvcraines SUl' lc trónc. 
Proposc .urtrcíois par Hcnri lc Granel, roi de Fr.mcc, :lgréé fXII' la reine 
(~1isahL'th, par .Jacques 1'" roi dAngl.ucrrc son succcsscur ct plup.utLI 
eles autrcs potcntats dEuropc. Éclairci par M. lahlx- de S.-P., Utrccht, 
A. Shoutcn, 1717, in-12, 5 vol. 
Mcmoire pour lct.rblisscmcnt de LI t.ulk- proportionncllc, s.l., 1717, in-S", 
5() p. 
Addition :IU Mémoirc SUl' 1c clucl. setembro de 1717, s.l., in-·lo. 
Instruction íamilicr« SUl' la soumission duc :\ la constitution L'nigcnitus, 
Avignon,j. Chastc-l. 171H, in-12. 
Discours sur LI Polysynodic. oú lon clcmontrc que la polysynodic ou plurulítc 
des conscils est la forme de ministcre la plus ~Ivanugeuse pour u n roi 
ct pour son royaurnc, Londres, j. Tousson, 171H, in-j", VI1I-12<J p. 
Discou r SUl' la Polvsynoclic. segunda edi<,.';Io, Amxtcrclá , Du Villard et 
Ch.mguion, in-12, 171<J. 
Projct de taillc tarifiéc, pour íuirc cesseI' lcs m.urx que c.urscnt cn Fr.mce 1cs 
disproport ruim-use» d.uis 1cs rcp.ut de arbitra ire.ions ition-; LI tu ilk-
Paris, I'~mery, SaugLlin ct Martin, 1725, in-u", 2 vol. (Priv.1 de agosto 
de 1722). 
l'rojct ele tuillc t~lrÍnC'L'. (,:cLlircissements aux dilTicultc's, tomo 2, Paris, Emcry, 
1725, in-1°, 
Mcmoír« pou r dirninucr 1c nornhrc des procc-; Paris, Cuvclicr, 172S, in-12, 
J20 p. 
Discours ele M. I'ahhc' de S.-P. pour pcrfcctionncr lorthographc, 172S, in 
journal des s.rv.mts, p. 25()-2/IS. 
SUl' les p.iuvrcs mcncli.mts, Paris, Emcrv, 172S, in-S", 2H p. (Priv. 7 de marco 
de 172'-!-), 
Mórnoirc pour augmentl'r te rcvcnu des hc'nc,tkes ct pour Ia ire v.rloir 
dav.mt.rg« au profit de ]'í~ut 1cs tcrres ct .uu rcs fonds des hénéfices, 
s.l., 172S, ín-x". 
Mérnoirc e1c \';Ihhé de S.-P. pour rcndrc 1cs especucles plux ut ilcs :\ lÉtat, 
Mcrcurc, abril de 172C), p. 71S-751. 
Liberte de substitucr pour conscrvcr lcs hicns d.ms lcs tamillcs nobk-s, Pa­
ris, 1727, in-12, S7 p. 
Ohscrv.n ions générales SUl' lc Dirtionn.un- univcrscl. in Mcrcur« de Fr.mcc, 
novembro de 172(). 
Prefácio XXXVII 
Obscrv.uions gl'nérales dl' M. 1':lhhl' de S.-P. sur un livre qui :1 pour titrc 
Tr.ritc de Li ve-nte e!L'." i111 11l1'Uhlcs. Mcrcurc. janeiro de 1727, p.I-1 I. 
l'rojct pour pcrfcctionncr lcduc.uion. avcc un discourx sur Li gr:lndeur ct Li 
saintcté des h0I11I111'S, 172H, in-12, 517 p. 
I)rojet pOlir r.mdrc Ics scrmons plus utilcs. 1):ll"is, Briusson. 172H, in-l2. 
Ahrl'gl' clu projct de pa ix perpl'tuelle invente par lc roi l lcnri lc Granel 
.ipprouvc par 1:1 reine í~lis:dK,th, par lc roi ./acques It' son succl'ssl'ur, 
par Ies rópuhliquc« l't par di\'LTS .unrcs potcnt.us. Approprió ;1 r{:Ut 
prcsc nr dl's allairl's gl'nl'r;lles ele ll.uropc. clcmontrc inlin imcnt 
avantagcux pour tous Ies hommcs nl's l't :1 naitrc cn gl'nlT;d et cn 
p.uticulicr pours tous les souvcr.uns ct Ies m.iison souvcraincs. Rotcr­
e];l, Daniel lsc-m.m. 1729. in-S", V[-227 p. 
Projct pOlir pcrfcctionru-r loriographc dl's bngul's de lEuropc, Paris, Briaxxon. 
1750, in-x". 2()() p. 
Nouvcau projct dunc tuillc rccllc, pour l'intcrct dl' r{:Ut ct Il' soulagc-mcnt 
eles pcuplcs, s.l.n.d .. in-W.L-) p. 
Fautl'uil dl' poste. in Mcrcurc ell' Francl', dl'zl'l11hro dl' 175:L 
Obscrv.itions sur Li sobrict«, I)aris, 175-=), in-12, -=)K p. 
Prcmicrc repense dl' M. lablx- dl' S.-P. ;'1 Li qu.uricm« k-ttrc du Sicur Pcllctic-r, 
ch.moinc dl' Rcims, sur Li comlllllnicltion avcc: Ies j.mscnistcs. s.l. 
175-=), in-S°. 
Sl'condl' répon-«. ele M. I':lhhl' de S.-I). :'1 Li quatriómc lcttrc clu Sicur Pcllctic-r, 
chanoinc de Ikil11S, sur Li conuuunication a\'l'C Il's .J;lI1sl'nistl's, s.l. 
175-=), in-x". 
Dclcnsc de Li foi catholiquc .ipostoliqu« ct roma inc contrc un lil x-lk: intitulc 
: Ll'S illuxions dl's communicantx, ;Ielrl'ssl' ;'1 lautcur par M. I':lhhl' de 
S.-I)., s.1. 17:)(), in-S". 
Discours sur Li vcrit.rbk- gr.mdcur ct xur la dilTérl'ncl' qui csr entre le grand 
hOI11I11l' l't lhorumc illustrc. 1\1l'l11oirl's de Trl'\'OlIX, [anciro dl' 175C> 
(estl' texto encontra-se iguall11l'ntl' no início da Histoirc dEpaminondas. 
P;lris, Didot. 17.-)l), 
l'rojct dl' Li ta illc t.uificc ct Supplcmcru. Rotcrd.t. 1k'111:ln, 1757, in-S" (estl' 
volume l' o 5" t0l110 do Projc-t c!c t.ullc t.uificc. publicado em 17.~l), 
Tcst.uucnt politiqu« du Cardinal de Richc-licu. premie-r ministre de Fr.mcc 
sous lc rl'gne de l.ouis XIII. a\'l'C dcs ohserv;ltions poiitiques, Al11ster­
el;L Jlnssons, \Xlaesherge, 175H, 2 \'01., in-l2.. 
[\ioU\'l';IU pLII1 de gOU\'lTnel11ent dl'S (:Uts souverail1s, l\otLTeU, Ikl11an, 175H, 
in-12, :)()H p. 
Projet ele uille Uril'il'C. 2" l'lli~';io, l\oterd;i, Ikl11an e I)aris. Briasson, 5 vol., 
in-12. 
XXXVIII ABl~(: DE SAINT-PIEI{!{E 
Av.mtagcs de l'cclucation eles colleges sur lccluc.uion domestique, Amsterdã 
e Paris, Briasson, 1740, in-Lê, 4 partes. 
[)e la douceur. Modestie. Irnportancc eles cxprcxsions modcstcs polics. 
Í~conomie hicnfaisantc. Amstcrdá e Paris, Briasson, 1740, in-LZ, 4 partes. 
Exerciccs du lundi pour fairc desircr aux cnf.mts la vcrtu comme cause du 
bonhcur, Amsterdã e Paris, Briasson, 1740, in-12, 2 vol. 
Tcst.uncnt politiquc du Cardinal de Richclieu, huiticmc cdition cnrichic 
dohscrv.uions historiqucs ct politiqucs par M. lubbé de S.-P.. La l layc, 
lcan v.in Durcn, 1740, in-12, 2 vol. 
ldccs pacifiques sur les démêles entre lEspagnc ct lAnglctcrrc, s.l. 1742, in­
KO, .~2 p. 
Projct dune paix pcrpctuclk- ct gé'nérale entre toutcs lcs puissa ncc« de 
lEuropc, s.l. 1747, in-12, KK p. 
Ohscrv.uions de M. labhé de S.-v sur lc tcsr.uncnt politiquc du Cardinal de 
Richclicn - in Recuei! eles tcstamcnts politiqucs du c.rrdina! de Richclicu. 
du duc de Lorr.rinc, de M. Collx.rt ct de M. de Louvois, Amsterdã. 17/+9, 
vol. 11, p. 197-2')7. 
Annalcs politiqucs, de fcu M.Ch.-1. Castcl, ahhé de S.-P., de lAcack-mic 
francaisc, Londres, 17')7, 2 vol., in-S", rccclicào 17,)K. Rccdicào em 
Genebra e Lyon, 17()7, Duplantin. 
Obscrv.uions hisroriqucs sur lc tcstamcnt politiquc - in Richclicu : Maximcs 
d'f:tat, Paris, 1764, vol. II, p. lK4-2.~ I. 
A mad.unc de Corntcssc de Ger. s.l.n.d., in-12, 4 partes. 
Lcs rêvcs dun hornmc de hicn. qui pcuvcnt êrr« réalisés, ou lcs vucs urilcs 
et praticablcs de M. l'ahhL' de S.-P., choisis da ns cc grand nornhrc de 
projets singuliers dont lc hicn public cta it lc príncipe, publié par P.-A. 
Allctz,
Paris, Duchc-snc. 177'), in-12, Xii-')02 p. 
Extrait du Projct de paix pcrpctuclle de M. labbé de S.-P., parJ.-J. Rousscau. 
..r 1761, in-12, XIV-114 p. 
Annalcs politiqucs dclabbe de Saint-Picrrc, nova cclicao. Tese cornplcmcn­
tur de J. Drouct. Paris, Ch.uupion, 1912, in-S", XXXVIJ-.19K p. 
1Inplishcd rnaxims of the ahhé de S.-P., por Mcrlc L. Pcrkins, in Frcnch 
Rcvicw, XXXI, 19,)K, p. 49K-')02. 
h. Obras sem data de publicação 
Projet pour multiplier lcs colleges de filles, nova ecliçao por V. Dcvelay, 
Paris, Acadcrnic de Bihliophilcs, in-.12. 
1ltilité de se guérir de la présomption pour rcndre cerre prcmiere vic plus 
hcurcusc, in-12. 
Prefácio	 XXXIX 
Nouvc.iu projct dune t.iillc rccle pour linrcrêt de !'í~t~It ct le soulagcmcnt 
du pcuplc oú lon f;lit voir par des réflcxions solidcs lcs crrcurs qui se 
sont trouvccs d.ms ce livre de fcu M, de Vaulxm qui a pour tirre : Projct 
dunc dimc roy.rlc. s.l.n.d. in-S". 
c. Correspondência 
Cinqu.mtc-clcux lcrtrcs ~'l Mad.rmc Dupin (da tcrca-fcira 15 de setemhro de 
175') ;) qu.ur.r-fcira 27 de outubro de 1742), puhlic.uk», pelo Conde 
Gaston de Vilk-unc-uvc-Guilx-rtrn, 111114, in Lc Portcfcuiile de Macl.unc 
Dupin, Paris, Calmann-Lóvv. 
Plotinnc airnablc. cstimuhlc ct lu-urc-usc. ibid. 
Rcflcx ions SUl' quclqucs ouvragcs appclés dimaginat ion cr au xqucls 
limagin.uion nu aucunc p.ut. ibid. 
Lcrtrc SUl' lcs fcrnmcs. 
Dcux lcttrcs de M. I'ahhé' de S.-P. ;) M. de Tourlavillc (publicadas pelo Con­
(.1c de Blangy ), Cten, 111<)1, in-x", 2,l p. 
Quelques k-ttrvs incclitcs concertl;lnt lcs rcl.uions intcllcctucllcs franco­
anglaises .ru XVIII' si0c1e, por C. Bonno, in Rcvuc de Littcr.uure 
cornpurcc, I<):iO, p. 117-1111. 
An unpublishcd lcttcr from S.-P. tp Daguesseau ( 1727), por Mcrk- L. Pcrkins, 
in Modcrn Languagc, LXX, 1<)')'), p. 110-I 15. 
An unpublishcd lcncr frorn S.-P. to Voltairc, in Kcntucky Forcign Langu;lge, 
Oun n. VII, I <)()O, pp. 151-155. 
d. Obras de politica e moral 
1() volumes in-I Z, intitulados Ouvrugcs de politiquc ou Ouvragcs politiqucs, 
publicados de 1755 ;'1 174I. 
TO\IO I: Rotcrclàm. Iscm.m. ct Paris, Briusson, 17511. Contem a segunda cdi­
(;;)0 do Projct de pu ix pcrtpctucllc, revista e aumentada. 
Tomo II : Rotcrd.i, lk-rn.m, ct [)aris, Briasson, 17511. Contem 
I.	 Suppk-rnc-nr ;) 1'Ahré'g0 du Projct de Puix pcrpétuclk-. 
11. Projct pour lcxtirp.uion dcs Corsaircs de Barbnric. 
[[I. Origine des dcvoirs ct eles droits eles uns ;) 1'0gard des nutres. 
IV.	 Projct pour rcndre lcs titrcs honoruhlcs plus utilcs ;'1 !'(:tat. 
V.	 Obscrv.uions politiqucs SUl' lc c0lih;lt eles prêtrcs. 
VI.	 Mémoirc pour ohrcnir k- droit dL' substirucr. 
VII.	 Discours contre l'augment;ltion (.1cs Morinaics ct SUl' lutilitc de la 
mcthodc des annuités. 
XL 
VIII.	 Projct pour rcndrc lcs livres cr nutres monumcnts plus horiorublcs 
pour k-s aurcurs futurs ct plus utiles pour la porstcritc. 
Toxio III : Roterdã. lscman ct Paris, Briasson, 1755. Contem : Projct pour 
pcrfcctionncr IL' gouvL'rt1L'mL'nt eles États. 
Toxio IV : Rotcrdàrn, Bcman ct Paris, Briasson, 1755. Contem : 
I.	 Projct pour rcndrc lL's chcmins pr.uicahlcs cn hivcr. 
11.	 ProjL'l pour rcnfcrrncr lcs mcndi.mrs. 
111. Explication dunc apparition. 
IV, AvantagL's dcs confcrc-nccs politiqucs. 
V.	 Agr.mdisscmcnt ele la cupirulc. 
VI.	 Projct pour rcndrc lAcadcmic eles bons 0crivains plus urilc. 
VII.	 Ohscrvations sur k-s vics des hornmcs illustrcs. 
VIII.	 Projct pour lcs rentes cn lxmquc. 
IX.	 ProjL'l pour ctahlir dcs annalistcs de I'í~tat. 
X.	 lltilité' eles dcnombrcmcnts. 
XI. Projct pour multiplicr lcs coll0gL's de filies. 
TO,\IO V : Rotcrda. Bcman, 1755. Contém : 
I.	 Projct pour pcrfcctionncr la mcclccinc. 
11.	 Projet pour render les ctahlisscments dL's rL'ligieux plus parfaits. 
II I. Discours contrc k: mahomctismc.
 
IV Projct pour fairc ccsscr lcs disputes scditicuscs dL's thcologiens.
 
V Projct pour pcrfcctionncr lc COmmL'ITe de Francc.
 
VI. Projct pou r eles confcrcnccs de physiquc.
 
TO.\IO VI : Roterdã, Bcman. 175"+. Contem :
 
I.	 Ohscrv.uions sur lc ministcrc gé'n0r~tl. 
11.	 Projct d'éclucations dcs dauphins L'l nutres princcs hcrcclitaircs. 
111. SUl' lcduc.uion domestique du dauphin.
 
IV Vuc gé'n0ralc du nouvcau pl.m ele gouvnnemL'nt eles í~tats.
 
V, Application eles qu.urc methoclcs g0n0r~t1es du nouvc.ru pl.m de
 
polir iquc ~11I govcmcment dAnglarorrc. 
TO\IO VII : Rorr-rdã , Bcmun, 17,"H, Cont0111 : Ohscrv.uions conccrnanr lc 
Ministerc de I'Intcrieur de l'f:tat. 
Tomo VIII : Roterdã. Bcm.m, 17}i. Contem : 
I.	 SUl' lc Ministcre eles Fin.mccs. 
11.	 SUl' le Ministcrc eles Affaircs .ivcc lcs f:trangcrs. 
III. Sur le Ministcrc de la GUL'ITL' avcc lcs Étr.mgcr».
 
IV, Projct pour parvcnir ~1 la pa ix.
 
Tosto IX : i{otL'rlb, Ik111~tn, 1734. Contem :
 
I.	 Obscrv.itions politiques sur lc gOllVL'rt1L'111ent dcs rois dL' Francc. 
11.	 Róflcxions moralcs ct politiqucs sur la vil' de Charlcs XII, roi de Su0dL', 
XLI 
111.	 Rcflcxions mor.rlcs ct politiqucs SUl' LI vil' de Picrrc 1<', cmpcrcur de 
Moscovic. 
IV. Obscrvat ions SUl' Lt forme dL's Conxcil-, de l.ouis XlV. 
To\)o X : Rotcrd~l, Ix-man. 17..-)':;. Contem : 
I.	 Projct pour pcrfcct ionncr IlOS lois SUl' lc ducl. 
I I.	 Rcflcxions SUl' la vic de Soerate ct de Pomponius Atticux. 
111.	 Questiolls SUl' lcducat ion des colll'gL's. 
IV.	 Ruison pour puhlicr !cs motifs des lois. 
V.	 Ohscrvatiolls nouvclk-s SUl' lcs suhstitutions. 
VI.	 Projct pour rcndrc !cs troupcs hcaucoup mcilk-urcs ct !cs sokl.u- plus 
hcurcux. 
VII.	 Comp.uu ison entre lc sysicm« de lcquilibr« des dcux principalcs 
puixs.mcx-s ct lc systL'll1e de Ia Dil'te curopóvnnc. 
VIl I. Obscrv.n ions pou r perfccti< .nncr un jou rn.rl de la Repu hl iq uc (!L's l.cttrcs. 
IX.	 Ohservatiolls SUl' la prornotion prcxhainc des marcch.rux de l-rance. 
X.	 Ohscrvuuons SUl' les colonies C'!OigllcTS. 
XI.	 Prcmicr rccucil de \'('rit('s mora lcs L'l politiquc--; 
XII. Agatllon, ard1L'VL'qUl' trl'S vcrtucux. trl'S s~lge ct trL'S hcurcux. 
X [I I. Ohscrv.n íons su r I~I sohric'tc,. 
XIV.	 Artick-s fondamcnraux de ]'c'uhlisselllellt de la Di0te europ(Tllne. 
xv. Ohsc-rvat ions SUl' !c plan (Ies mcdiatcurs. 
'['()\IO XI : l{otcr(I~'I, Ikll1~lIl, 17,'-)7. Contem : 
I.	 ohscrv~ltions SUl' I'essenciel de la rcliuion. 
l l.	 SUl' le grand hornmc c-t lhommc illustrc. 
111.	 Mórnoirc pour obtcnir !c clroit de substitue-r. 
[V.	 A\'~lIluges de I'c'ducltion l!L'S colll'ges sur lóduc.uions domestique. 
V.	 Ohscrvationx pour jugn saincmcnt de la v.ik-ur des ~lctions cour~lgeuses 
que se lont pou r pia ire ~I Dicu. 
VI.	 Ohscrv.u ions SUl' Ics qu.nrc principau x ddauts (lu governcl11l'nt 
dAnglatcrrc- . 
VII.	 Ohscrv.uions pour remire LI k-ctur« des l lommcs illustrcs de Plut.irquc 
plus ~lgr('~lhk' L'l plus utik. 
VIII.	 Ohscrv.n ions SUl' !cs !1rogrl's continueis de la r.rison univcrscl!c. 
[X.	 ()hscl",atiol1s SUl' les dcrnicrcs p.iix. 
X. l iixcours SUl' te lil'sir de Li hC'~llItitlllle,
 
'1'< )\10 XII: Pensc'es clivcrscs.
 
TO\IO XIII: Pré'racL',
 
Com inu.n ion (Ies pensc'es divcrscs. 
TO\10 XIV: l{oterlU, Ik'Ill~ln, !710. Contem 
I.	 I )iscours SUl' i'l'('< inomic hk-nfa is.mtc. 
XLII 
lI.	 Lcure sur la mcthodc dl's cxtraits. 
[11.	 Discours pour pcrfccrionncr lóducations duns lcs pcnxions. 
IV.	 Discours xur k- grand hornmc (nova edi<,)o). 
V.	 Thémistoclc ct Aristidc ou )\;Jod011's pour pcrfcctionnc-r lcs Vics de 
Plu ta rq uc. 
TO.\Io XV : Rotcrda, Bcm.m, 174 I. Contém: 
I.	 R0gle pour discernir lc droit du tort , lc juste de linjustc, entre n.uion ct 
n.nion. 
11.	 Pl.m de traité de pa ix pcrpctuclle entre lFspagnc et lAngl.ucrrc. 
I I I.	 Rcflcxions moralcs. 
IV.	 Obscrv.uions pour formcr la Préface dl' b Vil' de M. Il' marcchal 
dl lnrcourt. 
V.	 Av.mtagcs dl' lcducations dcs collL'ges sur lóclucation domestique.
VI.	 Mcmoir« SUl' lcs CollL'gl's des Bé·nC'dietines. 
VII.	 SUl' lcducations des cnf.mts cl.ms lcs pcnsions. 
VIII.	 Obscrv.uions SUl' le proje t dexc rcixc« du nc scma inc pour lcs 
pcnsionnaircs dl' M. dAlilxut. 
Toxro XVI: Rotcrd.l, lscman. I 7/í I. Contem 
I.	 Obscrv.uions SUl' lc Tcst.uncnt Politiquc du Cardinal de Richelicu. 
I I.	 Projct pour le pcrfcctionncmcm du cll'rgé de Franco. 
111.	 Discour« SUl' lc pl.m de lAcadcmi« fr.mcaisc. 
IV.	 Projct dunc rC'glcment SUl' Il's héné't'ices. 
V.	 Corrcspondcncc de \'ahhC' de Saint-Picrrc .rvcc lc cardinal de Flcury. 
VI.	 Ouvr.rgcs de mora k-. 
VII.	 l.ycurguc. 
VIII.	 Vil' de Solou. 
IX.	 Rcflcxions sur lcduc.uion. Pl.m gé'néral. 
X.	 [{é·tlexions SUl' lAnti-Muchiavcl .k- 1740. 
Prefácio XLIII 
e. Lista dos manuscritos'" 
C~t/XA 1 
Ohsc-rv.itions sur lcsscnticl de la rcIigion ( t. XI).
 
Contrc lopinion de Mandcvillc (t. XVI).
 
Sur lc paralk-lc des Rom.uns e des Fr.mc.u».
 
Discours SUl' lc désir de la bcatitudc (t. XI)'
 
Pellsc'es diversos «. XII e XIII).
 
Ohscrv.uions pour juger sagel11ent de la v.ik-ur lks actions courageuses
 
faites pour plair« ~l Dieu (t. XI)' 
Pour rcndre la lccturc de Plutarque plus ~Igc'ahle (t. XI). 
Solon (t. XVI). 
Discours SUl' k trav.iux de lAc.rdcmi« rr~II1\'aise. 
Sur te vocx mon.rstiqucs. 
Discours dur limmortalitc bicnhcrcusc-. 
Pascd l'crivain des plus cloqucnts. 
SUl' Il's penscTs dc'uch0es. 
C~/XA 11 
I{l'glc pour discernir Ic clroit du torto
 
C Ili'< 1Il( .k )gie.
 
Ma ximvs tircTs du Cardinal de Iktl:.
 
Quest ions pol it iqucs.
 
Obscrv.uions sur tes colonic-s.
 
l.cs cinq anicles fondamcntaux.
 
l{c'pol1se de la reine de I longrie au roi de Prusxc.
 
Rcflcx ions SUl' lc caractl'rl' du roi de Prussc.
 
Acldition ~l louvr.uz« sur lcducution dl'S co]IL'ges.
 
Ikflexiolls SUl' lcduc.uion.
 
Ohscrv.uions sur la forme des conscils de l.ouis XIV rr. IX).
 
Ministcrc des affaires c'tr~lI1gl'res (t. VII\).
 
Obxcrv.itiorix SUl' l'Anti-Machiavcl cr. XVI).
 
Rcflcxions mor.rlcs. LI Rochcfoucauld.
 
Rcflcx ions moruk-s.
 
Commcrcc (parte de um documento redigido em 1710). 
Ir, Esu lista foi cl.iboradn por .!e;Il1-,I;Il'<IUL'S I{OUSSL';IU l' encontra-se- no Munuscrit lle 
NL'uch;1tel. 1\1..; 7~1(). r. 7, v- ~ \. Tal inventário soma cinco caix;ls cujos ck xumonto-; 
co!>rL'm o pcrócxlo de INF ;1 [711. Alguns destes manuscritos foram publicados no 
Ounages de politiquv L' moralc. I\esse caso. eles s;lo indicados cru rc: parC'ntL'sL',..;. 
'SUO!Ss"ssod P suo!sln/\lJ().) S"')I,xldc S"!Pl~I];lll S,,] .uruo.i SJql~;\.1,'S,).ld 
'lLI,'U1,ISSq.l.'I\V 'S·'II~.1Olll SLIOP,:;/U0~1 
'(I IX '1) .uxu] !OH 'ot' ,'I,)P.lV 
'(IIX '1) (S!O,J.) ,,! "nh ",) J; ,]lU,'llIjnC) S"S.1"i\!P S",)SLI"d 
'SU"l[j;\n, , .11~d S,'PUOlll S"p ,)l!I'~.lII[d I~I "p 1)c.llx:1 
,;/SSIUd "p !O.l np !o.~ ,)[) UO!SS,'J0.ld 
"'![1clIlIV lU];S!1 uo ·",)1)]1~1.10UlUl!.] .1I1S s",)SU,'d 
'].'\I~!l[,)l~fAJ-pUV,1 .IIIS SLI()!X"IJ.)~I 
"'l':ldlll()') .lnh!l!l0d "p ,1')[11 
·lSO.Ul~lJ:) "p 'fAJ "p n'IJ "p l!.J.),) LIn,p .uund u.i S,I,).,!l 'S",)SU,'d 
',',ILI1~.1 U",] ,11I S 
';/II,'S.1,li\!Un UOS!I~.1 1~1 "p P ,'.1':!In,I!l.l1~d UOS!I~.1 1~1 "~I) U0!l,IUPS!(1 
'( IAX 'I) LIO]OS "p ,'lA 
',;\'11I,11:1 "p I'~U!p.11~,1 ,1'1 '1\1 1: l!,\!.J.),) "II"U"lUO:1 "p T',J 
'SlI !,~.1.,;\ nos ,'.Illl,' ]".11IWU 1!o.l[) n [, s,xl !,lll!J d 
'1'~.I,)lI,)j 11l,1l1l"1j,:.l Un .I,1l1l.10,~ .1 no.] 
'( IAX'l) n;/!I"LJ,I!~1 "p I'~U!p.1C:) n[) "nhp!l0el lU,'llll~lS",I, ,I] .ms SlIO!lI~,\.1,)sq() 
'.III"nhOlll 1),lds:1 
','lllCS!I~Ju,'!q ,1!U101l().):1 S.1n().)slP)<) 
's"nhqsC!S,)j.1,1:1 s"p 11l,1l1l"UUO!).)"JI,xl .,í .1IH)d 1,'!().\d 
. 'npU.111l,' U,'!lI ".ldO.lel-.1nOlllV 
'"n h!.101Sl l[ .I.1U"j "I .ms SUoql~/\.1"sq() 
·S"[1~.10Ul S,'.I11,'" 
',)11 [)! l!l oel ,Illlj! U:} 
111 VXIV;') 
'".11snll! ,'1lI11l0l[ "nhl~l\,1 .1I1S ".1!CJ I: SlIo!ls"nh l)lID 
'PIIl1~,lnOJ)l\,)O~1 I~I "p '11\1 "p S"llI!xq'\l 
'S,lllllllOlI s,IP ,',ll1qll:1 
'SU,'!,IUV s,'[1 lUl~S!I~JlI"lq S![1I~.11\1 "p .IIIS uoql~,\.1"sqo 
"Inhq!lod 1~1 .Ip s,:.1j().\d ,,[ ll~l,] LIn SlI1~p .1,1.111.)( ud "[1 li ,,/\0 1"1 
"'I'~.10Ul ,111,'S.1"i\!un ".1!OlS!l!,P p!O.1d 
'U\IX '1) "P!lS!.1V P ,'j.1 0lS!lll,]l[.L 
'( IX '1) ".llSn[[! ,IUllllOlI, [ P ,111111l0l] I)LI1~.1j "I .IIIS 
','.1,:U1 l~S J; SI~.1q'\l "P'ltl\' "[1 ".I1P'1 
'S!.I1~d "[1 S,ISs!o.lI~d s"p s.u.vrn:d S,,] .1,ljC]110S .mod l"f().\d 
'(i\,1 '1) s"nh!l!l0d S,',ll1".I':JlI()') S,,[) ')l!I!l, I 
"'.1.1,ln~) C] "p ".1,:lS!lI!VI1 ,,[ .IIIS slIoqc,\.1"sqo 
'".I! ];11 0/\ .lp '1"1 ': ".11)./'1 
'SlUl~[1U,'lU! s.m,,!s s,'1 .mod ,'.I!OlII.)I'\l 
:l}I}I:J1cl-,I.NIVS :1(1 :m~JV ArIX 
'S.,.:,\! I(nu S~( YI 
'.,x nl ., 1 ,IllS 
's"I,)I~I,1.xIS S,,! p surlllO}l s,'1 .ms S.lIl(),)S~(i 
'.1U!,~1lIIlq UOSp~.1 ri "p lU.'lll.'SS!OJ,),)I~,1 .ms SUO!jl~i\J.,S<.[O 
'.1nhq!l0d 1:1 "11 s.?J'(1o.ld 
'p!oJd uo<.[ np suoq!U!}:C! 
's.',)UrJIUOlU.'J S"p ':1!plj 1 
's.'n h! I!l0d SUo~ J,)!p.:Jd 
's.1IU!I~S snld xll.,!'(1~I,'J S.1p S,',l.\Il.'O S.1! .,.Ipu.,.1 .ino.] 
'XIl.,!,1!UJ.1d snnu 's"I<.[r.:.I'(1I~ S.1'(1I~J!\1l0 s,'1 ,IllS 
'UO!],)uqS!P q "p .,'(1I~IUC,\C J.,.Iq .mocl 1,,!(Ud 
's"I'~!,)u!.\oJd s"llhuc<.[ s"p IU.'lll.'SS!l<.[I~I':,1 .I1lOd 
'.,nhq.:od cI .IllS s",:su,'d 
'lu.,lU.,UJ.,,\llo'(1 ., 1 .I.iuuo: J,)".l-I.,d U., .inod "J!( >Lu.: ~\I 
'XIlC1!d<JlI s"p .,su.xl.:p cI J.,nu!llI!p .mod .,J!Olll.:lU un 
'S.'J\Il.'O s.,uuo<.[ s,'1 .'JIU.1 .:1Uo<.j "p ",)u.1J':J~!11 I~I .IIlS 
"s"nl)!l0qjl~,) SU!CJ.,\110S XIlC IU.'Sllr,) .,nh xmuu s,'1 .I,'SS.',) .1.11".) .mod 1,,!(UeI 
'SIU.1J.:JI!P S"JU.,'(1 .1p xnmu I.' su.'!<.j .'JIU.' JIS!OlI,) I': Sl:.l.IC<.[lll.',! JIlS SJIl(),)S!(1 
,s",) U.1UUOpJO S.'11 p.1n,),/J .1I .inod SUO!!c.\.I.,s<.jO 
'suo~su.xl s.11 .rnod 1,,!(Ud 
'.,U! 1lIc.I I~ I .1.1IU(),) s.I!jl~. \J.,S·,.Id 
'L\ 'I) .1lQ')"p.,lll q .I.,uUO!J,).I.>JI.X[ .mod p!O.Ie1 
'.' Iiuotu "p SUOqs.,Il() 
'.1II"SJ.,,\! U11 
uosuu q "p Su.'!<.j "p UO!1I:IU"lll'(1nl: 'xn mu "p UoqI1U!lll!P CI .IllS SU0!1C.\.I.,s<.jO 
',Illq\l jll!I~S "p UO!ll~n.:.Inuo:) I~I "p s.,'(1'?II0:) S,'I ,IllS 
·S.Ill.1Id.,,).:.Id S.Ill.'iP"11l S,,! uos Su.'!J0IS!lI suo<.[ S,"I 
'xIlcWI<J'I S"p IlC".Ill<.j UIl.P ':1!SS",).:N 
'S,'I!IIl SIlId SUO!ld!J,)SU~ S,'I "Jpu.,.1 .I11()(.i uoql~.\.I.,s<.[() 
'S,Ill.'( nu S"p "')U"!,)S q .I.>1!C.l1 "p ".I.?!UI;LlI I~I .IllS 
'( [;\ 'I) u!qdnl~c i IIp .,Il[)!1S.,lllOp U0!1C,1Ilp.:.! ·IllS 
'(lI 'I) .1!.Ic<.[.IC~i "p s".I!,~S.lo:) s"p u0!lcd.lqx."I .inod 1.,!OJeI 
"'pn1!lc0<.[ I~I .m-: SJIl(),)S!(1 
'U!rlllllll .,Ju.,n IIp .',)UI~.Iu",1 .IllS 
AI vxn~J 
'( 11];\ 'I) S".1UI~U!:1 S"p .,.I.?IS!uq.\I "] .IllS SUO~j1~,\.I.,S<.[() 
'(()Lç 
'd '1"IlO.lCI 'P::l 's.,Ilhq!l0el S"I'~UUV U! cpl~')!I<.jlld) (óÇLI uro I~PCS!A.,.1 
: S-ZH ,}[ 'S"II~Uoql~u S.',\llj.1.1V) ;\IX S!IlO'1 1,1 Al !.IU,'l I .'.IIU.' UOS!C.lCdlUO:) 
'SU!l:lllO}1 S,1P .1'(11~SIl s"p .'·1.\!1 .Ti 
XIX °I:J1JJd Jd 
Alm(: DF SAINT-PIElmEXLVI 
Col10ge des BC'llC'dictills ( 1° texto). 
Pl.m dun nouvcau co1l0ge (20 texto). 
Dinlogu« su r I'C'uhl isscmcnt de larbítrag« eu ropccn. 
Obscrvations SUl' 1cs mulhcurs eles Stu.uts. 
Principc-, de morale. 
Obscrvation trcs importante. 
De l.: vic ct de la sa ntc du corps. 
Physiquc et mcdccinc. 
SUl' lcducat ion C!1L'Z 1cs maitrcs de pensiono 
Substit utions O. 11 ; t. VIII)' 
Origin« dcs dcvoirs ct eles droits O. 11). 
Question politiquc SUl' lc m.ui.u;«. 
Obscrvutions SUl' lóloqucncc. 
Ohsc-rvations trcs importantes SUl' lcs deux ministcres... 
Obscrvutions polit iqucs SUl' lcs disputes des thcologicns. 
Augmcnt.uion dcs monn.ucs 0.11). 
Ohscrv.n ions SUl' la S:lgL'sse. 
SUl' Li tlattcric. 
Obscrvations SUl' lc luxc. 
SUl' Li vil' de Ch.ulcs XII O. IX)' 
SUl' a promotion prochainc e.ics m:\rC'C!1:llIX de I-rance O.X). 
Oucstion de droit SUl' 1cs fiefs. 
Obscrvations chrcticnncs... ct SUl' lc cclib.u

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes