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Tardif começa no seu texto afirmando que os saberes que servem de base para o ensino

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O texto “Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério” trata de uma questão que tem um importante impacto sobre a formação dos professores. O artigo mostra que o saber dos professores é plural e temporal, uma vez que é adquirido no contexto de uma história de vida e de uma carreira profissional, ou seja, ensinar supõe aprender a ensinar, aprender progressivamente os saberes necessários à realização do trabalho docente através da experiência profissional e pessoal do professor. Importa o que ele aprende sozinho em sua atividade e o que ele aprende com seus colegas de profissão durante sua carreira.
O referido artigo que tem como tema a relação entre os “Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério”, se divide em três (3) partes, cada uma delas com base em autores que abordam os conteúdos selecionados, como: Primeiro, em que esse estudo sobre as relações citadas pode ajudar para melhor entender a natureza dos saberes profissionais dos professores. Segundo, como essas relações se mostram nos fenômenos da história da vida, da aprendizagem pré-profissional do trabalho e da carreira dos professores. E em terceiro, é uma reflexão e pistas teóricas sobre diversas relações entre tempo e os saberes profissionais.
Tardif começa no seu texto afirmando que os saberes que servem de base para o ensino, tais como são vistos pelos professores, não se limitam a conteúdos bem circunscritos que dependeriam de um conhecimento especializado.
 Sobre a trajetória pré-profissional, o texto vem relatando que os professores quando entram nessa profissão eles já tem uma visão sobre o que é a profissão devido a todas as etapas que eles já passaram durante seu processo de formação.
Em seguida pondera que os saberes dos professores são temporais, pois são utilizados e se desenvolvem no âmbito de uma carreira, ou seja, cada situação ou lugar muda a concepção do professor e ele tem que adaptar sempre a essas modificações.
Em relação à sua atividade, “o docente raramente atua sozinho. Ele se encontra em interação com outras pessoas, a começar pelos alunos” (op. cit., p. 49). Esta atividade tem o elemento humano como seu determinante e dominante. Assim, os professores precisam enxergar os alunos como atores da educação e não como sujeitos passivos da atividade docente.
Sobre a dimensão subjetiva da carreira dos professores, o autor relata que a carreira é uma modelação entre a ação do docente e as normas e regras que a instituição impõe e assim uma parte age sobre a outra remodelando o processo de ensino e consequentemente mudando também a concepção do professor.
O saber profissional tem uma dimensão identitária, pois contribui para definir no professor um compromisso durável com a profissão e a aceitação de todas as suas consequências, ou seja, o educador ao assumir sua identidade ele passa a trabalhar de forma a defender sua profissão e assim acaba aceitando até os percalços que surge durante o seu trabalho.
O texto mostra a pesquisa de Raymond, Butt e Yamagishi (1993), que informa a causa de escolha da profissão como experiências realizadas antes da preparação formal, por exemplo, a vida familiar, experiências escolares e experiências marcantes com outros adultos em atividades extracurriculares.
 E por fim, a pesquisa de Lessard e Tardif (1996, 1999), que não tinha como finalidade reconstruir a história de vida dos professores, mas na pesquisa, vários educadores falaram da “origem infantil de sua paixão e de sua opção pelo ofício de professor”. Muitos entrevistados citaram a origem familiar da escolha de sua carreira, em grande parte as mulheres. Voltando a ser abordada nessa parte do texto a influência dos professores, como experiências escolares e uma relação afetiva com crianças.

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