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(2015) Sbrissia e Kogut

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ISSN 2176-1396 
 
 
A CARREIRA DE UM DOCENTE CONSIDERADO BOM PROFESSOR 
 
Ana Paula de Andrade Sbrissia
1
 - PUCPR 
Maria Cristina Kogut
2
 - PUCPR 
 
Grupo de Trabalho - Formação de Professores e Profissionalização Docente 
Agência Financiadora: não contou com financiamento 
 
Resumo 
 
O artigo discute a carreira de dois bons docentes abordando a construção de suas carreiras, e 
teve por objetivo analisar as histórias de vida dos professores. Foi desenvolvido um estudo de 
caso, participaram do estudo dois profissionais de Educação Física que exercem as suas 
atividades na escola ou em cargo de gestão direcionadas à Educação Física. Foi utilizado 
como instrumento de pesquisa uma entrevista semi- estruturada formatada a partir do objetivo 
do estudo. Os resultados deste artigo apontaram que os dois professores escolheram o curso 
de Educação Física por gostarem muito de esporte. Eles têm em comum a mesma área de 
formação continuada, (fisiologia do exercício e treinamento desportivo). Em relação à prática 
pedagógica na escola, os dois consideram que a experiência profissional é de suma 
importância para conduzir as situações cotidianas desse ambiente. Consideram o bom 
professor como aquele que sempre almeja algo melhor e que se dedica muito ao trabalho. Este 
estudo permitiu compreender que a carreira de um bom professor é a composição das 
competências e habilidades profissionais elaboradas e aplicadas no cotidiano escolar, e que 
para se tornar um bom professor é necessário investir em uma formação continuada, fazer da 
experiência um conhecimento construído através da prática e sempre almejar algo melhor. 
Conclui-se, portanto que a construção da carreira de um bom professor é um processo que 
depende das oportunidades que surgem, mas fundamentalmente do empenho e dedicação 
empreendido pelo profissional tanto em sua formação quanto na sua atuação, quer seja na 
escola, no clube e em qualquer outro ambiente que se trabalhe. 
 
Palavras-chave: Carreira docente. Educação Física. História de vida. 
Introdução 
De modo geral, o que caracteriza um bom professor, é seu esforço para organizar e 
diversificar os conteúdos, aliando a teoria à prática, o domínio do assunto proposto (conceitos, 
práticas, técnicas e origens históricas), a adaptação do conteúdo de acordo com as 
necessidades de aprendizagem dos alunos, a demonstração de carinho e atenção, uma visão 
 
1 Licenciada em Educação Física. Graduanda de Pedagogia – email: anapaulasbrissia2009@hotmail.com. 
2 Mestre em Educação. Professora do curso de Educação Física da PUCPR – email: cristina.k@pucpr.br. 
10238 
 
positiva do ensino e dos estudantes, a capacidade de elogiar e incentivá-los, de construir uma 
relação de respeito e afetividade que sejam mútuos, conquistando assim um ambiente 
agradável para as aulas. 
Todos os aspectos elencados demonstram que o trabalho do professor na escola é 
importante, mas exige uma formação adequada e uma postura de envolvimento com o 
conhecimento, o que demanda estudo e uma busca constante. Segundo Salgueiro (2001, p.89) 
“torna-se necessário um grande esforço para construir a competência docente capaz de 
responder aos novos desafios”. 
A partir da percepção da importância do docente na sociedade atual, das implicações 
na construção da cidadania dos indivíduos, pretende-se nessa pesquisa estudar a carreira de 
dois docentes considerados bons professores, analisando o histórico de formação profissional, 
a identidade e experiência deles. 
Referencial Teórico 
O processo de desenvolvimento profissional de um docente acontece dentro da escola, 
de maneira individual e coletiva, pois é assim que o professor adquire experiências e 
desenvolve competências dentro do ambiente de trabalho. Marcelo (2009) afirma que o 
conceito de desenvolvimento profissional é um processo de longo prazo, vindo de 
oportunidades e experiências que produzem os métodos de aprender a ensinar. 
Segundo Moita (1992 apud KRUG, 2012), quando há uma referência à identidade 
profissional dos professores pode-se identificá-la como uma montagem compósita, ou seja, 
uma construção que perpassa desde a escolha pela profissão até a aposentadoria. O autor 
ainda ressalta que a construção da identidade é feita a partir de saberes científicos e 
pedagógicos, alicerçados pelas experiências, por opções tomadas e pelas práticas pedagógicas 
desenvolvidas. Reafirmando que o desenvolvimento da identidade profissional é feito a longo 
prazo e construído por experiências, Pimenta (1997) confirma que ela não é um dado 
imutável, mas um processo de construção do sujeito. 
Pimenta (1997) também defende que existem alguns pressupostos para a construção da 
identidade profissional, que começam na formação inicial, na percepção do futuro professor 
como docente, na qual está presente suas representações, crenças e descrenças com relação ao 
curso. Essas vão aos poucos sendo desvendadas, a partir do momento em que o acadêmico, 
compartilha opiniões e ideias, enfrentando o desafio de falar e ouvir, simulando sua conduta 
dentro de uma escola e exercendo o seu papel como professor. 
10239 
 
 Para Marcelo (2009) a identidade profissional é um processo de aprendizagem ao 
longo da vida, pois seu desenvolvimento é interminável. Nessa perspectiva devemos 
considerar que os professores devem sempre se questionar: Quem eu quero ser? E a partir 
disso buscar saber cada vez mais. 
A partir disso espera-se que um curso de licenciatura forme um professor que 
contribua com a profissão, que aceite a natureza docente que de acordo com Pimenta (1997), 
essa característica ajuda na humanização dos alunos, desenvolvendo neles conhecimentos, 
habilidades, atitudes e valores, tornando os saberes e fazeres docentes, uma realidade dos 
desafios e necessidades do ensino, como uma prática social, o que lhes é colocado 
constantemente no cotidiano. 
 Segundo Gomes (2010) alguns estudos sobre a constituição do ser professor alegam 
que a maioria dos docentes adquiriram uma conduta dentro da escola partindo da experiência 
que tiveram como alunos, fornecendo conteúdos para o eu profissional. Para Irgang (2006) as 
representações construídas pelos professores ao longo de sua trajetória de vida moldam e 
produzem um tipo de professor. A autora afirma ainda que temos uma representação do que 
seja um professor, uma aula, uma avaliação, uma escola, essas imagens configuram-se em 
saberes ao longo da trajetória do professor, pois tudo que se aprende ao longo da vida escolar 
é certamente interiorizado como uma experiência. 
Para Marcelo (2009) deve entender-se o desenvolvimento profissional de professores, 
na forma como se definem a si mesmos e aos outros. Já Segundo Moita (1992 apud KRUG, 
2012) o eu profissional é constituído de identidades diversas, cada qual relacionada com um 
aspecto e/ou um território. Existem semelhanças entre os autores, pois muitas vezes se 
espelhando em alguém ou usando como referência as experiências vividas que se começa a 
construção do eu profissional. 
Os saberes da construção da identidade profissional do professor são categorizados por 
Gomes (2010) em três tipos: o da experiência, aprendido pelo professor desde quando aluno; 
do conhecimento, que é a base da atuação do professor na escola e que auxilia na reflexão 
sobre a função da escola na atualidade, e os saberes pedagógicos, que lança mão dos 
conteúdos específicos, indicando os caminhos e necessidades pedagógicas dos alunos. 
O professor participa de todos os acontecimentos que ocorrem dentro da escola e da 
sociedade e com isso ele traz para a sala de aula sua bagagem cultural, que é fruto do seu 
contexto histórico e social. Essa posição é confirmada por Darido (1996), citada por Galvão 
(2002) que afirma que não se pode deixar de lado o fato de que o professor é fruto de um 
10240 
 
contexto histórico e social. E também quandose trata de atuação docente, não se pode 
desconsiderar a formação acadêmica, pois um bom desempenho na carreira depende de como 
foi a formação acadêmica. 
Quando se analisa a ação do professor de Educação Física, deve-se levar em conta que 
enquanto desempenha sua função dentro da escola, ele torna-se um exemplo para os alunos. 
Sua conduta pode deixar marcas positivas ou negativas para eles. Ele atua como mediador de 
conhecimento e deve ter respaldo suficiente para trabalhar com aspectos físicos, motores, 
sociais e culturais. E de ensinar conhecimentos específicos de sua área o professor torna-se 
responsável por estimular a formação de alunos críticos, com valores e capazes de questionar 
sobre diversos assuntos (GALVÃO, 2002). 
Galvão (2002) citando Libâneo (1984) aponta algumas características que cercam um 
bom professor. Nas características técnicas, cabe conhecer seus alunos e adaptar o ensino as 
suas necessidades; dominar o conteúdo refletindo sobre seu planejamento e sua prática, 
disposição para remanejar o que for preciso em sua metodologia, de maneira que propicie um 
conhecimento significativo. O bom professor ainda é aberto para trabalhar a teoria e a prática; 
comunica aos alunos qual é o objetivo específico da aula e fornece feedbacks construtivos ao 
término da aula. 
Quanto às características afetivas, um bom professor deixa claro que ele não é 
bonzinho e sim maduro, a ponto de esclarecer com seus alunos que regras existem para serem 
cumpridas. O que não impede que, agindo assim, o professor tenha um laço afetivo com seus 
alunos, pois, a afetividade se torna essencial para que as aulas tenham um clima agradável e 
prazeroso. Com isso é possível estabelecer o respeito e amizade entre professor e aluno, 
trazendo como benefício a satisfação no trabalho desse professor, fazendo com que ele 
demonstre interesse, entusiasmo e motivação com o que ensina. 
O bom professor também possui características sociopolíticas, que garantem a ele 
conhecer a realidade social concreta de seus alunos, tendo uma visão crítica da escola e dos 
conteúdos escolares. 
Ainda é possível falar do bom professor em sua prática pedagógica, o que torna 
pertinente a abordagem dos conteúdos escolares nas dimensões: a) conceitual, que aborda 
regras, técnicas e dados históricos das modalidades; b) procedimental, que diz respeito ao 
conteúdo ensinado pelo professor, que não deve somente girar em torno das habilidades 
motoras e do esporte e c) atitudinal que aborda regras, atitudes e valores. Para Silva (1992 
10241 
 
apud GALVÃO, 2002) é indiscutível que o professor que reunir a maior parte dessas 
características dificilmente falhará em sua prática pedagógica. 
Para Pimenta (1999) a formação de um professor não se dá apenas na formação inicial, 
mas em uma busca contínua, que se torna necessária para mediar os processos constitutivos 
da cidadania dos alunos. A autora, ao tratar da formação inicial, afirma que o currículo dos 
cursos de licenciatura têm se distanciado da realidade escolar no que diz respeito à prática 
social de educar, e pouco têm contribuído para gerar uma nova identidade do profissional 
docente. E quando se refere à formação continuada, afirma que os cursos têm sido pouco 
eficientes para alterar a prática docente e não dão a possibilidade ao professor de construir 
novos saberes e novas práticas. 
Para Garrido e Carvalho (1999) a desarticulação entre teoria e prática bem como a 
separação entre as pesquisas desenvolvidas na universidade e o trabalho nas escolas, resultam 
em um modelo técnico de currículo proposto para a formação de professores. Nesse sentido 
Shon (1987 apud GARRIDO; CARVALHO, 1999) ressalta a insuficiência dos quadros 
teóricos para orientar as práticas docentes. O autor ainda propõe que as Universidades, 
enquanto promotoras de um saber docente deveriam ensinar os futuros profissionais a 
refletirem sobre a prática, retomando, descrevendo, problematizando e levantando hipóteses 
para sanar os problemas frequentes do dia- a dia escolar. O autor salienta e finaliza afirmando 
que uma formação inicial assim, formaria um profissional investigativo, capacitaria um 
professor pesquisador, produtor do saber e do saber fazer docente. 
A relação teoria e prática é um dos aspectos buscados na formação inicial. Lawson 
(1990 apud DARIDO, 1996) indica que na década de 80 algumas instituições de ensino 
superior passaram por uma reforma na grade curricular. Ela possibilitou a inserção da teoria e 
de conhecimento científico seguido das ciências mães que sustentam a teoria da área de 
Educação Física. Portanto, a Educação Física também é uma ciência, pois agrega ciências 
pedagógicas e técnicas. 
A falha no processo de formação inicial apresentada em um estudo feito por Darido 
(1996) afirmou que os professores formados em uma perspectiva científica, ou seja, depois da 
inserção de disciplinas teóricas no curso de graduação em Educação Física, se mostraram 
acomodados, e trabalhavam apenas o quadrado mágico dos esportes, Os professores formados 
em uma perspectiva tradicional, também considerada como esportivista demonstraram mais 
interesse pela diversificação das aulas e recorriam mais á direção da escola para discutir 
assuntos que provocassem melhorias no âmbito escolar e nas aulas de Educação Física. 
10242 
 
Sendo assim, torna-se pertinente que a teoria e a prática se complementem na 
formação inicial, pois as reformas educacionais devem proporcionar transformações 
significativas no período universitário. 
Outro aspecto importante diz respeito à experiência. A experiência profissional como a 
construção que se efetiva ao longo dos anos é resultada da solidificação dos saberes, das 
práticas e experiências. O professor em sua prática pedagógica resgata aquilo que viveu 
durante a sua vida escolar e acadêmica e essas são confrontadas ou confirmadas no contexto 
em que atua e junto aos colegas de trabalho. Mas, segundo Josso (2010) há uma distinção 
entre experiência e vivência. O autor afirma que se vive uma infinidade de transações e de 
vivencias; mas elas só atingem o status de experiência a partir do momento que é feito um 
certo trabalho reflexivo sobre o que passou e sobre o que foi observado. 
Para Josso (2010) a elaboração da construção das experiências acontece tendo-as, 
vivendo situações e acontecimentos durante a vida que se tornam significativos. Para o autor, 
adquirimos experiências, através de vivências, situações e acontecimentos que nós criamos e 
fazemos acontecer. E o conceito de experiência feito pelo autor se concretiza quando unimos 
o ter e o fazer. O ter pelo viver situações que não provocamos e o fazer pelas situações que 
criamos. Esses dois aspectos trazem como resultado a experiência. 
Desta forma, a experiência profissional é construída, descobrindo por iniciativa 
própria novas formas de dar aula, se relacionando e trocando ideias com colegas de trabalho 
mais experientes e descobrindo seu jeito de dar aula através de situações diárias. A 
experiência profissional é um processo contínuo de aprendizagem profissional, que para 
Salgueiro (2001) é construída e apropriada pelos professores ao longo de sua trajetória 
profissional e pessoal, resultantes de sua prática. 
A construção do conhecimento profissional é muito semelhante à construção da 
experiência citada anteriormente, pois, assim como ela, o conhecimento é construído na 
prática cotidiana. Para Tardif e Raymond (2000) os saberes servem de base para o ensino, e 
podem ser vistos e interpretados de diversas formas. Os autores afirmam que num sentido 
restrito os saberes docentes são transmitidos por professores eficientes em sala de aula nas 
atividades propostas para os alunos, na organização da turma e do conteúdo a ser aplicado. 
Porém, em um sentido amplo esses conhecimentos são transmitidos durante a formação 
inicial, quando se fundamenta o ato de ensinar no ambiente escolar,e na formação 
continuada, sendo proveniente de experiências, do domínio do conteúdo a ser ensinado e da 
cultura profissional e pessoal. 
10243 
 
Para Salgueiro (2001) existem quatro tipos de conhecimentos (saberes) que são 
construídos ao longo da carreira, os disciplinares, curriculares, os profissionais e o da 
experiência. Portanto, o saber docente está aliado ao conhecimento científico e ao da 
experiência. 
Shulman (1987 apud MIZUKAMI, 2004) afirma que os professores têm conhecimento 
de seus alunos, do currículo, do processo ensino aprendizagem para tomar decisões, mas 
permanece a dúvida sobre o que os professores sabem sobre suas áreas específicas e como 
representam essas subáreas durante o ensino. Estudos que investigam como os professores 
pensam e aprendem a atuar em sua área têm sido frequente ao longo dos anos. Mizukami 
(2004) aponta que esses estudos indicam que o professor aprende através da própria história 
como aluno, que é reproduzida ao longo dos anos como professor, que ele aprende a ensinar 
com a sua formação inicial e continuada, e com situações cotidianas, planejando e 
remanejando seu planejamento de acordo com eventuais problemas que possam acontecer. A 
autora ainda afirma que o professor precisa ter habilidades e compreender o que é importante 
para ele aprender e ensinar, e ressalta que todos os tipos de conhecimento são necessários para 
a base do ensino e para a atuação profissional. Com isso considera-se que a construção do 
conhecimento não é fixa nem imutável, tornando-se essencial a percepção de que o processo 
de construção é contínuo e inacabado. 
Para delimitar os conhecimentos que o professor deve ter, Shulman (1987 apud 
MIZUKAMI, 2004) propôs os seguintes conhecimentos: do conteúdo específico que significa 
o conteúdo da matéria que o professor leciona, o conhecimento pedagógico geral, que explica 
as teorias do processo de ensinar e aprender, as características dos alunos, os processos 
cognitivos e procedimentais de como os alunos aprendem. 
Já para Tardif e Raymond (2000) os saberes são plurais, compósitos e heterogêneos, 
pois trazem a tona no próprio exercício do trabalho e manifestam-se as diversificações dos 
conhecimentos do saber- fazer e do saber- ser. 
Gauthier (1998 apud ALMEIDA; BIAJONE, 2007) aborda o saber disciplinar, que é 
referente ao conhecimento do conteúdo a ser ensinado. Junto com ele está o saber curricular 
um saber profissional específico. Esse segundo o autor, não está diretamente relacionado ao 
saber de uma ação pedagógica, o que diz respeito à parte burocrática e organizacional da 
escola, e sim, está aliado ao saber de dar aulas, estando relativamente associado ao saber 
experiencial, quando o professor sente-se mais seguro em ministrar suas aulas, pois já domina 
o conteúdo proposto e possui habilidades e talentos que são usados na carreira docente. 
10244 
 
Tardif (2002 apud ALMEIDA; BIAJONE, 2007) não classifica os saberes de uma 
forma distinta de Gauthier, o autor explica que a prática docente integra diferentes saberes, 
que mantém diferentes relações entre eles. Sendo assim a classificação do autor referente ao 
saberes são: o da formação profissional, que é todo o conhecimento recebido na universidade; 
os disciplinares que são as grandes áreas de conhecimento, também chamadas como ciências 
mães; os saberes sociais, transmitidos pela universidade e incorporados na ação docente, e por 
último os saberes da experiência, são aqueles que os professores mais gostam de citar, o saber 
que é construído no cotidiano escolar da vida do professor. 
Para Tardif (2006) os professores estabelecem uma relação com os saberes de 
transmissores, de portadores ou de objetos de saber. Mas não como produtores de saberes que 
poderiam impor-se como instância de legitimação social de sua função e como espaço de 
verdade de sua prática. 
Procedimento Metodológico 
A pesquisa trata de um estudo de caso caracterizado como uma pesquisa de história de 
vida. Esse estudo possibilita a aproximação do pesquisador com o entrevistado, propiciando o 
ouvir e conhecer a sua história. O estudo também utilizou uma abordagem qualitativa, no qual 
o conhecimento é possível com a experiência de vida humana, pois uma história de vida na 
pesquisa qualitativa possibilitará ao entrevistado que relate suas experiências como ela é 
vivida e definida. 
Foram participantes do estudo dois profissionais de Educação Física que exercem as 
suas atividades na escola ou em cargo de gestão, direcionadas à Educação Física. Escolhemos 
aqueles que apresentaram uma conduta condizente com a do bom professor. O professor 1 
atua como gestor da área de educação física escolar após ter lecionado durante um bom tempo 
em escolas. O professor 2 ocupa um cargo público na área de Educação Física depois de ter 
construído uma carreira como professor e pesquisador. 
Foi utilizado como instrumento de pesquisa uma entrevista semi-estruturada formatada 
a partir do problema e dos objetivos do estudo. Esse tipo de estratégia de pesquisa busca 
extrair de alguém as informações desejadas. A entrevista foi gravada e esse conteúdo 
transcrito para que pudesse ser efetuada a análise e discussão do material. Após esse 
procedimento, a gravação foi eliminada. 
As informações da entrevista foram ordenadas, analisadas e discutidas partindo dos 
objetivos específicos da pesquisa, utilizando-se para isso da análise do discurso. Para isso, 
10245 
 
foram elencadas as categorias de análise a priori: Opção pela profissão de professor de 
Educação Física; Formação inicial e continuada; Prática pedagógica na escola e Conceito de 
bom professor. 
Resultado e Discussão 
A primeira entrevista foi realizada com o professor 1, que atua como coordenador do 
setor de esportes de um colégio particular de Curitiba. Este participante teve o privilégio de 
ser aluno do colégio, estagiário quando ingressou na faculdade e depois de formado tornou-se 
professor da instituição e, pela sua competência, hoje atua como coordenador. Os motivos que 
fizeram o professor ingressar no curso de Educação Física foi o gosto pelo esporte, pois ele 
teve a sua vida escolar voltada para o esporte como atleta de basquetebol, desde os 10 anos de 
idade. Ele explicou que não houve ninguém que o inspirasse diretamente para ingressar no 
curso, mas o seu treinador da época o inspirou em tomar a decisão de se tornar professor. 
A segunda entrevista foi realizada com o Professor 2, que atualmente ocupa um cargo 
público na região metropolitana de Curitiba. Este professor se formou em Educação Física em 
1986, atuou como Professor de Educação Física em escolas de Curitiba e na região 
metropolitana. Após fazer o mestrado, começou a dar aula para o Ensino Superior e hoje está 
atuando em cargo público na área administrativa. Os motivos que fizeram o professor 
ingressar no curso de Educação Física em primeiro momento foi gostar muito de esporte, e o 
que influenciou na escolha foram os ídolos do esporte e também de pessoas diretamente 
ligadas ao esporte. 
O Professor 1 relatou que sua formação profissional foi muito boa. Naquela época sua 
formação priorizou o esporte, e que ser técnico esportivo era a sua meta. Mas, a experiência 
pedagógica com as aulas curriculares que já tinha como estagiário o levaram para a escola. 
Ele destaca como aspectos significativos na sua formação a seriedade, o respeito, a 
organização e o compromisso. 
Ele considera que a faculdade foi o ponto de partida para atuar na escola, e que hoje 
ele tem como referência alguns conhecimentos daquela época. No entanto outros 
conhecimentos é preciso buscar paralelamente para o crescimento profissional. Afirmou 
também que a construção do conhecimento só vem depois de muito estudo pesquisa e 
principalmente na prática propriamente dita. O professor considera importante a experiência 
construída através da prática e a forma como os conhecimentossão construídos por meio da 
teoria. Para se aperfeiçoar em sua área de atuação, ele se especializou em fisiologia do 
10246 
 
exercício e treinamento desportivo, que foram novos assuntos e temáticas estudadas que 
contribuíram para sua formação profissional. 
O Professor 2 afirma que o que aprendeu na faculdade não foi o suficiente para atuar 
na escola, porque na Universidade se aprende a base para atuar, mas é necessário se 
especializar e sempre buscar algo a mais. O professor ressaltou que o aprendizado depende 
muito do exercício da docência e que a construção da experiência se consegue atuando na 
escola. Indicou ainda que o conhecimento que ele possui foi fortalecido através dos cursos de 
Pós-graduação, do mestrado e das experiências vividas atuando na escola. 
Os dois professores têm em comum a mesma área, pois o Professor 2 também sentiu 
necessidade de entender melhor a área de atuação e se especializou em fisiologia do exercício 
e treinamento desportivo. Como já vislumbrava o Ensino Superior, ingressou no mestrado na 
área de Fisiologia do Exercício. 
Os dois professores começaram a construir a experiência antes de ingressar na 
universidade, pois tiveram influencia dos ídolos do esporte e da infância voltada para o 
esporte. Eles destacam que a experiência só se constrói com a prática, e é através dela que os 
conhecimentos são construídos. Isso é confirmado por Josso (2010, p. 51) ao afirmar que só 
se “desenvolve a experiência por meio da experiência”. Por essa razão, os professores 
sentiram a necessidade de prosseguir com a formação continuada, para aliar as experiências 
do cotidiano como professores com a busca e aprimoramento dos estudos. 
Os primeiros anos de trabalho do professor 1 começaram pelo estágio no colégio que 
trabalha até hoje. Foram 2 anos que deram a ele muita segurança para começar a atuar depois. 
Quando se formou começou a se envolver como professor nas modalidades específicas do 
colégio, primeiramente como professor/treinador de basquete e concomitantemente assumiu 
as aulas de Educação Física. Após isso, recebeu o convite para assumir a coordenação. 
Reconhecendo que sua experiência e seus conhecimentos foram fundamentais para este 
processo ter dado certo. Relembrando essa trajetória o professor afirma que a experiência 
profissional é muito importante para administrar e conduzir a maioria das situações cotidianas 
de uma escola. Em vários acontecimentos já se tem segurança, pois já sabe qual caminho 
seguir, o que facilita o processo de resoluções de problemas com pais, alunos e professores. 
Ele reconhece que a paciência, flexibilidade, respeito, compreensão e principalmente a ética 
profissional na tomada de decisão no momento certo, propiciaram a construção de uma boa 
carreira profissional. 
10247 
 
O professor 2 relatou que os primeiros anos de trabalho configuraram-se em um 
processo de aprendizagem, que dependeu muito da estrutura que as escolas ofereceram para 
que ele começasse a trabalhar. Ele afirma que foi um ponto positivo, pois as instituições em 
que trabalhou sempre lhe ofertaram boas condições de trabalho. Com relação à experiência, 
ele indicou que, sem dúvida, é algo muito relevante em cada setor de trabalho, e na sua 
trajetória de carreira foi algo construído aos poucos. Muitos problemas que apareciam para ele 
resolver eram resolvidos com mais facilidade, pois tinha conhecimentos e experiências, o que 
facilitava na resolução de situações com pais, alunos e depois no setor público onde trabalha. 
Para o Professor 1, o profissional bem sucedido se caracteriza pordedicar-se ao 
trabalho, pelo respeito e por ser respeitado em suas atitudes, ter um bom relacionamento 
professor/ Professor e Professor/ aluno. Tudo isso aliado a muito estudo e prática. O professor 
se considera um profissional bem sucedido, pois ele consegue englobar todos os aspectos 
citados, e se considera bem sucedido financeiramente pois para ele isso é resultado de todo 
seu esforço e dedicação. Ele acredita ser visto pelos demais colegas como um profissional 
correto, justo, com boa capacidade para definir as funções com tomadas de atitudes coerentes. 
O professor 1 espera continuar da mesma forma, seguir pelo mesmo caminho, alcançar 
os objetivos propostos. Para isto está sempre se atualizando para dar continuidade ao trabalho 
e para agregar novidades que surgem continuamente. Quanto ao papel do professor na 
sociedade atual, ele considera como ser capaz de transmitir e trocar conhecimentos com os 
alunos. Está consciente da importância de orientá-los em todos os sentidos, na vida 
acadêmica, social e relacional, com o objetivo de incluí-los na sociedade de hoje, capazes de 
respeitar a individualidade de cada um, tornando cidadãos capazes no futuro. 
 Um profissional bem sucedido para o Professor 2, é aquele que sempre almeja algo 
melhor. Começando pela formação continuada, ele fez questão de dizer que poderia até hoje 
estar trabalhando em uma escola, mas desejou trabalhar com o ensino superior e depois disso 
outras oportunidades foram aparecendo, inclusive de assumir um cargo público. O professor 
se considera um profissional bem sucedido, pois tudo o que almejou até agora ele conseguiu 
com muito esforço e dedicação. Afirma que, em relação à questão financeira, é bem sucedido 
e que, como o professor 1 isso é resultado do seu trabalho. 
Pelos demais colegas de trabalho ele acredita ser visto com muito respeito, pois tanto o 
diretor geral como o secretario do município em que trabalha hoje foram seus alunos, e que 
devido a isso, por sempre ter feito um bom trabalho na escola, o currículo dele foi escolhido 
entre muitos. O professor ainda possui alguns sonhos, inclusive na carreira profissional e na 
10248 
 
área de saúde. Com relação ao papel do professor na sociedade atual, ele o considera de suma 
importância, pois as famílias estão delegando a educação dos filhos à escola, e indica ser por 
isso que na profissão existir o termo educação, afirmado que “nós somos primeiro educadores 
para a vida e depois para o físico” (professor 2). 
Os dois professores entrevistados consideram-se bem sucedidos, pois são pessoas 
dedicadas ao trabalho docente, responsáveis e que sempre almejam algo melhor, pois na 
sociedade atual o professor precisa ser otimista para orientar os alunos em todos os sentidos 
da vida, pois antes de ser professor, o docente precisa educar os alunos para o futuro. 
Conclusão 
Ao analisar o histórico de formação profissional dos professores entrevistados, os dois 
professores escolheram o curso de Educação Física por gostarem muito de esporte, não 
tiveram ninguém que os influenciasse diretamente. Porém, o professor 1 teve sua vida escolar 
voltada para o esporte, e seu treinador de basquetebol lhe influenciou na escolha de se tornar 
professor, enquanto que professor 2 teve influência dos ídolos do esporte. 
O professor 1 relatou que sua formação inicial foi boa, que a prioridade era o esporte e 
que se tornar técnico era sua meta. Ele considera que a faculdade foi o início para atuar na 
escola. Tanto é que até hoje ele tem como referencia alguns conhecimentos daquela época. 
Porém, para crescer profissionalmente é necessário buscar conhecimentos além da faculdade e 
adquirir experiência através da prática. 
O professor 2 relata que o que aprendeu na faculdade não foi o suficiente para atuar na 
escola, pois sempre é necessário buscar algo a mais para ser bem sucedido no que se faz, e 
assim como o professor 1 ele afirma dizendo que experiência se constrói atuando na escola 
exercendo a prática docente. O estudo mostrou que para os dois professores é necessário uma 
formação continuada para atuar na escola, pois a formação inicial contribui para o início de 
carreira. 
Quanto às características técnicas dos professores, o estudo mostrou que a prática 
pedagógica deles iniciou em um processo de aprendizagem. A experiênciasurgiu aos poucos, 
com situações cotidianas. E as características sócio-afetivas são importantes, pois possibilitam 
resoluções de problemas com pais, alunos e professores e que esse processo se torna fácil 
quando se tem paciência, flexibilidade, respeito e compreensão mútua dentro do ambiente de 
trabalho. 
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Quanto à autoimagem sobre a competência profissional dos professores, os dois 
professores consideram-se bem sucedidos. Ambos buscam o aprimoramento constante, 
buscam novos objetivos, percebem que são reconhecidos pelos pares e o resultado financeiro 
é fruto do esforço cotidiano. 
Este estudo permitiu compreender que a carreira de um bom professor é a composição 
das competências e habilidades profissionais elaboradas e aplicadas no cotidiano escolar. E 
para se tornar um bom professor é necessário investir em uma formação continuada, fazer da 
experiência um conhecimento construído através da prática e sempre almejar algo melhor. 
Conclui-se, portanto que a construção da carreira de um bom professor é um processo 
que depende das oportunidades que surgem, mas fundamentalmente do empenho e dedicação 
empreendido pelo profissional tanto em sua formação quanto na sua atuação, quer seja na 
escola, no clube e em qualquer outro ambiente que se trabalhe. 
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