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Projeto de TCC - Renata Kester-2018_12_03 - Versão final

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR CÂMPUS PROF. FRANCISCO GONÇALVES QUILES
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
SIMONE BRUNO
ACCOUTABILITY: UM ESTUDO SOBRE A ATUAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DE VILHENA NO CONTROLE EXTERNO E A RESPONSABILIZAÇÃO DOS GESTORES PÚBLICOS
Trabalho de conclusão de curso
Projeto científico
Cacoal – RO
2019
SIMONE BRUNO
ACCOUTABILITY: UM ESTUDO SOBRE A ATUAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DE VILHENA NO CONTROLE EXTERNO E A RESPONSABILIZAÇÃO DOS GESTORES PÚBLICOS
Projeto apresentado à Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR – Câmpus Prof. Francisco Gonçalves Quiles como requisito parcial à elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso na disciplina de Projeto de Pesquisa em Ciências Contábeis sob a orientação da Prof.ª Ma. Ellen Cristina de Matos.
Cacoal – RO
2019
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título: 
Accoutability: um estudo sobre a atuação do tribunal de contas de Vilhena no controle externo e a responsabilização dos gestores públicos.
Autora:
Simone Bruno– acadêmica do 7º período de Ciências Contábeis.
Finalidade:
O presente estudo tem o intuito de identificar a atuação do Tribunal de contas no controle externo e a responsabilização dos gestores públicos.
Chefe do Departamento do Curso de Ciências Contábeis:
Professora Dr. ªMaria Bernadete Junkes
Professora orientadora, solicitada pela acadêmica:
Professora Ma. Ellen Cristina de Matos
Instituição:
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
CÂMPUS PROF. FRANCISCO GONÇALVES QUILES
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
O projeto intitulado “Accoutability: um estudo sobre a atuação do tribunal de contas de Vilhena no controle externo e a responsabilização dos gestores públicos.”, elaborado pela acadêmica Simone Bruno foi avaliado pela banca examinadora em ____ de _____________de 2019, tendo sido __________________________. 
A orientadora será a professora Ma. Ellen Cristina de Matos
Prof. ª. Dr ª. Maria Bernadete Junkes
Chefe do Departamento Acadêmico de Ciências Contábeis
Prof.ª. Dra. Suzenir Aguiar da Silva Sato
Professora da disciplina
Cacoal– RO
2019
INTRODUÇÃO
A importância da participação da sociedade civil na administração pública não se traduz somente na ocupação superficial do Estado, mas, principalmente, na democratização da gestão pública. Algumas alterações estruturais que vêm sendo desenvolvidas na sociedade têm afetado a relação existente entre as pessoas e a administração pública. A transparência, a accountability e os mecanismos de controle são protagonistas nesse processo de participação popular sobre as contas públicas. No Brasil, desde a redemocratização, alguns mecanismos de prestação de informações têm sido desenvolvidos, mas ainda estão longe de possibilitar à população uma administração transparente. A partir disso, o surgimento de ouvidorias dentro de mecanismos institucionais de controle externo facilitou o canal de interação entre a sociedade e a administração pública e, de certa forma, pode empoderar a população no controle da administração e na fiscalização dos recursos públicos. 
As transformações advindas da era da informática e das redes sociais estão mudando a maneira de se fazer política em todo o mundo. A disseminação descentralizada, não hierárquica e altamente pulverizada de informações (através de ferramentas como Twitter, WhatsApp e Facebook, dentre outras), propicia aos cidadãos novas formas de se ver, se avaliar e se fiscalizar as ações praticadas pelos agentes que atuam em nome do estado. Nessa nova dinâmica, o cidadão deixa de ser apenas um cliente da Administração Pública e passa a ser mais um elemento de fiscalização da estrutura das organizações públicas, o que sinaliza uma necessidade inequívoca de adaptação do setor público aos anseios da população, que cobra maior transparência. A resposta que o governo dá a tais demandas e a forma como utiliza os recursos arrecadados estão diretamente associadas à ordem democrática. Esse controle que o cidadão exerce sobre os atos do governo não é novidade, já que faz parte do sistema de freios e contrapesos elaborado pelos federalistas norte-americanos, por meio do qual as atribuições são divididas entre os poderes de estado (executivo, legislativo e judiciário), que, por sua vez, atuam em um ambiente limitado pela Constituição e pela vontade popular (exercida, dentre outros meios, através do voto). A discussão sobre a forma de controle a ser exercida sobre esses atores está diretamente ligada ao conceito de accountability, segundo o qual agentes públicos devem prestar contas e se responsabilizar pelos atos e decisões tomadas na condição de gestores, o que inclui também o compromisso ético e legal de responder pelo poder que lhes é delegado. Nesse contexto esta pesquisa tem por objetivo realizar um estudo sobre como estão sendo gerados indicadores de eficiência, eficácia e efetividade, destinados a mensurar e acompanhar o desempenho do trabalho de fiscalização do Tribunal e da aplicação dos recursos pelos gestores municipais de Rondônia. Considerando-se esse contexto, questiona-se: Quais são os métodos utilizados pelo Tribunal no controle externo para fins de accoutability?
Com a finalidade de responder ao problema de pesquisa, tem-se como objetivo geral do presente estudo verificar como funciona a atuação do tribunal de contas de Vilhena com relação ao quesito transparência no controle externo, sendo que o mesmo tornou-se obrigatório nas esferas de governo no país (União, Estados e Municípios), resultando que esses divulguem principalmente em meios eletrônicos públicos as informações pertinentes à Gestão Pública.
 E para alcançar esse objetivo foram traçados os seguintes objetivos específicos: (a) apresentar as etapas para analisar a transparência no controle externo e a responsabilização dos gestores públicos; (b) descrever as principais mudanças ocorridas com este processo; (c) verificar a capacitação e o desempenho desses gestores.
Ensejou o interesse desta pesquisa decorrente de leituras prévias acerca do tema abordado, considerando ser um assunto vigente, mostrar um pouco mais da atuação do tribunal de contas e como esse trabalho é desenvolvido.
 Nessa perspectiva, tem-se a intenção de contribuir teoricamente na edificação de conhecimento e informações sobre o tema abordado, que após a elaboração o mesmo poderá ser utilizado por profissionais da área, acadêmicos, empregadores, escritórios de contabilidade e sociedade em geral.
Quanto aos procedimentos, esta pesquisa será bibliográfica, pois, é elaborada com base em material já publicados que estruturam dentre outros pontos o referencial teórico, e pesquisa de campo que será realizada entrevista com os profissionais contábeis, que atuam no município de Vilhena/RO, onde será aplicada na coleta de dados o questionário ,sendo um questionário misto: questões objetivas e dissertativas. 
No desenvolvimento da pesquisa será utilizado o método dedutivo, que no caso da pesquisa tendo-se como foco atender a operacionalização deste projeto de pesquisa e visando atingir ao objetivo proposto, salienta-se, a grande importância da Metodologia neste trabalho, devido seu caráter ser meramente um divisor conceitual e de planejamento entre a parte empírica e a parte prática.
A pesquisa será de natureza aplicada, pois conforme PEREIRA (2012) tem por seu objetivo gerar conhecimentos para a aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais. No que tange a abordagem como qualitativa e no tocante dos objetivos considera-se como descritiva onde objetiva identificar/descrever a influência que a transparência traz em relação ao setor público para que a população possaacompanhar mais de perto a rotina destes profissionais contábeis do município de Vilhena/RO, respondendo desta forma o problema da pesquisa.
TEMA
Accoutability: um estudo sobre a atuação do tribunal de contas de Vilhena no controle externo e a responsabilização dos gestores públicos.
2.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente estudo delimita-se a abordagem inicial de como funciona a atuação do Tribunal de contas no controle externo, quais gestores públicos tiveram contas julgadas como irregulares, e tem como objetivos principais: fazer uma análise dos pilares do accoutability: a transparência, a responsabilização, a prestação de contas e a governança corporativa desses gestores. Este estudo tem como objetivo geral identificar se há ou não accoutability na atuação do Tribunal de contas no controle externo e com a responsabilização dos gestores públicos.
PROBLEMA
Dentro de sua missão fiscalizadora, sem perder de foco a orientação, o Tribunal de Contas tem buscado auxiliar os gestores públicos, seus assessores e técnicos, tanto os do Estado quanto os dos municípios, da melhor forma possível em relação às diversas temáticas envolvendo a administração pública. 
Como de fato o Tribunal de contas atua no controle externo e na responsabilização dos gestores públicos para fins de accoutability?
O SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), instituído pelo Decreto nº 6.022/2007, tem como objetivos principais: modernizar o sistema atual do cumprimento das obrigações assessórias, padronizar as informações contábeis e fiscalização mais efetiva das operações realizadas, dentre outros e dentre os primeiros projetos relacionados ao SPED que foram executados tem-se: (a) ECD (Escrituração Digital Contábil), EFD (Escrituração Fiscal Digital) e (b) NF-e (Nota Fiscal eletrônica).
Ressalta-se que há mais de dez projetos do SPED, representando uma disposição à integração administrativa e tributária, padronização e melhor qualidade das informações e até mesmo diminuindo os custos e carga de trabalho no atendimento das três esferas governamentais: Municipal, Estadual e Federal (SPED).
Considerando a inexistência de projeto relacionado à área trabalhista, em 11 de dezembro de 2014, pelo Decreto nº 8.373/2014 se instituiu o eSOCIAL (Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas), por meio do qual os empregadores passaram a comunicar ao Governo, de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores, tais como: vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho, aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS (BRASIL, 2014).
Todas as informações são enviadas periódica e digitalmente à plataforma do eSOCIAL. Esses dados já compreendem rotinas das empresas, realizados por outros meios ou formas, como: papel, plataformas online. Contudo, com a introdução do sistema, a via será única e serão exclusivamente enviadas ao Governo Federal por meio do eSOCIAL. O Comitê Diretivo do eSOCIAL (2014) afirma que abrangerá mais de 40 milhões de trabalhadores e contará com a participação de mais de 08 milhões de empresas, além de 80 mil escritórios de contabilidade.
Apesar de ser um projeto adepto para quem transmite a informação, onde o Portal do eSOCIAL afirma que além de simplificar processos, propiciando ganho de produtividade, o eSOCIAL passará a subsidiar a geração de guias de recolhimentos do FGTS e demais tributos, o que diminuirá erros nos cálculos que, ainda ocorrem, proporcionando a substituição da entrega de diversas obrigações por apenas uma operação, totalmente padronizada (PORTAL ESOCIAL)
Acredita-se que as empresas diminuirão gastos e tempo dedicados à execução dessas tarefas, uma vez que serão transmitidas quinze (15) obrigações essenciais na relação trabalhista entre empregador e empregado, como: GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social, RAIS - Relação Anual de Informações Sociais. DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte, dentre outras. 
De acordo com o Comitê Diretivo do eSOCIAL, Resolução nº 02/2016, a implantação é de forma gradativa, em três etapas: 
a partir de 1º de janeiro de 2018 são obrigadas a enviar empresas apurada em 2016 um faturamento superior a 78 milhões;
a segunda etapa a partir de 1º de julho de 2018, que se estende as demais empresas privadas, independente de faturamento;
a terceira etapa a partir de 1º de janeiro de 2019, são todos os órgãos públicos.
Considerando as informações gerais acerca do eSOCIAL e a obrigatoriedade de sua implantação, analisando os dados sobre o Município de Cacoal-RO, o qual de acordo com os dados apresentados em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o quinto município mais populoso do estado com aproximadamente 87.877 habitantes.
Em Cacoal-RO, conforme o SEBRAE (2016) encontra-se registradas 2.880 empresas, onde apenas nove (09) são de grande porte, restando 2.871 empresas pequenas e médio porte, incluindo os empregadores individuais, conforme apresentado na figura 01:
	
	Figura 01- Perfil Socioeconômico e dos Pequenos negócios de Cacoal/RO.
Fonte: SEBRAE (2016).
Nota-se na figura 01 que a maioria das empresas do município encontra-se na segunda fase de implantação do eSOCIAL, observando um faturamento inferior há 78 milhões.
De acordo com o CRC (Conselho Regional de Contabilidade), desde janeiro de 2018, cerca de 14 mil empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões passaram a transmitir dados referentes à folha de pagamento para o sistema eSOCIAL. Estas organizações, segundo especialistas, não vêm enfrentando muitas dificuldades por que já contam com equipe capacitada para o envio das obrigações.
 Deste modo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) pediu ao governo federal a prorrogação do prazo para que microempresas, microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte implantem o eSOCIAL. A argumentação é de que o sistema inviabiliza a adequação das micros e pequenas empresas, pois demanda treinamento e conhecimentos prévios para o preenchimento dos dados.
Essa inovação exige, mais uma vez, atualização e adaptação imediata por parte dos profissionais da área contábil, tendo em vista que o eSOCIAL é uma ferramenta já utilizada no campo das relações empregatícias domésticas e, a partir de 2018, será exigida também no que se refere às escriturações das obrigações trabalhistas das empresas jurídicas e também pessoas físicas(“Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Centro de Ensino Superior do Seridó - CERES Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas - DCEA”, 2017).
No Brasil a maioria das empresas não possui um setor de recursos humanos/departamento pessoal interno. Em geral, dependem da assessoria dos profissionais da contabilidade. E para cumprir as exigências, são necessárias adaptações em seus processos internos, já que, a contabilidade depende de informações fornecidas por seus clientes, as quais devem estar em conformidade com o prazo e a qualidade requerida. Deste modo, é notável que haja uma reorganização e maior comunicação entre todos os envolvidos no processo. (BARBA,2016)
Em entrevista à Revista Administrador Profissional a especialista em legislação e relações trabalhistas da empresa Sênior desenvolvedora de Softwares de gestão empresarial, Anelore Beltramini Tolardo ressalta a importância da integração do setor de recursos humanos com outros setores da organização como o jurídico, segurança e medicina do trabalho, devido à complexidade e interligação das informações e eventos que deverão ser informados por meio do eSOCIAL (Sant & Secal, 2015).
Diante desse contexto questiona-se: “Qual a influência na rotina do profissional contábil com a implantação do eSOCIAL no Município de Cacoal, RO”?
OBJETIVOS	
4.1 OBJETIVO GERAL
Verificar a influência da implantação do eSOCIAL na rotina dos profissionais contábeis que atuam no Município de Cacoal/RO.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentaras etapas para a implantação do eSOCIAL;
Descrever as principais mudanças impostas pelo eSOCIAL;
Verificar a preparação, o conhecimento e as perspectivas dos profissionais contábeis diante da implantação do eSOCIAL.
JUSTIFICATIVA
A escolha do tema se justifica pelo receio que os profissionais contábeis manifestam diante da obrigação relacionada a implantação e utilização do eSOCIAL, se demonstrando relevante quanto a abordagem de um tema ainda em discussão em virtude de sua recente normatização, uma vez que essa ferramenta se encontra em fase inicial de implantação(“Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Centro de Ensino Superior do Seridó - CERES Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas - DCEA”, 2017).
Outras preocupações dos profissionais contábeis são com os prazos a cumprir, pois desde 2014 quando surgiu o eSOCIAL foram estabelecidos vários prazos para implantação que foram postergados. O primeiro prazo foi: a empresa que tivesse faturamento superior a 78 milhões em 2014 teria que implantar em setembro de 2016, e os demais empregadores implantariam em janeiro de 2017, porém não se manteve esses prazos por falta de estrutura, treinamentos e conhecimentos de todos os envolvidos e por fim veio a obrigação em janeiro de 2018, onde foi divulgado no Portal do eSOCIAL que não haveria mais prorrogação de prazos e de que todas empresas e profissionais deveriam se adaptar. 
O eSOCIAL é considerado pelos especialistas como um dos mais complexos projetos do sistema SPED, principalmente para aqueles que atuam no setor ou departamento de pessoal, pois precisam se adaptar para cumprir às exigências contidas no eSOCIAL, para que seja alcançado o objetivo principal do sistema que é a simplificação de processos (CARVALHO, p. 09,2018).
Nesse sentido, o interesse desta pesquisa decorreu de leituras prévias acerca do tema abordado, considerando ser um assunto vigente, com uma ação conjunta entre os órgãos e entidades públicas como: Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Ministério da Previdência Social (MPS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). 
Nessa perspectiva, tem-se a intenção de contribuir teoricamente na edificação de conhecimento e informações sobre o tema abordado, que após a elaboração o mesmo poderá ser utilizado por profissionais da área, acadêmicos, empregadores, escritórios de contabilidade e sociedade em geral.
Por ainda se tratar de um assunto novo, que está sujeito a modificações e aperfeiçoamentos até sua total implantação total, os materiais bibliográficos ainda são escassos, sendo, sua maioria, artigos, reportagens disponibilizadas na internet e os próprios sites governamentais; portanto, para um melhor aproveitamento do trabalho, o estudo de caso se realizará com os profissionais dos escritórios contábeis e profissionais que atuam dentro das empresas de Cacoal-RO, focado apenas em uma cidade para obter melhores resultados.
Contudo, estudar um tema ainda pouco explorado traz desafios durante a elaboração, mas acima de tudo desperta interesse do leitor para entender mais do assunto, se aprofundar e até mesmo inspirar trabalhos futuros.
REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico desse estudo é fundamentado em autores, estudiosos, sites governamentais e outros trabalhos que explanam em seu conteúdo o respectivo tema tratado nessa pesquisa.
Tratará os aspectos conceituais envolvendo o sistema SPED e seus projetos, enfatizando o eSOCIAL (Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas), por ser o objeto de análise da pesquisa desse trabalho.
6.1 SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL (SPED)
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) é um projeto do governo instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes, tendo como objetivos principais: modernizar o sistema de cumprimento das obrigações assessórias, padronizar as informações contábeis e promover a fiscalização mais efetiva das operações realizadas (BRASIL, 2007).
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) unifica a forma de prestação de informações contábeis e tributárias para as Administrações Tributárias e órgãos de regulação. A simplificação do cumprimento das obrigações tributárias em nível federal e estadual visa a desburocratização e reduz a quantidade de informações exigidas, as horas gastas e o custo Brasil, nivelando-se aos países com ambiente mais favorável, como México e Chile (ASCOM,2017).
O SPED, de acordo com a Receita Federal (2010), é um mecanismo de modernização da sistemática atual da escrituração contábil-fiscal e do cumprimento das obrigações acessórias (entrega de livros e documentos fiscais) dos contribuintes junto as diversas instâncias das administrações tributárias e órgãos fiscalizadores. Estabelece um avanço na relação entre o fisco e os contribuintes porque facilita o acesso, por parte do fisco, á escrituração contábil-fiscal dos contribuintes, uma vez que os livros e documentos contábeis e fiscais são emitidos eletronicamente, cuja a validade jurídica ocorre mediante a certificação digital para fins de assinaturas nestes documentos eletrônicos (MARIA; COSTA, 2006).
O SPED é um sistema que faz uso intensivo da tecnologia da informação e possibilita alcançar níveis de detalhes que até o momento anterior a sua implantação não era possível. Logo, as falhas serão mais facilmente identificadas (NEGRUNI,2009b).
COMO FUNCIONA O SPED?
De acordo com o site da Receita Federal, o SPED iniciou com três grandes projetos que são eles: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a NF-e - Ambiente Nacional. No total, o SPED é composto por mais de dez projetos evidenciados na figura 02:
	
	Figura 02 - Projetos do sistema SPED
Fonte: RFB (2017).
Passados 10 anos da sua origem, vê-se que o SPED se tornou a forma principal de prestação de informações ao fisco (seja ele federal, estadual ou municipal), constituindo-se um dos principais instrumentos de simplificação da prestação de informações.
Assim o conjunto SPED avançou para englobar a apuração do IRPJ, das Contribuições Sociais sobre Faturamento e sobre a folha de pagamento, além do acompanhamento das operações financeiras e de outros documentos fiscais (RFB,2017).
6.2ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL SOCIAL (EFD SOCIAL)
Desde 2012 a Receita Federal do Brasil vem cogitando no desenvolvimento de uma ferramenta hábil a envolver a folha de pagamento e as obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra. A princípio com o nome de Escrituração Fiscal Digital Social (EFD-Social), desta forma somente no ano de 2013, os órgãos fiscalizadores e administradores (MTE, RFB, CEF, INSS e o Conselho Curador do FGTS) estabeleceram que a dinâmica de transmissão de dados prevista originalmente no EFD-Social seria cumprida através do sistema ora conhecido como "eSOCIAL" (DUARTE, 2014).
A equipe gestora ansiava que o sistema em desenvolvimento viabilizasse o aumento da arrecadação espontânea; a participação do trabalhador na assistência à fiscalização das obrigações trabalhistas e previdenciárias; a diminuição de fraudes na concessão de benefícios previdenciários e do seguro desemprego e o aumento da produtividade dos órgãos fiscalizadores, bem como que os trabalhos iniciassem 2012, com previsão de normalização da nova obrigação no ano de 2013, porém, só no ano de 2014 lançam a normativa prevendo a obrigação (DUARTE, 2014). 
Contudo, esse cronograma já sofreu diversas modificações e, atualmente, encontra-se disciplinado pela Resolução nº 2, de 30 de agosto de 2016, do Comitê Diretivo do eSOCIAL, nos seguintes termos:
Art. 2º O início da obrigatoriedade de utilização do eSocial dar-se-á: I - em 1º de janeiro de 2018, para os empregadores e contribuintes com faturamento no ano de2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais); e II - em 1º de julho de 2018, para os demais empregadores e contribuintes. Parágrafo único. Fica dispensada a prestação das informações dos eventos relativos a saúde e segurança do trabalhador (SST) nos 6 (seis) primeiros meses depois das datas de início da obrigatoriedade de que trata o caput.
Art. 3º Até 1º de julho de 2017, será disponibilizado aos empregadores e contribuintes ambiente de produção restrito com vistas ao aperfeiçoamento do sistema. [...] Art. 5º Os empregadores e contribuintes obrigados a utilizar o eSocial que deixarem de prestar as informações no prazo fixado ou que as apresentar com incorreções ou omissões ficarão sujeitos às penalidades previstas na legislação específica (BRASIL, 2016a).
O eSOCIAL é um plano do governo federal que versa num sistema de coleta das informações a ficarem armazenadas no Ambiente Nacional do eSOCIAL para possibilitar aos órgãos participantes do projeto sua eficaz utilização para fins trabalhistas, previdenciários, fiscais e de apuração de tributos e do FGTS. Tal projeto coloca a forma como passam a serem prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais referentes à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, e de produção rural. Seus objetivos são: viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; simplificar o cumprimento de obrigações e aprimorar a qualidade de informações das relações de trabalho, previdenciárias e fiscais (BRASIL, 2016b).
O eSOCIAL é disciplinado pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, que o define e apresenta seus princípios da seguinte forma:
Art. 2º O eSocial é o instrumento de unificação da prestação das informações referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas e tem por finalidade padronizar sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição, constituindo ambiente nacional composto por: I - escrituração digital, contendo informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas; II - aplicação para preenchimento, geração, transmissão, recepção, validação e distribuição da escrituração; e III - repositório nacional, contendo o armazenamento da escrituração [...] Art. 3º O eSocial rege-se pelos seguintes princípios: I - viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; II - racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações; III - eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas; IV - aprimorar a qualidade de informações das relações de trabalho, previdenciárias e tributárias; e V - conferir tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte (BRASIL, 2014).
O eSOCIAL é uma ramificação do SPED voltada à informatização da folha de pagamentos e registros dos colaboradores, com vistas a possibilitar o acesso das informações provenientes desses registros por meio de um ambiente virtual compartilhado pelos órgãos supracitados que integram o projeto. Assim, o eSOCIAL unificará o envio de informações aos órgãos governamentais através de sistemas de TI (Tecnologia de Informação) e mediante uso de certificação digital, reduzindo as obrigações acessórias que devem ser prestadas pelos empregadores ao MTE, ao Instituto Nacional do Seguro Social- INSS, à RFB, à CEF e ao MPS, que são entes participante desse projeto (SANT; SECAL, 2015).
6.2.2 Operacionalização do eSOCIAL
As informações relacionadas ao eSOCIAL podem ser classificadas em três tipos conforme apresentado na figura 03:
	TIPO DE INFORMAÇÃO
	DESCRIÇÃO
	
(a) Eventos trabalhistas
	É uma ação ou situação advinda da relação entre empregador e trabalhador, como por exemplo, a admissão de empregado, alteração de salário, exposição do trabalhador a agentes nocivos, dentre outros.
	(b) Folha de Pagamento
	
	
(c) Outras informações
	outras informações tributárias, trabalhistas e previdenciárias: são aquelas previstas na lei nº 8212, de 1991, e em Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
	Figura 03: Classificação dos tipos de informações relacionadas ao eSOCIAL.
Fonte: Adaptado de Querino (2017).
Para Querino (2017) o eSOCIAL mudará toda estrutura vigente de informação ao fisco relativo a todos os vínculos trabalhistas contratado no Brasil regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), sejam eles em caráter efetivo ou temporário, estagiários, menores aprendizes, trabalhadores cooperados, autônomos, domésticos. Como também será exigido para todos os portes de empresas, desde os Microempreendedores Individuais (MEI), produtores rurais até as empresas de grande porte e multinacionais.
Na figura 04 tem-se a evidenciação do momento anterior a implantação do eSOCIAL e de como será quando o eSOCIAL já estiver em funcionamento.
	
	
	Figura 04: Antes e Depois do eSOCIAL
Fonte: Fortes Tecnologia (2017)
Na legislação trabalhista e previdenciária vigente, os profissionais que são responsáveis pelo setor de pessoal/recurso humanos das empresas têm a responsabilidade de transmitir várias declarações mensais e anuais em aplicativos e órgãos distintos. Com o eSOCIAL todas essas obrigações serão reunidas num único programa para armazenar um banco de dados a ser compartilhado com vários órgãos, facilitando o controle dos fiscalizadores para evitar a sonegação.
A expectativa do governo é que o eSOCIAL funcione conforme apresentado na figura 05:
	
	Figura 05 – Funcionamento do eSOCIAL
Fonte: Brasil (2017) apresentação eSOCIAL.
O eSOCIAL trabalha com três ambientes: Produção, Pré-produção – Dados reais e Pré-produção – dados científicos. O ambiente Produção designa ao processamento e à apuração das informações do empregador que produz todos os efeitos jurídicos; enquanto na Pré-produção – Dados reais é um ambiente de testes em que se utiliza dados reais os quais serão validados com os sistemas externos, sem efeitos jurídicos; e a Pré-produção – dados científicos é o ambiente de testes cujos dados não serão validados (BRASIL, 2016b).
6.2.3 Eventos eSOCIAL
Conforme o Manual de Orientação do eSOCIAL versão 2.4 (2017), as informações devem ser prestadas respeitando uma sequência lógica, conforme a ordem cronológica dos acontecimentos, desde o início até o seu termino de registro, por meio dos seguintes eventos: Iniciais, tabelas, não periódicos e periódicos, destacados a seguir na figura 06:
	EVENTOS
	DESCRIÇÃO
	
Eventos iniciais
	São os primeiros eventos a serem transmitidos, são eles que identificam o empregador/contribuinte, contendo dados básicos de sua classificação fiscal e estrutura administrativa. Incluem-se neste grupo os cadastros iniciais dos vínculos dos empregados ativos, mesmo que afastados. São as informações como funções, cargos e horários, vale ressaltar que função de acordo com o MOS não é obrigatória o envio dessa informação.
	
Tabelas
	Complementam os iniciais. Geram as tabelas do empregador, são responsáveis por informações que validam os eventos periódicos e não periódicos e buscam a otimização na geração dos arquivos e armazenamento das informações no Ambiente Nacional do eSOCIAL. As informações serão mantidas de forma histórica. Assim, havendo uma alteração nos dados de uma tabela, será necessário informar essa alteração para o banco de dados do eSOCIAL.
	
Continua (...)
	(...) Continuação.
	
Eventos Não Periódicos
	São os acontecimentos que não tem uma data pré-fixada e dependem dos fatos na relação entre empresa e empregado. E influenciam nos direitos e cumprimento dos deveres trabalhistas, fiscais e previdenciários, como admissão, alteração de cargo/salário, exposição do trabalhador a agentes nocivos, demissões, comunicação de acidente de trabalho (CAT), atestado de saúde ocupacional (ASO), afastamentos temporários por auxilio doença, enfim todos que se enquadrarem no quesito dos não periódicos.
	
Eventos Periódicos
	Diferentemente dos não periódicos, esses eventos têm datas pré-determinada,são os eventos que ocorrem no dia a dia, que compõem a folha de pagamento, a apuração de outros fatos geradores de contribuições previdenciárias, como incidentes sobre os pagamentos a pessoa física, aquisição de produção rural, imposto sobre a renda retido na fonte (IRRF), entre outros.
	Dados de segurança e saúde do trabalhador
	Toda a parte de medicina do trabalho, todos os programas que as empresas são obrigatórias a terem, como por exemplo: PPRA (Programa de Prevenção aos Riscos Ambientais), PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), LTCAT (Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho) entre outros.
	Figura 06: Eventos do eSOCIAL.
Fonte: Adaptado do Manual de Orientação do eSOCIAL (2017).
Essa sequência a ser observada conduz ao conceito de “empilhamento”, de modo que as informações prestadas nos eventos iniciais serão usadas nos eventos seguintes e para se alterar um dado de evento antigo há que se averiguar as consequências/repercussões nos eventos posteriores (MOS,2017).
6.2.4 Obrigatoriedade do eSOCIAL
Conforme o Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, publicado no Diário Oficial da União, que instituiu o eSOCIAL, estão sujeitos a prestação das informações ao eSOCIAL, todo aquele que contratar prestador de serviço que forem equiparados na lei, o segurado especial, as pessoas jurídicas de direito público e as demais pessoas jurídicas e físicas que pagarem ou creditarem rendimentos sobre os quais o empregador tenham incidido retenção de Imposto de Renda Retido na Fonte, ainda que em um único mesmo ano calendário, e inclusive o empregador doméstico.
O prazo de entrega do eSOCIAL foi prorrogado por determinadas vezes, devido ás dificuldades deparadas pelas empresas em atender as exigências do programa, conforme demonstração a seguir:
A Resolução CDES 2/2016, (alterada pela Resolução CDES 3/2017 em 30.11.2017, pela Resolução CDES 4/2018 em 11.07.2018 e pela Resolução CDES 5/2018 de 05.10.2018), é que estabelecem a implementação progressiva do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSOCIAL.
Até a publicação da Resolução CDES 4/2018, a implementação estava dividida em 4 grupos.
A Resolução CDES 5/2018, de 05.10.2018, dividiu o segundo grupo em dois novos, incluindo as empresas optantes pelo Simples Nacional em um terceiro grupo e mantendo as demais entidades empresariais no segundo grupo.
Para classificação no 2º ou no 3º grupo, o eSOCIAL verificará a situação de opção pelo Simples Nacional em 1º de julho de 2018. Empresas constituídas após essa data, com opção pelo Simples Nacional, também entrarão no 3º grupo.
As entidades do 4º grupo (anterior) ficaram enquadradas no 3º grupo (atual).
 Atualmente os prazos determinados para o envio do eSOCIAL, estão estabelecidos de acordo com a resolução do Comitê Diretivo do eSOCIAL nº 5, DE 02 DE OUTUBRO DE 2018. A figura 07 faz um comparativo de como era e como está o faseamento para envio da obrigação eSOCIAL.
	Divisão dos Grupos Anterior
(Até a Resolução CDES 4/2018)
	Divisão dos Grupos Atual
(A partir da Resolução CDES 5/2018)
	
Grupos
	
Características
	
Grupos
	
Características
	1º Grupo
	Compreende as entidades integrantes do "Grupo 2 - Entidades Empresariais" do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634/2016, com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00.
	1º Grupo
	Compreende as entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00. Estas entidades são aquelas integrantes do grupo dois do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634/2016.
	2º Grupo
	Compreende os demais empregadores e contribuintes, exceto os previstos no 3º e 4º grupos
	2º Grupo
	Entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 de até R$ 78.000.000,00 e que não sejam optantes pelo Simples Nacional.
	3º Grupo
	Compreende os entes públicos, integrantes do "Grupo 1 - Administração Pública" do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634/2016.
	3º Grupo
	Empregadores optantes pelo Simples Nacional, empregadores pessoa física (exceto doméstico), produtor rural PF e entidades sem fins lucrativos.
	4º Grupo
	Compreende Segurado Especial e o pequeno produtor rural pessoa física.
	4º Grupo
	Entes públicos e organizações internacionais.
	Figura 07 - Prazo envio eSOCIAL (2018)
Fonte: Sergio Ferreira Pantaleão
Vale salientar que o faturamento de R$ 78.000.000,00 mencionado para o 1º grupo compreende o total da receita bruta, nos termos do art. 12 do Decreto lei nº 1.598/1977, obtida no ano-calendário de 2016 e declarada na escrituração contábil Fiscal (ECF) relativa ao ano calendário de 2016. 
A data de início para o cumprimento das obrigações, para cada grupo de empresas, será divido em 5 fases específicas (faseamento), conforme demonstrado a figura 08.
	
	Figura 08 – Prazo para envio eSOCIAL.
Fonte: Portal do eSocial (2018).
Conforme Nota Orientativa eSOCIAL 07/2018, publicada em 09/10/2018, as ME e EPP não optantes pelo Simples Nacional (grupo 2) poderão enviar seus eventos de tabelas e eventos não-periódicos de forma cumulativa com os eventos periódicos, no prazo previsto para estes últimos, que é 10 de janeiro de 2019 (prazo alterado pela Resolução nº 5).
A opção de envio cumulativo de todos os tipos de eventos a partir de 10 de janeiro de 2019, altera apenas o prazo para o envio dos eventos, mas não altera o marco temporal a partir do qual a ocorrência de cada tipo de evento deve ser informada ao eSOCIAL. (SÉRGIO PANTALEDO, 2018)
6.2.5 eSOCIAL Prós e Contras
A implantação do eSOCIAL pode acarretar algumas dificuldades para as empresas, no quesito de investimento em tecnologias, reestruturação organizacional, treinamentos para os profissionais que estão na elaboração do eSOCIAL, por se tratar de um custo muito alto. (NASCIMENTO, 2013)
Na opinião de Costa (2014), o eSOCIAL vem acoplar todos os órgãos no maior sistema de domínio de renda e fiscalização social que já existe, por isso a acuidade do primeiro passo dos empresários, seja a medição dos seus impactos. Claro que o sistema tem seus benefícios, já que forçará as empresas a se organizarem internamente, pois, as leis serão aplicadas de imediato, implicando a busca efetiva de ações preventivas.
Já para Bennett (2014) são várias as vantagens vindas do eSOCIAL, que beneficiarão desde empregadores, contadores, até o Fisco. As vantagens que o autor destaca são: atender a todos os órgãos envolvidos por meio de um único banco de dados que possibilita o envio das obrigações acessórias, fiscais, trabalhistas e previdenciárias; integrar os sistemas de informação das empresas com o ambiente nacional do eSOCIAL, o que facilita o envio dos dados; e padronizar e integrar os cadastros das pessoas físicas e jurídicas nos órgãos partícipes do projeto.
METODOLOGIA
A pesquisa científica depende de um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos. Esses procedimentos são os métodos científicos, os quais irão viabilizar a execução dos seus objetivos. Deve-se compreender o método científico como o conjunto de processos ou operações mentais que devem ser empregadas na investigação. É, portanto, a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa (PEREIRA,2012).
Nessa pesquisa se aplica o método dedutivo, o qual trata-se do método da dedução resultante da observação dos dados que serão coletados, e a partir dessas generalizações chega-se às conclusões particulares. A dedução surge de uma verdade existente, para alcançar uma conclusão de explicar o conteúdo das premissas, que no caso da pesquisa tendo-se como foco atender a operacionalização deste projeto de pesquisa e visando atingir ao objetivo proposto, salienta-se, a grande importância da Metodologia neste trabalho, devido seu caráter ser meramente um divisor conceitual e de planejamento entre a parte empírica e a parte prática (PEREIRA, 2012).
Perante o exposto, a metodologia desta pesquisa será definida da seguinte forma: natureza e abordagem da pesquisa, objetivos e procedimentos,local de pesquisa e coletas de dados, técnicas de análise dos dados.
7.1 NATUREZA E ABORDAGEM DA PESQUISA
A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste artigo no que tange a natureza e abordagem da pesquisa será de natureza aplicada. É a forma de pesquisa mais cultivada pelos psicólogos, sociólogos, economistas assistentes sociais e outros pesquisadores voltados para o âmbito social (GIL, 2008). Desta maneira se torna característico desse estudo, no qual ele se enquadra, pois busca-se como os profissionais contábeis estão se adequando ao SPED, programa inserido pelo Governo Federal e de certa forma cientificar os profissionais, por afetar diretamente a rotina deles, logo preocupação em âmbito profissional.
Natureza aplicada tem por seu objetivo gerar conhecimentos para a aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais (PEREIRA, 2012). Portanto, esta pesquisa almeja aplicar, utilizar e obter resultados práticos a partir das informações prestadas pelos profissionais contábeis no município de Cacoal/RO e trazê-los ao conhecimento da sociedade e a todos os interessados.
Quanto a forma de abordagem, a pesquisa será qualitativa. Seguindo o conceito de Pereira (2012), as pesquisas realizadas pelo método qualitativo são parte do entendimento que existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, que dizer que, a subjetividade do sujeito não pode ser traduzida em números. Resultam na explicação dos motivos dos acontecimentos, porém, não objetiva em evidenciar valores e trocas simbólicas nem mesmo submeter a uso de métodos e técnicas estatísticas, haja vista que os dados analisados são não-métricos e se valem de comportamentos diversos.
Portanto, a presente pesquisa vem qualificar acima de tudo a influência que a implantação do eSOCIAL irá trazer para a rotina dos profissionais contábeis do município de Cacoal/RO, respondendo desta forma o problema da pesquisa.
7.2 OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS
No tocante aos objetivos, a presente pesquisa será no formato descritivo, formato o qual objetiva principalmente a descrição das características de uma população ou fenômeno específico, bem como o estabelecimento de relações entre variáveis, merecendo destaque ainda a utilização de métodos padrões para a coleta de informações: questionário e observação sistemática (GIL, 2008). A pesquisa descreverá as principais mudanças impostas pelo eSOCIAL e qual sua influência quanto a isso.
Em turno, um dos procedimentos utilizados será de caráter bibliográfico. Marconi e Lakatos (2003) define pesquisa bibliográfica como toda aquela já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, monografias, teses, artigos material cartográfico, e atualmente material disponibilizado na internet etc., até mesmo meios de comunicação oral como: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Portanto, o referencial teórico da presente pesquisa se estrutura a partir de citações diretas ou indiretas de artigos, revistas científicas, periódicos, dissertações e outros trabalhos que explanam em seu conteúdo o respectivo assunto tratado nesta pesquisa e também de sites governamentais.
Enquanto procedimento, este estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, pois foi elaborada com base em material já publicado e pesquisa de campo que é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles (MARCONI; LAKATOS, 2003)
Na pesquisa de campo será realizada entrevista com os profissionais contábeis, vale ressaltar que será tanto para os atuantes em escritório contábil quanto aos que atuam dentro de empresas do município de Cacoal/RO, onde será aplicada na coleta de dados o questionário ,sendo um questionário misto: questões objetivas e dissertativas, que é um método de coletar dados no campo, de interagir com o campo composto por uma série ordenada de questões a respeito de variáveis e situações que o pesquisador deseja investigar (VERGARA; SYLVIA CONSTANT, 2012). Assim sendo, o questionário será aplicado de 15 de fevereiro de 2019 a 30 de maio de 2019, que será por meio de formulário eletrônico, o google docs, por exemplo. Este método de pesquisa delineou uma forma de levantamento de informações com vistas a elaborar um objeto de análise e discussão sobre as possíveis causas que se relacionam com os assuntos abordados.
CRONOGRAMA
Conforme Kauark, Manhães e Medeiros (2010) cronograma é a previsão de tempo que será realizado a pesquisa, sendo que as atividades desenvolvidas serão em meses, como consta na figura 09.
	Atividades
	Período: Fevereiro/2019 a Dezembro/2019
	
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Escolha do tema
	P
R
O
J
E
T
O
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Levantamento bibliográfico
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Elaboração
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Entrega para a banca
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	Apresentação para a banca
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	Correções propostas pela banca
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
	
	Revisão do referencial teórico
	T
C
C
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
X
	Coleta dos dados
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	Tabulação dos dados
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	Análise dos dados
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
X
	Entrega
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	Apresentação para a banca
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Correções propostas pela banca
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da versão final
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Figura 09: Cronograma para o projeto de pesquisa e o Trabalho de Conclusão de Curso.
Fonte: Elaborado pelo autor.
RECURSOS
SegundoKauark, Manhães e Medeiros (2010) recursos serão os valores desembolsados para a realização da pesquisa, conforme demonstra na figura 10.
	Material
	Quantidade
	Valor Unitário
	Valor Total
	Fotocópias
	500
	R$ 0,15
	R$ 75,00
	Encadernação Simples
	03
	R$ 3,50
	R$ 10,50
	CD (versão final) com Capa
	01
	
	
	Impressões
	200
	R$ 0,20
	R$ 20,00
	Gastos Totais
	
	
	R$ 105,00
	Figura 10: Tabela de recursos financeiros.
Fonte: Elaborado pelo autor.
REFERÊNCIAS
JUS. O controle externo da administração pública no Brasil. Artigo.
Disponível em: https://jus.com.br/artigos/26798/o-controle-externo-da-administracao-publica-no-brasil. Acessado em: 25 de fevereiro de 2019.
PUC. O desenho institucional dos Tribunais de Contas e sua vocação para a tutela da accoutability democrática: perspectivas em prol do direito à boa administração pública. Tese.
Dispoível em: http://www.puc rio.br/pergamum/tesesabertas/1221597_2016_completo.pdf. Acessado em: 25 de fevereiro de 2019.
TCU. Responsabilização dos Agentes segundo a Jurisprudência do TCU. Manual didático.
Disponível em: http://portaldotribunaldecontas.com.br. 
Acessado em 28 de fevereiro de 2019.
EnANPAD. Accoutability na Administração Pública: a atuação dos Tribunais de Contas. Revista São Paulo.
Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/APS716.pdf.
Acessado em: 28 de fevereiro de 2019.
DSPACE. Tribunal de contas e accoutability vertical: instrumento de fomento à democracia. Acervo digital.
Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/45893
Acessado em: 28 de fevereiro de 2019.
Tribunal de contas do estado de São Paulo. A nova dinâmica no controle da administração Pública. Artigo.
Disponível em: https://www4.tce.sp.gov.br. 
Acessado em: 02 de Março de 2019.
Politize. Portal da transparência. Portal.
Disponível em: https://www.politize.com.br/como-exercer-accountability/
Acessado em: 02 de Março de 2019.
	
APÊNDICE A
“Questionário a seraplicado com os profissionais contábeis do município de Cacoal - RO”.
Finalidade: Subsidiar informações para a realização da pesquisa.
Pesquisa: Implantação Do eSOCIAL: Um estudo empírico quanto sua influência na rotina dos Profissionais Contábeis no Município de Cacoal/RO.
Orientadora: Ma. Ellen Cristina de Matos
Orientanda: Renata Kester Silva
Parte 1: Perfil dos Profissionais a serem pesquisados:
1.1 - Idade: 
( ) 20 a 35 anos 
( ) 36 a 40 anos 
( ) 41 a 45 anos
( ) 46 a 50 anos
( ) 51 a 55 anos
( ) 56 a 60 anos 
( ) Outros.
1.2 - Gênero:		
( ) Feminino 		( ) Masculino
1.3 – Escolaridade máxima:
( ) Técnico ( ) Graduação ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Outros.
1.4 – Trabalha com setor pessoal em sua prática profissional?
( ) Sim 			( ) Não 
1.5 – Quando ouviu falar pela primeira vez acerca do eSOCIAL? 
( ) Antes do ano de 2014 
( ) em 2014 
( ) em 2015 
( ) em 2016 
( ) em 2017 
( ) em 2018
( ) nunca ouviu falar
1.6 – Participou de algum curso, treinamento, aperfeiçoamento ou capacitação sobre o eSOCIAL? 
( ) Sim. Quantos? 			( ) Não. O que te impediu ou dificultou?
1.7 – Você leu o manual do eSOCIAL?
( ) Sim. Totalmente.
( ) Sim. Parcialmente.
( ) Não.
1.8 - A implantação do eSOCIAL demandará algum tipo de adaptação do Escritório? 
( )Sim. Quais tipos de adaptações?
( ) Não. 
Parte 2: Questões específicas acerca dos objetivos da pesquisa 
2.1 - Perspectivas com a implantação do eSOCIAL
2.1.1 - Quais suas perspectivas/expectativas/percepção quanto ao eSOCIAL?
__________________________________________________________________________
2.1.2 – Em sua opinião, qual o objetivo do governo com a implantação do eSOCIAL? 
__________________________________________________________________________
2.1.3 – O eSOCIAL encontra-se implantado e em utilização?
(	) Sim. Implantado e em utilização total.
(	) Sim. Implantado e em utilização parcial.
(	) Sim, implantado mas não utilizado (por enquanto).
(	) Não implantado, logo: não utilizado.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2.2 - As possíveis mudanças que a implantação do eSOCIAL poderá causar. 
2.2.1 - O que muda nas rotinas internas do escritório?
__________________________________________________________________________
2.2.2–Com a implantação e utilização do eSOCIAL, o que muda acerca de seu relacionamento com o cliente? 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2.3 – Preparação para atendimento a obrigações impostas pelo eSOCIAL.
2.3.1 – No momento, você já se sente preparado para trabalhar com o eSOCIAL e atender a plenitude de suas demandas? 
(	) Sim, totalmente. Por quê? _______________________________________________
(	) Sim, parcialmente. Por quê? ______________________________________________
(	) Não. Por quais motivos? _________________________________________________
2.3.2 – Em sua opinião, seus clientes estão preparados para cumprir as obrigações impostas pelo eSOCIAL? 
(	) Sim, totalmente. Por quê? _______________________________________________
(	) Sim, parcialmente. Por quê? ______________________________________________
(	) Não. Por quais motivos? _________________________________________________
2.4 – Vantagens e desvantagens dessa ferramenta na ótica dos contabilistas. 
2.4.1 – Na sua opinião, o eSOCIAL trará vantagens para os escritórios de contabilidade?
(	) Sim. Quais? ___________________________________________________________
(	) Não. Por quê? _________________________________________________________
2.4.2 – Não sua opinião, o eSOCIAL trará desvantagens para os escritórios? 
(	) Sim. Quais? ___________________________________________________________
(	) Não. Por quê? _________________________________________________________
2.4.3 – Informe quais as alterações que o eSOCIAL trouxe ao escritório/ou trará com a sua implantação:
POSITIVAS: __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
NEGATIVAS: ________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

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