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Questão 1/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Atente para o extrato de texto a seguir: “Ele [Eric Dardel] opunha ao espaço geométrico, abstrato, o espaço geográfico, com todas as suas implicações sobre a nossa existência e o nosso destino. E, mais importante para este texto, definia o espaço, fenomenologicamente, como a conjunção de distâncias e de direções que, tendo como referência o corpo e o suporte onde ele se instala, constituiria um espaço primitivo. A partir deste se constituiria categorias espaciais como a de lugar e a de paisagem, por exemplo”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOLZER, Werther. A Geografia Humanista: uma revisão. Revista Espaço e Cultura, Rio de Janeiro: UERJ, ed. comemorativa 1993-2008. p. 137-147, 1996. p. 141. Considerando o extrato de texto dado e os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades, assinale a alternativa correta sobre a relação do conceito de lugar com o espaço representativo para a Geografia: Nota: 20.0 A O espaço representativo e o lugar são unidades visíveis do território; possuem identidade visual, caracterizadas por fatores de ordem social, cultural e natural, contendo espaços e tempos distintos, passado e presente. B O espaço representativo é resultante da existência de um poder dentro do território. Esse poder pode estar atrelado à capacidade tecnológica e econômica, organizacional, política ou emanar de elementos imateriais, sendo que o conceito de lugar também é analisado a partir de relações de poder. C O espaço representativo implica em construções mentais como resultados do acúmulo experimental adquirido durante estágios específicos da nossa existência humana, em que o conceito de lugar nos remete aos elementos do nosso cotidiano, no nosso mundo vivido e experimentado, isto é, ambos possuem uma relação com a dimensão da experiência humana. Você acertou! “Com isso, pensar o espaço representativo, implica entender que as construções mentais são resultado das nossas experiências, no convívio social, nas inter-relações humanas, somadas aos sons, aos objetos e as verbalizações, que nos permitem desenvolver em nossas mentes relações espaciais para nos locomovermos com certa precisão e recordar os espaços já percorridos” (livro-base, p. 44). “Podemos analisar o conceito de lugar, conceito que nos remete aos elementos do nosso cotidiano, no nosso mundo vivido e experimentado, embebido em sentimentos e sensações, em percepções acerca dos elementos que nos envolvem diariamente. Perceber o lugar significa experimentar os cheiros, as cores, os sons, as nuances que se apresentam no ambiente que vivemos, e, ao percebê-las, passamos a adquirir um algo a mais, passamos a ter um sentimento de pertencimento, de fazer parte, ou seja, deixa de ser um espaço qualquer, existe uma sentimentalidade. Existe agora um universo emocional envolvido, capaz de resgatar lembranças e memórias que foram especiais, importantes suficientemente para nos conectar com esse espaço específico” (livro-base, p. 40,41). D O lugar é composto por elementos naturais, como clima, vegetação, relevo, estrutura dos rios (hidrografia), a fauna e demais elementos existentes sem a interferência humana no processo. Nesse sentido, o espaço representativo está relacionado com essa dimensão natural da localização. E O espaço representativo é aquele constituído oficialmente pelos poderes estatais, em que as ações sociais contidas nos lugares, emanará o poder instituído, materializando a ideia de lugar. Questão 2/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Leia a passagem de texto a seguir: “Redescobrir a existência humana como uma forma de ser/estar no mundo relacionada às análises espaciais dá novo sentido às abordagens geográficas, estabelecendo pontes com outras áreas de conhecimento e pensadores na interface com a sociologia, a antropologia, a psicologia, a semiótica etc.”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KOZEL, Salete. Um panorama sobre as geografias marginais no Brasil. In: HEIDRICH, Álvaro Luiz; COSTA, Benhur Pinós da; PIRES, Cláudia Luisa Zeferino (Org.) Maneiras de ler: Geografia e cultura. Porto Alegre, Imprensa Livre: Compasso Lugar Cultura, p. 12-27. 2013. p. 13. Tendo em vista os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades, analise as afirmativas a seguir sobre a Geografia Humanista e Geografia Cultural: I. Desvendar as nuances entre uma cultura e outra é a grande riqueza do mergulho na abordagem humanista-cultural, que busca elementos históricos num olhar atento às sensíveis modificações ocorridas ao longo da história. II. A proposta da Geografia Humanista nos anos de 1970-1980 era manter a tradição positivista da Geografia, em que a análise do mundo vivido das pessoas se dava a partir de teorias quantitativas. III. A Geografia Humana, por não ver apenas as pessoas, mas toda a sociedade, pode ter contribuído para que a Geografia do Comportamento ou da Percepção adentrasse nas searas da Geografia Humanista. IV. Cada agrupamento humano deixou sua marca para que, de alguma forma, suas memórias fossem seu principal registro, para a posteridade, de como se apropriaram daquele determinado espaço. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 20.0 A I, II e III B I e III C III e IV D I, III e IV Você acertou! “Desvendar as nuances entre uma cultura e outra é a grande riqueza do mergulho na abordagem humanista-cultural, que busca elementos históricos num olhar atento às sensíveis modificações ocorridas ao longo da história. Cada agrupamento humano deixou sua marca, para que, de alguma forma, suas memórias fossem seu principal registro, para a posteridade, de como se apropriaram daquele determinado espaço” (livro-base, p. 21). “De posse dessas afirmações, percebemos que os debates fortalecem a corrente geográfica denominada humanística, e, mesmo essas duas orientações epistemológicas (Humanista e Cultural), ‘apresentando características aparentemente contraditórias conseguem manter uma unidade maior na Geografia por serem plurais’ (AMORIN FILHO, 2007). Por sua vez, Gomes (2003) indica que a Geografia Humana, por não ver apenas o homem, mas sim a sociedade como um todo, contendo em si uma uniformidade, pode ter contribuído para que a Geografia do Comportamento ou Percepção adentrar nas searas da Geografia Humanista, principalmente após a tradução e publicação de Topofilia de Yi-Fu Tuan (1980)” (livro-base, p. 35). A questão II está incorreta. A esse respeito, “para uma melhor compreensão, Gomes (2003) nos aponta que, na história da Geografia, encontramos três momentos distintos: ‘tempos heroicos, clássico e moderno’, embasado em Paul Claval (1982), e correspondem aos três grandes ‘recortes’ do pensamento geográfico, sendo respectivamente: a sistematização da explicação pela descrição metódica de Humboldt e Ritter nos fins do século XVIII, a institucionalização da disciplina pela compartimentação do conhecimento geográfico no final do século XIX e a transformação da Geografia em Ciência Social a partir da década de 50, pontuando ainda que não somente a Geografia passou por transformações significativas, mas: ‘A física, a biologia e a psicologia, por exemplo, colocaram problemas dificilmente tratáveis através da linearidade positivista. Os vinte primeiros anos do século XX são caracterizados pela relatividade, pela descontinuidade e, de certa maneira, pelo sentimento de incerteza e de indeterminação na ciência’ (GOMES, 2003, p. 225). Tal consequência alterou a forma de pensar e rompeu com o modelo positivista de então, e as transformações dentro da Geografia apareceram de forma dualista: a Geografia Quantitativa, Sistêmicae a Geografia Marxista (GOMES, 2003). Essas duas correntes, juntar-se- iam, a partir de 1980, a uma terceira, denominada Geografia Humanista” (livro-base, p. 34) E II, III e IV Questão 3/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Atente para a seguinte passagem de texto: “Holzer [...] afirma que o conceito de lugar, dentro da Geografia, começou a ganhar espaço a partir da década de 1980. Inicialmente, a discussão de cunho positivista percebia o lugar apenas em sua dimensão concreta, relacionada à localização”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOLZER, Werther. O lugar na geografia humanista. Revista Território. Rio de Janeiro. Ano IV, n° 7. p. 67-78. jul./dez. 1999. p. 68. Considerando os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades, analise as afirmativas sobre o conceito de lugar e assinale a alternativa correta: Nota: 20.0 A O conceito de lugar comumente é analisado a partir de relações de poder. B Os primeiros estudos sobre o conceito de lugar foram com Milton Santos. C Remete aos elementos do nosso cotidiano, no nosso mundo vivido e experimentado, embebido em sentimentos e sensações. Você acertou! “Podemos analisar o conceito de lugar, conceito que nos remete aos elementos do nosso cotidiano, no nosso mundo vivido e experimentado, embebido em sentimentos e sensações, em percepções acerca dos elementos que nos envolvem diariamente. Perceber o lugar significa experimentar os cheiros, as cores, os sons, as nuances que se apresentam no ambiente que vivemos, e, ao percebê-las, passamos a adquirir um algo a mais, passamos a ter um sentimento de pertencimento, de fazer parte, ou seja, deixa de ser um espaço qualquer, existe uma sentimentalidade. Existe agora um universo emocional envolvido, capaz de resgatar lembranças e memórias que foram especiais, importantes suficientemente para nos conectar com esse espaço específico” (livro-base, p. 40). D A proposta de uma geograficidade associada aos lugares foi colocada por Sauer. E As questões econômicas e políticas são determinantes para compreender o conceito de lugar. Questão 4/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Atente para a seguinte informação: “Cada paisagem é produto e produtora de cultura e é possuidora de formas e cores, odores, sons e movimentos, que podem ser experienciados por cada pessoa que nela se insira, ou abstraído por aquele que a lê pelos relatos e/ou imagens”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KOZEL, Salete. Geopoética das paisagens: Olhar, sentir e ouvir a “natureza”. Caderno de Geografia, Belo Horizonte/MG, v. 22, n. 37, p. 65-78, 2012. p. 69. De acordo com os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades sobre a relação entre paisagem e imaginário, analise as seguintes afirmativas: I. Nessa relação, a contemplação de uma obra de arte pode ser de valiosa expressão, oportunizando ao espectador, um olhar além da tela, além da pintura em si. II. É no modo de ver e de se ver no mundo que a visão da paisagem encontra o meio e a riqueza da atividade contemplativa e a base de um novo tipo de experiência, um novo sentido de mundo para o sujeito que o contempla. III. A relação entre paisagem e imaginário foi o principal tema de interesse da Geografia Crítica na década de 1970, com contribuições de Milton Santos e David Harvey. IV. Para se pensar essa relação, é preciso se libertar do pensamento tradicional e ousar, ver com outros olhos, ouvir outros sons e perceber as novas paisagens. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 0.0 A I e II B I, II e IV “O contexto dessa abordagem está vinculado ao olhar sensível, que busca uma interpretação contemplativa, que consegue ir além do que é visível, buscando romper com a cientificidade imposta por métodos e teorias. Nesse sentido, a contemplação de uma obra de arte pode ser de valiosa expressão, oportunizando ao expectador, um olhar além da tela, além da pintura em si. [...] Com isso, a apreciação de obras de arte pode contribuir de forma significativa para a construção de saberes no contexto da Geografia Cultural. [...] Precisamos, com essas ponderações, buscar sempre um ponto de equilíbrio entre o que pode e o que deve ser estabelecido como elemento de contribuição nas discussões que envolvem a Geopoética, colocando em debate novas possibilidades para serem exploradas por novos olhares, novas pesquisas, dentro do pensamento geográfico, entendendo que esse universo é amplo e que permite múltiplas análises e novas descobertas, bastando para tanto, que nos deixemos envolver por essa Geografia multifacetada. Precisamos nos libertar do pensamento tradicional e ousar, ver com outros olhos, ouvir outros sons e perceber as novas paisagens” (livro-base, p. 68-71). Nesse sentido, a alternativa III é incorreta, porque quem contribui para pensar essa relação foi a Geografia Cultural e Humanista e não a Geografia Crítica de base marxista. “Na perspectiva Humanista-Cultural, o homem passa a ser analisado como parte integrante do meio a que está inserido, respeitando assim a importância de seus valores e costumes, seus sentimentos e sua vivência. Essa observação nos remete ao entendimento de que, com o passar do tempo, os estudos em Geografia passaram a demonstrar que os elementos culturais tinham, de fato, algo relevante e significativo, que poderiam auxiliar nas buscas de respostas aos questionamentos inerentes às transformações do espaço” (livro-base, p. 34). “Os mapas traziam uma grande carga imaginária, pois as representações eram elaboradas a partir de relatos (oral ou escritos) daqueles quem percorriam os lugares, desbravavam o desconhecido, contando o que viram, para o quem iria produzir o mapa, logo, ver um leão, uma girafa, uma onça ou uma baleia, é uma coisa, contar o que viu para que o outro desenhasse/representasse, sem saber do que se tratava, provavelmente acarretaria em alguma distorção, tanto que em muitos mapas, figuras monstruosas eram recorrente” (livro-base, p. 10). C I, III e IV D II e IV E II, III e IV Questão 5/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Atente para a seguinte passagem de texto: “O aporte das representações, enquanto abordagem geográfica dentro da Geografia Cultural e Humanista, assume um importante papel nas pesquisas marginais, de grande relevância para o entendimento das representações construídas pelos sujeitos sociais”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KOZEL, Salete. Um panorama sobre as geografias marginais no Brasil. In: HEIDRICH, Álvaro Luiz; COSTA, Benhur Pinós da; PIRES, Cláudia Luisa Zeferino (Org.) Maneiras de ler: Geografia e cultura. Porto Alegre, Imprensa Livre: Compasso Lugar Cultura, p. 12-27, 2013. p. 13. Tendo em vista os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades, assinale a alternativa correta sobre a Geografia Humanista: Nota: 20.0 A As principais contribuições para o surgimento da Geografia Humanista foram das discussões da Geografia Regional e Geopolítica. B O principal conceito de interesse da Geografia Humanista é o de território, que se relaciona com a discussão de topofilia proposta por Milton Santos. C A Geografia Humanista tem como foco a análise do mundo vivido das pessoas em especial a partir de suas relações econômicas e políticas. D Na perspectiva Humanista-Cultural, o homem passa a ser analisado como parte integrante do meio ao qual está inserido, respeitando assim a importância de seus valores e costumes, seus sentimentos e sua vivência. Você acertou! “Na perspectiva Humanista-Cultural,o homem passa a ser analisado como parte integrante do meio a que está inserido, respeitando assim a importância de seus valores e costumes, seus sentimentos e sua vivência. Essa observação nos remete ao entendimento de que, com o passar do tempo, os estudos em Geografia passaram a demonstrar que os elementos culturais tinham de fato, algo relevante e significativo, que poderiam auxiliar nas buscas de respostas aos questionamentos inerentes às transformações do espaço” (livro-base, p. 34). E Alguns teóricos fundamentais da Geografia Humanista são Friedrich Ratzel, Paul Vidal de La Blache e Jean Piaget. Questão 1/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Atente para a seguinte informação: “Cada paisagem é produto e produtora de cultura e é possuidora de formas e cores, odores, sons e movimentos, que podem ser experienciados por cada pessoa que nela se insira, ou abstraído por aquele que a lê pelos relatos e/ou imagens”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KOZEL, Salete. Geopoética das paisagens: Olhar, sentir e ouvir a “natureza”. Caderno de Geografia, Belo Horizonte/MG, v. 22, n. 37, p. 65-78, 2012. p. 69. De acordo com os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades sobre a relação entre paisagem e imaginário, analise as seguintes afirmativas: I. Nessa relação, a contemplação de uma obra de arte pode ser de valiosa expressão, oportunizando ao espectador, um olhar além da tela, além da pintura em si. II. É no modo de ver e de se ver no mundo que a visão da paisagem encontra o meio e a riqueza da atividade contemplativa e a base de um novo tipo de experiência, um novo sentido de mundo para o sujeito que o contempla. III. A relação entre paisagem e imaginário foi o principal tema de interesse da Geografia Crítica na década de 1970, com contribuições de Milton Santos e David Harvey. IV. Para se pensar essa relação, é preciso se libertar do pensamento tradicional e ousar, ver com outros olhos, ouvir outros sons e perceber as novas paisagens. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 20.0 A I e II B I, II e IV Você acertou! “O contexto dessa abordagem está vinculado ao olhar sensível, que busca uma interpretação contemplativa, que consegue ir além do que é visível, buscando romper com a cientificidade imposta por métodos e teorias. Nesse sentido, a contemplação de uma obra de arte pode ser de valiosa expressão, oportunizando ao expectador, um olhar além da tela, além da pintura em si. [...] Com isso, a apreciação de obras de arte pode contribuir de forma significativa para a construção de saberes no contexto da Geografia Cultural. [...] Precisamos, com essas ponderações, buscar sempre um ponto de equilíbrio entre o que pode e o que deve ser estabelecido como elemento de contribuição nas discussões que envolvem a Geopoética, colocando em debate novas possibilidades para serem exploradas por novos olhares, novas pesquisas, dentro do pensamento geográfico, entendendo que esse universo é amplo e que permite múltiplas análises e novas descobertas, bastando para tanto, que nos deixemos envolver por essa Geografia multifacetada. Precisamos nos libertar do pensamento tradicional e ousar, ver com outros olhos, ouvir outros sons e perceber as novas paisagens” (livro-base, p. 68-71). Nesse sentido, a alternativa III é incorreta, porque quem contribui para pensar essa relação foi a Geografia Cultural e Humanista e não a Geografia Crítica de base marxista. “Na perspectiva Humanista-Cultural, o homem passa a ser analisado como parte integrante do meio a que está inserido, respeitando assim a importância de seus valores e costumes, seus sentimentos e sua vivência. Essa observação nos remete ao entendimento de que, com o passar do tempo, os estudos em Geografia passaram a demonstrar que os elementos culturais tinham, de fato, algo relevante e significativo, que poderiam auxiliar nas buscas de respostas aos questionamentos inerentes às transformações do espaço” (livro-base, p. 34). “Os mapas traziam uma grande carga imaginária, pois as representações eram elaboradas a partir de relatos (oral ou escritos) daqueles quem percorriam os lugares, desbravavam o desconhecido, contando o que viram, para o quem iria produzir o mapa, logo, ver um leão, uma girafa, uma onça ou uma baleia, é uma coisa, contar o que viu para que o outro desenhasse/representasse, sem saber do que se tratava, provavelmente acarretaria em alguma distorção, tanto que em muitos mapas, figuras monstruosas eram recorrente” (livro-base, p. 10). C I, III e IV D II e IV E II, III e IV Questão 2/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Leia o seguinte extrato de texto: “Enquanto a economia globalizada torna os espaços muito mais fluidos, a cultura, a identidade, muitas vezes re-situa os indivíduos em micro ou mesoespaços (regiões, nações) em torno dos quais eles se agregam na defesa de suas especificidades histórico-sociais e geográficas”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: Do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. p. 92. Considerando o trecho de texto e os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades, analise as afirmativas a seguir sobre a relação entre território, territorialidade e identidade. I. A identidade sociocultural das pessoas está ligada aos atributos do espaço concreto (natureza, patrimônio, “paisagem”), em que a durabilidade dessa relação é geradora de identidade socioespacial. Podemos associar a questão da identidade e da territorialidade no sentido de que esta última diz respeito a um processo de construção de comportamentos, de práticas e de conhecimentos das pessoas em relação à realidade material, e diz respeito também à soma das relações estabelecidas por um sujeito com o território e com outros sujeitos, o que possibilita a geração da identidade e sentimento de pertencimento. II. Territorialidade e geograficidade dizem respeito à mesma coisa, porque, em essência, estão relacionadas à ação humana e às relações de poder exercidas entre os sujeitos. Nesse sentido, há uma força de influência na construção da territorialidade e geograficidade. III. As territorialidades relacionam-se ao território tanto em sua dimensão material, quando há limites claros que definem certas territorialidades, quanto em sua dimensão imaterial, já que há forças de influências que podem romper e adentrar outros territórios, como acontece em casos de fronteiras entre países. Nesse contexto, há também o jogo de identidades, que exercem um poder subjetivo sobre os territórios. IV. A territorialidade depende das ações humanas, ou seja, é um poder que está diretamente relacionado às ações humanas. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 20.0 A I e II B II e IV C I, II e III D II, III e IV E I, II e IV Você acertou! Segundo Souza, “a ocupação do território é vista como algo gerador de raízes e identidade: um grupo não pode ser mais compreendido sem o seu território, no sentido em que a identidade sociocultural das pessoas estaria inarredavelmente ligada aos atributos do espaço concreto (natureza, patrimônio, “paisagem”). E mais: os limites do território não seriam, é bem verdade, imutáveis, mas cada espaço seria, enquanto território, território durante todo o tempo, pois apenas a durabilidade poderia, é claro, ser geradora de identidade socioespacial, identidade na verdade não apenas com o espaço físico, concreto, mas com o território e, por tabela, como poder controlador desse território” (livro-base, p. 40). Sobre a territorialidade: “O conceito de territorialidadeembrenha-se pelo entendimento de que, os poderes existentes dentro do território não são hegemônicos, sendo uns mais poderosos que outros, e, com isso, a força de influência de uns pode romper e adentrar outros territórios, como acontece com Brasil e Paraguai na região de Foz do Iguaçu. O poder de influência do Brasil em Ciudad Del Este pode ser percebido, além das compras, pelo grande número de brasileiros que atuam, profissionalmente na cidade, bem como a presença de paraguaios no lado brasileiro, prestando serviços como os taxistas, mototaxistas, vendedores, entre outros. A territorialidade depende das ações humanas, ou seja, é um poder inerente às ações humanas, pois o território em si, sem essa participação, seria diferente. Saquet (2007) afirma que: ‘[...] a territorialidade não é somente o resultado do comportamento humano sobre o território, mas o processo de construção de tais comportamentos, o conjunto das práticas e dos conhecimentos dos homens em relação à realidade material, a soma das relações estabelecidas por um sujeito com o território e com outros sujeitos’” (livro-base, p. 40). A alternativa III está incorreta, porque os conceitos não significam as mesmas coisas, em que o termo territorialidade está ligado à ideia de território e relações de poder, e geograficidade está relacionada com o conceito de lugar e a dimensão do experienciado e do vivido (livro-base, p. 40,41). Questão 3/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Atente para a seguinte passagem de texto: “O aporte das representações, enquanto abordagem geográfica dentro da Geografia Cultural e Humanista, assume um importante papel nas pesquisas marginais, de grande relevância para o entendimento das representações construídas pelos sujeitos sociais”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KOZEL, Salete. Um panorama sobre as geografias marginais no Brasil. In: HEIDRICH, Álvaro Luiz; COSTA, Benhur Pinós da; PIRES, Cláudia Luisa Zeferino (Org.) Maneiras de ler: Geografia e cultura. Porto Alegre, Imprensa Livre: Compasso Lugar Cultura, p. 12-27, 2013. p. 13. Tendo em vista os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades, assinale a alternativa correta sobre a Geografia Humanista: Nota: 20.0 A As principais contribuições para o surgimento da Geografia Humanista foram das discussões da Geografia Regional e Geopolítica. B O principal conceito de interesse da Geografia Humanista é o de território, que se relaciona com a discussão de topofilia proposta por Milton Santos. C A Geografia Humanista tem como foco a análise do mundo vivido das pessoas em especial a partir de suas relações econômicas e políticas. D Na perspectiva Humanista-Cultural, o homem passa a ser analisado como parte integrante do meio ao qual está inserido, respeitando assim a importância de seus valores e costumes, seus sentimentos e sua vivência. Você acertou! “Na perspectiva Humanista-Cultural, o homem passa a ser analisado como parte integrante do meio a que está inserido, respeitando assim a importância de seus valores e costumes, seus sentimentos e sua vivência. Essa observação nos remete ao entendimento de que, com o passar do tempo, os estudos em Geografia passaram a demonstrar que os elementos culturais tinham de fato, algo relevante e significativo, que poderiam auxiliar nas buscas de respostas aos questionamentos inerentes às transformações do espaço” (livro-base, p. 34). E Alguns teóricos fundamentais da Geografia Humanista são Friedrich Ratzel, Paul Vidal de La Blache e Jean Piaget. Questão 4/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Leia a passagem de texto a seguir: Conforme Tuan, “em virtude de muitas outras questões que envolvem as relações humanas com o espaço imediato de subjetivação e objetivação, vem à ideia da ‘microterritorialidade’. [...] A microterritorialidade implica a relação imediata com o espaço material, que se apropria de parte dele pela presença e pela interação, desde os contatos humanos mais intensos, o ‘apinhamento’”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, Benhur Pinós da. Microterritorialidades: uma relação entre objetividade do espaço, cultura e ação intuitiva do sujeito. In: HEIDRICH, Álvaro Luiz; COSTA, Benhur Pinós da; PIRES, Cláudia Luisa Zeferino (Org.) Maneiras de ler: Geografia e cultura. Porto Alegre, Imprensa Livre: Compasso Lugar Cultura, p. 62-74. 2013. p. 65 Considerando o fragmento de texto dado e os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades, sobre as questões que envolvem o conceito de território em Geografia, relacione corretamente os elementos listados a seguir às informações que dizem respeito a cada um deles. 1. Território 2. Territorialidade 3. Espaço vital 4. Fronteiras 5. Relações de poder ( ) Depende das ações humanas; ou seja, é um poder inerente às ações humanas, e é também resultante da existência de um poder dentro do território. ( ) Ratzel formulou ideias sobre a necessidade deste elemento, alertando que perder território significaria decadência e a conquista de novos territórios seria uma consequência de uma nação em expansão. ( ) Pode refletir a existência de um determinado poder, isto é, existem relações de poder, e isto está ligado à ideia de domínio ou de gestão de área. ( ) Diz respeito às forças que tendem a ser desiguais, em que umas se sobrepõem às outras, evidenciadas, muitas vezes, por elementos físicos, perceptíveis também na observação da paisagem. ( ) Pressupõe, para a existência de um território, uma delimitação, impelindo quem tente apropriar-se dele, logo, trazendo à tona um poder estabelecido. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 20.0 A 1 – 4 – 5 – 2 – 3 B 5 – 3 – 4 – 2 – 1 C 1 – 4 – 5 – 3 – 2 D 2 – 3 – 1 – 5 – 4 Você acertou! “ Territorialidade depende das ações humanas, ou seja, é um poder inerente às ações humanas, pois o território em si, sem essa participação, seria diferente” (livro-base, p. 40). Com relação ao espaço vital, “nesse caminho, Ratzel formulou ideias sobre a necessidade de um espaço vital, alertando que perder território significaria decadência, e a conquista de novos territórios, uma consequência de uma nação em expansão. Além disso, o espaço vital representaria, para Ratzel, uma alternativa plausível, pois suas observações na América do Norte (EUA), e, nos fatos ocorridos na Europa recentemente, poderiam dar um equilíbrio entre a população e os recursos naturais disponíveis para sua sobrevivência” (livro-base, p. 15). Sobre o conceito de território e relações de poder, “por sua vez, o território pode refletir a existência de um determinado poder. Observar a categoria território nos leva a perceber que elementos políticos se fazem presentes na discussão do termo. Assim, se faz necessário uma análise das ações sociais contidas dentro desse território, onde, dessas ações emanará o poder instituído, materializando a ideia do território. Dentro do território existem relações de poder, forças que tendem a ser desiguais, em que umas se sobrepõe às outras, evidenciadas, muitas vezes por elementos físicos, perceptíveis também na observação da paisagem. Segundo Suertegaray (2001), ‘a concepção de território associa-se à ideia de natureza e sociedade configuradas por um limite de extensão do poder. Por consequência, esses espaços podem formar-se ou dissolver-se de modo muito rápido’, podendo ou não obedecer a uma estrutura lógica e formal” (livro-base, p. 39). Sobre fronteira, “para a existência de um território, pressupõe uma delimitação (limite, fronteira, divisa) e a existência de um poder administrativo (político) que reforce essa ideia,uma vez que, quando da existência de um limite (fronteira), esse seja resguardado de alguém, impelindo quem tente apropriar-se desse território, logo, trazendo à tona um poder estabelecido” (livro-base, p. 39). E 4 – 2 – 1 – 3 – 5 Questão 5/5 - Prática Profissional: Geografia Social e Cultural Leia a passagem de texto a seguir: “Redescobrir a existência humana como uma forma de ser/estar no mundo relacionada às análises espaciais dá novo sentido às abordagens geográficas, estabelecendo pontes com outras áreas de conhecimento e pensadores na interface com a sociologia, a antropologia, a psicologia, a semiótica etc.”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KOZEL, Salete. Um panorama sobre as geografias marginais no Brasil. In: HEIDRICH, Álvaro Luiz; COSTA, Benhur Pinós da; PIRES, Cláudia Luisa Zeferino (Org.) Maneiras de ler: Geografia e cultura. Porto Alegre, Imprensa Livre: Compasso Lugar Cultura, p. 12-27. 2013. p. 13. Tendo em vista os conteúdos do livro-base Mapas: Representações, intenções e subjetividades, analise as afirmativas a seguir sobre a Geografia Humanista e Geografia Cultural: I. Desvendar as nuances entre uma cultura e outra é a grande riqueza do mergulho na abordagem humanista-cultural, que busca elementos históricos num olhar atento às sensíveis modificações ocorridas ao longo da história. II. A proposta da Geografia Humanista nos anos de 1970-1980 era manter a tradição positivista da Geografia, em que a análise do mundo vivido das pessoas se dava a partir de teorias quantitativas. III. A Geografia Humana, por não ver apenas as pessoas, mas toda a sociedade, pode ter contribuído para que a Geografia do Comportamento ou da Percepção adentrasse nas searas da Geografia Humanista. IV. Cada agrupamento humano deixou sua marca para que, de alguma forma, suas memórias fossem seu principal registro, para a posteridade, de como se apropriaram daquele determinado espaço. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 20.0 A I, II e III B I e III C III e IV D I, III e IV Você acertou! “Desvendar as nuances entre uma cultura e outra é a grande riqueza do mergulho na abordagem humanista-cultural, que busca elementos históricos num olhar atento às sensíveis modificações ocorridas ao longo da história. Cada agrupamento humano deixou sua marca, para que, de alguma forma, suas memórias fossem seu principal registro, para a posteridade, de como se apropriaram daquele determinado espaço” (livro-base, p. 21). “De posse dessas afirmações, percebemos que os debates fortalecem a corrente geográfica denominada humanística, e, mesmo essas duas orientações epistemológicas (Humanista e Cultural), ‘apresentando características aparentemente contraditórias conseguem manter uma unidade maior na Geografia por serem plurais’ (AMORIN FILHO, 2007). Por sua vez, Gomes (2003) indica que a Geografia Humana, por não ver apenas o homem, mas sim a sociedade como um todo, contendo em si uma uniformidade, pode ter contribuído para que a Geografia do Comportamento ou Percepção adentrar nas searas da Geografia Humanista, principalmente após a tradução e publicação de Topofilia de Yi-Fu Tuan (1980)” (livro-base, p. 35). A questão II está incorreta. A esse respeito, “para uma melhor compreensão, Gomes (2003) nos aponta que, na história da Geografia, encontramos três momentos distintos: ‘tempos heroicos, clássico e moderno’, embasado em Paul Claval (1982), e correspondem aos três grandes ‘recortes’ do pensamento geográfico, sendo respectivamente: a sistematização da explicação pela descrição metódica de Humboldt e Ritter nos fins do século XVIII, a institucionalização da disciplina pela compartimentação do conhecimento geográfico no final do século XIX e a transformação da Geografia em Ciência Social a partir da década de 50, pontuando ainda que não somente a Geografia passou por transformações significativas, mas: ‘A física, a biologia e a psicologia, por exemplo, colocaram problemas dificilmente tratáveis através da linearidade positivista. Os vinte primeiros anos do século XX são caracterizados pela relatividade, pela descontinuidade e, de certa maneira, pelo sentimento de incerteza e de indeterminação na ciência’ (GOMES, 2003, p. 225). Tal consequência alterou a forma de pensar e rompeu com o modelo positivista de então, e as transformações dentro da Geografia apareceram de forma dualista: a Geografia Quantitativa, Sistêmica e a Geografia Marxista (GOMES, 2003). Essas duas correntes, juntar-se- iam, a partir de 1980, a uma terceira, denominada Geografia Humanista” (livro-base, p. 34) E II, III e IV
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