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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ Josivan Sobrinho da Silva OBRIGAÇÕES: INDIVISÍVEL E SOLIDÁRIA NATAL 2019 FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: DIREITO 3º PERÍODO DISCIPLINA: DIREITO CIVIL II Profª.: ANA CLAUDIA DE MEDEIROS FRANKLIN NATAL 2019 a obrigação indivisível (ou obrigação de prestação indivisível). É aquela que não comporta pagamento fracionado; a que não se pode executar por partes, portanto só é executável. Decorre portando da natureza da coisa; o devedor que paga sub-roga-se nos direitos do credor e o credor que recebe presta caução de ratificação. Deste modo, havendo mais de um credor, ou mais de um devedor, devemos observar a prestação; pois perante uma obrigação indivisível o cumprimento fracionado da prestação não é suscetível e se for estaremos diante de uma obrigação divisível. Uma conceituação de obrigação indivisível é aquela ministrada pelo artigo 53, I e II do Código Civil, pelo qual as coisas indivisíveis são as que não se podem partir sem alteração na sua substância ou as que, embora naturalmente divisíveis, se consideram indivisíveis, por lei ou vontade das partes. Quando o fracionamento do objeto devido não só altera sua substância, como também representa sensível diminuição de seu valor, caracteriza-se como obrigação indivisível. Assim, por exemplo, um quadro, uma espingarda e/ou um animal, são objetos indivisíveis por que seu fracionamento altera a substância da coisa. Por conseguinte, as obrigações de entregar tais objetos, por sua vez. Indivisível. A OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA As Obrigações solidárias: indivisibilidade de sujeitos; decorre da lei ou da vontade das partes; o devedor que paga tem direito de regresso e o credor que recebe já valida o pagamento, sem necessidade de outras garantias. A solidariedade na obrigação é um artifício técnico para reforçar o vínculo, facilitando o cumprimento ou a solução da dívida, caracterizada aquela sobe a ótica de dois pontos: pluralidade subjetiva e unidade objetiva. Quanto à pluralidade subjetiva, sempre nota-se que, para haver solidariedade, é preciso que haja a concorrência de mais de um credor, ou de mais de um devedor, ou de vários credores e vários devedores, simultaneamente. No que toca à unidade objetiva, vale frisar que, se cada um dos devedores estiver obrigados a uma prestação autônoma ou a uma fração da res debita ou vice-versa, se cada credor tiver direito a uma quota-parte da causa devida, não há solidariedade, pois esta não se compadece com o fracionamento do objeto, como se preceitua-se, o art. 896, parágrafo único do C.C.: "Há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado à dívida toda". De fato, a solidariedade não se presume, resultando da Lei ou da Vontade das partes (art.896, caput.). O art. 1.518, parágrafo único do C.C., por exemplo, considera solidariamente responsáveis com os autores do dano os pais, tutores, curadores, patrões etc. Características das obrigações solidárias Ressaltam duas importantes características: a Unidade da prestação (qualquer que seja o número de credores ou devedores, o débito é sempre único) e a Pluralidade e Independência do Vínculo, sendo neste último aspecto, enfatizado pôr a unidade de prestação não impedir que o vínculo que une credores e devedores seja distinto e independente. Como consequências dessas características, simplesmente as obrigações solidárias tem uma pluralidade de credores ou de devedores e uma corresponsabilidade entre os interessados. Portanto, sob o ponto de vista externo, todos os devedores e todos os credores solidários estão em pé de igualdade, pois no que diz respeito a solidariedade passiva, é que as relações internas do vínculo entre os vários devedores são absolutamente irrelevantes para o credor. Após um dos devedores ter solvido a dívida é que ele vai se entender com os demais companheiros do lado passivo. Diferenças entre obrigações indivisíveis e solidária. Diferem, no entanto, por várias razões. A causa da solidariedade reside no próprio título, no vínculo jurídico, enquanto a indivisibilidade, geralmente, resulta da natureza da prestação (há, por exemplo, indivisibilidade que decorre da vontade das partes). Assim sendo, na solidariedade, o credor pode exigir de qualquer devedor solidário o pagamento integral da prestação, porque qualquer um deles é devedor de toda a dívida. Na indivisibilidade, o credor pode exigir o cumprimento integral de qualquer dos devedores não porque o demandado seja devedor do total, e sim porque a natureza da prestação não permite o cumprimento fracionado. Por outro lado, perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos (CC, art.895), neste caso, a transformação da obrigação em dever de indenizar, a transforma em obrigação pecuniária. Na solidariedade, entretanto, tal não ocorre. Mesmo que a obrigação venha a se converter em perdas e danos, continuará indivisível o seu objeto no sentido de que não se dividirá entre todos os devedores, ou todos os credores. Cada devedor continuará responsável pelo pagamento integral do equivalente em dinheiro do objeto perecido; e o culpado, pela solução das perdas e danos (CC, art.895, ¤ 2º). A solidariedade é artifício jurídico criado para reforçar o vínculo e facilitar a solução da dívida. A solidariedade reside nas próprias pessoas envolvidas, decorre da lei ou do título constitutivo (art.896 do C.C). Por isso, podemos dizer que a solidariedade é de origem técnica, enquanto que a indivisibilidade é de origem material. A partir desta análise neste trabalho da disciplina de Direito Civil II, sobre obrigações solidárias e indivisíveis foi possível observar que ambas obrigações apresentam semelhanças, não levando a estas semelhanças a serem a mesma coisa. Por isso é importante que seja feito um paralelo para melhor compreendermos, através de suas afinidades e diferenças. Assim na obrigação indivisível o que se observa é um vínculo objetivo, voltado ou se referindo mais a natureza do objeto. Não permitindo divisão: se devo pagar, por exemplo, um cavalo a dois credores não há possibilidade de divisão e devem operar regras próprias para esta modalidade de obrigação. Já a obrigação solidária o vínculo é mais subjetivo e direcionada para o sujeito. Também aqui, existe sempre indivisibilidade, quer o objeto seja ou não divisível. 3 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://jus.com.br Livro Didático: Direito Civil II (Obrigações), autor: Ana Carolina Lobo Gluck Paul Peracchi, 1ª edição SESES rio de janeiro 2016. http://www.conteudojuridico.com.br https://ebradi.jusbrasil.com.br