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PRODUÇÃO EDITORIAL
PROFESSORA THAMIRIS FRANCO
RESUMO
DIAGRAMAÇÃO: O Planejamento Visual Gráfico na Comunicação Impressa
Autor: Rafael Souza Silva
2º Período de Jornalismo Equipe:
Bráulio Nolasco, Camila Campos, Katia Cilene e Marlon Lima
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São João del Rei, Setembro de 2018
RESENHA
Diagramação – O Planejamento Visual  na Comunicação Impressa é resultado da dissertação de Rafael Souza Silva para a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, no longíquo ano de 1983.  
O livro é dividido em duas partes.
Primeira Parte: O Planejamento visual gráfico na comunicação impressa
I – Percepção Visual
II – O fenômeno estético na comunicação visual
III – As artes gráficas e o início da imprensa
IV – Problemas de legibilidade na comunicação impressa
V – O discurso gráfico
VI – A diagramação no jornalismo impresso
VII – Zonas de visualização da página impressa
VIII – Padronização gráfica: a identidade do jornal
Segunda Parte: Técnicas de produção e planejamento visual gráfica
I – Tipografia
II – Processos de impressão
III – Medidas tipográficas
IV – Cálculo de textos
V – Titulação
VI – Fotos e ilustrações
VII – Um exemplo prático de diagramação
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CAPÍTULO I – Percepção Visual
Os olhos e a luz se fundem na formação de todo o processo visual. Segundo o professor Modesto Farina, pesquisador de todo o Processo Visual, ”oticamente, o funcionamento do olho se assemelha ao de uma câmera fotográfica. (...)Contudo, na realidade, há um processo psíquico envolvido no funcionamento do aparelho ótico humano, e isso vai diferenciar o olho de uma câmera fotográfica e o córtex cerebral de um filme, que registra mecanicamente o que foi captado na realidade. A imagem que é impressa na retina do olho sofre todo um processo de interpretação ao atingir o cérebro, o que lhe confere uma complexidade não existente na máquina”.
Baseando-se em experimentos do norte-americano David Hubel e do sueo Torsten Wiesel sobre a estrutura do sistema visual, Farina salienta que para o ser humano ver, o olho em si não completa o processo visual, pois a retina só transmite signos ao cérebro, sendo este incumbido de decifra-los. “A transformação de uma imagem qualquer do mundo exterior numa percepção começa realmente na retina, mas é no cérebro que ela vai atingir uma impressionante magnitude, quando a imagem toma significado ao entrar em contato com coisas antes vistas e arquivadas na memória”.
O mundo da ilusão está repleto de fenômenos visuais inexplicados, e este fenômeno pode ser originário das imperfeições óticas ou das interpretações intelectuais realizadas no córtex cerebral do indivíduo.
Segundo Rudolf Arnheim, a experiência visual é dinâmica; o que uma pessoa ou anima percebe é antes de tudo uma interação de tensões dirigidas. Os princípios e experimentos de Arnheim provém da teoria da Gestalt que contradiz a tendência comum de imaginar o olho como uma lente de uma câmera fotográfica. Segundo a Gestalt, a percepção é uma operação que consiste em reunir e ajustar as informações visuais e compara-las com o vasto mosaico de nossas imagens mentais.
Allen Hurlburt defende essa corrente psicológica, e afirma que a capacidade do olho e da mente humana de reunir e ajustar elementos e de entender seu significado constitui a base do design e proporciona o princípio que se torna possível o layout de uma página impressa. Segundo ele, ”É um processo que se assemelha ao funcionamento de um computador, com os nossos olhos reunindo pedaços e partes dos dados observados, transmitindo-os assim ao cérebro, onde todo esse mosaico é classificado e reestruturado, resultando então em objetos e imagens”. Hurlburt diz ainda que essas imagens podem ser agradáveis ou enfadonhas, podem ficar na memória ou serem esquecidas, podem ser interpretadas ou transformadas em quaisquer ambiguidades a que chamamos ilusão. E tudo que acontece até essa etapa do processo pode ser decisivo para estabelecer a qualidade gráfica do nosso design”. E conclui: “Seria um grande erro considerar que, uma vez conquistada a atenção do leitor, o exercício chegou ao fim. A não ser que um estímulo visual produza uma reação – emocional ou intelectual – não se pode dizer que tenha havido uma efetiva comunicação. O grau de reação do layout será intensificado ou diminuído de acordo com a forma e i estilo de sua apresentação”.
CAPÍTULO II – O fenômeno estético na Comunicação Visual
O sistema sensorial orienta o indivíduo em suas relações com o meio ambiente e cumpre um papel diverso na percepção estética: deve dialogar com os objetos significativos e, para desempenhar essa função, precisa ser adestrado. O significado que o observador encontra na obra de arte vincula-se a uma série de fatores, entre os quais sua condição física e intelectual, além da própria mensagem contida no objeto. 
Para Celso Kelly, existem três funções na arte: a criativa, a lúdica e a comunicativa. Como em outros códigos, a linguagem artística possui um emissor, um meio para transmitir e um receptor. A experiência estética resulta da ação recíproca entre o objeto artístico e o observador. No jornalismo impresso poderíamos traduzir como experiência estética o que pressupõe uma atitude ao mesmo tempo contemplativa e atenta no sentido de estabelecer uma relação direta com a obra. O texto transmite a informação semântica através dos seus signos compreensíveis, mas ao mesmo tempo produz uma informação visual de reforço estético através dos símbolos gráficos que atuam na sensibilidade do receptor.
Tudo o que podemos captar através da visão acaba construindo uma comunicação visual. Enquanto numa comunicação visual a mensagem pode ser interpretada livremente pelo receptor, numa comunicação intencional o receptor deve captar a mensagem no exato significado que lhe atribuiu o emissor.
Umberto Eco afirma que “Com base no sistema retórico e no universo ideológico, o emissor e o destinatário codificam respectivamente a mensagem visual segundo códigos e léxicos visuais”. 
Para Celso Kelly, “A arte gráfica começa pela diagramação; desdobra-se na escolha dos tipos; complementa-se na confecção das manchetes. Estabelecem-se as relações do gráfico com o assunto”. Segundo ele, as ilustrações aquecem o texto; dão visualidade pronta, antes da leitura. Fotos, caricaturas, anúncios, enxertam-se em meio aos textos, quebram-lhe a monotonia, imprimem movimento ao todo. Eis o grande arranjo estético, a orquestração gráfica do jornalismo.
CAPÍTULO III – As Artes Gráficas e o início da Imprensa
Reunindo num sistema integrado várias operações necessárias à produção de material impresso (produção de tinta, tipos móveis, emprego de prensa e abastecimento de papel), Johan Gutenberg contribuiu para a evolução da imprensa. Com a Revolução Industrial as artes gráficas deram grandes passos em busca de técnicas de composição e impressão, e com o linotipo (1886) que as artes gráficas ganharam grande impulso até chegar aos sofisticados sistemas de fotocomposição dos nossos dias.
Do tipo metálico móvel inventado por Gutenberg, emprega-se hoje em escala industrial em todo o mundo o revolucionário sistema de fotocomposição, com o uso de computadores digitais, utilizados na impressão offset.
Entramos na era do videotexto que baniu das redações o uso do papel, e substituiu os artistas gráficos pelos computadores. Atualmente, após tantas e sérias transformações no jornalismo impresso, ronda a ameaça da forte mídia eletrônica.
CAPÍTULO IV – Problemas de legibilidade na comunicação impressa
A legibilidade de um texto depende da forma das letras, do branco anterior das mesmas, do corpo usado, do comprimento das linhas, do entrelinhamento, do espacejamento e das margens.
Para José Coelho Sobrinho, a maior preocupação consiste na legibilidade dos tipos utilizados pela imprensa em busca de um modelo adequado para proporcionar melhorvelocidade de leitura nos arranjos tipográficos.
Os principais elementos do trabalho gráfico são o branco do suporte o preto do impresso. Como branco entendemos todos os espaços e a disposição do arranjo tipográfico, enquanto que o preto está representado essencialmente pelo grafismo impresso, não havendo qualquer distinção entre as cores, tanto do suporte branco quanto da linha impressa utilizada. O branco e o preso se condicionam entre si: o preto sobre o branco exprime um efeito positivo, e o branco sobre o preto exprime um efeito negativo.
Na análise da comunicação por meio de qualquer tipo de manifestação estética que utiliza a palavra ou elementos de linguagem não verbal vamos nos deparar com a dúvida se o leitor ou ouvinte entende o que é realmente transmitido. Quando se trata de texto escrito, devemos distinguir os conceitos de legibilidade e leiturabilidade. Segundo H. Barracco, no texto escrito o problema da legibilidade é o simples ato formal em que qualquer pessoa alfabetizada estará em condições de ler; entretanto, nem sempre a legibilidade corresponde à leiturabilidade, ou seja, a capacidade de entende-lo e interpreta-lo.
A decodificação de uma página impressa se dá em dois momentos, segundo José Coelho Sobrinho: “O primeiro momento é quando o leitor observa a massa gráfica em conjunto, distinguindo as subáreas, isto é, identificando as ilustrações, os títulos, os intertítulos, os brancos, os gráficos, o txto, etc. A segunda, ao se deter nos detalhes destas subáreas”.
CAPÍTULO V – O discurso gráfico
Com o aparecimento dos veículos de comunicação de massa eletrônicos, revolucionando a comunicação humana através da instantaneidade da informação provocada pelo som e o movimento da imagem, alterou-se radicalmente o comportamento de apresentação visual e editorial na veiculação impressa.
Hoje, no jornalismo moderno, existem três tipos de gêneros jornalísticos:
Jornalismo Informativo – a notícia;
Jornalismo Interpretativo – a interpretação dos fatos e complementos da notícia; e.
Jornalismo Opinativo – o posicionamento filosófico da empresa ou do redator.
Essa novidade editorial aplicada nos jornais modernos de todo o mundo operou paralelamente igual revolução na apresentação gráfica desses veículos.
João Rodolfo do Prado destaca que “O discurso gráfico é um conjunto de elementos visuais de um jornal, revista, livro ou tudo que é impresso. Como discurso, ele possui a qualidade de ser significável; para se compreender um jornal não é necessário ler. Então há pelo menos duas leituras: uma gráfica e uma textual”.
A diagramação dos modernos jornais, revistas, cartazes, etc, dos nossos dias estão repletos dessa linguagem, imposta pela comunicação visual. Conteúdo e forma devem caminhar juntos, onde a peça arquitetônica final deve traduzir exatamente a consciência do seu valor informacional e estético.
CAPÍTULO VI – A diagramação no jornalismo impresso
O que é a diagramação? O termo vem do latim diagramma que significa desenho geométrico usado para demonstrar algum problema, resolver alguma questão ou representar graficamente a lei de variação de um fenômeno. Para Carlos Alberto Rabaça e Gustavo Barbosa, “diagramar é fazer o projeto da distribuição gráfica das matérias a serem impressas de acordo com determinados critérios jornalísticos e visuais. Distribuir técnica e esteticamente, em um desenho prévio, as matérias destinadas à impressão”. Já o jornalista Juarez Bahia conceitua a diagramação como “um estágio superior da paginação que segundo ele, busca dar o padrão de representação gráfica ligando harmonia e técnica”.
As decisões mais importantes a serem tomadas no ato da diagramação são normalmente formuladas sobre os aspectos básicos:
As ideias que as palavras deverão representar;
Os elementos gráficos a serem usados.
A importância relativa das ideias e dos elementos gráficos;
A ordem de apresentação.
Para transmitir visualmente a mensagem da página, o artista diagramador conta com quatro elementos básicos:
As letras agrupadas em palavras, frases e períodos;
As imagens, sob forma de fotos ou ilustrações.
Os brancos da página;
Os fios tipográficos e vinhetas.
Utilizar esses elementos eficazmente provirá uma página bem ou mal diagramada, influenciando a atenção do leitor. é importante descobrir o ponto de apoio da página e fazer a escolha do elemento que vai orientar toda a diagramação, pode ser uma foto, letra ou título o ponto de apoio pode ser a própria letra, o seu formato denominada palavra peso.
O guia do diagramador para escolher um ponto de apoio da página são: 
a)ritmo; 
b)equilíbrio; 
c)harmonia; 
d)motivo predominante; 
e)motivo secundário; 
f)motivo de ligação. 
O diagramador baseia se nesses conceitos para criar a página, para Allen Hurlburt o equilíbrio é o elemento fundamental do triunfo do designer tanto simétrico como assimétrico , segundo ele as duas formas se se compõem da seguinte forma: “no estilo simétrico, é fácil entender o equilíbrio formal de um layout com o centro da página servindo de fulcro e a área dividida uniformemente dos dois lados é relativamente simples criar” no estilo assimétrico ele distingue “as múltiplas opções e tensões provocadas pela inexistência de um centro definido vão requerer do artista que está desenhando a página habilidade no manuseio dos elementos básicos da página a ser impressa.”
Suponha que as seguintes peças são de um quebra cabeça a ser montado: 
a) título; 
b)texto; 
c)fotos; 
d)fios tipográficos e vinhetas; 
e)o espaço em branco. 
Os espaços onde essas peças serão distribuídas medem em média cerca de 33,5 centímetros de largura por 54 de altura, o produto final é julgado por milhares de pessoas como editores, redatores, repórteres,fotógrafos e os leitores. 
Há certas regras a serem observadas: 
a)destaque para o título (manchete), correspondente à importância da notícia; 
b)precisão no corte das fotografias; 
c)cálculo exato do texto; 
d)bom senso estético, a violação dessas regras pode estragar o resto do trabalho.
CAPÍTULO VII - Zonas de visualização da página impressa 
A geração gráfica no jornalismo determinou vários fatores que contribuíram para a padronização gráfica, um trabalho de grande importância entre o redator-chefe e o diagramador é estabelecer uma linha gráfico-editorial. Os canais de comunicação de massa eletrônicos criaram um ordenamento das coisas, a uniformidade gráfica e editorial se tornou categórica, essa padronização formará uma imagem do jornal no leitor.
Tempos atrás os jornais se apresentavam confusos e desordenados gráfica e editorialmente, como um modo de sobrevivência tiveram que se adequar e hoje não são mais assim. A primeira página de um jornal, representa todo o resto, nela tem que estar reunidas características e atrativos individuais para que o leitor identifique o jornal. Segundo Edmund C. Arnold, “o jornalista é como um jogador de futebol. Este, por exemplo, jamais pode aprender o que deve fazer em determinado momento. Os planos de ataque e defesa da equipe tem muitas inúmeras variáveis. O jogador deverá concentrar-se em aprender os princípios do jogo de modo que instintivamente saiba atuar em qualquer momento numa situação de mudança rápida. Muitos redatores-chefes em jornais são iguais a muitos jogadores de futebol, raciocinam por instinto. Aliás a eles, os diagramadores lutam juntos para encontrar uma forma mais adequada de levar a notícia ao leitor”.
Em uma página de jornal observam se as zonas de visualização, estamos condicionados a fixar nosso olhar ao lado superior à esquerda do papel pois sabemos que o começo da escrita ocidental será sempre no lado superior esquerdo. Pensando nisso Alberto Dines observa: “A grafia ocidental da esquerda para direita, no sentido horizontal, é um dos alicerces do percurso obrigatório dos olhos, influindo decisivamente em nosso comportamento.”
Edmund C.Arnold, observa sobre as zonas de visualização da página impressa (ver figura 5 ) 
Em uma página de jornal poderemos identificar as seguintes zonas de visualização:1) principal ou primária 
2) secundária; 
3)morta; 
4)morta; 
5)centro ótico; 
6) centro geométrico. 
Na zona primária deve-se conter um elemento forte para atrair a atenção do leitor, esse elemento pode ser uma foto, texto ou um grande título, as fotografias são elementos que mais atraem a atenção. Assim como a visão instintivamente desloca com rapidez em diagonal para o lado inferior oposto, a rota básica a da vista se projeta do lado superior esquerdo para o lado inferior direito. Com isso o diagramador terá a preocupação de preencher as zonas mortas e o centro óptico da página com aspectos atrativos para tornar a leitura ordenada com racionalidade, tem deslocamento brutal da visão. Acrescenta Arnold,” cabe a diagramação Preencher esses espaços morte da página com elementos de grande atração visual, proporcionando e conduzindo a leitura de forma confortável e ao mesmo tempo rápida.” 
O centro ótico o centro real de qualquer peça impressa está localizado acima do centro geométrico, altura do centro ótico varia de acordo com a dimensão da página, na relação de altura e largura.
CAPÍTULO VIII - Padronização gráfica: A identidade do jornal
 A padronização gráfica inicia-se de uma estrutura gráfica padrão do jornal. Ao olhar um jornal identificamos facilmente o estilo de apresentação visual por meio da tipologia específica, pela divisão das colunas compartimentalização das notícias e o seu inconfundível logotipo.
A primeira página do Jornal é a que detém os maiores recursos persuasivos na padronização gráfico é importante que essa padronização seja personalizada para se tornar possível a identificação imediata do leitor.
Antes de se estruturar uma padronização o diagramador tem que conhecer e estabelecer os elementos gráficos que irão compor as páginas internas e externas do jornal, e ter conhecimento também dos recursos materiais gráficos que o jornal dispõe, cuidando da apresentação estética o diagramador deverá utilizar eficientemente os elementos gráficos para assegurar um estilo de padronização gráfica definido: 
a) Definição dos caracteres tipográficos para o texto, título, aberturas, legendas, etc; 
b) escolha de logotipos e seções especializadas; 
c) definição das margens; 
d) uso de fios e vinhetas; 
e) ilustrações (fotos e desenhos) reticuladas e a troço; 
f) Boxes (quadrados) 
g) distribuição dos anúncios de publicidade;
h) ligação: foto-texto, texto-título, Título-foto; 
i) uso da cor ( combinação das cores).
A diagramação se utiliza de dois estilos básicos de planejamento gráfico, que deixará harmônico com unidade, ritmo, equilíbrio Marcante:
Simétrico- disposição simétrica dos títulos, textos, ilustrações e outros elementos gráficos de forma homogênea utilizando coordenadas verticais ou coordenadas horizontais nos arranjos gráficos.
Assimétrico- utilização de coordenadas mistas (horizontais e verticais simultaneamente), provocando grande valorização estética com a utilização do espaço em branco de forma adequada.
No estilo simétrico a diagramação pode se firmar em blocos quadrados de composição, utilizando a horizontalidade nos arranjos tipográficos, enquanto que a verticalização desses arranjos é mais recomendável pois provoca melhor nível de aproveitamento e racionalidade da leitura. 
 No estilo assimétrico, a diagramação pode se firmar em outros conceitos estruturais da página. Fugindo das limitações da simetria, o diagramador tem a liberdade de criação, podendo para isso deslocar os elementos gráficos tradicionalmente utilizados juntos (título-texto-ilustrações), e dispô-los de outra forma gráfica, provocando no leitor maior interesse na leitura e dando a página maior leveza e realce estético. 
Desde a revolução gráfica ocorrida no jornal do Brasil em 1958 no Rio de Janeiro, quando o Odylo Costa Filho, Reynaldo Jardim e Amílcar de Castro surpreenderam tanto os profissionais de imprensa quantos leitores eliminando certos conceitos tradicionais até então Intocáveis (fio separando a coluna) o texto e as fotos passaram a ter um tratamento mais respeitável e todo o jornal ,da primeira à última página, ganhou uma estrutura homogênea, de aparência agradável, dinâmica, facilitando e convidando a uma leitura fácil. Foi o chamado ciclo de padronização gráfica que revolucionou o comportamento dos profissionais de imprensa e os leitores com propósito de melhorar a comunicação impressa.
Omitindo todos os conceitos e desprezando preconceitos o jornal da tarde ousou na diagramação quebrando tabus, votado a um público mais jovem inspirando outros jornais. 
É importante salientar a importância gráfica da chamada imprensa underground e seu descontraído estilo de de apresentação gráfico editorial. Foi representada de forma significativa por jornais de linha contestadora, entre eles o Opinião, Movimento,Ex, extintos e o famoso Pasquim, que ainda circula com periodicidade semanal.
Um outro registro importante é a contínua reformulação e atualização gráfica das revistas que tanto contribuíram para o aprimoramento técnico-gráfico dos modernos jornais, ditando normas e influenciando de forma marcante o comportamento visual de novas publicações. Diante de uma variada gama de publicações uma destaca que para a sofisticação gráfica de Manchelete, e a simplicidade interna de Veja e Isto É, carregando em suas primeiras páginas o arrojo da caricatura, como bom exemplo de criatividade e bom gosto, identificando o leitor com o assunto de maior destaque contido em suas páginas internamente.
Toda essa modernidade na imprensa brasileira foi influenciada por Wainer, que lançou em 1951 o jornal Última Hora, de caráter inovador, paginação agressiva, com edição em diversas cidades, formando uma rede nos centros urbanos do país, a partir daí os jornais brasileiros começaram a preocupar com a aparência visual da publicação, qualidade profissional, modernização do parque industrial gráfico e reformulação do conteúdo editorial.
No meio da editoração, a relevância da reestruturação visual do material didático e das publicações em fascículos, onde se prima pelo com gosto e sofisticação. o discurso gráfico de hoje é notável realidade do fantástico universo da comunicação visual.
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Seguem-se dentro da Parte I do livro imagens reproduzindo capas de jornais e revistas que exemplificam os temas tratados.
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CONCLUSÃO:
E, finalmente, a conclusão indispensável. Entre estas duas partes há uma diferença incrível. A segunda é predominantemente técnica. Cheia de diagramas, fórmulas, medidas e tabelas, que, de acordo com os avanços tecnológicos, se torna um pouco ultrapassada.  Excetuando para leitores especificamente interessados em editoração de jornal, é quase toda dispensável.
A primeira parte, no entanto, é mais densa e teórica. Começa tratando de Percepção Visual, passa pela Estética, pela história das artes gráficas e imprensa, e chega ao capítulo mais interessante, Discurso Gráfico. 
Um excerto:
“[…] o arranjo gráfico passa a atuar como discurso; e como discurso, possui uma linguagem específica e uma rede encadeada de significação. É preciso que os planejadores gráficos tenham consciência da importância dessa linguagem e o seu poder de manipulação.”
Em A Diagramação no Jornalismo Impresso o autor analisa várias conceituações de “Diagramação”, a partir de vários autores diferentes. Em seguida propõe a sua própria e identifica as etapas realizadas na diagramação, os quatro elementos da página manejados, conceitos sobre o ponto de apoio da página, os elementos visuais básicos e as regras comuns.
Zonas de Visualização da Página Impressa fala sobre os centros de atenção e a “trajetória do olho”, mas é um tanto raso porque não fala da importância que a miríade de elementos envolvidos na diagramaçãoexerce sobre a trajetória. O Capítulo VIII – Padronização Gráfica: a Identidade do Jornal fecha esta primeira parte com considerações sobre o projeto gráfico e repetição dos elementos básicos, além da influência das revistas para o aprimoramento técnico-gráficos dos jornais.

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