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4 GRUPO CADEIRA DE RODAS ESPORTIVA

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Introdução
A cadeira de rodas é um dispositivo criado para mobilidade em que o 
usuário se senta. O dispositivo é essencial para melhor dependência do 
paciente, trazendo liberdade de locomoção para uma vida mais independente. 
As cadeiras de rodas, precisam atende às necessidades do usuário e levar em 
consideração as condições ambientais; oferecendo conforto adequado e 
suporte postural, segura e durável.
A cadeira tradicional consiste em duas grandes rodas na parte de trás e 
duas pequenas na parte da frente. Para controlá-la, é preciso manipular as 
rodas de trás, seja freando ou colocando mais força em um dos lados. Esse 
tipo de cadeira é a utilizada em atividades cotidianas.
CADEIRAS DE RODAS ESPORTIVAS
O uso por atletas deficientes aerodinamizou as cadeiras de rodas para 
os esportes que requerem a velocidade e a agilidade, tal como o basquete, o 
rugby, o tênis e outras competições. Cada esporte tende a usar tipos 
específicos de cadeiras de rodas. As cadeiras de rodas esportivas não são 
geralmente usadas diariamente, e são frequentemente “secundárias”, uma 
cadeira especificamente para o uso do esporte, embora alguns usuários 
prefiram as opções do esporte para diário. O esporte é uma atividade que 
pode ajudar pessoas com deficiências graves a ter uma vida mais saudável e 
mais feliz. Ele pode ajudar a melhorar a autoestima e até mesmo a alcançar 
certo grau de independência.
Padronização
Para assegurar a competitividade, os atletas precisam usar cadeiras de 
rodas padronizadas. É obrigatório obedecer ao diâmetro máximo dos pneus e a 
altura máxima do assento e do apoio para os pés em relação ao chão. Se o 
jogador optar por usar uma almofada no assento, ela não poderá ter mais de 
10cm de espessura, exceto nas classes 3.5, 4.0 e 4.5 (menor 
comprometimento). Nesses casos, a espessura máxima é de 5cm. É permitido 
usar faixas para prender as pernas juntas ou fixar o atleta na cadeira. Todas as 
normas são conferidas pelos árbitros no início da partida.
História
Praticado inicialmente por ex-soldados norte-americanos que haviam 
saído feridos da 2ª Guerra Mundial, o basquete em cadeira de rodas fez parte 
de todas as edições já realizadas dos Jogos Paraolímpicos. As mulheres 
passaram a disputar a modalidade em 1968, nos Jogos de Tel Aviv.
No Brasil, o basquete em cadeira de rodas também tem forte presença 
na história do movimento paraolímpico, sendo a primeira modalidade praticada 
aqui, a partir de 1958, introduzida por Sérgio Del Grande e Robson Sampaio. 
Depois de ficar de fora das Paraolimpíadas por 16 anos, a seleção brasileira 
voltou à disputa ao conquistar a vaga para Atenas-2004 durante os Jogos 
Parapan-Americanos de Mar Del Plata. Apesar da popularidade no país, o 
Brasil ainda não conquistou medalhas na modalidade em Jogos Paraolímpicos.
As cadeiras de rodas são utilizadas por homens e mulheres, sendo 
adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de 
Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar ou 
passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e 
a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico.
Classificação
Na classificação funcional, os atletas são avaliados conforme o 
comprometimento físico-motor em uma escala de 1 a 4,5. Quanto maior a 
deficiência, menor a classe. A soma desses números na equipe de cinco 
pessoas não pode ultrapassar 14. São disputados quatro quartos de 10 
minutos cada. Mais leves, com fibra de carbono e até com parachoques: 
esportes que usam cadeiras de rodas têm diferentes adaptações nas cadeiras 
de rodas.
Quem assiste rugby ou basquete em cadeira de rodas pode estranhar 
como os atletas se chocam a todo momento — e como não há nenhum dano 
para a cadeira. A cadeira de rodas para essas e outras modalidades é 
totalmente adaptada para suportar choques e rotacionar de maneira diferente 
das convencionais.
Basquete, tênis e rugby
Para a prática de esportes como basquete, tênis e rugby, em que é 
necessária uma rápida aceleração e rotação, as cadeiras normalmente contam 
com uma quinta roda na parte de trás, para impedir que o equipamento vire. No 
basquete, o design das cadeiras de rodas tem sofrido mudanças nos últimos 
anos. A introdução de rodas abauladas ajudam na rotação e na estabilidade 
dos atletas. Além disso, as rodas foram fortalecidas com fibras de carbono.
Para o futuro, espera-se cadeiras de rodas cada vez mais leves. O 
motivo é simples: quanto menos peso o atleta precisar carregar além do seu 
próprio, mais fácil será a locomoção e mais vantagem ele terá dentro de 
quadra. Para isso, as fabricantes estão procurando cada vez menos peças 
conectadas com parafusos, já que isso significa mais peso para as 
cadeiras.Por isso, a fibra de carbono deve estar mais presente nos próximos 
anos. Hoje, a maioria das cadeiras é feita de titânio ou alumínio, sendo que o 
mais leve que uma cadeira dessas consegue chegar é 8,5 kg.
Em esportes em que é necessário carregar uma bola ou uma raquete, 
como é o caso do basquete ou o tênis, o ângulo das rodas de trás é inclinado 
para facilitar uma pegada mais fácil nas rodas. Isso também ajuda na proteção 
das mãos quando duas cadeiras se chocam, o que acontece muito 
frequentemente.
O rugby em cadeiras de rodas tem grandes adaptações nos 
equipamentos. Na modalidade, o choque entre as cadeiras é permitido e 
utilizado como principal recurso. Qualquer tipo de contato físico é considerado 
falta. Os atletas no rugby usam cadeiras diferentes, dependendo da posição de 
cada um. Os praticantes que jogam na posição defensiva usam equipamentos 
com parachoques na frente e dos lados, além de ganchos que podem segurar 
os adversários. As cadeiras para os atletas de ataque são mais rápidas e 
móveis, com um parachoque na frente.
O principal avanço tecnológico dessas cadeiras nos últimos anos 
também foi o peso. “Quando eu jogava há 20 anos as cadeiras eram feitas de 
ferro, então mudaram para alumínio e agora são de titânio”, diz Paul Shaw, 
técnico da equipe britânica de rugby em cadeiras de rodas, ao site BT. Para a 
equipe britânica, as cadeiras são feitas com um programa que mede as 
dimensões do atleta, sendo possível customizar perfeitamente o equipamento 
ao praticante.
Corrida
Quando o assunto é corrida de cadeira de rodas, o equipamento é 
completamente diferente de outras modalidades. As cadeiras de rodas são 
mais leves, andam em linha reta e são aerodinâmicas. A cadeira conta com 
uma roda na frente, como se fosse um triciclo, para que facilite a locomoção 
em linha reta. Os aros também são menores para facilitar o manuseio. Em 
2016, o time norte-americano de corredores em cadeiras de rodas foi o 
primeiro a receber cadeira de rodas feito com impressão 3D pela BMW.
A cadeira segue a tendência para os próximos anos: é feita de fibra de 
carbono. Josh George, um dos atletas que usaram as cadeiras, elogiou o 
equipamento. “Eles estão nos transformando em ciborgues, parte máquina e 
parte humano, e você precisa saber interagir com a máquina para tirar o 
máximo”, disse para a CNN.
O foco da BMW foi melhorar três elementos: a aerodinâmica, rigidez do 
chassi e como ela se encaixa com o corpo do atleta. Foram feitas várias 
simulações de computador para criar o design mais aerodinâmico possível. Por 
último, a BMW customizou cada cadeira para cada atleta: usando uma 
combinação de escaneamento 3D e medições dos corpos dos atletas, cada 
cadeira é moldada para que o praticante encaixe perfeitamente, de modo que 
não exista qualquer tipo de deslize dos atletas na cadeira.
Resistência a impactos
As dinâmicas de alguns esportes provocam impactos muito bruscos 
entre os jogadores. Isso pode acabar danificando cadeiras de rodas que não 
são produzidas para aguentar esse tipo de contato. Por isso, ter uma cadeira 
resistente é fundamental para apratica de esportes que exigem muito do 
jogador e do seu equipamento.
Essa adaptação permite que o atleta jogue apropriadamente, sem ficar 
preocupado com o estado da cadeira de rodas, ou com medo de causar danos 
ao equipamento.
Rodas diferenciadas
Na cadeira de rodas para esporte, as rodas são maiores e inclinadas, de 
forma a permitir manobras rápidas e precisas. Com uma cadeira de rodas 
normal, para uso diário, é quase impossível fazer as movimentações 
necessárias. As rodas diferenciadas não somente auxiliam em uma 
movimentação mais dinâmica, como também são mais fáceis para o usuário se 
locomover sozinho, segurando nelas para conduzir a cadeira de roda com 
agilidade. Esse design das rodas serve ainda para evitar que os jogadores 
machuquem as mãos quando inevitavelmente colidirem entre si.
Quinta roda
Para garantir ainda mais estabilidade na hora de fazer manobras, as 
cadeiras de rodas esportivas contam com uma roda na parte de trás, para 
evitar que a cadeira vire. Ela ajuda a distribuir melhor o peso do jogador, dando 
mais segurança e confiabilidade ao equipamento.Mesmo de forma amadora, 
praticar esportes com a cadeira de rodas normal acaba trazendo um maior 
risco de acidentes, pois nenhum modelo comum conta com esse mecanismo 
extra de proteção.
Leveza
O próprio design da cadeira de rodas esportiva já confere uma leveza 
diferenciada ao produto. No entanto, o peso do equipamento também faz toda 
a diferença.A leveza das cadeiras esportivas atuais surpreende: 20 anos atrás, 
elas ainda eram de ferro, extremamente pesadas e pouco práticas. Atualmente 
elas evoluíram para titânio, um metal resistente e mais leve que a maioria.
As cadeiras de rodas normais, em geral, pesam por volta de 15 a 25 kg 
uma cadeira de rodas convencional leve chega a 11 kg. Já no caso das 
esportivas profissionais, é possível utilizar liga de carbono, um material 
superleve e resistente, que permite equipamentos de 8,5 kg.
1.KATCHBORIAN,Pedro.As tecnologia das cadeiras de rodas adaptadas para esportes. 
Disponível em:https://iq.intel.com.br/tecnologias-das-cadeiras-de-rodas-adaptadas-para-
esportes/ Acesso em: 19 de março de 2019.
2.BLOG FREEDOM. Blog sobre modalidade, cadeiras de rodas e veículos elétricos. Disponível 
em:http://blog.freedom.ind.br/conheca-o-diferencial-das-cadeira-de-rodas-para-esporte/ 
Acesso em: 19 de março de 2019.
3.REDE NACIONAL DO ESPORTE. Basquete em cadeira de rodas. Disponível
em:http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/megaeventos/paraolimpiadas/modalidades/ba
squete-em-cadeira-de-rodas Acesso em: 20 de março de 2019
4.COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. Modalidades. Disponível em:
http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/megaeventos/paraolimpiadas/modalidades/ba
squete-em-cadeira-de-rodas Acesso
5.PUBLICADO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE em 2012 sob o título Wheelchair 
Service Training Package: Basic Level Organização Mundial da Saúde 2012. Disponivel em: 
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/78236/9789241503471_reference_manual
_por.pdf?sequence=48
Universidade da Amazônia – Unama
Centro de Ciências Biológicas e de Saúde
Curso de Graduação em Fisioterapia
Prof.ª Danielle Chaves
Carlos Alberto, Igo Ferreira, Jerlany Pimentel, Julye
Alexandre, Mariane Oliveira, Milena Aviz, Suyane da costa, Thais
Furtado, Walber Miranda.
Órtese e Próteses
Belém/Pa
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