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PMI IV

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UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA – UNIP
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III (PIM III)
IPAMERI-GO
2018
RESUMO
Este trabalho é um produto do Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM IV), um trabalho de pesquisa solicitado pelo Curso Superior de Tecnologia em Gestão do Agronegócio, da Universidade Paulista (UNIP), que almejou identificar os conceitos apreendidos nas disciplinas de (i) Mercados de Capitais, (ii) Dinâmica das Relações Interpessoais e (iii) Introdução ao Agronegócio; na célere empresa de bases agrícolas, a SLC Agrícola. Para isso, nos assentamos em uma metodologia descritiva e analítica, fundamentados em autores, como Cavalcante, Misumu, Rudge (2005), Machado (2014), Magalhães (1999) SLC Agrícola (2018), Vargas (2009), entre outros. Os dados mostram parte das estratégias organizacionais e econômicas e alguns indicadores produtivos e financeiros que caracterizam a empresa a partir da abertura de capital.
Palavras-chave: Mercado de capitais. Dinâmica das relações interpessoais. Introdução ao agronegócio. SLC Agrícola.
INTRODUÇÃO
No almejo de aplicar as teorias apreendidas no curso nas práticas gerenciais na nossa área de formação – Tecnologia em Gestão do Agronegócio, elaboramos este trabalho que objetivou descrever uma empresa no ramo do Agronegócio no que concerne as atividades relacionadas ao: (i) Mercado de Capitais, que se incube da análise de índices de ações da empresa relacionados com o Agronegócio, das cotas da Ibovespa etc.; (ii) a Dinâmica das Relações Interpessoais, responsável por cuidar das estratégias que a empresa utiliza para desenvolver a motivação, o trabalho em equipe e a liderança entre seus colaboradores; e a (iii) Introdução ao Agronegócio, imputada por garantir os melhores métodos que alcem os objetivos da empresa e, consequentemente, o seu sucesso de suas atividades.
Para a realização desta pesquisa, seguimos os seguintes passos, no que diz respeito à coleta e análise das informações, após a delimitação do tema proposto no parágrafo supra: a) Identificação: foi à fase de identificação dos assuntos pertinentes ao tema em estudo; b) Localização e Compilação: foi à realização do levantamento bibliográfico, com a identificação de textos que interessam, passou-se a localização dos textos (utilizamos, maiormente, artigos científicos e produtos monográficos); c) Fichamentos: a media que foi senda arrolada as fontes de referências, os dados foram compilados; d) Análise e interpretação: consistiu na análise crítica do material elencado.
Nossas considerações são fundamentadas em materiais bibliográficos, como os de como Cavalcante, Misumu, Rudge (2005), Machado (2014), Magalhães (1999) SLC Agrícola (2018), Vargas (2009), entre outros.
A empresa analisa foi a companhia SLC Agrícola, constituinte do grupo SLC, criada em 1945 por três famílias oriundas de imigrantes alemães na cidade de Horizontina, no Rio Grande do Sul. Um dos grandes percutores na indústria nacional no que concerne a produção de colhedeiras automotrizes e ao cultivo de grãos. Resumidamente, em 1979, a SLC se associou a Jonh Deere, mas em 1999 se desmembraram, pois a empresa passou a apostar apenas na implementação da agricultura mecanizada no Brasil. Foi neste período também que a empresa passou a se expandir e investir nas regiões do centro-oeste. Atualmente a empresa é um dos maiores empreendedorismos no Brasil, destacando-se na produção de algodão, milho, soja, café e trigo. De maneira diacrônica, apresentamos abaixo uma tabela com os principais pontos históricos da empresa, disponibilizados em site próprio.
	1945
	A SLC Agrícola faz parte do Grupo SLC, que foi fundado em 1945, na cidade de Horizontina (RS), por três famílias de imigrantes alemães. O Grupo SLC criou a primeira indústria nacional de colheitadeiras automotrizes de grãos no Brasil. O Grupo SLC e a SLC Agrícola fazem parte da história do desenvolvimento da agricultura no Brasil.
	1977
	A SLC Agrícola inicia suas atividades em Horizontina (RS), sob o nome Agropecuária Schneider Logemann Ltda. Com a compra da Fazenda Paineira, no município de Coronel Bicaco (RS), voltada ao cultivo de soja e trigo.
	1979
	Por meio de relacionamento do Grupo SLC com a John Deere, a SLC foi a pioneira na implementação da agricultura mecanizada no Brasil, com o uso do maquinário agrícola de alta tecnologia. Essa associação também influenciou na consolidação da gestão profissionalizada da Empresa.
	1980
	A SLC Agrícola decidiu aproveitar o potencial agrícola do Centro-Oeste, com a aquisição da Fazenda Pamplona no estado de Goiás. Atualmente, todas as Fazendas da Empresa estão localizadas no Cerrado.
	1985
	Aquisição da Fazenda Planalto, localizada em Costa Rica (MS).
	1988
	Aquisição da Fazenda Parnaíba, localizada em Tasso Fragoso (MA).
	1994
	Aquisição da Fazenda Planorte, localizada em Sapezal (MT).
	1997
	A SLC inicia o plantio na cultura de algodão na Fazenda Planalto (MS). Aquisição da Fazenda Planeste, localizada em Balsas (MA).
	1999
	Grupo SLC deixa setor de máquinas agrícolas
O presidente mundial da John Deere, Hanz Bacherer, visita a fábrica em Horizontina, acompanhado por Eduardo Logemann e Jorge Kruel.
	2000
	Aquisição das Fazendas Palmeira (MA) e Paiaguás (MT).
	2006
	Aquisição da Fazenda Panorama, localizada em Correntina (BA).
	2007
	A SLC Agrícola torna-se uma das primeiras empresas em seu setor de atuação a vender ações em uma bolsa de valores. Aquisição da Fazenda Piratini, localizada em Jaborandi (BA).
	2008
	Segunda oferta de ações e aquisição das Fazendas Palmares (BA) e Parnaguá (PI).
	2010
	Venda da Fazenda Palmeira (MA).
	2011
	Aquisição das Fazendas Parceiro, localizada em Formosa do Rio Preto (BA) e Paineira localizada em Monte Alegre (PI).
	2012
	Criação da SLC LandCo e aquisição da Fazenda Perdizes, localizada em Porto dos Gaúchos (MT).
	2013
	A SLC Agrícola encontra mais uma forma de crescer, valorizando sua experiência em agricultura no Cerrado, através de duas parcerias estratégicas, reduzindo a necessidade de aporte de capital.
	2017
	No mês de junho, a SLC Agrícola comemora 40 anos de atividade.
	2018
	A SLC Agrícola arrenda uma área de 26.133 hectares em Chapadão do Sul, que passa a se chamar Fazenda Pantanal. Ocorre o Split da Fazenda Parnaíba, surgindo assim mais uma Unidade no Maranhão, a Fazenda Palmeira.
1 MERCADO DE CAPITAIS
De maneira bem sucinta, apresentamos nesta seção breves definições sobre o funcionamento da capitalização das empresas, sobre o sistema financeiro e sobre o mercado capital. Ao final, tentamos demonstrar essas informações aplicada na empresa em análise, a SLC Agrícola.
1.1 Capitalização das empresas 
As empresas, de modo geral, compartilham do mesmo propósito de elevar o valor de seus patrimônios. Todavia, para alçar esse ensejo, as empresas precisam analisar quais serão os projetos de investimentos que irão adotar, em todos os âmbitos – imóveis, móveis, maquinas e equipamentos -, e como serão realizados os seus financiamentos. Várias são as formas de capitalização, que são adotadas em consonância com o capital próprio e/ou de terceiros. Não raro, as empresas optam pelo segundo modelo, por meio da abertura de debêntures ou financiamentos bancários, com destaque para o célere BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
De acordo com Salim (2009), existem duas formas de financiamento: 1) proprietários ou sócios, de ondem provem fundos a prazos indeterminados. Em troca, adquirem dividendos e se beneficiam quando existe valorização das ações; e 2) credores ou terceiros, disponibilizam recursos a prazos variados, recebendo juros além da amortização ou devolução do principal em períodos pré-estabelecidos, adquirindo principal com bancos e debenturistas.
Este último modelo deve obrigatoriamente ser pago, independente da empresa obter lucro ou não, sob pena de arcar com os processos.O capital próprio tem sua remuneração dependente aos atrelados, sendo assim, caso a empresa não tenha lucros, os acionistas não receberam dividendos.
As fontes de financiamento com capital próprio são representadas, sobretudo, por: 1) recursos oriundos dos lucros gerados pela própria atividade e não distribuído aos acionistas na maneira de dividendos; e 2) recursos conseguidos por meio do aumento de capital pela inserção de dinheiro novo por parte de acionistas atuais ou novos. Melhor expondo,
Ao processo das diferentes formas como os rendimentos (juros) são gerados e agregados ao recurso financeiro aplicado denominamos de regimes de capitalização. Conforme esta geração ocorra sobre os próprios rendimentos ou não, temos os regimes de capitalização composta e de capitalização simples, respectivamente (FERREIRA, 2010, p. 12).
Daí a necessidade das empresas optarem pelas decisões mais adequadas acerca dos investimentos e financiamentos, propositando adquirir um maior retorno com um mínimo de investimento em ativos, desta forma conseguiram alcançar: 1) financiamento junto as Instituições financeiras com prazo longes e menores custos; e os 2) acionistas conseguem estar seguros quantos aos rumos e exigem menores retornos, estando mais afeito a disponibilizar parte dos lucros para reinvestir na empresa, mantendo-a permanentemente capitalizada.
1.2 Sistema Financeiro
Para manter o financiamento por terceiros, os recursos de um país devem ser movimentados, na grande maioria das vezes, por meios financeiros que trabalham de forma especializada, procurando ajuntar expectativas dos agentes econômicos com capacidade de poupança com os tomadores de recursos, que contribuem de maneira relevante para o crescimento econômico de um país, atuando acerca do nível de poupança, investimento, renda e consumo.
Os intermediários financeiros têm função primordial para o aumento do país permitindo ajuntar a demanda de recursos com a disponibilidade de poupança, promovendo liquidez no mercado ao permitir aplicações e captações financeiros com destoantes expectativas de prazo para os agentes econômicos.
Figura 01 – Sistema Financeiro Nacional
Fonte: Adaptado de Cavalcante, Misumu e Rudge (2005)
Através do Sistema Financeiro Nacional é possibilitado a interação entre os agentes carentes de recursos para investimento, compreendendo-se aqueles que responsabilizassem uma posição de tomadores de recursos, os agentes aptos de gerar recurso e os agentes superavitários. Definindo melhor, Cavalcante, Misumi e Rudge (2005) dizem que este sistema é como o “conjunto de instituições e instrumentos financeiros que possibilita a transferência de recursos dos ofertadores finais para os tomadores finais, e cria as condições para que os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado”.
O Sistema Financeiro Nacional brasileiro tem como estrutura principal um subsistema normativo e outro operativo, que são organizados e regulados pela Lei de Reforma Bancária (1964), Lei do Mercado de Capitais (1965) e Lei da criação dos Bancos Múltiplos (1988). Cavalcante, Misumi e Rudge (2005) caracterizam estes subsistemas em suas principais diferenças e atribuições, sendo que: 1) o subsistema normativo regulamenta e controla o subsistema operativo, que são exercidas por meio de normas legais, expedidas pelas autoridades monetárias, ou pela oferta seletiva de crédito levada a efeito pelos gentes financeiros do governo; e o 2) subsistema operativo é constituído pelas instituições financeiras públicas ou privadas que atuam no sistema financeiro.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um órgão normativo incumbido de expedir as leis do SFN. O Banco Central do Brasil (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliário (CVM) são entidades responsáveis por supervisionar o bom funcionamento do SFN em conjunto com o CMN. Abaixo temos um quadro elaborado por Assaf Neto (2008) e adaptados em Vargas (2009), detalhando os principais objetivos destas instituições mencionadas.
Quadro 01 – Sistema Financeiro Nacional – Subsistema Normativo
	Subsistema Normativo
	CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL - CMN
	Identificação
	Principais atribuições
	Órgão eminentemente normativo, não desempenhando nenhuma atividade executiva. Processo todo o controle do sistema financeiro, influenciando nas ações dos outros órgãos que compõem o sistema, além de assumir funções legislativas das instituições financeiras e privadas. 
	Formulação de toda a política de moeda e do crédito;
Regulamentar sempre que necessário a taxa de juros;
Acionar medidas de prevenção ou correção de desequilíbrio econômico.
	BANCO CETRAL DO BRASIL - BACEN
	Identificação
	Principais atribuições
	É o principal poder executivo das políticas traçadas pelo Conselho Monetário e órgão fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional, também conhecido como um banco fiscalizador e disciplinar do sistema ao definir regras, limites e conduta das instituições.
	Fiscalizar as instituições financeiras.
Realizar e controlar as operações de redesconto.
Executar emissão do dinheiro e controlar a liquidez do mercado.
Efetuar compra e venda de títulos públicos e federais.
	COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM
	Identificação
	Principais atribuições
	Autarquia vinculada ao poder executivo (Ministério da Fazenda) que age sob a orientação do Conselho Monetário Nacional. Tendo como finalidade básica a normatização e controle do mercado de valores mobiliários (ações, debêntures, commercial papers e outros títulos emitidos pelas Sociedades Anônimas. 
	Promover medidas incentivadoras à canalização das poupanças ao mercado acionário;
Estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado acionário;
Assegurar a lisura nas operações de compra e venda de valores mobiliários.
Fonte: Vargas (2009)
Essa atuação do CVM é alicerçada por três segmentos do mercado de capitais: instituições financeiras, companhias de capitais aberto (que são negociados junto a Bolsa de Valores e Mercado de balcão) e pelos investidores. Estes itens também são descritos por Assaf Neto (2008).
A partir destes principais subsistemas, o Sistema Financeiro Nacional se completa com as empresas prestadores de serviços técnicos especializados nas quais se destacam a Câmara de Registro, liquidação e compensação de negócios e as empresas de auditores independentes.
1.3 Mercado de capitais
O Mercado de Capitais não tem como características habituais de operacionalização de longo prazo indeterminado, dentre os valores mobiliários, ganham ênfase as ações que são títulos negociados como representativos do capital de empresas (CAVALCANTI; MISUMI; RUDGE, 2005). Todavia, o mercado de capitais oportuniza outras maneiras de empréstimos realizados por meio do mercado de empresas via a emissão de títulos, chamados de debêntures e commercial papper.
Para Assaf Neto (2008), o mercado de capitais é um dos componentes mais importantes no processo de desenvolvimento econômico, pois é o municiador de recursos permanentes para a economia, em razão da ligação que realiza entre os que possuem a competência de poupança, isto é, os investidores, e aqueles que não possuem recursos de longos prazo, apresentando déficit de investimento.
O lançamento de ações é uma maneira de financiamentos das atividades produtivas da empresa, sendo preciso o registro da empresa também como uma Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e nas Bolsas de Valores. Por isso, quando a empresa vai se lançar no mercado de ações necessita se adaptar de forma que se torne aberta, permitindo que a empresa negocie seus valores mobiliários, entre as quais ações e debêntures, de maneira pública (CAVALCANTE; MISUME; RUDGE, 2005).
Existe um mercado primário que se relaciona entre a empresa e o investidor, onde são negociadas as primeiras ações emitidas pela empresa, possibilitando que crie capital necessário para investimento/financiamento/expansão das atividades. Estes valores são vendidos no mercado secundário onde ocorre a negociaçãoentre os investidores.
Figura 02 – Sistema Financeiro Nacional
Primário
$$$
Secundário
$$$
Fonte: Adaptado de Vargas (2009)
As ações resultantes destes processos devem proporcionar aos investidores e acionistas muitos rendimentos variáveis em concordância com os resultados da companhia, das condições de mercado em que está inserida e da econômica em geral, quais sejam: 1) dividendos: parcela do lucro líquido apurado em exercícios específicos sociais e distribuídos em proporções de quantidades de ações detida. No Brasil, as empresas precisam distribuir minimamente 25% de seu lucro líquido entre os acionistas; 2) Juros sobre o capital próprio: é preciso remunerar seus acionistas por meio de pagamentos de juros calculados sobre o capital próprio, possibilitando-os abatê-los da base de cálculo do Imposto de Renda; 3) Bonificações em ações: o capital é elevado por incorporações de reservas patrimoniais, as companhias podem liberar novas ações e distribuí-las de maneira grátis aos seus próprios sócios na proporção das ações que possuí; 4) Valorização: acumulo de capital social que um acionista pode auferir em decorrência do aumento do valor de suas ações no mercado; 5) Direitos de subscrição: os acionistas possuem o direito de obter todo o aumento de capital na proporção das ações possuídas.
Estas ações são categorizadas em dois tipos: 1) ordinárias: que dão aos seus titulares o direito a voto nas assembleias deliberativas da companhia, podendo nomear e destituir membros da diretoria e conselho fiscal, autorizar emissões de debêntures, aumentos de capital social, reformular estatuto social entre outros; e, 2) preferenciais, que não concede o direito a voto nas assembleias, mas reembolsa o capital na hipótese de dissolução da empresa.
Outra maneira de classificar as ações é quanto a maneira de circulação, podendo ser: 1) nominativas: quando representadas por cautelas e apresentam o nome do investidos registrado em livro das ações nominativas; 2) nominativas endossáveis, quando registram apenas o nome do primeiro acionista, sendo as transferências realizadas por meio do endosso na própria cautela; e as 3) escriturais, que tem o controle executado por meio de uma instituição devotado ao depósito das ações da companhia, não acontecendo o manuseio físico desse papéis.
Outro meio de financiamento é resultando da abertura de capital, por meio da emissão de títulos chamados commercial papper, direcionados especialmente para financiar o capital de giro, com baixa maturidade, não ampliando prazo de resgate acima dos nove meses. São características familiares ao debêntures, evitando intermediação financeira bancária e menores juros em comparação com os ofertados pelas instituições bancárias.
1.4 Características do Mercado Capital da SLC Agrícola
Os primeiros contados do capital da SLC foram realizados em parceria com John Deere, por meio de uma joint venture para produção de colheitadeiras e tratores, que foi finalizada em 1999, passando a ser a maior pioneira na implementação da agricultura mecanizada no Brasil, pois a empresa testava as novas máquinas e implementos que eram desenvolvidas por ela, com influência na consolidação de uma gestão profissionalizada, oportunizado ser pioneiro neste aspecto do mercado agrícola brasileiro.
As atividades iniciais estavam direcionadas ao estado do Rio Grande do Sul destinados ao cultivo de soja de trigo, contudo a empresa mudou de foco aos poucos, passando a investir na região Sul para o Cerrado, objetivando aproveitar o potencial agrícola do Centro-Oeste. Com esta politica adotada a partir de 1979, a SLC investiu em unidades produtivas no Cerrado.
Em 2007, a empresa iniciou uma sociedade para abertura de capital, especialmente no que diz respeito ao capital volante das respectivas sociedades. A BOVESPA responsável por demonstra alto grau de concentração dos investidores foi uma das justificativas que induziu na escolha da empresa que almeja um bom retorno na realização da abertura de capital e se tornar referência no setor que atuam.
Nesta perspectiva, a SLC Agrícola se destacou como um dos maiores produtores brasileiros, com ênfase nos produtos de algodão, soja, milho, café e trigo. Durante a abertura de capital da empresa já mostrou grande participação no setor agrícola, em razão de ser um dos grandes proprietários de terras do Brasil, constituindo-se no segundo maior produtor de algodão e quarto maior de soja e milho (SLC, 2018).
A companhia no mercado nacional aumentou significativamente depois da abertura de capital na área cultivada e a produção total com reflexo nos indicadores econômico-financeiros. O exercício social é realizado assim como a grande maioria das empresas, no interstício de um ano, todavia a produção é calculada no ano da safra de cada cultura, com variação em função do clima e cultura.
O ciclo de produção se inicia no planejamento estratégico com base no cenário nacional e internacional de commodities agrícolas atuais e futuras. As definições estratégicas norteiam a elaboração do planejamento agrícola de cada ano, no qual são definidos todos os insumos necessários para a safra, dentro das peculiaridades de cada cultura. Após a aquisição e entrega dos insumos nas Fazendas, dá-se o início da execução das operações agrícolas, como o preparo do solo, a semeadura, adubação, controle de pragas, doenças, plantas daninhas e colheita (SLC, 2018).
O processo geopolítico está também diretamente ligado as condições geoclimáticas das fazendas e aos ciclos da cultura, que determinam o prazo de realização dos exercícios desde o plantio até a colheita. A diversificação das culturas e localização das fazendas tem como fito principal diminuir os efeitos do clima e permitir o planejamento de um eficiente sistema de plantio e colheita durante o ano, agregando o desenvolvimento da segunda safra.
O fluxo dessas atividades ocorre durante todo o ano, principalmente nas Fazendas em que as condições climáticas permitem o cultivo da safra e da 2ª safra. Após a colheita, os produtos são beneficiados e armazenados nas próprias Unidades de Produção até a sua comercialização e seu transporte. O destino final das commodities agrícolas são os nossos clientes no mercado interno ou externo com alto padrão de qualidade.  Todo o ciclo de produção, que compreende o planejamento agrícola até a entrega ao cliente, pode levar mais de dois anos (SLC, 2018).
Figura 1 – Ciclo de produção
Fonte: SLC (2018)
Além deste problemas, temos os conhecidos riscos relativos a economia brasileira – juros, inflação, flutuação da taxa de cambio, custo Brasil – o setor agrícola demonstrou alguns riscos concernentes a este exercício que caso concretizassem poderiam interferir negativamente ao preço de mercado das ações da empresa: variações climáticas, dependência do comercio externo, flutuação dos preços agrícolas e flutuação do real em redação ao dólar; pragas e doenças; produção vendida a poucos clientes, com forte poder de negociação e regulamentação ambiental.
O conselho de administração aprovou a oferta pública em 24 de maio de 2007 e em 17 de julho de 2007 o aumento do capital da Companhia, através da emissão de ações ordinárias e a fixação do preço por ação (SLC, 2009). De maneira bem resumida, verifica com base nos dados disponibilizados no site da empresa que o retorno do patrimônio liquido foi resultado do índice de margem liquida.
De maneira bem resumida e com a ajuda de trabalhos como as de Vargas (2009), permitiu-nos verificar que a empresa SLC foi uma das empresas que foram inseridas pela agricultura brasileira na globalização financeira, oportunizando o acesso a captação de recursos para expansão de seus exercícios produtivos e aumentando o seu poder de negociação frente as grandes trading.
Trata-se de um setor no qual são negociadas commodities, não acontecendo distinção de produtos, porém a rentabilidade limita-se necessariamente no controle de custos e ganhos de escala, sente este o propósito alçado pela CompanhiaSLC Agrícola através da abertura de capital, tornando-a ainda mais competitiva com a adição expressiva da área plantada, produção e consecutiva receita líquida.
Foi por meio da abertura do capital que a empresa teve ganhos organizacionais e econômicos, melhores condições na obtenção de empréstimos, maior visão da empresa o que oportunizou que negociações junto com fornecedores e clientes de maior eficiência produtiva, ganhos estes que sobrepujar os novos cursos vultosos.
2 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
De acordo Magalhães (1999), as relações interpessoais influenciam em todos os círculos sociais, em toda a vida, já que se trata de um elemento que não é possível querer ou não querer, seja bem ou mal, pois, inevitavelmente, os sujeitos estabelecem relações entre si no cotidiano. Sendo assim, faz se necessário pensar sobre este quesito em qualquer área comercial, uma vez que pode ser fator crucial para o sucesso ou não da empresa.
2.1 Breves considerações teóricas 
Por se tratar de um processo social, consequentemente pode gerar conflitos caso não seja estabelecida regras de conduta social no decorrer do tempo por influência de mecanismos de aceitação e de reprodução que se tornam padrões, sendo conhecidos como rotinas naturais ou como noções compartilhadas da realidade (MACHADO, 2014).
Ainda segundo as considerações da autora, as empresas podem ser denominadas como as normas formais e informais da comunidade que estabelecem as interações humanas e balizam o agrupamento de escolhas dos sujeitos. A autora estabelece que estas restrições se instituem nas normas informais, como sanções, tabus, costumes, tradições e códigos de conduta; ou normas formais − como constituições, leis e direitos de propriedade.
North (1991) fundamenta as considerações de Machado (2014), ao dizer que essas regras possuem a competência de arquitetar o relacionamento entre os dirigentes econômicos e podem ser compreendidas como um contrato cujo propósito é padronizar a conduta dos interessados, acrescendo um comprometimento onde as partes se prometem a adotar determinadas posturas em troca de benefícios mútuos, o que caracteriza como a famosa denominação de transação.
Embasados em inúmeros autores da área, Machado (2014) elenca e classifica os riscos financeiros de uma instituição em seis tipos: risco de mercado, de crédito, de liquidez, operacional, legal e de fator humano. Ainda segundo a autora,
[...] o risco de mercado surge quando uma contraparte não quer ou não pode cumprir com suas obrigações contratuais. Para a administração de uma empresa, independentemente do seu ramo de atividade, faz-se necessária a gestão do risco. [...] o gerenciamento de riscos empresariais diz respeito aos conhecimentos, métodos e processos organizados para reduzir os prejuízos e aumentar os benefícios na concretização dos objetivos estratégicos (MACHADO, 2014, p. 25).
Para a economia a ameaça das transações se interligam aos pressupostos de conduta − oportunismo e racionalidade limitada, e com as características das transações − frequência, incerteza e especificidade dos ativos − que irão estipular a relevância dos custos de transação e oportunizar o surgimento da estrutura de governança mais eficiente. Isto posto, os contratos aparecem como um instrumento escora às transações, exercendo incumbência de reduzir ou até mesmo elidir a ameaça.
2.2 Relações interpessoais da SLC Agrícola
A empresa se preocupa com o critério de sustentabilidade, tanto é que discrimina criteriosamente isso no site, uma vez que este quesito é extremamente cobrado nos dias atuais. Vejamos o que diz o site da SLC, 
A SLC Agrícola acredita que a excelência na gestão dos aspectos econômico, social e ambiental tem como fruto a redução dos impactos ambientais das suas operações, melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho e garantia de resultado satisfatório para seus investidores e acionistas. A sustentabilidade na SLC Agrícola está fundamentada nesses preceitos e no Sonho Grande da Empresa: impactar positivamente gerações futuras, sendo líder mundial em eficiência no negócio agrícola e respeito ao planeta.
Os programas e ações adotados na Empresa têm como componentes a gestão econômica, políticas de responsabilidade social consistentes, programas de proteção individual e coletivos bem-estruturados, promoção da educação e informação ambiental, bem como adoção das melhores práticas e tecnologias agrícolas. Tudo isso visando impactar minimamente o meio ambiente.
Com essas ações, acredita-se que é possível produzir alimento, combustível e vestimenta para a população mundial de forma sustentável (SLC, 2018).
A empresa SLC Agrícola trabalha na área do agronegócio onde existe uma grande quantidade de produtores e cada um controla uma parte da produção total, sendo conhecido em termos econômicos tomador de preço, isto é, a produção possui poucos ou nenhum efeito sobre o preço de mercado. Os valores de venda são estruturados em bolsas de valores em mercado internacional, por exemplo, a soja – um dos principais produtos comercializados pelo grupo – segue os valores fornecidos pela Bolsa de Chicago.
Grande parte dos produtos são de espécie da commodities, por isso a empresa limita-se a atribuir lucros com a diferenciação, as estratégias estão destinadas ao aumento da escala de produção e controle rigoroso de custo.
Seguindo os seus objetivos, a empresa busca se destacar nos quesitos de qualidade, gestão inovadora e participativa destinada ao lucro e aumento, bem como a tecnologia como fatores competitivos. A empresa adotou de maneira sumária, o modelo de negócio que
[...] híbrido, que pode ser subdividido em três abordagens básicas, listadas abaixo. Pretendemos continuar ampliando o negócio nessas três frentes, de forma a aproveitar as sinergias existentes entre elas, orientados por uma cultura de melhoria contínua da nossa operação (SLC, 2018).
Destacam-se entre as atividades, a (i) operação agrícola em terras desenvolvidas próprias, a (ii) operação agrícola em terras arrendadas (e Joint Ventures) e a (iii) aquisição de terras brutas para transformação e venda; que produzem a rentabilidade da empresa baseada em três pontos: produtividade, controle de custos e preços. Ainda segundo a empresa, 
Desde a aquisição das primeiras Fazendas do Grupo SLC, surgiu a necessidade e o desejo de conhecer e entender o comportamento das culturas nas diferentes regiões do Brasil e os seus potenciais. Nesse contexto, a primeira área experimental foi criada na Fazenda Pamplona (GO) no ano de 1988 que gerou informações importantes e expandiu os conceitos da experimentação agrícola para as demais unidades da empresa. Atualmente, as áreas de pesquisa estão em 11 Fazendas, somando três décadas de experiência e evolução contínua (SLC, 2018).
As informações criadas com o tempo são utilizadas para fundamentar as estratégias para elaboração dos planejamentos agrícolas das fazendas que orientam as estratégias futuras da Empresa. Abaixo, reproduzimos a contabilização da evolução da área histórica à pesquisa da empresa no que concerne ao cultivo, elaborado pela SLC.
Figura 03: Evolução das áreas da SLC
Fonte: SLC (2018)
A produtividade da empresa é embasada nos quilogramas colhidos por hectare. Pela imagem verifica-se que a produtividade é maior que á media nacional em todas as culturas, sendo maior às médias norte-americanas nas culturas de algodão e soja com exceção do milho, com sustentação nos quesitos preponderantes para a alta produtividade, baseados em: (i) estrutura de custos e ciclo operacional eficientes; (ii) tecnologia de produção com alta mecanização do plantio a colheita; (iii) sistema de rotação de cultura que oportuniza menor incidência de pragas e doenças e uso mais eficiente das adubações e defensivos agrícolas; (iv) domínio na técnica do plantio direto que diminui a níveis insignificantes as perdas de solo, agua e nutrientes e diminuição dos custos com pouco uso da máquina na lavoura; (v) expertise na correçãodo solo, na seleção de sementes e insumos a serem usados permitindo máxima eficiência técnica; e (iv) localização das fazendas em locais estratégicos com fatores climáticos e geográficos favoráveis. 
Como posto acima, a empresa tem atuado preponderantemente em três culturas, a de soja, a de algodão e a milho, adotando a política de proteção a flutuação dos preços das commodities as operações de hedge, que consistem em operações de bolsa ou de mercado a termo com preços estabelecidos ou a fixar com períodos de vendas podendo começar até três anos anteriores do início da colheita.
Em suma, os conceitos e os resultados verificados evidenciaram a meritoriedade para as empresas do setor agrícola que a concretização da vantagem competitiva apenas se edifica através do controle rigoroso de custos, inserção de tecnologia, aumento da produtividade e acesso ao crédito barato e competitivo, que podem ser concretizados através da abertura de capital.
3 INTRODUÇÃO AO AGRONEGÓCIO
Zuin e Queiroz (2006) explicam que a literatura na área oferece inúmeras formas de como o produtor rural pode ser classificado, como o seu porte – mini, pequeno, médio e grande – através da análise de sua renda anual. Demais modelos de classificação mais sofisticados incluem outras variáveis, como a espécie dos seus cultivos (commodities e bens especiais agroalimentares), maneiras de gestão dos negócios, participação dos seus produtos no mercado, entre outros. Sabendo disso, apresentamos breves descrições nas seções abaixo.
3.1 Agronegócio: breves definições
Muitas pessoas ainda confundem a definição de agronegócio como apenas os exercícios de arar o chão, plantar, colher, ordenar vacas ou alimentar animais; concepções que eram validas até a década de 60. Contudo, com o aumento transformativo que tem ocorrido no campo, a agricultura passou a ser observado com um amplo e complexo processo que não se restringe ao exercício de dentro da propriedade rural, podendo considerar também os exercícios de distribuição e insumo, armazenamento, processamento e distribuição de produtos.
De modo bem resumido, o agronegócio não inclui somente os que exercem diretamente com a terra, mas também os sujeitos e empresas que abastecem insumo, processam os produtos agropecuários, manufaturam os alimentos, carregam os alimentos e vendem aos consumidores, isto é, todo o processo que envolve as atividades de agropecuária.
De acordo com Araújo (2007), com a evolução do sócio economia, especialmente com os avanços tecnológicos, alterou muito na fisionomia das propriedades rurais, principalmente nos últimos 50 anos. A população começou a deslocar do meio rural para ocupar as cidades, passando, nesse período, de 20% para 70% a taxa de pessoas residentes no meio bano (caso do Brasil). O crescimento tecnológico foi alto, incitando saltos nos quesitos de produtividade agropecuária. Por isso, menor quantidade de pessoas a cada dia é obrigado a sustentar mais gente. Sendo assim,
[...] as propriedades rurais cada dia mais: 
• perdem sua auto-suficiência; 
• passam a depender sempre mais de insumos e serviços que não são seus; 
• especializam-se somente em determinadas atividades; 
• geram excedentes de consumo e abastecem mercados, às vezes, muito distantes; 
• recebem informações externas; 
• necessitam de estradas, armazéns, portos, aeroportos, softwares, bolsas de mercadorias, pesquisas, fertilizantes, novas técnicas, tudo de fora da propriedade rural; 
• conquistam mercado; 
• enfrentam a globalização e a internacionalização da economia (ARAÚJO, 2007, p. 15).
Com isso, a "agricultura" precisou passa a usar serviços, máquinas e insumos externos. Passou a precisar, ainda, do que ocorre depois da produção, como armazéns, infraestruturas diversas (estradas, portos e outras), agroindústrias, mercados atacadista e varejista, exportação. Deste modo,
Cada um desses segmentos assume funções próprias, cada dia mais especializadas, mas compondo um elo importante em todo o processo produtivo e comercial de cada produto agropecuário. Por isso, surgiu a necessidade de uma concepção diferente de "agricultura". Já não se trata de propriedades auto-suficientes, mas de todo um complexo de bens, serviços e infra-estrutura que envolvem agentes diversos e interdependentes economia (ARAÚJO, 2007, p. 16).
A nomenclatura agribusiness surgiu, espalhou-se e foi adotado pelos diversos países. No Brasil, essa nova visão de "agricultura", como sempre, demorou a chegar. Mas a partir da década de 1980 começa a haver difusão do nome, ainda em inglês. Os primeiros movimentos organizados e sistematizados surgiram de focos, sobretudo em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Neste tempo apareceram a Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) e o Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial, Universidade de São Paulo (Pensa/USP) que intentaram elaborar um segmento mais destinado para a produção agropecuária e com maior destino à participação do público em geral.
O termo agribusiness atravessou praticamente toda a década de 1980 sem tradução para o português e foi adotado de forma generalizada, inclusive por alguns jornais, que mais tarde trocaram o nome de cadernos agropecuários para agribusiness. Não eram raras as discussões sobre a utilização do termo em inglês ou a tradução literalmente para o português para agronegócios, ou ainda os termos complexo agroindustrial, cadeias agroeconômicas e sistema agroindustrial. Todos com a intenção de um mesmo significado (ARAÚJO, 2007, p. 16).
É importante mencionar que os conceitos tratados no agronegócio são de múltiplas naturezas, por isso que a produção agropecuária precisar tratar sobre as condições climáticas de cada região, mostrando os períodos de safra e de entres safra, isto é, épocas de abundância de produtos alternados com períodos de falta de produção. No viés de consumo não há grande variação ao longo do ano nas quantidades procuradas, pois permanecem mais ou menos constantes. Outro quesito é que os produtos agropecuários estão subordinados ao acrivo de pragas e doenças que reduzem o número produzido e a qualidade dos produtos, ou podem até mesmo levar à perda total da produção. Após a colheita, a atividade biológica dos produtos agropecuários continua em ação. Sendo assim, a vida útil desses produtos abaixa de maneira célere, que sem cuidados específicos, podem durar poucas horas, dias, ou poucas semanas.
De forma sucinta, o agronegócio, em todos os seus constituintes e interrelações, é um instrumento indispensável a todos os adotantes de decisão, sejam autoridades públicas ou agentes econômicos privados, para que elaborem políticas e estratégias com maior previsão e máxima competência. O agronegócio agrega os ofícios: suprimentos à produção agropecuária; produção agropecuária propriamente dita; transformação; acondicionamento; armazenamento; distribuição; consumo; serviços complementares (publicidade, bolsas de mercadorias, públicas etc.).
3.2 Agronegócio da SLC Agrícola 
O Processo Agroindustrial da empresa se baseia em dois eixos principais: o Beneficiamento e a Armazenagem. O algodão da SLC Agrícola possui 11 algodoeiras para o processo de beneficiamento de algodão criando desse processo, pluma de algodão, caroço de algodão, fibrilha e briquete. Almeja sempre à segurança, à qualidade do produto e à eficiência do processo. As algodoeiras da SLC Agrícola possuem capacidade de produção de 5.900 fardos/dia, um espaço interno para o armazenamento de 170.540 fardos de pluma de algodão e estocagem de 26.800 toneladas de caroço de algodão (SLC, 2018).
Os fardos de algodão em pluma fabricados pela SLC Agrícola, apresenta uma média de 200 a 230kg de peso, que passam por um rigoroso processo de classificação unificado por meio da sala de Take up (sala de classificação) e laboratórios onde são categorizado em conformidade com suas características visuais e HVI (High Volume Instrument), organizando desta forma um padrão uniforme para toda a produção.
Os grãos produzidos pela empresa possuem18 modernas unidades de recebimento de grãos, disponibilizando infraestrutura com capacidade para recepção, segregação e armazenagem de soja, milho, trigo, sorgo, girassol e outros grãos. A SLC Agrícola tem capacidade de recebimento de 2.200 toneladas/hora e uma capacidade para armazenamento de 613.700 toneladas de produtos. Os grãos produzidos são armazenados em locais com temperatura e aeração controladas. 
CONCLUSÃO
Verificamos que o processo de inserção da agricultura brasileira na globalização financeira oportunizou o acesso da captação de recursos para a expansão de seus exercícios produtivos e aumento de seu poder de negociação frente aos grandes trading. A SLC Agrícola por meio da abertura de capital, tornou-se ainda mais competitiva com o crescimento da área plantada, produção e crescimento da recita liquida, pois se trata de um campo no qual são negociados commodities, não acontecendo a diferenciação de produtos, o que faz com que a rentabilidade se limite exclusivamente ao controle de custos e ganho em escala.
Destarte, por meio da abertura de capital, a empresa teve ganhos organizacionais e econômicos, aumentando as condições de empréstimos, maior visibilidade da empresa oportunizando que mais negociações fossem realizadas em parceria com fornecedores e clientes, além de aumentar a produtividade, que superam os novos custos administrativos.
No mais, faz-se importante mencionar que os dados concisos, por isso os dados ainda muito podem ser analisados por outras óticas. Ressaltamos também que a dimensão econômica e social que a empresa alcançou a faz ser uma das grandes empresas capacitadas a atender mundialmente, seja em alimentos e/ou matéria prima para a geração de energia renovável.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de Agronegócios. São Paulo: Editora Atlas, 2007. Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/46225424/livro-fundamentos-de-agronegocios-131107061028-phpapp02.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1542116822&Signature=3P73%2FqcFwvZ9RebS07eidXVs1ns%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DLivro_fundamentos_de_agronegocios_131107.pdf>. Acesso em: 30 out. 2018.
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas, 2008.
CAVALCANTE, Francisco; MISUMU, Jorge Yoshio; RUDGE, Luiz Fernando. Mercado de Capitais o que é, como funciona. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
FERREIA, Roberto G. Matemática financeira aplicada: mercado de capitais, administração financeira, finanças pessoais. São Paulo: Atlas, 2010.
MACHADO, Kennia Barbosa. A dinâmica das transações na cadeia produtiva do leite: uma análise das relações entre produtor, indústria e governo. 2014. 146 fls. Dissertação (Mestrado em Agronegócio) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2014. Disponível em: <https://ppagro.agro.ufg.br/up/170/o/Kennia_Barbosa_Machado.pdf>. Acesso em: 30 out. 2018.
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SALIM, Jean Jacques. Administração Financeira: avaliação do desempenho empresarial. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2009.
SLC Agrícola. 2018. Disponível em: <https://www.slcagricola.com.br/>. Acesso em: 30 out. 2018.
VARGAS, Rafael Schaffer. Abertura de capital de empresas agrícolas brasileiras: a experiência da empresa LSC Agrícola. 2009. 85 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciência Econômicas) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. Disponível em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Economia291725>. Acesso em: 30 out. 2018.
ZUIN, Luís Fernando Soares; QUEIROZ, Timóteo Ramos. Gestão e Inovação nos Agronegócios. In: _____. Agronegócio: gestão e inovação. São Paulo: Saraiva, 2006.

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