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Juizado Especial Cível: Procedimentos e Princípios

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Giovanna Chrystine Silva Evangelista
7° DIRNA
Processo Civil IV 
Juizados Especiais Cíveis
O juizado especial cível nos dispõe uma facilidade maior para ajuizar um processo no dia a dia, sendo um procedimento bem mais rápido. Tempos atrás havia muitos litígios, com causas de pequenos valores, no âmbito do procedimento comum causando aflição para os requerentes. 
O juizado especial surgiu com o intuito de possibilitar um procedimento para as classes de menores condições e para acabar principalmente com os litígios. 
A implatanção do juizado especial foi determinada pela CF/88, com fundamentação no artigo 98, que diz “A união, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I- juizados especiais, providos por juízes, ou togados e leigos, competentes para conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos orais e sumaríssimos, permitidos nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro de grau”. O parágrafo único estabelece que a “Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.”
As leis n. 9.099/95, 10.259/2001 e 12.153/2009 trataram do procedimento nos Juizados Especiais Cíveis Estaduais, Federais e da Fazenda Pública. 
Havia uma discussão, se no Juizado Especial, haveria um novo tipo de procedimento, ou se apenas procedimento especial. 
É regido por princípios e características, como “oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual de celeridade, bem como pela busca incessante da conciliação ou transação”. 
Por ser um processo diferenciado, fica o interessado a optar pelo Juizado Especial ou pelo procedimento comum (com os estabelecimentos do CPC). 
A finalidade do juizado especial é facilitar o acesso à justiça e diminuir a morosidade. Para alcançar o juizado especial deve-se obedecer aos princípios próprios e devem ser observados, em especial pelo julgador. 
Na omissão das leis que tratam dos juizados, o CPC só poderá ser aplicado supletivamente, se em conformidade com os princípios que os regulam. Enunciado 161 do FONAJE.
 
Princípios do Juizado Especial
Veremos os princípios a seguir:
Princípio da oralidade
No juizado especial, a oralidade é observada com muito rigor, recobrando parte de seu significado original. 
Porém, não se adotou a forma oral pura, dado que a maior parte dos atos é reduzida a termo. O significado mais abrangente devido a isto, é que o juiz deve estar o máximo mais próximo, o que se observa na imediação.
Princípio da informalidade e da simplicidade
O procedimento no juizado é bastante simplificado. Há uma redução de termos e escritos, em especial pelo uso de mecanismos, com gravações magnéticas, ou de vídeo e uso de equipamentos de informática. Tem que haver simplificações na apresentação da inicial, citação, na oferta de resposta, na colheita de provas, no julgamento e na apresentação de recursos. 
Economia processual
É aplicado também ao processo tradicional, porém, é mais usada nos juizados especiais, em que se busca atingir o resultado com o menor esforço, evitando que haja incidentes que acabem atrapalhando o andamento do processo. 
Celeridade 
É dar solução rápida aos litígios a ele submetidos para que seja célere. A simplicidade e informalidade colaboram para a celeridade, e o juiz deve emanar esforços para alcançar rapidamente a solução, para que não trave o andamento do processo. 
Procedimentos no Juizado Especial
Já aos procedimentos no juizado especial cível, é sempre concentrado para se buscar a celeridade, porém, respeitando todas as formas de procedimento. O primeiro passo é a petição inicial sendo apresentada no âmbito da Secretaria do Juizado, podendo ser escrita ou verbal. O réu é citado para comparecer a uma audiência de conciliação, conduzida por um juiz togado ou leigo ou por conciliadores. Eles tentaram na conciliação, para que haja um acordo entre as partes. Mas, no caso, se o réu citado, não comparecer, o juiz julgará a demanda. Sendo a ausência do autor, o processo será extinto sem resolução de mérito. 
Não havendo acordo, será designada uma audiência de instrução e julgamento, onde as partes serão intimadas. Nela, o autor poderá apresentar sua contestação, podendo ter pedido contraposto, por escrito ou verbalmente. A audiência também seja conduzida pelo juiz togado ou leigo sob a supervisão do togado. Em seguida, serão colhidas provas necessárias e o juiz proferirá a sentença. 
Petição Inicial
A petição inicial deverá observar as exigências do artigo 319, CPC, porque é possível que nem seja formulada por advogado. O pedido será formado de forma simples e de linguagem acessível, sendo indispensável que contenha o nome, a qualificação e o endereço das partes, os fatos e os fundamentos, de forma sucinta, o objeto e seu valor. 
É desnecessário pedido expresso de citação e requerimento de provas. Quando feito oralmente, o pedido poderá ser reduzido a escrito pela Secretária do Juizado. 
Não há óbice de cumulação de pedidos, desde que a soma não ultrapasse o limite de alçada do Juizado, e que eles sejam conexos. 
Regime de Custas
O regime de custas é que ele está isento de custas, taxas ou despesas. Sua função principal é facilitar o acesso a justiça, fazendo com que a ela sejam levadas causas que possivelmente não seriam afrontadas de outras maneiras. 
A dispensa do recolhimento de custas inicial vale tanto para o processo de conhecimento como para o de execução. 
Há casos em que o autor é condenado nas custas em primeiro grau, independentemente de ter agido de má-fé, que é quando o processo for extinto por ele não ter comparecido em nenhuma das audiências designadas, pois demonstra descaso e desinteresse. E para evitar a reiteração, determina-se que a sentença o condene. Mas haverá se demonstrar que a ausência é atribuída à força maior. 
A isenção de custas e da condenação de honorários advocatícios não se estende à segunda instancia. O recurso exige preparos, que compreenderá todas as despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição. 
Os honorários serão impostos ao recorrente vencido, na proporão de 10 a 20% do valor da condenação, ou não havendo condenação, do valor corrigido da causa. 
Citações e Intimações
Só a dois tipos de citações: por carta, que é a forma por excelência, e por oficial de justiça, quando necessário. Em hipótese alguma poderá haver citação por edital, incompatível com a sumariedade que se exige. Podendo o processo ser extinto se houver citação por edital. 
A forma por excelência de citação é a por correspondência, como exposto no CPC. 
A carta será entregue ao citando com aviso de recebimento firmado pela destinatário.
A citação por oficial de justiça, excepcional, só será determinada se necessário, quando não for possível por correio. Não há possibilidade do autor optar por fazer citação por oficial de justiça.
As intimações são feitas da mesma forma que as citações, ou por qualquer meio idôneo de comunicação, admitindo-se até aos eletrônicos. Das decisões proferidas em audiência, as partes já saem intimadas e se mudarem de endereço deverá comunicadas ao juiz. 
Revelia do Réu 
A ausência de resposta não é a única coisa que causa revelia. A ausência do réu a qualquer das audiências a provoca, e faz presumir verdadeiros os fatos narrados na petição inicial. 
Sempre que o réu for intimado para as audiências, deve ser advertido das conseqüências para o seu não aparecimento, que deve ser pessoal, não bastando que se faça representar por advogado constituído, ainda que tenha poderes para constituir.
Também haverá revelia se o réu não apresentar contestações. Nas causas de valor superior a vinte salários mínimos, ela deve ser apresentada por um advogado, na audiência de instrução e julgamento, verbalmente ou por escrito. 
Tal como no CPC, a presunção de veracidade decorrente da revelia não é absoluta,e o juiz pode decidir em contrário, se isso resultar de sua convicção. 
Audiência de Conciliação 
Um dos maiores objetivos do Juizado Especial de acordo com o artigo 2° da lei 9.099/95 é a busca da conciliação, a lei determina a designação de uma audiência, chamada “sessão de conciliação”, na fase inicial do processo, antes mesmo que o juiz tenha verificado a viabilidade de seu prosseguimento. 
O mais comum é a designação de duas audiências: a primeira apenas para tentar a conciliação, e a de instrução e julgamento, na qual o réu terá oportunidade de apresentar sua resposta. 
Audiência de instrução e julgamento
Essa audiência pode ser instaurada imediatamente após a tentativa de conciliação, caso esta não venha a ter dado certo, mas isso só ocorrerá se o réu tiver sido intimado a apresentar resposta, sob pena de revelia, e a apresentar provas. 
Estabelece no parágrafo único do artigo 27 da lei 9.099/95 que, não sendo possível a instrução e julgamento, será designada data para os 15 dias subseqüentes, sendo as partes e eventuais testemunhas presentes intimadas. 
Recursos cabíveis no âmbito do Juizado Especial
Recursos contra a sentença 
Caberá recurso para o próprio juizado. Seja qual for o valor da causa, ele e a resposta do recorrido deverão ser subscritos por advogado. O recurso cabe, nos Juizados Estaduais, contra sentença que extingue o processo com o sem resolução de mérito. Nos Juizados Federais, ele só cabe contra sentenças de méritos, de acordo com o artigo 5° da Lei 10.259/01 “Exceto nos casos do art. 4°, somente será admitido recurso de sentença definitiva.” 
A competência para apreciação é do colégio recursal, composto por uma turma de três juízes togados, em exercício do primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do juizado. O prazo para interposição é de 10 dias, a contar da data em que as partes tomaram ciência da decisão. O preparo não precisa ser apresentado no ato, mas em 48 horas, a contar da interposição, sendo desnecessária nova intimação. O valor deve respeitar a Lei de Custas Estadual. 
O recurso tem apenas efeito devolutivo, não suspensivo, o que permite que se dê início à execução provisória. 
As partes serão intimadas da data do julgamento, que será feito de acordo com art. 46 da lei 9.099/95. 
Não se admite a interposição de recurso adesivo no Juizado Especial. 
Agravo de Instrumento
Nas decisões interlocutórias proferidas no Juizado Especial, não cabe agravo, o que provocaria atrasos incompatíveis com a celeridade que dele se exige. 
Ficam ressalvadas, as medidas de urgência, determinadas no processo. É possível que o juiz conceda tutelas provisórias, que se cumpridas, poderão trazer prejuízos irreparáveis ás partes. 
Dada a urgência, há de se admitir, excepcionalmente, o agravo de instrumento, com a possibilidade de concessão de efeito suspensivo ou ativo pela turma recursal. 
Embargos de Declaração
De acordo com o art. 48 da Lei n. 9.099/95 é expresso em autorizar a oposição de embargos de declaração apenas contra sentenças e acórdãos, não contra decisões interlocutórias. É preciso que a sentença tenha os vícios da obscuridade, contradição, omissão ou quando contiver erro material. 
O prazo é de cinco dias a contar da intimação das partes. 
Quando a sentença ou acórdão contiverem apenas erros materiais, a correção poderá ser feita de ofício, independentemente de embargos de declaração. 
Recursos especiais e extraordinários 
O art. 105, III, da CF/88, falam que só cabe recurso especial contras as causas julgadas em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais, ou pelos Tribunais dos Estados ou do Distrito Federal e Territórios. Porém, as causas do Juizado Especial jamais são apreciadas por Tribunal, porque o recurso é julgado pelo colégio recursal, não se admite recurso especial. 
O recurso extraordinário cabe nos termos do art. 102, III, da CF/88, contra as causa decididas em única ou ultima instância, não havendo necessidade de que seja por tribunal. Então, é admissível no Juizado Especial, através da Sumula 640 do STF: “È cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal do juizado especial cível ou criminal.

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