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GLOBALIZAÇÃO, INOVAÇÃO TÉCNICAS E SOCIEDADE

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Prévia do material em texto

Sociologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Vivian Fiori
Revisão Textual:
Profa. Ms. Natalia Conti
Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
• Introdução
• O Processo de Globalização
• As Cidades no Contexto da Produção Global
• O Mundo do Trabalho e a Globalização
• A Sociedade em Rede
 · Analisar o processo de globalização e sua relação com a produção 
e com a sociedade.
 · Tratar das transformações pelas quais as formas de trabalho vêm 
passando.
 · Discutir as mudanças na sociedade a partir das redes sociais e das 
inovações das tecnologias da informação e comunicação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Globalização, Inovações 
Técnicas e Sociedade
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
Introdução
Nesta unidade discutiremos o processo de globalização e as alterações que vem 
produzindo na sociedade, em relação às formas de produção, no trabalho e nas 
relações sociais.
O Processo de Globalização
No decorrer do século XIX, o mundo conheceu o desenvolvimento de importantes 
ramos do conhecimento científico. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no 
final do século XVIII proporcionou o surgimento de grandes inovações técnicas, 
que com o passar do tempo foram sendo disseminadas pelo mundo.
Esta revolução passa pelos sistemas de produção, seja na agricultura, comércio 
e indústria, promovendo a disseminação de informações em escala mundial.
Até meados do século XX, a produção industrial era concentrada em regiões. 
Mesmo com a industrialização de áreas dos países chamados subdesenvolvidos, 
permaneceu uma lógica de concentração das atividades junto a regiões que 
poderiam ter algum atrativo especial: matéria prima abundante, fontes de energia, 
mão de obra barata, proximidade de alguma estrada de ferro, rodovia ou porto.
Nestas áreas industriais concentradas prevalecia um sistema de produção dentro 
da fábrica no qual cada operário ficava responsável por uma tarefa específica, num 
processo de execução e montagem. A este processo chamamos fordismo.
A partir da segunda metade do século XX, com a corrida espacial entre Estados 
Unidos e União Soviética, temos um amplo desenvolvimento de tecnologias de 
informação. O lançamento de satélites e a descoberta de novos materiais acelerou a 
comunicação entre os povos, por meio de redes de fibra ótica. Canais de televisão e de 
rádio, bem como sistemas telefônicos aproximaram lugares distantes, promovendo 
a disseminação de informações como nunca antes vivido pela humanidade.
A este conjunto de relações de movimentação de capitais, ideias, informação, in-
tercâmbio cultural e dinâmica de bens e de serviços é dado o nome de globalização.
No atual período da história, sobretudo a partir da segunda metade do século 
XX, o mundo vai se tornando cada vez mais global. Esta afirmação considera, 
no entanto, que este mundo tornado global refere-se principalmente à dimensão 
econômica, do mundo capitalista, das grandes empresas, da circulação de 
mercadorias, do sistema financeiro e dos sistemas de informação.
8
9
Figura 1
Há uma racionalidade capitalista norteando as formas de existência, com uma 
aceleração do tempo social que é moldado pelo modo capitalista de produção. 
Trata-se do tempo rápido, evidenciado em expressões como “tempo é dinheiro”, da 
rapidez na circulação das informações, da correria desenfreada nas grandes cidades, 
entre outras situações. Não é o tempo da natureza humana e sim do capitalismo.
Podemos dizer, assim, utilizando-se de uma metáfora, que o mundo “encolheu”. 
Atualmente, uma viagem entre o Brasil e a Europa, que há um século levava várias 
semanas, pode ser feita em menos de 10 horas.
Outro aspecto a destacar é o fato de que as técnicas são cada vez mais universais; 
basta para isso observar o cotidiano de uma grande cidade. Por exemplo, se 
no passado as técnicas eram mais locais e cada povo tinha uma técnica para 
produzir objetos, para morar, etc., que geralmente se relacionava com os materiais 
disponibilizados no meio.
Atualmente as técnicas são cada vez mais universais, sejam as usadas na 
agricultura, na criação das formas das cidades ou nos objetos usados no cotidiano 
pela sociedade.
A evolução dos sistemas técnicos ocasionou um enorme crescimento econômico, 
que ocorre, principalmente, devido à redução de custos de produção. Assim, o que 
antes era produzido numa concentração geográfica elevada – um parque industrial, 
por exemplo – atualmente pode ser feito com peças produzidas em diferentes 
partes do mundo.
9
UNIDADE Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
Essa mudança na esfera da produção afeta toda a vida cotidiana do planeta. Um 
executivo de uma multinacional pode sair da matriz em Nova York, ir até o Japão 
visitar sua filial, depois à Austrália e ao Brasil. Se não puder fazer tal viagem, ainda 
é possível controlar os processos de sua fábrica por meio da internet, por diversos 
aplicativos, como Skype ou WhatsApp.
Essa universalização também implica mudanças no cotidiano dos cidadãos 
comuns. Se desejar obter uma melhor colocação profissional nesta multinacional, 
um cidadão indiano, brasileiro ou moçambicano deve pelo menos fazer um bom 
curso de inglês. Isso porque o inglês tornou-se um idioma universal, principalmente 
pela sucessão das hegemonias britânica e norte-americana no controle global da 
produção capitalista. Talvez no futuro possa ser o mandarim, falado na China.
Figura 2 – Casa Branca, Estados Unidos
Fonte: iStock/Getty Images
Uma das formas de promover transformações em escala global, utilizada pelo 
sistema de produção de mercadorias, implica no que alguns autores chamam de 
“indústria cultural”. A veiculação de propaganda, filmes, novelas, séries televisivas 
e pela internet, tudo isso contribuía para a propagação de informações antes 
próprias de um único sistema de valores e crenças.
Uma das características marcantes desse período é a propagação do consumo. 
As empresas multinacionaisdispersaram suas bases pelo globo, aproveitando-se 
de benesses como acesso à mão de obra barata. Para obter lucro, é preciso que se 
venda a maior quantidade possível de produtos a um custo unitário baixo.
Como explica o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1999, p. 77):
Quando falamos de uma sociedade de consumo, temos em mente algo 
mais que a observação trivial de que todos os membros dessa socieda-
de consomem; todos os seres humanos, ou melhor, todas as criaturas 
vivas “consomem” desde tempos imemoriais. O que temos em mente 
é que a nossa é uma “sociedade de consumo” no sentido, similarmente 
10
11
profundo e fundamental, de que a sociedade dos nossos predecessores, a 
sociedade moderna nas suas camadas fundadoras, na sua fase industrial, 
era uma “sociedade de produtores”. Aquela velha sociedade moderna 
engajava seus membros primordialmente como produtores e soldados; a 
maneira como moldava seus membros, a “norma” que colocava diante 
de seus olhos e os instava a observar, era ditada pelo dever de desempe-
nhar esses dois papéis.
Desse modo, como afirma o autor, deixamos de ser uma sociedade de produtores 
para ser uma sociedade de consumo, a partir da qual ter é mais importante do que 
ser. Assim, torna-se necessário que as pessoas, nos mais diversos países, consumam 
aceleradamente os mais distintos produtos. Mas como tornar atraente, para um 
mesmo número de pessoas, os mesmos produtos?
Existem formas de se alcançar isso. Uma delas é o investimento em inovação, 
que faz com que cada edição de um mesmo produto – seja uma televisão, automóvel 
ou telefone celular – acrescente novas aplicações, tecnologias e modernizações.
Muitas vezes as inovações nos produtos não podem mais ser alcançadas por 
mudanças na estrutura de seu funcionamento. Neste momento, a indústria pode 
utilizar-se de algum apelo estético: um automóvel “Edição Especial Copa do 
Mundo”, por exemplo, com alguma alteração externa, ou de acabamento interno, 
para atrair a atenção do consumidor.
O produto comprado anteriormente fica assim, sob certo aspecto, ultrapassado. 
Ou, utilizando um termo mais adequado, obsoleto. Esta característica do projeto do 
produto é chamada de “obsolescência programada”.
O que é obsolescência programada?
Trata-se de uma estratégia de empresas que programam o tempo de vida útil de seus 
produtos para que durem menos do que a tecnologia permite. Assim, eles se tornam 
ultrapassados em pouco tempo, motivando o consumidor a comprar um novo modelo.
Os casos mais comuns de obsolescência programada ocorrem com eletrônicos, eletrodo-
mésticos e automóveis. É algo relativamente novo: até a década de 20, as empresas desen-
havam seus produtos para que durassem o máximo possível. A crise econômica de 1929 e a 
explosão do consumo em massa nos anos 50 mudaram a mentalidade e consagraram essa 
tática. É uma estratégia “secreta” dos fabricantes para estimular o consumo desenfreado.
Fonte: https://goo.gl/tVq9Da
Ex
pl
or
Esse movimento em direção ao consumo desenfreado não ocorre, evidentemen-
te, sem conflitos e contradições.
A primeira delas diz respeito aos limites físicos de uma expansão acelerada 
da economia. Para se produzir qualquer tipo de mercadoria, é necessária certa 
quantidade de matéria prima, energia e mão de obra. Do mesmo modo, para que 
haja consumo, é vital que a totalidade, ou pelo menos grande parte da população, 
tenha uma renda.
11
UNIDADE Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
O sistema global de produção de mercadorias opera pela maximização dos re-
sultados, ou seja, obtenção do maior lucro com o mínimo de investimento. As esco-
lhas por parte dos investidores, ao instalar uma empresa num determinado ponto 
do mundo, são determinadas por este atrativo, que chamamos fatores locacionais.
Fatores locacionais são atributos de um determinado território, ou de uma porção 
do território, que influenciam na localização de um determinado empreendimento 
(industrial, agrícola, comercial, ou de serviços).
Estes atributos podem ser naturais – a proximidade de uma fonte de água é 
importante para uma indústria de bebidas, por exemplo. Podem ser também 
atributos relacionados à proximidade de um bom sistema de transporte, para 
recebimento de matéria prima e escoamento da produção.
Na medida em que o mundo foi se modernizando, a dependência relativa de 
alguns fatores locacionais também foi mudando. No início da Revolução Industrial, 
era fundamental que as indústrias se localizassem próximas a regiões produtoras de 
matéria prima e energia (no caso da Inglaterra, a fonte de energia primordial foi o 
carvão mineral).
A disponibilidade de mão de obra para trabalhar num empreendimento é outro 
fator importante. Isso se torna evidente pela própria evolução do processo de 
urbanização dentro do sistema capitalista. Todos os países que se industrializaram 
apresentam elevadas taxas de urbanização, com massivas quantidades de 
trabalhadores mudando-se do campo para as cidades.
O Brasil, dentre estes países, apresentou uma das mais radicais e rápidas 
mudanças na composição da sua população, passando em poucas décadas de uma 
nação com maioria de população rural para uma extremamente urbanizada.
Com a evolução dos processos relacionados à industrialização dos países, os 
governos nacionais cada vez mais tiveram que competir por investimentos, numa 
verdadeira corrida para adequar seus territórios aos projetos corporativos globais. 
A necessidade de geração de empregos e de renda levou a um enorme aumento 
da competitividade entre os lugares. Governos têm criado diversos incentivos, 
como redução de impostos, doação de terrenos, apoio à capacitação de pessoal, 
de modo a aumentar o potencial de atração de investimentos para seus territórios.
Mesmo dentro de um país, como o Brasil, temos estados federados e municípios 
que “competem” entre si, numa verdadeira “guerra de lugares”, para obter algum 
benefício, como aumento de empregos e arrecadação. Muitas vezes, este processo 
causa transformações drásticas na condição social, por conta do crescimento 
rápido da população, o que acaba não proporcionando oportunidades para todos, 
gerando mais problemas do que benefícios (aumento da criminalidade, desemprego, 
prostituição etc.).
No atual sistema globalizado do modo de produção capitalista ocorreram impor-
tantes modificações, que tinham como objetivo flexibilizar a produção, reduzindo 
12
13
custos e promovendo maior competitividade econômica. No território brasileiro 
temos alguns exemplos a respeito.
Existem atualmente várias montadoras de automóveis, em diversos estados bra-
sileiros, com estruturas de produção fortemente automatizadas. Estas montadoras 
trocaram a mão-de-obra intensiva presente no período fordista, a qual era menos 
qualificada, por menos trabalhadores, porém mais especializados, que operam ro-
bôs e utilizam peças pré-fabricadas, cuja origem não é mais uma fábrica de auto-
peças vizinha dentro de um mesmo polo industrial, mas sim fabricadas em cidades 
longínquas na Índia, Indonésia ou China.
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
Neste contexto, novas estruturas de transporte são criadas para atender este 
sistema globalizado de produção. A utilização do contêiner no transporte interna-
cional de mercadorias, por exemplo, permite uma padronização das cargas, dentro 
do conceito de intermodalidade, favorecendo a utilização de várias modalidades de 
transporte de modo integrado, o que minimiza os custos e procura atender várias 
demandas, do modo mais adequado possível.
As Cidades no Contexto da Produção Global
Em seu livro “A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção”, Milton 
Santos (2006) descreve o nosso mundo, na atual fase do capitalismo globalizado 
(ou mundializado, como alguns autores preferem), como um lugar onde os fluxos 
tornam-se mais importantes que os fixos(o “imperativo da fluidez”). Ou seja, o 
deslocamento de pessoas, mercadorias e das informações tornou-se fundamental, 
ocorrendo de forma cada vez mais rápida, na medida em que a evolução tecnológica 
transforma diariamente as bases sobre as quais transcorrem tais deslocamentos.
13
UNIDADE Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
A evolução tecnológica, especialmente a ocorrida a partir da Segunda Guerra 
Mundial, mudou significativamente todos os setores da existência humana. Para 
cumprir a finalidade deste trabalho, convém atermo-nos, basicamente, ao setor 
de transportes.
A evolução extremamente rápida deste setor, assim como o de comunicações, 
ocasionou transformações muito importantes do ponto de vista espacial. Os fatores 
que determinam a estratégia das empresas quanto à localização das suas unidades 
de produção foram em sua essência profundamente alterados.
Como vimos anteriormente, na fase anterior do capitalismo (o regime de 
acumulação fordista), a produção estava diretamente relacionada à existência de 
matérias primas, mão de obra barata e proximidade de mercados consumidores.
Na atual fase, que Castells (2005) chama de “capitalismo informacional”, 
a inexistência de um destes fatores ou vantagens pode ser superada, mediante 
a utilização de eficientes sistemas de transporte e telecomunicações, e da 
descentralização de atividades produtivas no território. 
A descentralização das atividades produtivas, por outro lado, é acompanhada 
pela centralização das atividades de gerenciamento, planejamento e articulação 
global destas empresas, em um ponto determinado do território. Este ponto central, 
cérebro das atividades produtivas no território é, necessariamente, o local aonde se 
encontra a maior “densidade técnica” (SANTOS, 2006). Ou seja, onde se concentra 
o maior número de fixos, como universidades, sistemas de comunicações (rádios, 
tv, jornais, provedores de internet) e meios de transporte (portos, aeroportos, 
rodovias, ferrovias).
Este processo ocorreu conjuntamente com a centralização das atividades de 
gerenciamento, controle e planejamento das estratégias de reprodução do capital 
em escala nacional. A condição hegemônica da cidade de São Paulo, por exemplo, 
enquanto principal centro do capitalismo no território brasileiro conferiu-lhe status 
de “cidade global” (CASTELLS, 2005). Através dela, o capital internacional 
internaliza-se comandando os espaços locais, dentro da lógica dos espaços que 
mandam e espaços que obedecem.
De acordo com Corrêa (2003), o espaço urbano no sistema capitalista de produção:
[...] é um produto social, resultado de ações acumuladas através do 
tempo, e engendradas por agentes que produzem e consomem espaço. 
São agentes sociais concretos, e não um mercado invisível ou processos 
aleatórios atuando sobre um espaço abstrato. A ação destes agentes 
é complexa, derivando da dinâmica de acumulação de capital, das 
necessidades mutáveis de reprodução das relações de produção, e dos 
conflitos de classe que dela emergem (CORRÊA, 2003, p. 11).
14
15
Os sistemas técnicos que são criados servem, portanto, aos interesses reprodutivos 
do capital, abarcando o espaço como objeto a agregar valor e transformar-se em 
mercadoria, o que está totalmente de acordo com os mecanismos econômicos 
prevalentes na sociedade no momento de reprodução.
Esta é uma característica inerente ao conceito de “acumulação flexível de capi-
tal”, que pode ser assim caracterizada, nas palavras de Eustáquio de Sene:
[...] novos processos produtivos passam a ser instalados dentro das 
fábricas. A economia de escala, desenvolvida do interior da grande planta 
fabril, típica da produção fordista, gradativamente foi sendo superada pela 
economia de escopo, de produção descentralizada em escala nacional e 
mundial e, muitas vezes, em plantas menores (SENE, 2004, p.76).
Esta nova forma de acumulação depende cada vez menos de uma concentração 
espacial da atividade industrial, que pode estar situada dispersa no território. 
Há, no entanto, uma necessidade de centralização das atividades gerenciais e 
administrativas. Esta descentralização locacional provoca uma “guerra de lugares”, 
que usam isenções fiscais e investimentos em infraestrutura para atrair empresas.
Por esta razão, a ação do Estado não pode ser ignorada. Cabe a este:
“[...] a orquestração da dinâmica do processo de investimento e a pro-
visão de investimentos públicos chave, no lugar e tempo certos, para 
fomentar o êxito na competição interurbana e inter-regional” (HARVEY, 
2005, p. 231).
A nova localização das empresas é determinada por fatores que facilitem a 
inserção destas no mercado cada vez mais competitivo. Esta inserção, por sua vez, 
depende das chamadas “externalidades”, que vêm a ser:
[...] os efeitos econômicos sobre as empresas e atividades decorrentes da 
ação de elementos externos a elas. A localização junto a um nó de tráfego 
confere maior acessibilidade. A co-presença de outras empresas em um 
mesmo local cria uma escala que uma única empresa não teria: fala-se 
então em economias externas de escala ou economias de aglomeração 
(CORRÊA, 2003, p. 83).
A centralização das atividades de gerenciamento e administração da produção 
no território ocorre principalmente nas grandes metrópoles, entre as quais pode-
mos destacar as “cidades globais”, ou metrópoles globais, segundo a definição de 
Milton Santos:
[...] Pelos objetos em que se apoia e pelas relações que cria, a nova 
divisão internacional do trabalho leva a uma verdadeira mundialização 
dos lugares. Destes, alguns são lugares complexos, as metrópoles, dentre 
as quais se destacam metrópoles globais (SANTOS, 1994, p.17).
15
UNIDADE Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
Nestas metrópoles globais predominam o tempo acelerado nos quais as relações 
sociais entre amigos, na família, tornam-se cada vez menores, pois quase todo o 
tempo é vivido em torno do trabalho, dos problemas cotidianos.
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Já o conceito de “cidade global” é explorado pela socióloga Saskia Sassen, que 
aplica a esta uma importância proporcional à dispersão das atividades econômicas 
no território:
As cidades globais são os lugares chaves para os serviços avançados e para 
as telecomunicações necessárias à implementação e ao gerenciamento 
das operações econômicas globais. Elas também tendem a concentrar as 
matrizes das empresas, sobretudo daquelas que operam em mais de um 
país (SASSEN, 1994, p. 35). 
Todas estas mudanças nas formas de produção e nos lugares alteram a sociedade, 
as formas de trabalho, bem como as relações sociais. As produção e disseminação 
da informação partem principalmente das cidades globais que concentram serviços 
especializados, mas nos países subdesenvolvidos também muita desigualdade 
socioeconômica.
O Mundo do Trabalho e a Globalização
A globalização, enquanto processo, abrange atualmente todas as dimensões da 
vida humana em sociedade. Mas além das questões relacionadas à distribuição da 
produção e a vida nos centros urbanos, este processo afeta diretamente, também, 
o universo do trabalho.
16
17
A flexibilidade na localização das indústrias permite que mais e mais pessoas 
possam trabalhar em diferentes pontos do mundo. Apesar disso, permanece uma 
concentração de população nas áreas com melhor infraestrutura técnica: melhores 
transportes e comunicações.
O trabalho, especialmente se compararmos com o início do século XX, tornou-se 
também flexível. É muito comum vermos pessoas trabalharem com empregos 
informais, principalmente nos setores de comércio e de prestação de serviços. A 
necessidade de redução dos custos das empresas e a competição entre os lugares 
por investimentos é uma das causas deste fenômeno.
Há também que ser considerado o alto crescimento em termos relativos do 
setor terciário da economia(comércio e serviços). O desenvolvimento dos siste-
mas avançados de comunicação, como a internet, favoreceu o aparecimento de 
diversos serviços especializados de atendimento que são realizados “online”, e não 
mais presencialmente.
Por exemplo: quando precisamos de serviços bancários, não mais precisamos 
nos deslocar até uma agência para obter um determinado serviço. Sendo cliente 
de um banco de porte, basta acessar a internet, baixar um “aplicativo” do banco e 
efetuar os serviços digitalmente, no celular ou computador.
É óbvio que alguns serviços não poderão ser feitos digitalmente, mas a 
possibilidade de um serviço ser realizado à distância se ampliou, o que também, 
por outro lado, demanda que novos serviços, como os chamados “call centers” – 
centrais de atendimento online para clientes – sejam desenvolvidos.
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
As pessoas que trabalham nestes ambientes cada vez mais apresentam uma 
relação mais precária, flexível, com relação à empresa. Na eventualidade de uma 
mudança de cenário econômico, fica mais fácil para um grupo ou empresa se 
“readequar” ou “reestruturar”.
17
UNIDADE Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
Com o atual processo de globalização, há maior flexibilidade na produção e 
também na circulação de mão de obra, geralmente com precarização do trabalho.
De acordo com David Harvey (2005), com a acumulação flexível nas formas de 
produção e nas relações de trabalho, cria-se uma rotatividade da força de trabalho, 
que migra, atrás de trabalho, seja permamente ou temporário.
Tal flexibilidade ocorre, por exemplo, por formas de trabalho mais flexível, sem 
muita regulamentação, com flexibilização nos contratos de trabalho, com trabalho 
em horário variados, com subcontratações ou com terceirização de mão de obra, 
ou seja, o empregado trabalha em uma empresa, mas é funcionário de outra.
Cria-se, deste modo, um ambiente flexível, ou instável – dependendo de como 
se queira encarar esta realidade – no qual as coisas e as pessoas se tornam fluidos, 
mantendo poucos laços de relação. Crescem os empregos temporários, os “bicos”, 
os trabalhos por tempo determinado.
Como explica Michel Chossudovsky (1999, p. 46):
Como consequência, essa política econômica flexível tem resultado em 
desemprego, postos de trabalho mal remunerados, retrocesso do poder 
sindical, destruição de antigas habilidades e construção de novas, além 
do aumento da capacidade de fabricação de uma variedade de artigos em 
pequenos lotes a preços mais baixos e com rápidos giros de estoques. 
Houve também a fllexibilização do processo de produção, capacitando 
as empresas a responder às diferentes necessidades do consumidor num 
mercado instável e fugaz.
Esse fenômeno faz parte de um contexto amplo de “reestruturação produtiva”, 
nas palavras de Pierre Veltz (1996), no qual os grandes conglomerados industriais 
passaram a terceirizar suas atividades, descentralizando a escala produtiva, sendo, 
muitas vezes, mero gerenciador de processos que estão inseridos em uma complexa 
e intrincada rede.
As redes do chamado “capitalismo informacional” (CASTELLS, 2005) induzem 
à construção de um sistema de produção horizontalizado, com uma hierarquia 
pouco rígida. A produção se concretiza por intermédio de “projetos de negócios”, 
não havendo uma unidade dentro do sistema.
O sociólogo espanhol Manuel Castells evidencia as grandes diferenças de 
desenvolvimento desigual pelo mundo, com a inserção de diferentes lugares neste 
processo global:
[...] testemunhamos a integração global dos mercados financeiros; o 
desenvolvimento da região do Pacífico asiático como o novo centro industrial 
dominante; a difícil unificação econômica da Europa; o surgimento de 
uma economia regional na América do Norte; a diversificação, depois a 
desintegração, do ex-Terceiro Mundo; a transformação gradual da Rússia 
e da antiga área de influência soviética nas economias de mercado; a 
incorporação de preciosos segmentos de economias do mundo inteiro 
18
19
em um sistema interdependente que funciona como uma unidade em 
tempo real. Devido a essas tendências, houve também a acentuação de 
um desenvolvimento desigual, desta vez não apenas entre o Norte e o Sul, 
mas entre os segmentos e territórios dinâmicos das sociedades em todos 
os lugares e aqueles que correm o risco de tornar-se não pertinentes sob 
a perspectiva da lógica do sistema. Na verdade, observamos a liberação 
paralela de forças produtivas consideráveis da revolução informacional e 
a consolidação de buracos negros de miséria humana na economia global, 
quer em Burkina Faso, South Bronx, Kamagasi, Chiapas, quer em La 
Courneuve (CASTELLS, 1999, p. 22).
A sociedade em rede exclui milhares de pessoas e amplia os bolsões de pobreza, 
entre os que têm acesso às benesses do mundo atual e dos que são extremamente 
explorados pelo mesmo sistema.
Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
Em seu livro “Por uma outra globalização”, Milton Santos (2001) apresenta 
a globalização como uma “fábula” com os mitos da aldeia global e com o fim 
das fronteiras.
Verdadeiramente a circulação das pessoas é mediada pelo poder socioeconômico 
e para os mais pobres as barreiras continuam existindo, basta observar os imigrantes 
latino-americanos buscando adentrar os EUA pelas fronteiras do México. Logo, há 
uma seletividade social na definição dos movimentos das pessoas no mundo.
Há também um processo de globalização perverso, como denomina o autor, 
pois há exploração da mão de obra, desemprego, baixos salários, com aumento da 
pobreza e uma educação formal, quando há, de baixa qualidade, situações inerentes 
ao próprio processo capitalista e as políticas existentes.
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UNIDADE Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
A Sociedade em Rede
A sociedade em rede é, também, um espaço seletivo. Há pessoas, ou grupos, 
mais integrados a este sistema produtivo avançado. Quanto mais integrado, 
maiores as chances de se fazer valer neste novo sistema de relações sociais. Uma 
pessoa que opera um aplicativo pode conectar-se a serviços e bens que não estão 
diretamente disponíveis para quem não está conectado.
Por meio de canais da internet, podemos, por exemplo, escolher mercadorias – 
uma geladeira, um automóvel – comparar preços e escolher o melhor disponível. Da 
mesma forma com viagens, hotéis, e até mesmo serviços médicos. Enquanto isso, 
em lugares onde as pessoas não possuem conexão com a internet, permanecem 
relações mais pessoais, o contato direto olho no olho.
Essa impessoalidade nas relações via internet gera muitas críticas, pela 
possibilidade de afastamento das pessoas dos contatos reais. Por outro lado, abre a 
possibilidade de contato entre pessoas que jamais se veriam, por conta da distância 
ou por não fazerem parte dos mesmos círculos pessoais.
Eventualmente, um parente ou amigo pode ir morar em outra cidade, estado ou 
país, e ainda assim manter contato diário com sua família. Não só pessoas, mas 
serviços também são conectados. Uma pousada ou hotel situado na Austrália pode 
oferecer seus quartos no Brasil, Japão, Estados Unidos.
Empresas podem oferecer cursos de capacitação para funcionários em qualquer 
parte do mundo via Internet. Universidades podem oferecer cursos em outros 
estados ou países, por meio de plataformas interativas. Empregados podem ser 
contratados por empresas por suas habilidades específicas, mesmo estando muito 
longe de sua sede.
Evidentemente, esta “hiperconectividade” tem suas contradições. As mesmas 
possibilidades técnicas permitem também a aceleração de processos envolvendo 
atividades criminosas: pedofilia, tráfico de drogas e de pessoas, terrorismo. A 
dificuldade em rastrear ou localizar a origem de determinadas informações ou 
pessoas também possibilita a difusão de notícias falsas, a veiculação de ofensas de 
caráter étnico ou sexual.Dentro de cada país, os poderes públicos (governos nacionais, órgãos estatais, 
polícia, justiça) têm tido imensa dificuldade em estabelecer limites e parâmetros 
para estas atividades informacionais.
A criação de leis e normas nem sempre tem efeito prático, já que as estruturas 
dos países podem ser obsoletas, ou estes podem não dispor de pessoal qualificado 
para atuar, já que este ambiente virtual se renova e se amplia com grande agilidade. 
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Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
Aos que têm acesso, as tecnologias de informação e comunicação (TIC) possi-
bilitam rapidamente acessar informações sobre diferentes lugares e assuntos, criar 
uma rede social para trocar ideias, conversas, bate papos etc.
Assim, as TICs em si não são portadoras de intencionalidades apenas perversas, 
embora hegemonicamente algumas vezes sejam usadas para este fim. Tampouco 
são portadoras somente de benesses como alguns as apresentam.
Há muito discurso a favor das novas tecnologias como se elas por si mesmas 
fossem tornar o mundo melhor. Dependem de seu uso, de suas práxis sociais, 
considerando que estas TICs mudam as relações e as dinâmicas sociais, mas também 
contêm intencionalidades que vão além do uso técnico dos objetos e podem ter 
usos que não são democráticos e nem aceitáveis socialmente.
O individualismo exacerbado é outro ponto negativo nesse atual momento do 
processo de globalização, em detrimento de relações sociais mais coletivas, assim 
como a ampliação das desigualdades sociais.
Finalizando esta unidade é importante reiterar que a sociedade vem se trans-
formando rapidamente com as mudanças advindas do processo de globalização, 
algumas situações são positivas, mas a globalização também pode ser perversa.
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UNIDADE Globalização, Inovações Técnicas e Sociedade
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
O Mundo Globalizado: Economia, Sociedade e Política
BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado: economia, sociedade e 
política. São Paulo: Contexto, 2010. (e-book- biblioteca virtual).
 Vídeos
A História das Coisas (The Story off Stuff)
21 min, com Annie Leonard, versão brasileira, mostra a questão da produção atual no 
mundo e os problemas decorrentes disso.
https://youtu.be/7qFiGMSnNjw
Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá
(89 min, 2007). Documentário feito a partir da entrevista de Milton Santos sobre 
globalização.
https://youtu.be/-UUB5DW_mnM
 Filmes
The Corporation (A corporação)
Documentário. Canadá, diretores Jennifer Abbott e Mark Achbar. 1h12min. parte 1 e 
2, Canadá, 2003. Legendado.
Assista ao documentário “The corporation” (a corporação), que conta como a partir 
da polêmica decisão da Suprema Corte de Justiça dos EUA uma corporação passa a 
ser vista como uma “pessoa”. Ficam evidentes como as grandes corporações agem, 
seus discursos, a exploração da mão-de-obra barata no Terceiro Mundo e a devastação 
do meio ambiente. No documentário há entrevista com presidentes de corporações 
como a Nike, Shell e IBM, além de outros não relacionados ao mundo dos negócios 
corporativos, que analisam a existência das corporações, tais como Noam Chomsky, 
Milton Friedman e Michael Moore. Assista o trailer no link a seguir:
https://youtu.be/exY4u0XsEGI
 Leitura
Globalização e Divisão Territorial do Trabalho: Uma Introdução à Discussão das Novas Tendências na 
Produção do Espaço
ROSA, Maria Cristina. Globalização e divisão territorial do trabalho: uma introdução 
à discussão das novas tendências na produção do espaço. Maringá, Revista Acta 
Scientiarum 20(1), 1998, p. 115-119.
https://goo.gl/pu55lo
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Referências
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: As consequências humanas. Tradução Marcus 
Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. Trad. Roneide Venancio Majer com a 
colaboração de Klauss Brandini Gerhardt. V. 1, 8 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
CHOSSUDOVSKY, Michel. A globalização da pobreza: impactos das reformas 
do FMI e do Banco Mundial. São Paulo: Moderna, 1999.
CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 2003.
HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005.
SANTOS, Milton & SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no 
início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São 
Paulo: Edusp, 2006.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência 
universal. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo. Globalização e meio técnico-científico 
informacional. São Paulo: Hucitec, 1994.
SASSEN, S. A cidade global. Lavinas, L. (org) Reestruturação do espaço urbano 
e regional no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1993.
SENE, Eustáquio de. Globalização e espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 2004.
VELTZ, P. Mondialisation, Villes et Territoires: l’économie d’archipel. Paris: 
Puf, 1996. p. 147-72
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