Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Revisao Movimento na agua Movement in water Palavras-chave: Hidroterapia, equilfbrio, movimento. Resumo Esta rcvisXo vem completar 0 conte-lido referente a fltndamcntos da hidrotcrapia (aspectos fisicos cia hidroterapi:1 e cfeitos fisiologicos cia imersao e do excrcicio na ~'tla) e cnfiJea 0 csmdo do mo"imento em meio aquoso, 0 que indui 0 equihbrio como urn primciro passo no tteinamcnto do movirnento ern meio aqlloso. Key-words: HydrotherapYt equilibrium, movement. This revision comes to complete the content regarding tljdrothcrapy principks (physICal aspects of hydrotberapy and physiologic effects of immersion and exercise 10 ,wter) and it focuses the study on the action in ,vater e!1\·irof'J:nent, ",.hat it includes the balance .IS a first step in movement training in water em' ironment. Arr:~o n'cd,do fill 1 de .'c:r.'1;hro dt 20{)2; ,"",'!ift '!II/Ide O/ft1/l,lV dt 200::' Endercyo para correspondblcia: L-"lJ'7-1U-:.."JCO'1 'l .••hora!lirio de hsiotemplO e f'fo!Jlidlldf Co,'lIporlr;'!h'1ital), R"a Cl/,oliitlfi:. 'if - (jdad., Utlil'mil~,il riar:Jl~CU}/P/IS Sao Pmdo - Cum, tit Fi.riotm~?ia ebJ FMPSr 0536().{j(JO SO" Pat<k' SJ>. o sornatclrio de determinados movimentos, ocorrendo coneomltantc e scqiicnci,~lmente, caracterizam algumas .uj,-idadcs que sao importantcs no processo de reeducayan fUI1cional: c.uninbada, conida, salto, movimemos fLmcionais de lTIl'mbros superiores, inferiores e tronco. \lanter 0 equilibrio em imersao e 0 pontO de partida pilr<lurn mnvimcnto co!ltrolado na agua. Compreender os mecanismos do equilibrio e as forc,:as que agem nestc momento san importantes para daborar 0 inicio de um movimento suave e prcciso. Apesar do potencial ~le Jesequi\.fhno ser muito maior neste mcio, varias posturas ofcrecern cquilfbrio no meio aqlloso. o domlllio do meio aqllatico tambem e facilitado com dll.xllio dos movimentos basicos de natayao, pnneipaimente com crian<;as e idnsos em busea ck reeclucac,:ao flillcional. C()nsideLl-~e ainda a importante inHuencia que os accssorios lltili<:ados podem cxercer ;10 modific;l1" as fon;:as atuantes durante urn detcrminado movimento, auxilJando ou lnibindo a ocorrencl,l dos mesmos . . ?'\cssc tcxto, 0 objctivo e expJorar 0 c'1uilibrio, 0 movimento c os diferemes tipos de mo,,-imentos de um c(,rpo imersfJ na ,igua, d . acorJo com fJSprindpios fisicos da igua t biomccanicos do corpo imcrso. Lm corpo c diru em mo\ imento quando onlp-a posic;:oe~ sueessi\ .lS no cspac;:o. Como 0 espac;:o C 111finito, dcterminam-sc pootos de ref<:rcncia no carpo ou perto deste, para podcrem rcalizar-se analises posteriore~. ,\ traiet6ria C 0 eaminho percorricl<J pdo corpo em movimenw. De forma geraJ, () corpo pode des!ocat'-se de tres forma<; diferentes, quanta ;\ rrajet6ria ll,2]: I. Pelo movimento de rran<;lac;:io, quando todos as pontos descrt:\ em rrajetL>rias paralc1as. 2. Pelo movimento de totac;:ao, quando todos os pontos ~ratll em Torno de um ei;..o, percurrendo arcus de Circulo. 3. Pelo mOYlmento helicoidal, quando os doi tipos de trajet6rias citaclas anteriormente oeorrem simulraneamente. Para analise do movimemo considera-se fon;:a como a causa (prodlltor ou mndificldor) do movimenro. FracaroJli [I] define meciP.ica como a cienci'l que estuda a~ t(.>fyasna~ SLl.<t<;combinac;:6es e cnodic;:.'iesde e~luiHbri()e v lTIovimentu nas suas causas e modittcac;:i)cs. DLBS areas cia medoica san importantcs na analise do corpo em equiltbrio e em 1l10vimento: a escitica, que e~tuda as fors:as em suas • intcnsiclade e c1irel;oes, mantendo 0 curpo em equilibrio e .l dinamica, que c~tnJa 0 movimento e as fon;:as que 0 determinam. A biomecanica esmda a mcc:iniea do cnrpo oumano em equihl)rio t: em movimento, seja este mOV1memo ~cgrnentar, de urn conjunto de segmentos ou do corpo inteiro. o conceito de equilibria em biomecaniea esta associado it ideia de corpo em po~tura esci,'eL Do ponto de vista mecaoico, c1iz-seque um corpo est:i em equilibria cluanJo diyersas forc;:.ls que ilh'Cmsobre 0 corpo estao em direl,'ocs opostas e se anuhm, isto e, as forc;:as se igualam em imensidade e sc op6em na dire::<;:ao.E neccssario a aplicat;ao de uma forc;a OLl()Correr 0 dcset uilibrio de for<;asrespons(I\-eis pdo desequiJibrio do corpo para que haja mO\·imento. Em terra, a resisteneia .10 mOYlmt:nto, por exemplI), eorriLla e oferecid.l pelo ar. E<;ta resistencia c chanlacla de resistcncia de atnto. '\;0 meiu liqmdo ,~resistenc.ia e oferecida pcb aguol. ,\ resistcncia pode variar, pais, ~egund() fraca.roJli [1]: 1. ;\ reslsrencia de atriro e proporcional ao qu.1Jrado 0,1- vdocidatle. 2. c\ resistcncia de atrito soma-se it resistcDcia residual, que depende da forma do carpo, ond.1s, esteiras, \elocicladc do fluxo de::<!gULl, densidacle do liljuido, eTC. Pwver a estabilidade do racieme dentro da a,gua c carico para 0 fisioterapeuta, pois a partir clesse passo eSlLlbclece-sc um ylncuJ.o de confianya [31. Campinl1 r41 dcscreve quatto posic;:6es utili<:aJas com frcqueocia (da mais cstavel para mais instivel): bola, cubo, triangulo e ba-tao (Fig. 1) . .\ po~i<;ao de hola e a poslc;:iio lnieial para prover seguranc;:a e preparar 0 paciente para as OLlt1·;~S.f:. ,I Lll1,iC\ que Jepcode do terapeuta. I\:a posivao de bast2.o, cubo e ttiangulo, surneme uma parte do corpo fica l1hmersa. Tais po~i<;ocs tambcm pod ern ser utilizadas pdo tcrapeuta para melhorar sua estahilidadl dumnte () trabalho. Na posic;:J.ode cuba, 0 paciemc submerge pane do cnrpo e aSSLmleuma postura scntada com os bmyos estendidos a fi-ente do corpo, logo abaixn do nive:! d.1 ·agua. ;\)0 inkio do rreinameoto 0 paclente pode ser m,mrido sentado s"bre () joelho fletido do terapeuta. Fig. 1 - [J{tf1"tWtc.S po.f!llrdS !"lJJ jJ)ll!1".fdo. Da t'JtjIJJ',-Ja pllra dirti~+(l !('1IJOS: PO''t-vr,' de lode, ''1Ihu. !Tidnguw t hasl.-i/}. As posiyocs de u'i.mgdo e bastao podem ser n:alizadas em supino ou na posi~.ao vertical em ortostatismo. A diferens;a entre as duas po iyoes €: 0 tamanbo da base de sustentayJ.c>, alargada no triangulo, 0 que confere malOr estabilidade ;lOS deseguilibrios latera-laterals. A instabilidade ria pusi<;ao basTao permite Llue desequillbnos minimos fornecidns pela agua sejam repassados 'V) corpo em imcrsao, provocando transtomos tanto no sentido antero-postelior quamo no hi-tero-lateral. o treino de cquilibriu na agtIa em bipedesuyio ofcrece variadas possibilidades de progressao, atraves cla diminuiylo do nivd de imersao do carpo, (J que redu2 '1 porcemagem (!c peso corporal sustentado pela flutua<;ao, ou produ<;ao de turbulenc-ja dO redor do pacieme, entre (Jutras. U equihboo cleve ser treinadn tambeIn em decubito dorsal (em hidrnrcrapia, c05tuma-se dcnominar tal dccubito como "surina'), na t('marin de adquirir ,1 livre flunla<;iio. 0 =ino pock comeo;:ar com sllporte di:tivo do tctapcuta L prosscguir corn a utilizayao de esnmwos em reg,l6es anatomicas dclimitadas (denominac1os no metodo de HalJi\vick como puntus de VoitL'I) cJue dcsenC1<1ciam reajustes col1)(,rais especificos [51 (Fig. 2). AR AGUA Fig. 2 - ['oIiIOJ /'tlra rOIl/roie do eqwllbr'/o I' 'tlrniJJJffllo do cor,bo !f1jaJ'o <11; dfil/hitc' (wJ~,.,,1(j'l~~;.I1o). Com a ut'Jizar;ao dos pontos de Voner, tom:l-~e rchti'l..uncnte hid cstnbilizar 0 pacicme fluruando em prono. j '0 cntantO, outro problt.:ma a ser enfi'cnrado e a mtas:>io do corro, qne ocon'e a partir de pcquenos moyimenros principalmeote da cabcc;:a, membros ou peke, dccorrente da prescns:a de momt·ntos de for<;acausados pdo desequihbriu entre 0 centro de flutuaylo e gra\1dade. Pode rxorrer de tres formas is] (1~. 3): 1. Rotac;:au vertical, que ocorre em Torno do eixo horizontal que passa pela pelYc. 1'al rotac;:io tern commIe mais fic.il, pOl' correr atraves de urn ei:xo longo. 2. Rot£H:;Io latcra!. cm rnrno do ci.xo nTcical Por ocorrer atravcs de um eixo Cill'tO, tem seu infeiofacilitado. Se a rotac;:ao do corpo em livre f]utuac;:,'infor superior a "IRO, ia nio e mais pi ,ssivd retom>lr ,. posiyao inicial passi\'ameme, sem a exccuo;:ao de rno,-imentos que funcionem como contra-rotadores. 3. Rotac;:ilo combinada do,; dl>is moyim(';f1tos deseritos anteriormente. J\ comprecnsdo dos mecanismos de desequilibrio capacita 0 terapeuta a comprcender 0 movimento comnlrio a ser rcalindo, cum 0 objcrivo de retamar a posic;:ao de equilibrin (rotac;:ao/ conrra-rotao;:ao). Um esemplo que ilustra os movimentos de rota<;au c comra-rotac;:ao rea agun c dado por wn pacientc flutuando na posio;:ao sLlpina que eleva sua mao esqllerda fora do ni\'el cia ague. e tern sell corpo rodadn homo-latcr·almcnte. E>..pJica- se tal mOV1n1Cnto ao dcduzir que 0 peso do corpo aUi11entou no lado esqucrdo do corpo, visto que ,. fluhla<;JO ja nao forneee mais suporte p:ara a mao csqucrda. () SUpOHC bilateLt! peIos tornozelos ••u pcrn'ls inibiria tal rot'l<;ao. o descquilibrio pode Set vohmuriamente provocado principalmentc visando mudanc;:a de posrura, tanto a partir da bipedesta<;:ao quanta nos decubitos. Pro\'ocar dcsequilfbrios e ensinar 0 autocontrole am.ilia 0 paeientc ,I obter maior eomroJc sobr.:: seu corpo no mein aquMico. Os movimentos na agua sao ger,llmente associados ao objetivn terapcutico, que varia dcsde a normaJiz'1<;:ao de amplitudes de mO\'imento, fots-a e t,:mus musnJar, meilloTa no condicionamento ffsicn ate a dealnbulas:ao. -\ forma de el.eeUl;:ao do movimento esri relacionaJ.l com •• nbjcti\o a Set atingido e tambcm com possiYeis altcra<;()cs fisicas do pacieme, dccorrentes on HaO de prucessos patolog1cos. Calx ao tcrapeuta analisar os fatures modificadores do equih1)riu e m'aneir'ls de alteni-los de modo a produzir 0 mo,imento desejado, de m,meira seqtlencial e co ntrohda , 1. FracamJJi JL 4'\naJisc rnednica dos movimemos gimniols e espol"tivos. Y cd. Rio de Janeiro: Cultllra :\fcdica; 1988. 2. LeVeau B. \'\'illiams .Incl Lissner: Biomechanics of Hum,m ~l()tion. 2" ed. Philadelphia: Saunder~; IQ77, 3. :\Ionis D~L Rcabilita<;:ao aqu:iticl do pacieme com prejuizn neurol<'>g1co, In: Ruoti RG, Monis D:"1, C:ole\1. ;\llILltie rch'lbiliution, cap. 7. Philadelphia: Ijppincott; 19lT. 4, Campion \fR .. \du1t Hidrorhcrapy: A Practical Approach, Oxford: J leinemann I\.Jcdical Books; 1')90. 5, Cunningham J. ::'Ietodo HaUiwick, In: Ruoti RG, ?>'!orris 0,\1, Cole ,\}. AquatIC Rehabilitation, cap. 16, Philadelphia: J ippincott~ 1yq-. •
Compartilhar