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É um antagonista competitivo das ações da acetilcolina e de outros agonistas muscarínicos, competindo com estes pelas ligações em comum nos receptores muscarínicos. Este alcaloide é capaz de bloquear todos os receptores muscarínicos, de M1 a M5 e praticamente não produz efeitos detectáveis no Sistema Nervoso Central em doses utilizadas na prática clínica. Sua absorção no trato gastrintestinal é consideravelmente rápida. Quando aplicada topicamente na mucosa do corpo chega rapidamente à circulação, em contrapartida, a inteira absorção através da pele acontece de forma lenta. A metabolização hepática é responsável pela eliminação de aproximadamente 50% da dose administrada, enquanto o outros 50% são eliminados diretamente pela urina, ou seja, não tem nenhuma alteração. Importante destacar a alta capacidade que a atropina tem de atravessar a barreira placentária e seu tempo de meia vida de aproximadamente duas horas. A Atropina vai agir competindo com os agonistas muscarínicos por ligação comum nos mesmos receptores. Todos os receptores muscarínicos (M1, M2, M3, M4 e M5) são passíveis de serem bloqueados pela a ação da atropina: os existentes nas glândulas exócrinas, músculos liso e cardíaco, gânglios autônomos e neurônios intramurais. No coração, pode alterar a frequência cardíaca aumentando-a, nos vasos sanguíneos, o efeito da atropina é reduzido, tendo em vista que estas estruturas são reguladas primariamente pelo Sistema Nervoso Simpático, no entanto, é capaz de alterar minimamente a pressão sanguínea sistêmica, nos músculos lisos. Há a diminuição do tônus e das contrações peristálticas, broncodilatação, diminuição do tônus dos ureteres e da vesícula urinária, além do relaxamento da musculatura do trato biliar. A atropina também é capaz de causar midríase e cicloplegia nos olhos, bem como de reduzir as secreções salivares, biliares, sudoríparas e gástricas. Atua bloqueando a acetilcolina nos receptores pós- ganglionares localizados nas terminações das fibras colinérgicas no sistema nervoso autônomo por uma a uma hora e meia, é, portanto, um antagonista competitivo da acetilcolina. Ela diminui a secreção salivar e os reflexos vagais sobre o coração, por essa razão são ministrados de forma associativa com os agonistas alfa 2 ou opioides para prevenir bradicardia sinusal e bloqueio átrio ventricular. Porem atravessa a barreira hematencefálica e placentofetal, além de apresentar efeitos colaterais como: taquicardia devido ao bloqueio vagal, agitação psicomotora, hipertermia, sialosquiese, aumento da pressão intraocular em doentes glaucomatosos, midríase, no aparelho renal relaxa a bexiga e contrai os esfíncteres. O sulfato de atropina pode ser administrado pelas vias intramuscular, subcutânea, intravenosa, intra-óssea, oral e intrapulmonar. Se administrada por via intravenosa, a atropina tem latência de 1 minuto e de 5 minutos se administrada por via intramuscular, seu efeito mais rápido é pela via oral, embora sofra efeito de primeira passagem. Sua duração é de 30 minutos. A atropina bloqueia a resposta do esfíncter muscular da íris e do músculo ciliar do cristalino à estimulação colinérgica, produzindo dilatação da pupila, midríase e cicloplegia. Devido a esses efeitos, midriático e cicloplégico, a atropina é indicada em oftalmologia, para exames de fundo de olho, exames de refração. O tempo para desenvolver midríase máxima pela atropina aplicada topicamente no globo ocular é de 30 a 40 minutos; o efeito persiste e a recuperação completa ocorre dentro de cerca de 7 a 10 dias. A atropina demora cerca de 1 a 3 horas para produzir cicloplegia máxima e demora cerca de 6 a 12 dias para recuperar a acomodação basal. Atropina não deve ser utilizado em casos de hipertensão do globo ocular e glaucoma, pode causar o aumento da pressão intra-ocular em pacientes com olhos de ângulos estreitos ou com câmaras anteriores achatadas, precipitando um glaucoma o fechamento de ângulo e um glaucoma primário de ângulo aberto. A atropina atua bloqueando o efeito do nódulo sinoatrial, o que aumenta a condução através do nódulo atrioventricular e consequentemente o batimento cardíaco. Seu principal efeito sobre o coração é a alteração da frequência cardíaca. Embora a resposta predominante seja taquicardia, a frequência cardíaca pode diminuir com doses intermediarias. O débito cardíaco tende a aumentar com a atropina em decorrência primariamente do incremento na frequência cardíaca.
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