Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
São desprovidos de efeito analgésico, anestésico e hipnótico. Promovem apenas o relaxamento muscular. Também chamados de agentes curarizantes ou relaxantes musculares de ação periférica. Cirurgias de redução de fraturas Instituição de ventilação mecânica (diafragma vai ser relaxado – uso de ventilação mecânica) procedimentos que necessitam a centralização do globo ocular (cirurgias de catarata) procedimentos cirúrgicos que necessitem a abertura/relaxamento do tórax. Bloqueadores Neuromusculares: Ação no sistema nervoso somático. Os bloqueadores neuromusculares são fármacos que promovem a interrupção total ou parcial da transmissão entre a terminação nervosa motora e a placa motora. Empregados com a finalidade de induzir um relaxamento muscular em diversas situações: Bloqueadores *Curare era utilizado pelos indígenas na ponta das flechas e induzia nos animais abatidos uma paralisia muscular esquelética. Bloqueia o receptor nicotínico e a acetilcolina não consegue se ligar. Face e cauda Extremidades dos membros e musculatura cervical Terço proximal dos membros Músculos fonadores Região abdominal hipogástrica Músculos intercostais Diafragma Placa motora: junção entre o neurônio motor somático e o músculo esquelético. A transmissão neuromuscular se inicia com a chegada do potencial de ação na terminação nervosa, abertura dos canais de cálcio e entrada desse íon na terminação nervosa. O Ca promove a liberação da acetilcolina das vesículas. Ela se difunde pela fenda sináptica e se liga aos receptores nicotínicos da placa terminal. Sequência do bloqueio Após a administração do bloqueador neuromuscular: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. A reversão do bloqueio muscular se dá no sentido inverso. Classificação dos bloqueadores neuromusculares: Despolarizantes: produzem seus efeitos a partir da despolarização contínua e sustentada da placa motora. - Curta duração (min): Succinilcolina Não despolarizantes/competitivos: produzem seu efeitos através da inibição competitiva com a ACh ao receptor nicotínico, impedindo a despolarização da placa motora. - Curta duração (min): Mivacurônio (15-21) - Ação intermediária (min): Atracurônio (45), Vecurônio (40-45), Rocurônio (36-73) - Ação prolongada (min): D- tubocurarina (80), Pancurônio (85- 100). Despolarizantes são representados pelo fármaco succinilcolina. Ele se liga ao receptor nicotínico e provoca uma despolarização contínua e sustentada. Não existe reversão do efeito. - Succinilcolina se liga ao receptor e fica tempo suficiente para dessensibilizá-lo. Fase I: A membrana despolariza, resultando em uma descarga inicial que produz fasciculações transitórias seguidas de paralisia flácida. Nessa primeira fase, acaba agindo como agonista. Classificação Despolarizantes são representados pelo fármaco succinilcolina. Ele se liga ao receptor nicotínico e provoca uma despolarização contínua e sustentada. Não existe reversão do efeito. - Succinilcolina se liga ao receptor e fica tempo suficiente para dessensibilizá-lo. Fase II: a membrana repolariza, mas o receptor é dessensibilizado aos efeitos da acetilcolina. Quando a acetilcolina vai se ligar, o receptor não se ativa, pois está dessensibilizado. O período de latência é curto e a duração do tempo de ação da succinilcolina pode variar nos felinos 5min e nos caninos 20- 30min. É um fármaco indicado para intubação endotraqueal em humanos. É biotransformada lentamente, o que mantém a despolarização por um tempo de 5-10min (fasciculações em humanos). - Pode causar bradicardia, em felinos pode reduzir a pressão arterial, causa hiperpotassemia, podendo levar à arritmias (devido a despolarização muscular generalizada). Os não-despolarizantes ou competitivos bloqueiam competitivamente os receptores nicotínicos, porém sem estimulá-los. Impedem a despolarização da membrana da célula muscular e inibem a contração muscular. A ação competitiva pode ser superada pela administração de inibidores da colinesterase, que aumentam a concentração de acetilcolina na junção neuromuscular. Neostigmina e efedrônio. Considerado um bloqueador neuromuscular de ação intermediária. Eliminação por meio da via de Hoffman. Atracúrio (o mais utilizado na medicina veterinária): Degradação espontânea no plasma à gera metabólitos laudanosina e monoacrilato. Sem efeitos cumulativos, pode ser usada por infusão contínua. Deve ser administrada por IV, tem poucos efeitos cardiovasculares, e pode ocorrer a liberação de histamina (eritema cutâneo, hipotensão arterial, taquicardia e broncoespasmos) com doses muito elevadas. A excreção da laudanosina é feita pela urina e bile independemente do funcionamento renal e hepático (sofre hidrolização por estresse). Atracúrio Pancurônio Pancurônio: Considerado um BNM de ação longa e sua duração depende do tipo de anestesia e dose administrada. A duração do bloqueio neuromuscular aumenta com a administração de doses repetidas. Deve ser IV, não atravessa barreia placentária e hematoencefálica, provoca aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e débito cardíaco, sofre biotransformação hepática (30%) e eliminação renal, sendo que o tempo de bloqueio é aumentado em nefropatas. Bloqueio neuromuscular residual (fenômenos hipóxicos e complicações pulmonares pós operatórias). Em doses elevadas, é acompanhado do prolongamento do tempo de ação. Sofre metabolização hepática, sem formação de metabólitos ativos. Cuidado ao utilizar em pacientes com disfunção hepática. Excreção hepática (60-70%) e renal (20-30%). Em felinos, mais de 50% da dose injetada é eliminada de forma inalterada pela bile. Vecurônio VECURÔNIO: Derivado do pancurônio, duração de ação intermediária, possui menos efeitos cardíacos (uso seguro em pacientes com cardiomiopatia isquêmica), sofre biotransformação hepática gerando um metabólito ativo – 3- desacetil vecurônio com propriedades miorrelaxantes. Excreção biliar (60-70%) e renal (10- 25%). Não induz a liberação de histamina. ROCURÔNIO: Derivado do vecurônio, possui início de ação rápido e duração de ação intermediária. Rocurônio MIVACÚRIO: Duração curta (15- 20min), relacionada com a atividade da colinesterase plasmática – enzima diminuida em pacientes pediátricos, hepatopatas e nefropatas. É hidrolisado pela colinesterase e deve-se evitar em casos de insuficiencia hepática. Tem excreção renal e é indicado para procedimentos rápidos ou ambulatoriais. *Usar atropina para evitar bradicardia na reversão do bloqueio não- despolarizante. O que pode influenciar na duração e efeito dos BNM: hipercalcemia e hipermagnesemia, acidose respiratória, lesões ou condições desnervantes. Mivacúrio
Compartilhar