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Exame físico Sistema Gastrointestinal Outubro/2018 Objetivos de Aprendizagem Realizar o exame físico do sistema gastrointestinal; Utilizar as terminologias adequadas e as técnicas propedêuticas na sequência correta especifica para este sistema (inspeção, ausculta, percussão e palpação. Metodologia Perguntas e Respostas (Problematização) Faz questionamentos acerca dos objetivos da aula e responde as perguntas expostas pelo professor. Questões a serem respondidas! 1. Na fase da SAE de Histórico de Enfermagem quais dados são coletados? 2. Estruture uma entrevista com 5 perguntas para o paciente com distúrbios gastrointestinais. (ATENÇÃO: Não vale nome, idade, sexo, etc... Foque na parte Gastro) 3. Quais são os dois métodos para divisão topográfica do abdômen? 4. Qual a ordem das técnicas propedêuticas no exame gastrointestinal ? 5. Durante a inspeção quais dados podem ser obtidos em um paciente que indica sentir dores similares ao acumulo de gazes? 6. Qual a nomenclatura dos ruídos intestinais? E qual sua frequência normal? 7. Para a realização da percussão qual a ordem deve ser seguida? 8. A palpação é a última técnica propedêutica a ser realizada, quais achados podem ser encontrados durante essa fase? 9. Um momento delicado na consulta de enfermagem é o exame de ânus e reto. Quais cuidados @ enfermeir@ deve se atentar para o exame desses segmentos do aparelho gastrointestinal? Introdução Os órgãos que compõem o sistema digestório têm funções específicas como mastigação, ingestão, digestão e absorção dos alimentos e, ainda, eliminação dos resíduos e das substâncias não aproveitados, e são responsáveis por prover o organismo de suprimento contínuo de água, nutrientes e eletrólitos. Para tanto, o sistema movimenta o bolo alimentar ao longo do tubo digestivo; secreta enzimas e substâncias que determinam as alterações químicas nos alimentos que compõem esse bolo; absorve a água, os eletrólitos e os nutrientes resultantes do processo da digestão; circula o sangue através dos órgãos gastrointestinais para levar as substâncias absorvidas; e controla todas essas funções por intermédio de regulação nervosa e hormonal. Patologia: Estrutura Função Ingestão Digestão Absorção de nutrientes Eliminação de resíduos Sinais e sintomas: Disfagia Pirose Soluços Dispepsia Nauseas Vomitos Flatulência Diarréia Constipação Dor abdominal Perda de peso Hemorragia digestiva Sangramento oculto nas fezes Icterícia... Histórico de enfermagem Preparo do Ambiente Preparo do Material Preparo do Paciente Histórico de enfermagem: Entrevista Hábito alimentar Alteração de peso Sialorreia ou ptialismo Soluço Disfagia ... Exame físico: Atenção Pontos dolorosos devem ser deixados para o final do exame. Observar sinais faciais de dor Aquecer as mãos para realizar o exame Priorizar a privacidade do paciente INSPEÇÃO Sujidade, hérnia, retração ou abaulamento. Integridade e presença de cicatrizes As estrias podem ocorrer devido à gestação, ao aumento excessivo de peso ou à presença de ascite. Turgor cutâneo, que reflete o estado nutricional saudável AUSCULTA A avaliação dos ruídos intestinais, denominados ruídos hidroaéreos, que são decorrentes dos movimentos peristálticos e do deslocamento de ar e líquidos ao longo das alças intestinais, constitui a principal finalidade da ausculta abdominal. Quando for difícil auscultá-los, o enfermeiro deve prosseguir sistematicamente repetindo a ausculta por dois a cinco minutos em cada um dos demais quadrantes abdominais em busca de atividade peristáltica. Os ruídos hipoativos ocorrem em distúrbio eletrolítico, em pós- operatório de cirurgia abdominal, no íleo paralítico, na peritonite, na isquemia do cólon e na obstrução intestinal avançada, podendo estar inaudíveis. Os hiperativos são ruídos altos, sonoros, em gargarejo ou tinidos que refletem hipermotilidade e acompanham quadros de diarreia, uso de laxantes ou na fase inicial da obstrução intestinal. O peristaltismo prolongado e intenso (sentido quando o estômago “ronca”) é chamado de borborigmo. PERCURSSÃO Auxilia na determinação do tama- nho e da localização de vísceras sólidas e na avaliação da presença e distribuição de gases, líquidos e massas. Os sons produzidos pela percussão são descritos como timpânicos, hipertimpânicos, maciços ou submaciços, e a distribuição ou as mudanças observadas durante a percussão determinam o tamanho (ou a extensão) e a posição dos órgãos e o conteúdo intra- abdominal. Em geral, predominam os sons timpânicos. PALPAÇÃO A palpação do abdome pode ser superficial e profunda, e auxilia na determinação do tamanho, forma, posição e sensibilidade da maioria dos órgãos, além da identificação de massas e acúmulo de fluidos. São considerados normais os achados de um abdome liso, de consistência macia, sem tensão, indolor e sem órgãos aumentados ou massas. Técnicas especiais Considerações Finais Ao finalizar o exame físico do sistema digestório, o enfermeiro deve considerar que nenhum dado seja interpretado isoladamente, mas em correlação com os achados do mesmo sistema e dos demais, levando em conta, ainda, os dados obtidos na entrevista e nos exames de diagnósticos laboratoriais e de imagem. Assim, a interpretação correta poderá fornecer subsídios para um julgamento clínico apropriado, o que irá direcionar sua ação por meio de intervenções de enfermagem individualizadas. Referência BARROS, A.L.B.L. (Org.). Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Vídeo: https://www.youtube.com/watch?time_continue=92 &v=FMQxwJr56Pw