Adam Smith - Conclusão

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Encerramento
Apesar de sua morte em 1790, suas contribuições para a sociedade como um todo foram enormes, sua maior obra “Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das Nações” ainda é objeto de estudo de muitos estudantes de economia de todo o mundo. A teoria da mão livre que hoje conhecemos como oferta e demanda, na qual o filosofo explica que através da divisão do trabalho a sociedade poderia evoluir sem ter a necessidade da existência de algum órgão que regulasse as relações econômicas é inovadora.
Adam Smith vivenciou a Revolução Industrial inglesa, o Cercamento dos Campos e a falta de estrutura das cidades que não acompanhavam o número de imigrantes que chegavam das zonas rurais. Entretanto, sua análise o levou a questionar a lógica que rege as sociedades, o que leva cada indivíduo a exercer a função na qual atua. Segundo ele, as relações econômicas se dão devido a uma “mão invisível” que coordena todas esses tipos de operações, logo, sendo imprescindível os fatores ” liberdade” e “egoísmo” .
Podemos notar que em sua obra, Smith expõe claramente que é através dos interesses próprios que surge o beneficio geral, mesmo o egoísmo não sendo um sentimento positivo ele resulta no bem, como afirma ao dizer que não é da benevolência do padeiro ou de outra pessoa que consigamos ter o que precisamos para fazer uma refeição, mas sim do interesse de todos esses indivíduos no seu próprio bem. Contudo deveriam ser evitadas quaisquer tipos de intervenção pois quebraria esse ciclo perfeito, interrompendo a promoção de crescimento econômico e a inovação tecnológica.
Entretanto não podemos negar que há falhas em seu argumento e sua teoria não pode se sustentar como um todo. A existência de alguns fatores torna a mão livre um tanto obsoleta. Como observado pelo próprio Smith a criação de monopólios prejudica o funcionamento dessa mão , uma vez que o mercado se torna assimétrico devido a quantidade de poder e informações concentrada na mão de um grupo seleto de indivíduos , ou seja , nesse caso o egoísmo de alguns indivíduos não necessariamente se converte no bem comum . Tomemos como exemplo a área do transporte publico, com o tempo as empresas observaram que separar o espaço seu de atuação iria poupar custos e como só eles teriam acesso a seu próprio espaço (localidade da cidade, por assim dizer) regulam o preço das passagens, não necessariamente atendendo a necessidade da população que utiliza desse meio para se locomover.
Outro fator que comprova que a teoria de Smith é limitada é o fato de não conseguir abarcar as questões de cunho social. Esse sistema não serve para proteger o meio ambiente ou proporcionar saúde e ensino públicos de qualidade e o fato de existirem recursos comuns (bens que não podemos controlar quem pode usar ou não o bem, e o uso deste por alguém impede que outros indivíduos usem este bem, exemplo, Petróleo) já cria a necessidade de serem regulados pelo Estado, vaso contrario haveria desordem e injustiça. Além disso, esse sistema não conduz a justiça social e nem ao menos produz resultados eficientes.
Apesar da estagnação da teoria quando confrontada com as questões colocadas acima, não podemos negar a importância de sua criação. Sua tentativa de explicar algo realmente complexo e em mudança, deve ser admirada e ressaltada uma vez que influenciou gerações de economistas através dos tempos e nos faz refletir não somente nas relações puramente econômicas, mas considerando nestas o ser humano devido a elementos intrínsecos do mesmo que influenciam tais relações.