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West Gave dos Santos Página 1 PROCESSO CIVIL III REVISÃO PARA AV1, AV2 e AV3(2019) BY WEST GAVE EXERCÍCIOS E CASOS CONCRETOS DA APOSTILA AULA 1 Questão objetiva: 1) Incumbe ao relator, exceto: a) negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal. b) não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. c) dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes. d) decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado em sede de primeiro grau de jurisdição. (X) Art. 932 CPC 2) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal: a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos infringentes; (X) b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo Tribunal Federal; c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso; d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência. West Gave dos Santos Página 2 Questão discursiva: 1) A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel? Resposta: Assiste razão ao patrono de Manoel, visto que o dispositivo legal (artigo 935, CPC) orienta que exista espaço de 05(cinco) dias entre a publicação da pauta e a sessão seguinte, logo, deve haver nova publicação. Observa-se que dia seguinte NÃO é sessão seguinte. Obs: Vale ressaltar também que se deve respeitar a ordem do artigo 936, CPC, se não o processo deste patrono estaria “furando fila”. I. QUESTIONÁRIO 01. Em quais hipóteses o relator negará provimento a um recurso? Resposta: Conforme o artigo 932, IV, alíneas a, b, c, do CPC, o relator negará provimento a um recurso que for contrário a: - súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência. 02. Em quais hipóteses o relator dará provimento a um recurso? Resposta: Conforme o artigo 932, V, alíneas a, b, c, do CPC, depois de facultada a apresentação de contrarrazões, o relator dará provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: - súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; West Gave dos Santos Página 3 - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 03. Qual providência deve ser tomada pelo relator antes de considerar inadmissível um recurso quando este verificar que o mesmo não preenche algum pressuposto de admissibilidade? Resposta: Conforme o parágrafo único do artigo 932 do CPC, antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. 04. Qual providência deve ser tomada pelo relator quando constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso? O que ocorre se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento? Resposta: Conforme o artigo 933, caput e §1º, do CPC, a providência do relator será a de intimar as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias. E se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, esse será imediatamente suspenso a fim de que as partes se manifestem especificamente. 05. Qual o prazo mínimo entre a data da publicação da pauta e a da sessão de julgamento? Os processos não julgados deverão ser incluídos em nova pauta ou fica dispensada a publicação? Resposta: Conforme o artigo 935 do CPC, decorrerá, pelo menos, o prazo de 5 (cinco) dias. Serão incluídos em nova pauta os processos que não tenham sido julgados, salvo aqueles cujo julgamento tiver sido expressamente adiado para a primeira sessão seguinte. 06. Em qual ordem os recursos, a remessa necessária e os processos de competência originária serão julgados? Resposta: Conforme o artigo 936, e seus incisos, do CPC, ressalvadas as preferências legais e regimentais, os recursos, a remessa necessária e os processos de competência originária serão julgados na seguinte ordem: West Gave dos Santos Página 4 I - aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos requerimentos; II - os requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão de julgamento; III - aqueles cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; e IV - os demais casos. 07. Em quais recursos haverá possibilidade de sustentação oral? Resposta: Conforme o artigo 937, e seus incisos, CPC, na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: I - no recurso de apelação; II - no recurso ordinário; III - no recurso especial; IV - no recurso extraordinário; V - nos embargos de divergência; VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; VII - (VETADO); VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal. 08. Se, no julgamento do recurso, o relator reconhecer a necessidade de produção de prova, como deverá proceder? Resposta: Conforme o artigo 938, §3º, CPC, reconhecida a necessidade de produção de prova, o relator converterá o julgamento em diligência, que se realizará no tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, decidindo-se o recurso após a conclusão da instrução. West Gave dos Santos Página 5 09. O que acontecerá se, no julgamento da apelação, o resultado não for unânime? Resposta: Conforme o artigo 942, do CPC, quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes ea eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. 10. Se estiverem pendentes de julgamento no tribunal agravo de instrumento e apelação interpostos no mesmo processo, como deve ser realizado o julgamento? Resposta: Conforme o artigo 946, do CPC, o agravo de instrumento será julgado antes da apelação interposta no mesmo processo. II. COMPLETE A LACUNA 01. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo. (Art. 930, CPC) 02. Antes de considerar inadimissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. (Art. 932, § único, CPC) 03. Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias. (Art. 933, CPC) 04. Entre a data de publicação da pauta e a da sessão de julgamento decorrerá, pelo menos, o prazo de cinco dias, incluindo-se em nova pauta os processos que não tenham sido julgados, salvo aqueles cujo julgamento tiver sido expressamente adiado para a primeira sessão seguinte. (Art. 935, CPC) 05. Afixar-se-á a pauta na entrada da sala em que se realizar a sessão de julgamento. (Art. 935, §2º, CPC) 06. A questão preliminar suscitada no julgamento será decidida antes do mérito, deste não se conhecendo caso seja incompatível com a decisão. (Art. 938, CPC) West Gave dos Santos Página 6 07. O relator ou outro juiz que não se considerar habilitado a proferir imediatamente seu voto poderá solicitar vista pelo prazo máximo de 10 (dez) dias, após o qual o recurso será reincluído em pauta para julgamento na sessão seguinte à data da devolução. (Art. 940, CPC) 08. No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de três juízes. (Art. 941, §3º) 09. O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré- questionamento. (Art. 941, §3º, CPC) 10. Todo acórdão conterá ementa. (Art. 943, §1º, CPC) AULA 2 Questão objetiva: 1) São princípios fundamentais dos recursos previstos no Código de Processo Civil (Promotor de Justiça/SP-2006): a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius; b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição do reformatio in peius; (X) c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia do reformatio in peius; d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius; e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a proibição do reformatio in pejus; 2) Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta (OAB Nacional – 2009/1): a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte; (X) West Gave dos Santos Página 7 b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a desistir do recurso; c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte; d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do recorrido. Questão discursiva: 1) João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? Resposta: Não, o pedido de reconsideração tem natureza de sucedâneo recursal, ou seja, ele não está indicado na lei como um recurso, e o tema obedece ao princípio da taxatividade. b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? Resposta: Não, pois não se trata de um recurso, ademais não existe dúvida objetiva. O princípio recursal da fungibilidade consiste na possibilidade de admissão de um recurso interposto por outro, que seria o cabível, na hipótese de existir dúvida objetiva sobre a modalidade de recurso adequada. QUESTIONÁRIO West Gave dos Santos Página 8 1. O que é recurso? Resposta: Recurso é o meio processual que a lei coloca à disposição das partes, do Ministério Público e de um terceiro, a viabilizar, dentro da mesma relação jurídica processual, a anulação, a reforma, a integração ou clareamento da decisão judicial impugnada. 2. Por que a ação rescisória e o mandado de segurança não são considerados recursos, já que servem para atacar uma decisão judicial? Resposta: Embora as ações autônomas de impugnação também tenham por finalidade reformar ou anular a decisão judicial, se distinguem dos recursos porque estes não instauram um novo processo. 03. O que são sucedâneos recursais? Resposta: São instrumentos de impugnação de decisão judicial. É todo meio de impugnação de decisão judicial que nem é recurso nem é ação de impugnação. Trata-se de categoria que engloba todas as outras formas de impugnação da decisão. São exemplos: pedido de reconsideração, pedido de suspensão da segurança (Lei Federal n.8.437/1992, art. 4º; Lei Federal n. 4.348/1964, art. 4º), a remessa necessária (CPC, art. 475) e a correição parcial”. 04. Quais são os recursos previstos no CPC? Resposta: Conforme o art. 994 do CPC são cabíveis os seguintes recursos: I - apelação; II - agravo de instrumento; III - agravo interno; IV - embargos de declaração; V - recurso ordinário; VI - recurso especial; VII - recurso extraordinário; VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; IX - embargos de divergência. 05. Como se classificam os recursos quanto ao âmbito? West Gave dos Santos Página 9 Resposta: Quanto ao âmbito, os recursos podem ser totais ou parciais. É total o recurso que abrange todo o conteúdo impugnável da decisão; e parcial aquele que lhe impugna apenas parte. Quem determina o âmbito do recurso é a arte recorrente. 06. Como se classificam os recursos quanto ao momento? Resposta: Dependendo do momento em que é interposto, o recurso poderá ser independente (ou principal) ou adesivo. 07. Em quais hipóteses se admite o recurso adesivo? Resposta: Conforme o artigo 997,§2º, II, será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. 08. Como se classificam os recursos quanto à fundamentação? Resposta: Os recursos se classificam em, de fundamentação livre ou vinculada. Há casosem que a lei, ao estabelecer as hipóteses de cabimento do recurso, limita sua fundamentação, ou seja, o tipo de crítica que se pode fazer à decisão através do recurso. Outras vezes a lei deixa a parte livre para deduzir qualquer tipo de crítica em relação a decisão. A apelação é, por excelência, exemplo de recurso de fundamentação livre. Também são de fundamentação livre o agravo e o recurso ordinário. Diferentemente ocorre com os recursos especial e extraordinário, que são tipicamente recursos de fundamentação vinculada, pois têm seus respectivos conhecimentos condicionados ao tipo de crítica dirigida à decisão recorrida, delimitada por lei (arts. 102, III, e 105, III, da CF). Esses recursos encontram na lei, em enumeração taxativa os tipos de vícios que podem ser apontados na decisão recorrida. 09. Em quais hipóteses haverá duplo grau de jurisdição necessário? Resposta: O duplo grau de jurisdição é possibilidade de reexame da matéria decidida em 1º grau. As hipóteses estão elencadas no artigo 496 CPC, a saber: West Gave dos Santos Página 10 Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. § 1ºNos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á. § 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa necessária. § 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. § 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I - súmula de tribunal superior; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 10. Quais os requisitos para aplicação do princípio da fungibilidade? Resposta: Basta em verdade, que exista dúvida objetiva a respeito de qual o recurso cabível. Parte da doutrina e a jurisprudência dominante partem do entendimento de que, além da dúvida objetiva, deve a parte demonstrar sua boa-fé interpondo o recurso que entende cabível no prazo menor, caso a dúvida se dê entre recursos com prazos de interposição diferentes como ocorre com a apelação e o agravo. West Gave dos Santos Página 11 AULA 3 Questão objetiva: 1) Indique, dentre as alternativas abaixo, o requisito extrínseco de admissibilidade dos recurso em geral (Promotor de Justiça/ MG – 2005): a) cabimento; b) legitimação para recorrer; c) interesse para recorrer; d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. e) Preparo, regularidade formal e tempestividade. (X) 2) De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta (Juiz de Direito – SC – 2009): a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção independentemente de intimação; b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação; c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo imediatamente, na forma retida ou por instrumento no prazo de dez dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação; d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do recorrido, desistir do recurso; (X) Art. 998 CPC e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de embargos de declaração apenas quando resultar contradição. Questão discursiva: Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se: a) Poderá a associação atuar como se parte fosse? West Gave dos Santos Página 12 Resposta: A atuação do amicus curiae, segundo o artigo 138 CPC, é possibilitado o seu ingresso no processo judicial que tenha ampla repercussão social e política. Isso não quer dizer que o amicus curiae possa atuar como parte, uma vez que ele só tem interesse objetivo quanto a tese discutida. Assim, não poderá sequer recorrer da decisão, salvo, daquela que julgar incidente de resolução de demanda repetitiva (IRDR). b) Qual a diferença entre amicus curiae e a assistência simples? Resposta: O Assistente é aquele que pode sofrer os efeitos da decisão. Assim, terá o direito de ingressar no processo para auxiliar uma das partes, podendo praticar todos os atos que o assistido também possa praticar. O amicus curiae tem interesse apenas na tese a ser firmada e não sofre os efeitos da decisão. Deste modo não cabe ao amicus curiae o direito de praticar atos como se parte fosse. COMPLETE A LACUNA 01. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. 02. Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. 03. Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 04. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual. 05. Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. 06. Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. West Gave dos Santos Página 13 07. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo- lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa. 08. O recurso adesivo será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder. 09. O recurso adesivo será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. 10. O recurso adesivo nãoserá conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadimissível. 11. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. 12. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão qual já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos. 13. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. 14. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer. 15. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer. 16. Dos despachos não cabe recurso. 17. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. 18. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. 19. Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem. (Art. 1003, §4º, CPC) 20. Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 dias. 21. O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso. 22. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. 23. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns. West Gave dos Santos Página 14 24. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. 25. A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. 26. É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos. 27. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 28. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso. QUESTIONÁRIO 01. Quais são os recursos previstos no CPC? Resposta: Conforme o artigo 994 do CPC, os recursos são; apelação; agravo de instrumento; agravo interno; embargos de declaração; recurso ordinário; recurso especial; recurso extraordinário; agravo em recurso especial ou extraordinário; embargos de divergência. 02. Quem tem legitimidade para recorrer? Resposta: Conforme o artigo 996 do CPC, o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 03. A quem será dirigido o recurso adesivo e qual o prazo para sua interposição? Resposta: Conforme o artigo 997, §2º, I, do CPC, o recurso adesivo será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder. West Gave dos Santos Página 15 04. Em quais recursos é admitido o recurso adesivo? Resposta: Conforme o artigo 997, §2º, II, do CPC; será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. 05. Para desistir do recurso o recorrente necessitará de anuência do recorrido? Resposta: Conforme o artigo 998 do CPC, o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. Portanto, o recorrente não necessitará de anuência do recorrido. 06. Segundo o art. 1.000 do CPC, a parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer. O que o CPC considera aceitação tácita? Resposta: Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer (parágrafo único, do art. 1.000, do CPC). 07. Qual é o prazo para a interposição dos recursos? Resposta: Conforme o artigo 1.003, §5º, do CPC, excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. 08. Quando o recurso interposto por um dos litisconsortes não aproveita aos demais? Resposta: Errado, o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses (art. 1.005 CPC). 09. Em que momento o recorrente deverá comprovar o preparo? Resposta: No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção (art. 1.007, CPC). West Gave dos Santos Página 16 10. Quem está dispensado de preparo? Resposta: São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal (art. 1.007, §1º). 11. Qual providência deve ser tomada pelo relator se o preparo for insuficiente? Resposta: A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias (art.1.007, §2º). 12. Em quais processos é dispensado o recolhimento do preparo? Resposta: É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos (art.1.007, §3º). 13. Qual providência deve ser adotada pelo relator se o recorrente não realizar o preparo? Resposta: O recorrente será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção (art. 1.007, §4º). PROPOSIÇÃO E RAZÃO Nas questões abaixo se apresenta uma proposição (primeira frase) e uma razão para a proposição (segunda frase) unidas pela conjunção explicativa ou causal "porque". Após analisá-la, assinale a alternativa correta: (A) Se a proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão realmente é causa da proposição. (B) Se a proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão não é causa da proposição. (C) Se a proposição é verdadeira, mas a razão é falsa. (D) Se a proposição é falsa, mas a razão é verdadeira. (E) Se a proposição e a razão são falsas. West Gave dos Santos Página 17 1. (B) Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso (Art. 995, CPC) PORQUE A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. (Art. 995, § único, CPC) 2. (D) O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, somente quando este funcionar como parte no feito (Art. 996, CPC) PORQUE Cumpre ao terceiro, ao recorrer, demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titularou que possa discutir em juízo como substituto processual. (Art. 996, § único, CPC) 3. (C) Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. (Art. 997, §1º, CPC) PORQUE O recurso adesivo não fica subordinado ao recurso independente e será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder. (Art. 997, §2º, CPC) 4. (E) O recurso adesivo será admissível na apelação, no agravo de instrumento, no recurso extraordinário e no recurso especial; (Art. 997, II, CPC) PORQUE O recurso adesivo será conhecido, ainda que haja desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível. 5. (C) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. (Art. 998, CPC) PORQUE A desistência do recurso impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos. (Art. 998, §único, CPC) 6. (A) Havendo condenação solidária do motorista e do proprietário do veículo em ação de reparação de danos que lhes foi movida, o recurso West Gave dos Santos Página 18 interposto por qualquer deles aproveita ao outro (Art. 1.005, §único, CPC) PORQUE O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. (Art. 1.005, CPC) 7. (E) O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento no prazo de cinco dias, sob pena de deserção. (Art. 1.007, §4º, CPC) PORQUE A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não o recolhimento em dobro, no prazo de 5 (cinco) dias. (Art. 1.007, §2º, CPC) 8. (A) Embora a lei afirme que o MP poderá recorrer quando for parte ou quando funcionar como fiscal da lei, há restrições nesta segunda hipótese PORQUE Segundo entendimento do STJ, a legitimidade recursal do Ministério Público nos processos em que sua intervenção é obrigatória não chega ao ponto de lhe permitir recorrer contra o interesse do incapaz, o qual legitimou a sua intervenção no feito. (Súmula 99, STJ) 9. (D) O recorrente poderá, a qualquer tempo, desde de que obtenha a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso (Art. 998, CPC) PORQUE A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer. (Art. 1.000, CPC) 10. (D) Os recursos impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso (Art. 995, CPC) PORQUE A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. West Gave dos Santos Página 19 AULA 4 Questão objetiva: 1) O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando interposto contra sentença que julgar ação (Promotor de Justiça – RO – 2006): a) de manutenção de posse ou interdito proibitório referentes à posse nova; b) condenatória de prestação alimentícia; (x) Art. 1.012, II, CPC c) de reparação de danos causados em acidente de veículos processada pelo rito sumário; d) de reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor; e) não confirmando os efeitos da tutela. 2) É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação nas seguintes hipóteses (XLIV Concurso para ingresso da Magistratura do TJ/RJ): (A) excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de urgência, seja antecipada ou cautelar. (B) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há recebimento no efeito suspensivo. (C) excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência e nos de indeferimento da inicial. (X) Arts. 331 caput e 332, §3º, CPC. (D) em regra, em todas as ações de conhecimento, seja o procedimento ordinário ou sumário, cautelar ou execução. Questão discursiva: Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e West Gave dos Santos Página 20 com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se: a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente? Resposta: Não, pois em casos de Decisão Interlocutória sobre incidente de desconsideração da personalidade jurídica, o recurso cabível é o Agravo de Instrumento, conforme prevê o artigo 1.015, IV do CPC. b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos? Resposta: Com o Novo CPC o Juiz sentenciante após as formalidades indicadas nos §§ 1º e 2º do art. 1010 determina a remessa dos autos ao tribunal, não mais exercendo juízo de admissibilidade, conforme §3º do art. 1010. QUESTIONÁRIO 1. Como a parte deve impugnar as decisões proferidas na fase de conhecimento se contra elas não for cabível agravo de instrumento? Resposta: Não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões (art. 1.009, §1º, CPC). 2. O que é error in procedendo? Resposta: Error in procedendo constitui-se num vício de procedimento que justifica a invalidação da sentença pelo tribunal. Ou seja, é o erro que o juiz comete no exercício de sua atividade jurisdicional ou na prolação de sentença, violando norma processual na sua mais ampla acepção. 3. Em quais hipóteses a apelação será recebida somente no efeito devolutivo? Resposta: Em determinados e excepcionais casos a sentença poderá ser executada de forma provisória, ainda que o recurso de apelação esteja pendente de julgamento. As hipóteses excepcionais em que o Novo West Gave dos Santos Página 21 CPC atribui apenas o efeito devolutivo estão elencadas no artigo 1.012, § 1º, nos incisos I a VI. I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. § 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. Obs: Efeito devolutivo é a exteriorização do princípio do duplo grau de jurisdição, pelo qual a parte faz devolver o caso para ser reanalisado pelo mesmo juízo ou por outro de instância, via de regra, superior. Ou seja, aptidão que todo recurso tem de devolver ao órgão ad quem o conhecimentoda matéria impugnada. Modificar ou desconstituir. 4. A apelação deverá ser interposta no prazo de 15 dias. Existe exceção a essa regra? Resposta: Sim, em se tratando de sentença proferida pelo Juízo da Vara da Infância e Juventude, o prazo para apelar será de 10(dez) dias (artigo 198 do Estatuto da Criança e Adolescente). 5. Qual o recurso cabível quando o juiz decidir parcialmente o mérito? Resposta: Para as decisões interlocutórias que julgam parcialmente o mérito, o recurso cabível será o agravo de instrumento; enquanto que para as sentenças (decisões que encerrarem a fase processual), o recurso cabível será apelação. 06. É possível arguir na apelação questões de fatos não propostas no Juízo inferior? Resposta: Sim, desde que a parte prove que deixou de assim proceder por motivo de força maior. Preliminar de Apelação. West Gave dos Santos Página 22 PROPOSIÇÃO E RAZÃO Nas questões abaixo se apresenta uma proposição (primeira frase) e uma razão para a proposição (segunda frase) unidas pela conjunção explicativa ou causal "porque". Após analisá-la, assinale a alternativa correta: (A) Se a proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão realmente é causa da proposição. (B) Se a proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão não é causa da proposição. (C) Se a proposição é verdadeira, mas a razão é falsa. (D) Se a proposição é falsa, mas a razão é verdadeira. (E) Se a proposição e a razão são falsas. 1. ( D ) Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação somente devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada (Art. 1.013, §2º, CPC) PORQUE Serão objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, inda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. (Art. 1.013, §1º, CPC) 2. ( B ) As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior (Art. 1.014, CPC) PORQUE As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. (Art. 1.009, CPC) 3. ( B ) Incumbe ao relator negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal (Art. 932, IV, CPC) PORQUE Incumbe ao relator não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. (Art. 932, III, CPC) 4. ( C ) A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que confirma, concede ou revoga tutela provisória (Art. 1.012, CPC) PORQUE West Gave dos Santos Página 23 Da sentença que confirmar a antecipação dos efeitos da tutela caberá o recurso de apelação quanto ao mérito e agravo de instrumento quanto à antecipação dos efeitos da tutela. (Art. 520, CPC) 5. ( C ) Nos casos em que a apelação é recebida somente no efeito devolutivo, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação (Art. 1.012, §4º, CPC) PORQUE O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser formulado por requerimento dirigido ao Vice-Presidente do Tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição (Art. 1.012, §3º, CPC) AULA 5 Questão objetiva: 1) Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá (MPE-SP - 2011 - MPE-SP - Promotor de Justiça): a) embargos do devedor, seguro o juízo; b) recurso de apelação; c) exceção de pré-executividade; d) objeção de pré-executividade; e) recurso de agravo de instrumento. (X) Art. 1.015, CPC 2) Em um processo que observa o rito comum ordinário, o juiz profere decisão interlocutória contrária aos interesses do réu. É certo que, se a decisão em questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá a parte dano grave, de difícil ou impossível reparação. Assim sendo, o advogado do réu prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja petição de interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do pedido de reforma da decisão agravada, além do nome e endereço dos advogados que atuam no processo. A petição está, ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que irão formar o instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no prazo legal, aos autos do processo, de cópia da petição do West Gave dos Santos Página 24 agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi arguido e provado pelo agravado. Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito da consequência processual decorrente ( FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III – Primeira Fase). a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera faculdade do agravante; b) Não será admitido o agravo de instrumento; (X) Art. 1.018, CPC c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, o exercício do juízo de retratação pelo magistrado; d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato processual manifestamente protelatório, devendo a parte agravante ser sancionada, e o feito, extinto sem resolução do mérito. Questão discursiva: Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi encaminhado pelo relator para o julgamento eletrônico, dispensando-se a sessão de julgamento. Agiu adequadamente o relator? Resposta: O magistrado não poderá converter o julgamento físico em eletrônico, deve marcar audiência. Registra-se que o dispositivo 945 que tratava da possibilidade de converter os recursos físicos em eletrônicos foi integralmente revogado pela lei 13.256/16. QUESTIONÁRIO 01. Cabe agravo de instrumento contra quais decisões interlocutórias? Resposta: Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; West Gave dos Santos Página 25 III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidosem lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 02. Quais são os requisitos da petição de agravo de instrumento: Resposta: Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos: I - os nomes das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido; IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. 03. Quais peças devem, obrigatoriamente, instruírem o agravo de instrumento? Resposta: Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. West Gave dos Santos Página 26 04. Como deve proceder o advogado em caso de inexistência de qualquer das peças obrigatórias que devem instruir o agravo de instrumento? Resposta: Artigo 1.017, II, CPC - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal. 05. Como deve proceder o relator do AI caso constate a falta de alguma peça obrigatória? Resposta: Artigo 1.017, § 3º, CPC. Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único. Art. 932. Incumbe ao relator: Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. 06. Em qual situação o Agravante não ficará obrigado a instruir o agravo de instrumento com as peças obrigatórias enumeradas no art. 1.017, I do CPC? Resposta: Artigo 1.017, §5º, CPC. Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia. 07. Qual a consequência decorrente da não comunicação ao juiz de primeiro grau da interposição do agravo de instrumento? Essa providência pode ser tomada de ofício pelo relator? Resposta: Artigo. 1.018, §3º, CPC. O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. Artigo. 1.018, §1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. 08. Quando é cabível o Agravo Interno? West Gave dos Santos Página 27 Resposta: Contra a decisão do relator que indeferir liminarmente ou der provimento ao agravo, ou a qualquer outro recurso caberá agravo interno para o órgão competente para o julgamento do recurso, no mesmo tribunal, dentro do prazo de 15 dias (art. 1.021, CPC). 09. Em quais situações será fixada multa a quem interpuser agravo interno? Resposta: Se o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o tribunal poderá aplicar ao recorrente multa entre um e cinco por cento do valor corrigido da causa. AULA 6 Questão objetiva: 1) Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que (Técnico Judiciário do TJ/RJ – Prova 1 – Concurso 2014): (A) têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão judicial; (B) devem ser interpostos no prazo de cinco dias; (C) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes; (X) Art. 1.026, CPC (interrompem o prazo) (D) podem dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como manifestamente protelatórios; (E) não estão sujeitos a preparo. 2) O TRF da 2ª Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão? a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo constitucional; b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal; c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal; West Gave dos Santos Página 28 d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da decisão; e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão. (X) Art. 1.027, II, CPC Questão discursiva: 1) Márcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz? Resposta: O CPC alinhou a sistemática dos embargos de declaração regida pela Lei nº 9.099/95 com a regra geral dos embargos de declaração. Neste sentido, os embargos de declaração interrompem o prazo para os demais recursos tanto no CPC como no microssistema processual dos juizados especiais cíveis, conforme dispõe o art. 1.065 do CPC. Portanto, a decisão do magistrado esta equivocada; O NCPC alinhou a interrupção também para os Juizados Especiais Cíveis conforme a regra do art. 1065 e com isso a parte ainda está no prazo para propor o recurso. QUESTIONÁRIO 01. Conceitue o Embargos de Declaração: Resposta: Dá-se o nome de embargos de declaração ao recurso destinado a pedir ao juiz ou tribunal prolator da decisão (sentença, decisão interlocutória ou acórdão) que afaste obscuridade, supra omissão ou elimine contradição existente no julgado. West Gave dos Santos Página 29 02. Alguns doutrinadores entendem que os Embargos de Declaração não possuem natureza de recurso. Quais argumentos eles utilizam para defender essa posição? Resposta: O argumento é que não são um recurso porque não dependem de preparo, não há exame por instância superior, não há observância do contraditório e não ensejam a modificação do julgado por essa via. 03. Tendo em vista que os embargos de declaração tem por objeto o esclarecimento da decisão judicial, ele pode ser praticado de ofício pelo juiz? Existe algum vício da sentença que o juiz possa corrigir de ofício? Resposta: Deve ser de iniciativa da parte, não podendo o juiz, de oficio, inovar na decisão, ainda que a pretexto de complementá-la ou de sanar- lhe contradição. O art. 494, I, do CPC permite a atuação oficiosa do juiz, após a prolação da sentença, tão somente para lhe corrigir inexatidões materiais ou lhe retificar erros de cálculo; nada mais. 04. O que são embargos de declaração prequestionatórios? Qual a posição do STJ sobre eles? Resposta: São embargos de declaraçãoutilizados com o objetivo de prequestionar questão Federal ou Constitucional para efeito de viabilizar a interposição de recurso especial ou extraordinário. Segundo o STJ eles não tem caráter protelatório (Súmula 98 STJ). 05. Os Embargos de Declaração estão sujeitos à observância do contraditório? Resposta: Nos embargos de declaração inexiste contraditório, exceto quando este tiver efeito modificativo (art. 1.023, §2º, CPC). Artigo 1.023, §2º, CPC. O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. O contraditório é um dos pilares necessários à viabilização do Estado Democrático de direito, para que haja o devido processo legal. West Gave dos Santos Página 30 06. Quais são as hipóteses de cabimento dos embargos de declaração? Resposta: Art. 1.022, CPC. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. 07. Os Embargos de Declaração são dotados de efeito devolutivo e suspensivo? Resposta: A devolutividade não permite a revisão da decisão recorrida, mas unicamente seu esclarecimento ou integração. A devolução se faz ao mesmo órgão que prolatou a decisão recorrida, e não a um órgão hierarquicamente superior. No entanto, não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para interposição de recurso (Art. 1.026, CPC). 08. Em quais situações a interposição dos embargos de declaração não interrompe o prazo para interposição de outros recursos? Resposta: Forem intempestivos; a parte não estiver regularmente representada; o recurso não estiver assinado. 09. Em quais hipóteses será aplicada multa à parte que opuser embargos de declaração? Resposta: Artigo 1.026 CPC: §2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. §3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. West Gave dos Santos Página 31 10. Quando não será admitida a interposição de novos embargos de declaração? Resposta: Artigo 1.026, §4º, CPC. Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA 1) Contra acórdão não unânime, proferido em apelação cível, que decide pela manutenção da sentença de primeiro grau poderá caber: a. embargos de declaração; (X) b. agravo regimental; c. embargos infringentes; d. agravo de instrumento. 2) Paulo propôs demanda em face de Tício, a qual foi julgada procedente em primeira instância. Inconformado, Tício interpôs recurso de apelação que não foi admitido. Entretanto, no julgamento da apelação, implicitamente, ocorreu violação à lei federal, razão pela qual não pôde Tício alegar essa ilegalidade anteriormente. Diante desses fatos, Tício: a. deverá interpor embargos de declaração para fins de prequestionamento e, posteriormente, recurso especial; (X) b. deverá interpor recurso especial, pois neste caso não há necessidade de prequestionamento; c. não poderá interpor qualquer recurso, na medida em que não ocorreu o prequestionamento; d. deverá interpor mandado de segurança contra os juízes que participaram do julgamento, diante da inexistência de recurso apto a sanar a violação de seu direito. 3) A oposição de embargos de declaração contra acórdão que julgou apelação determina: a. a suspensão do prazo para a interposição de outros recursos; West Gave dos Santos Página 32 b. a interrupção do prazo para a interposição de outros recursos; (X) c. a fluência do prazo para a interposição de outros recursos; d. o trânsito em julgado. 4) A respeito dos recursos no processo civil, assinale a opção correta: a. não cabe interposição de recurso ordinário para o STJ contra decisão proferida por juiz que atua em primeiro grau de jurisdição; b. caso haja sucumbência recíproca, admite-se, na apelação, no agravo de instrumento, nos recursos especial e extraordinário, o recurso adesivo, ao qual se aplicam as mesmas regras do recurso independente; c. caso o recorrente alegue no recurso de apelação e seja reconhecida a nulidade da citação, o tribunal determinará o retorno dos autos ao juízo de primeiro grau, o qual, por sua vez, deve determinar a repetição do ato citatório; d. com a oposição dos embargos de declaração, ocorre a interrupção do prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo se for ele intempestivo. (X) Art. 1.026 CPC 5) Em regra, não existe contraditório nos embargos de declaração, uma vez que é recurso destinado a suprir omissão, obscuridade ou contradição da decisão recorrida. Entretanto, é necessária a intimação da outra parte para apresentação de contrarrazões: a) caso os embargos tenham sido interpostos visando a efeitos modificativos, também chamados infringentes; (X) Art. 1.023 §2º CPC b) caso a parte recorrente alegue violação a dispositivo de lei federal; c) caso a parte recorrente alegue violação a dispositivo da Constituição Federal; d) em caso de decisão integrativa. AULA 7 Questões objetivas: 1) Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer repercussão geral sob pena de (OAB/SP – 2007) West Gave dos Santos Página 33 a) não ser provido pelo STJ. b) não ser provido perante o juízo a quo. c) não ser conhecido pelo juízo ad quem. (X) Art. 1.035, CPC d) não ser provido pelo juízo ad quem. 2) Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal Federal que não admite a repercussão geral é (OAB/RS – 2007) a) irrecorrível. (X) Art. 1.035 CPC b) passível de embargos infringentes. c) passível de reclamação. d) agravável. Questão discursiva: 1) Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator? Resposta: Não agiu adequadamente, pois o relator deveria remeter os autos ao STJ para julgamento como recurso especial conforme art. 1033 NCPC. Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA 1) Acórdão proferido por Colégio Recursal de Juizado Especial Cível: a. pode ser objeto de recurso especialou recurso extraordinário; b. pode ser objeto de recurso especial, apenas; c. pode ser objeto de recurso extraordinário, apenas; (X) West Gave dos Santos Página 34 d. não pode ser objeto nem de recurso especial, nem de recurso extraordinário. 2) Tratando-se de Recurso Extraordinário ou de Recurso Especial, é correto afirmar: a. por meio desses recursos não se pode pleitear a revisão da matéria de fato. Além disso, os possíveis fundamentos e hipóteses de cabimento, tanto do Recurso Especial quanto do Extraordinário, estão previstos na Constituição Federal; (X) b. para que sejam interpostos, é necessário que sejam formados instrumentos, já que esses recursos seguem para os órgãos julgadores, enquanto os autos de que se originaram permanecem arquivados no Tribunal a quo; c. tanto o Recurso Especial quanto o Extraordinário sempre possuem efeito suspensivo, paralisando a decisão impugnada; d. o Recurso Especial, ou o Extraordinário, quando interposto contra decisão interlocutória ficará retido nos autos e somente será processa do se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão de primeiro grau, ou nas contrarrazões de apelação. Importante ressaltar que essa retenção somente se dá no processo de conhecimento. 3) Relativamente aos recursos especial e extraordinário, é correto afirmar: a. o recurso extraordinário tem cabimento, na hipótese de dissídio jurisprudencial, quando há interpretação de lei federal, por Juízo de primeira instância ou Tribunal, de maneira divergente daquela conferida pelo acórdão de que se pretende recorrer; b. o recurso extraordinário tem cabimento quando a ofensa à Constituição Federal for indireta, ou seja, quando a decisão recorrida afrontar diretamente lei ordinária e indiretamente a Constituição Federal; c. quando o recurso extraordinário ou o recurso especial não forem admitidos, cabe agravo, dirigido ao Tribunal de origem, no prazo de 15 dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso; (X) d. o recurso extraordinário, ou o recurso especial, apenas quando interposto contra decisão interlocutória proferida nos autos de processo cautelar, ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra decisão final, ou para as contrarrazões. West Gave dos Santos Página 35 4) A respeito dos recursos extraordinário e especial, assinale a opção incorreta: a. se na decisão houver afronta à ordem constitucional e infraconstitucional, a interposição dos recursos extraordinário e especial deve ser simultânea, dado ser incabível o recurso extraordinário posterior para discutir questão preexistente. Ambos os recursos são interponíveis no prazo de quinze dias e devem ser veiculados em peças autônomas; b. a retenção de recurso especial interposto contra acórdão proferido no agravo de instrumento, deduzido em face de decisão interlocutória, impõe ao recorrente reiterá-lo no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para as contrarrazões; (X) c. é cabível o recurso especial contra decisão proferida em última instância, por violação de questão federal. Para o conhecimento do recurso pelo tribunal ad quem, exige-se que a matéria violada tenha sido objeto de discussão ou que, havendo omissão, tenham sido interpostos embargos de declaração com a finalidade de assegurar o requisito de pré-questionamento dos recursos excepcionais, ainda que o tribunal local não tenha sanado a omissão e rejeitado os embargos; d. quando o recurso especial se fundar em dissídio jurisprudencial, o recorrente deve demonstrar em suas razões de recurso, de forma analítica, a divergência na interpretação da lei federal, mediante certidão, cópia autenticada ou ainda mediante citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, em que tiver sido publicada a decisão divergente, mencionando as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. 5) Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer repercussão geral sob pena de: a. não ser provido pelo STJ; b. não ser provido perante o juízo a quo; c. não ser conhecido pelo juízo ad quem; (X) d. não ser provido pelo juízo ad quem. 6) No julgamento de recurso inominado pela Turma Recursal, mantém-se a decisão monocrática, porém, com violação pelo acórdão de lei federal e de preceito constitucional. Contra esta decisão da Turma Recursal será cabível: West Gave dos Santos Página 36 a. Recurso Especial ao Superior Tribunal de Justiça; b. Reclamação ao Supremo Tribunal Federal; c. Recurso Especial e Extraordinário, concomitantemente; d. Recurso Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. (X) 7) A contrariedade do julgado às normas contidas na legislação federal e às contidas na Constituição da República dá ensejo, respectivamente, a: a. recurso especial e recurso extraordinário; (X) b. recurso extraordinário e recurso ordinário; c. apelação e recurso ordinário; d. mandado de segurança e apelação. 8) No que se refere a matéria de recursos cíveis e à atuação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinale a opção correta: a. a cognição do STJ, no julgamento do recurso especial, abrange as questões de fato, podendo a Corte reexaminar a prova produzida; b. conhecimento e provimento de um recurso são expressões equivalentes; c. pode o STJ conhecer de um recurso especial e, no mérito, dar-lhe ou negar-lhe provimento; (X) d. pode o STJ conhecer de recurso especial interposto sob a alegação de que a decisão recorrida violou diretamente a Constituição Federal. 9) Da decisão recorrida que julgar válida, em única ou última instância, lei local contestada em face de lei federal, é cabível recurso: a. extraordinário; (X) b. ordinário ao STF; c. ordinário ao STJ; d. especial. 10) No que diz respeito ao instituto da repercussão geral, assinale a opção correta: a. Tal inovação tem por finalidade aumentar o número de processos que devem ser apreciados no STF, a fim de que as questões relevantes sejam todas julgadas o mais breve possível; West Gave dos Santos Página 37 b. Para a rejeição da repercussão geral, é necessária a manifestação da maioria absoluta dos membros do STF; c. A competência para a verificação da existência de repercussão geral, por decisão irrecorrível, é dos tribunais superiores e do STF; d. A decisão que nega a existência de repercussão geral vale para todos os recursos que versem sobre matéria idêntica, os quais serão indeferidos liminarmente. (X) 11) Contra o acórdão resultante do julgamento de uma apelação por uma Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o advogado da parte sucumbente pretende interpor recurso extraordinário. Será incabível esse recurso quando a decisão recorrida: a. declarar a inconstitucionalidade de lei federal; b. contrariar dispositivo da Constituição Federal; c. julgar válida lei local contestada em face de lei federal; d. julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (X) e. julgar válido ato de governo local contestado em face da Constituição Federal. 12) Com relação aos recursos especial e extraordinário, é ERRADO afirmar: a. O pré-requisito do pré-questionamento nunca pode ser dispensado; (X) b. O pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário de "repercussão geral da questãoconstitucional" não encontra pré-requisito análogo para o recurso especial; c. A interposição de recurso especial e extraordinário, em regra, produz apenas efeito devolutivo; d. Quando há a interposição e admissão de recurso especial e extraordinário, simultaneamente, os autos do processo serão primeiro remetidos ao STJ e, após, ao STF; e. É cabível recurso extraordinário contra decisões proferidas pelas turmas recursais dos juizados especiais cíveis, mas é incabível o recurso especial. 13. O recurso especial é cabível quando a decisão recorrida: a. contrariar dispositivo desta Constituição. b. contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência. (X) West Gave dos Santos Página 38 c. julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d. julgar válida lei local contestada em face de lei federal. e. declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. AULA 08 Questões objetivas: 1) Cabe o recurso de Embargos de Divergência o acórdão de órgão fracionário que: I. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade. II. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito. III. Nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal. a) Apenas o item II está correto. (X) Art. 1.043, CPC b) Os itens I e II estão corretos. c) Apenas o item III está correto. d) Os itens II e III estão corretos. e) Apenas o item I está correto. 2) Está incorreta a seguinte assertiva: a) No recurso de Embargos de Divergência, será observado o procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal superior. b) Cabe o recurso de Embargos de Divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros. c) Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso West Gave dos Santos Página 39 especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. d) O prazo para interpor Embargos de Divergência é de 05 dias. (X) Questão discursiva: 1) Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) selecionou dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga-se: a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual? Resposta: Sim, é possível a desistência da ação em curso no 1º grau de jurisdição antes da prolação da sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia (art.1.040,§1º, CPC). Se a desistência for antes da contestação ele ficará isento dos honorários de sucumbência, se ocorrer depois da contestação, ele não ficará isento dos honorários de sucumbência. b) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder? Resposta: Deverá fazer um requerimento demonstrando a distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá solicitar o prosseguimento da sua demanda (art. 1037, §9º, CPC). West Gave dos Santos Página 40 AULA 09 Questão objetiva: 1) Na hipótese é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver: I - simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. II - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão de fato e de direito. III - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. a) Apenas o item I está correto. (X) Art. 976, I, II, CPC b) Apenas o item III está correto. c) Os itens II e III estão corretos. d) Apenas o item II está correto. 2) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal: a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes; b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo Tribunal Federal; c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso; (X) Art. 942, CPC d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência. Questão discursiva: Antônio Silva, funcionário público, ajuizou ação em face do município de Jacarezinho, alegando que o Plano de Cargos e Salários de sua categoria profissional, estabelece como critério de progressão, níveis de escolaridade diferenciados e isso violaria o princípio da isonomia e o artigo 39, §1° da CRFB, eis que para o exercício do cargo exige-se apenas nível médio. Diante dos fatos, requereu seu reenquadramento na forma da Lei Municipal n. 388/2011, realizando de forma imediata a majoração West Gave dos Santos Página 41 de seu salário-base. O magistrado em sentença julgou procedente o pedido de Antônio. Inconformado, o ente público recorreu alegando, dentre outros motivos, que os requisitos estabelecidos na lei municipal são constitucionalmente válidos. O órgão colegiado, por unanimidade, acordou em suscitar o incidente processual cabível. Indaga-se: Qual incidente processual enquadra-se na hipótese? Explique e fundamente a sua resposta. Resposta: Trata-se da ocorrência do incidente de argüição de inconstitucionalidade da lei municipal (lei nº 388/2011) a qual supostamente afronta o preceito estabelecido no artigo 39, §1º, inciso I, CF, exigindo o critério de graus de escolaridade para progressão em cargos de nível médio. Registrando que é vedado a tal órgão fracionário o julgamento de mérito declarando a inconstitucionalidade da norma ou lei atacada, visto a reserva do pleno consagrada no artigo 97, da CF. INÍCIO DO CONTEÚDO DADO EM AV2 AULA 10 Aplicação: articulação teoria e prática Questão objetiva: 1) Com o objetivo de expandir a prestação jurisdicional e aperfeiçoar a legislação outrora em vigor, promulgou-se a Lei nº 9.099/95, criando os “Juizados Especiais Cíveis e Criminais”. A sentença proferida em processo seguindo este rito está sujeita a recurso ao próprio Juizado, sendo julgado por turma composta por 3 (três) juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição. No âmbito civil, o acórdão prolatado pela turma recursal está sujeito (XLV Concurso para ingresso na Magistratura do TJRJ): West Gave dos Santos Página 42 a) à reclamação ao Superior Tribunal de Justiça, desde que o acórdão
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