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QUESTIONÁRIO 3 - As artes práticas na Protoquímica

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UINIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CURSO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA QUÍMICA
PROFESSORA: AURELICE OLIVEIRA
QUESTIONÁRIO 3 – AS ARTES PRÁTICAS NA PROTOQUÍMICA
No seu entendimento o que acarretou a perca do conhecimento das antigas civilizações. 
A transmissão oral favoreceu a perca do conhecimento das civilizações antigas devido as habilidades serem transmitidas de pai para filho e de mestre para aprendiz. Não havia a preocupação de escreverem documentos para preservar o conhecimento. 
Qual a relação existente entre os metais que os antigos conheciam e as divindades cultuadas naquela época? Quais eram esses metais?
Os astrólogos acreditavam que os astros tinham forte influência sobre as mais variadas atividades humanas. Provavelmente por causa dessa crença os alquimistas e metalurgistas acreditavam que o sucesso na transmutação era garantindo por uma posição favorável dos astros, do que deve ter surgido esta associação dos metais com o Sol, a Lua e os planetas: Ouro – o Sol; Prata – a Lua; Cobre – Vênus; Ferro – Marte; Mercúrio – Mercúrio; Estanho – Júpiter (antes era o Electrum); Chumbo – Saturno.
Onde, quando e com qual finalidade surgiu a metalurgia?
Acredita-se que o primeiro contato do homem com os metais ocorreu por volta de 6 a 4 mil anos a.C. com metais encontrados em seu estado natural como o ouro e o cobre. Os primeiros trabalhos com cobre de que se tem notícia foram feitos por volta de 6.000 a.C. na Mesopotâmia e eram apenas materiais pouco trabalhados. Apenas 2000 anos depois é que se desenvolveram métodos um pouco mais sofisticados de trabalhar o metal. Da mesma época, tem-se registros de materiais feitos com uma liga metálica de cobre e estanho, o bronze e, apenas por volta de 2000 a.C. foi descoberto o ferro. A finalidade inicial da metalurgia era a fabricação de armas e ferramentas.
Entre as muitas aplicações, o ouro também apresenta uma de uso medicinal. Qual é esta aplicação e por quê?
Conhecia-se também na antiguidade o uso medicinal do ouro. Discórides recomenda-o como antídoto em intoxicações com mercúrio (possivelmente, como sabemos hoje, a formação de um amálgama reduzia o efeito do mercúrio).
Por que é difícil datar o início do uso do ferro pelos homens como foi feito com os demais metais conhecidos tais como ouro, prata e cobre?
A pouca resistência do ferro às inclemências do tempo dificulta datar o início de seu uso. Os primeiros objetos conhecidos de ferro provêm do Egito, do interior de pirâmides, dos anos de 2900 – 2500 a. C. Este metal era de início bastante dispendioso, sendo muito mais caro do que o cobre por exemplo.
Qual a importância do uso do ferro como forma do poder bélico entre os povos da antiguidade?
O ferro passou a ser importante quando se aprendeu a fazer dele o aço (c. 1500 a. C.): a vitória dos hititas sobre os babilônios deve-se às armas de aço dos primeiros, nitidamente superiores às de bronze de seus adversários.
O que é uma liga metálica? Quais as mais utilizadas na antiguidade e com quais finalidades?
As ligas metálicas são misturas formadas por dois ou mais elementos, sendo que pelos menos um deles é um metal. Elas possuem propriedades que os metais individualmente não possuem. As ligas metálicas mais utilizadas na antiguidade eram o bronze, o asem ou electrum e o latão. O bronze é uma liga que contém proporções variáveis de cobre e estanho. Os gregos confeccionavam suas moedas de bronze. O bronze também foi usado inicialmente para fabricar armas e ferramentas. O asem ou electrum é uma liga de ouro e prata de ocorrência natural, com propriedades tão diferente das do ouro e da prata que aos antigos parecia outro metal. Usado em adornos (“ouro branco”), eram-lhe também atribuídas propriedades mágicas, por exemplo, um indicador para substâncias tóxicas. O latão é uma alternativa ao bronze surgida no primeiro milênio a. C., aparentemente na Ásia Menor (liga Cu + Zn). Tinha uso em objetos de utilidade e de adorno, e em moedas.
Quais os materiais minerais além dos metais que eram conhecidos e extraídos da natureza? Para que finalidade estes eram utilizados?
O chumbo foi utilizado desde cedo por causa da facilidade de obtenção do metal a partir de seus minérios. Os gregos e romanos utilizaram o chumbo na construção, por exemplo nos encanamentos. O estanho era utilizado diretamente na obtenção do bronze e, possivelmente, na fabricação de objetos de puro estanho como cita Homero. O zinco era utilizado em vez do estanho na liga metálica de latão e os romanos cunhavam moedas deste material. O níquel talvez figure acidentalmente em materiais antigos: uma moeda de Eutidemo, rei da Bactria (c. 235 a. C.) contém cobre e 20% de níquel. Também na China há menção de ligas de cobre, estanho e níquel.
Como era feito o processo de mumificação pelos egípcios?
A mumificação era um interessante procedimento de natureza química praticada pelos egípcios, e envolvia asfalto, resinas e agentes secantes como a soda cristalina. Heródoto distingue três processos de embalsamento e os descreve. A sua interpretação, porém, foi incorreta e confundiu os estudiosos por muito tempo. Dados analíticos modernos mostram que deve ter havido diversos processos distintos de embalsamamento e mumificação. A análise de uma resina de uma múmia da 30ª dinastia (Reutter, 1911) mostra 49,0% de resinas de styrax e mastix com asfalto, 6,5% de resinas de cedro e cipreste, 1,7% de resinas de identificação difícil e 42,7% de materiais inorgânicos vários.
Relate sobre a descoberta acidental do vidro pelos fenícios?
Plínio relata na “História Natural” (Livro XXXVI) a lenda da descoberta acidental do vidro pelos fenícios, que acampados numa praia do Mediterrâneo fizeram fogo na areia contendo soda (natron), sustentando a lenha em pedras de calcário. Apagando o fogo, teriam observado a formação, sobre a areia, de uma massa “vítrea” translúcida. 
Descreva de maneira breve sobre as duas hipóteses sobre a descoberta do vidro.
São duas as hipóteses tidas como plausíveis sobre a descoberta do vidro, segundo R. Brill: ou o vidro é um subproduto de operações metalúrgicas, pois a fundição de certos minérios de cobre e chumbo leva a escórias silicosas vítreas e a experimentação com ela poderia ter levado ao vidro; ou, o vidro surgiu como evolução de uma sequência de produção de materiais cerâmicos (seria o resultado da evolução da cerâmica, e a etapa imediatamente anterior ao vidro seria a faiança). A faiança é revestida por uma camada vítrea obtida a partir de sílica e soda.
Dê exemplos de pigmentos minerais utilizados pelos antigos povos.
Seguem três exemplos de pigmentos minerais de períodos diferentes, citados de acordo com a obra de Stillman:
Da tumba de Perneb, Egito, 2650 a. C.:
vermelho = oxido de ferro
amarelo = argila + ferro ou ocre
azul-pálido = azurita (carbonato de cobre)
verde = malaquita (carbonato básico de cobre)
(análise de Maximilian Toch, 1918)
Cerâmicas gregas (1500 – 500 a. C.):
Vermelho = oxido de ferro, cinábrio
Preto = oxido de manganês
Azul = minerais de cobre
Branco = certos fosfatos
(análise de A. O. Rhousoupoulos)
Pigmentos romanos analisados por Davy:
Vermelho = oxido de ferro, mínio, cinábrio
Amarelo = ocre
Verde = carbonato de cobre
Azul = silicato de cobre
Preto e marrom = carvão, óxido de manganês 
Entre os pigmentos orgânicos de origem vegetal e animal, quais os mais importantes?
Entre os corantes orgânicos de origem vegetal e animal, três merecem especial atenção: índigo, púrpura e alizarina.
Onde surgiu a técnica de tingimento de tecidos?
Acredita-se que o tingimento de tecidos surgiu na Índia (indilcos é o nome grego para o hindu, e daí vem o nome índigo). Da Índia, o tingimento passou para a Pérsia, Fenícia e Egito (foram encontrados têxteis tingidos em tumbas do século XXV a. C.).
Relate sobre o “quimismo” da fabricação do índigo.
O percursor natural do índigo é o indicano, e o quimismo da sua obtenção é resumidamente: Oxidação no ar
 hidrólise
Indicano 	Glicose + IndoxilÍndigo.
Dê a estrutura química e o nome dos corantes dos povos da antiguidade.
Classificação de Antigos Pigmentos Gregos
	Cor
	Pigmento
	Fórmula química
	Vermelho
	Hematite
Cinábrio
Realgar
	Fe2O3
HgS
As2S3
	Amarelo
	Ocres amarelos
Orpimento
	Fe2O3. H2O
As2S3
	Verde
	Malaquita
Crisocola
Verdete
	Cu(OH)2. CuCO3
CuSiO2. 2H2O
Cu(OH)2. Cu(C2H3O2). 5H2O
	Azul
	Azurita
“Azul egípcio”
	Cu(OH)2. 2CuCO3
CaCuSi2O
	Branco
	Cálcario (giz)
Gesso
“Chumbo branco”
	CaCO3
CaSO4. 2H2O
Pb(OH)2. 2PbCO3
	Preto
	Pirolusita
	MnO2
Qual a diferença existente no uso de plantas com fins medicinais pelos antigos e pelos povos da atualidade. Dê exemplos.
Nas civilizações chinesa, hindu e mediterrânea existiam registros extensos de plantas e minerais para uso medicinal. Os egípcios tratavam constipação com óleo de rícino e com folhas de sena, e tratavam indigestão com hortelã e com óleo de cominho. Estas plantas, em parte cultivadas, são ainda hoje usadas na medicina popular, com a diferença de que agora são conhecidos os princípios ativos responsáveis por suas propriedades fisiológicas.

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