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AÇÃO INVEST PATERNIDADE COM ALIMENTOS

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ.
KAUÃ NOBREGA, menor impúbere, representado por sua genitora, ELIZABETH NOBREGA, brasileira, solteira, auxiliar de escritório, carteira de identidade nº xxxxx, CPF nº xxxxxxxx, endereço eletrônico fatima12@gmail.com, todos residentes e domiciliados na Rua das Pedras, nº 174, casa 2, Vargem Grande, Cep: xxxxxxxxx, Rio de Janeiro, RJ, por meio de seu advogado infra assinado, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento na Lei de Investigação de Paternidade e na Lei de Alimentos, bem como no artigo 277, § 6º da Constituição Federal, propor a presente:
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Em face de FLÁVIO OLIVEIRA, brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade nº xxxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxxxxxxx, com endereço comercial na Rua do Riachuelo, nº 240 – Loja A, Rio de Janeiro, Cep: 22110-002, pelos motivos doravante expostos.
I- PRELIMINAR
01 - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Consigna-se, de plano, que os Requerentes, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV, Art. 1º, § 2º da Lei n. 5478/68, bem como Art. 98 da Lei 13.105/2015, à vista de que momentaneamente não podem arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu sustento próprio e de sua família, conforme declaração anexa, pleiteiam os benefícios da Justiça Gratuita.
II - MÉRITO
01 - DOS FUNDAMENTOS FÁTICOS
Em setembro de 2017, a genitora do autor conheceu o réu, com quem teve um relacionamento rápido de dois meses, vindo a engravidar. Logo comunicou ao então namorado, que ficou desesperado propondo que não seguisse com a gravidez, tendo em vista, ser ele casado e já ter dois filhos menores, e ameaçando-a de interromper o relacionamento. Mesmo assim, a genitora prosseguiu com a gravidez, o réu então terminou o romance e alegou que o filho poderia não ser dele, visto que quando a conheceu, ela mantinha um relacionamento com uma outra pessoa. Ocorre que a genitora tem certeza de que o autor é filho do réu, e este não vem contribuindo com os alimentos.
A genitora do menor, tem uma despesa mensal em torno de R$2.000,00 com a criança, estando ela desempregada, trabalhando informalmente como diarista, morando temporariamente na casa de um familiar, tem tido muitas dificuldades para prover o sustento do menor. Enquanto que o réu, tem uma renda estimada em R$50.000,00, pois é dono do seu próprio negócio, que é muito próspero.
02 - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
2.2 DA INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE
Como relatado acima, a demanda trata de reconhecimento da paternidade e consequente prestação alimentícia obrigatória.
A pessoa que tem a obrigação de prestar alimentos é qualquer dos genitores que não esteja com a guarda do filho menor, ainda que o menor esteja com terceiro como medida preparatória para adoção (ECA, Art. 33, § 4º).
Porém, para que se possam prover os alimentos de forma legal há de se comprovar o vínculo sanguíneo entre o requerido e seus filhos, motivo porque se requer, desde já, o deferimento da investigação de paternidade e, havendo sua recusa, a decretação de paternidade presumida, nos moldes da Súmula n. 301 do STJ, que diz:
STJ – Sumula 301
“Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.”
2.3 DO DEVER DE ALIMENTAR
Consigna-se, outrossim, que a demanda encontra regulamentada na própria Constituição Federal, Art. 229, que dispõe sobre o dever alimentar dos pais, assim como na Codificação Civil em seu Art. 1.694. 
Logo, o que se põe a crivo deste Juízo trata-se de um direito mínimo a substância da criança, portanto, direito à vida, que está sob a guarda materna, medida que desvela a extrema necessidade deste Juízo designar, de pronto, os alimentos provisórios, conforme dicção do Art. 4º da Lei 5.478/68 e do Art. 1.706 do Código Civil/2002.
Outro ponto que merece destaque é que o critério para se fixar o montante devido a título de pensão alimentícia é a conjugação proporcional e razoável da (a) possibilidade econômica do requerido; e (b) da necessidade do requerente.
É, inclusive o que dispõe o § 1º e artigo 1.694 do Código Civil de 2002, bem como o artigo 8º do Código de Processo Civil de 2015.
Atento a isto, o pleito que se leva ao Juízo requer a fixação imediata de prestação alimentícia, observado a proporcionalidade entre a necessidade alimentícia do representado e a possibilidade do alimentando.
Frise-se, em boa hora, que os alimentos – em que pese o nome possa induzir a ser – não abarcam unicamente a necessidade de comer, mas toda manutenção básica do indivíduo, tais como as vestimentas, saúde, lazer, educação, etc.
No presente caso, o dever de prestar os alimentos incumbe inequivocamente ao pai.
III - DOS PEDIDOS
À vista das fortes razões expostas nas linhas pretéritas, requer-se:
A concessão da Justiça Gratuita, nos termos do Artigo 98 da Lei n. 13.105/2015 e Art. 1º, § 2º da Lei n. 5478/68, por ser a requerente hipossuficiente, na forma da lei;
a Citação do requerido no endereço elencado, com a respectiva designação de Audiência Preliminar (art. 695 CPC de 2015), citando e intimando o requerido para que se manifeste sobre o pleito em questão, conforme determinação legal;
Com o reconhecimento espontâneo da paternidade ou diante de fortes indícios desta, a concessão de liminar fixando os alimentos provisórios (Art. 7º da Lei 8560/1992 c/ Art. 4º da Lei 5.478/68), no percentual de 20% sobre a renda bruta do réu, a ser depositado na conta corrente da genitora do menor, Banco xxxx, agência xxxxx, conta corrente xxxxx;
A intimação do ilustre representante do Ministério Público Estadual para que atue como Custus Legis, em virtude da presente demanda envolver interesse de menor (Art. 698 do Código de Processo Civil de 2015);
Seja, por fim, julgado procedente o pedido em sua integralidade com a declaração da paternidade, acrescendo-se ao nome dos requerentes o sobrenome do pai e a expedição do competente mandado de averbação, e a condenação do Requerido ao pagamento de pensão alimentícia devidamente convertida em caráter definitivo, no percentual de 20% sobre a renda bruta do réu, , a ser depositado na conta corrente da genitora do menor, Banco xxxx, agência xxxxx, conta corrente xxxxx, até o 5º dia útil de cada mês ;
Condenação do requerido ao pagamento das verbas sucumbenciais;
Seja admitido todos os meios de provas em direito permitidos, principalmente a oitiva das testemunhas e demais documentos que se fizerem necessários e, em especial, a prova documental e testemunhal.
Dá-se à causa o valor de R$10.000,00 para fins de alçada.
Termos em que pede e espera o deferimento,
Local, data.
Advogado/OAB

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