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História Natural da Doença Medidas de Prevenção Profa.: Ana Catarina de Melo Araújo História Natural da Doença (HND) A noção de prevenção tem como fundamento o processo patológico denomimado História Natural da Doença (Leavell & Clark, 1976). HND é o conjunto de processos interativos que criam o estímulo patológico no meio ambiente, passa pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. O modelo de HND abrange a doenças em dois meios •Meio externo (ou meio ambiente) – local onde se desenvolve todas as etapas para a determinação da doença. Ex: fatores físicos, biológico e sociopolítico- cultural. •Meio interno – local onde se processa modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas. Neste meio atuam fatores intrínseco, fatores hereditários ou congênitos. Evolução do processo patológico Pré-patogênese Evolução da dinâmica entre fatores externos e internos, até o estabelecimento de uma configuração propícia a instalação da doença. Agentes físicos e químicos: interagem com a unidade celular. Ex: radiação (câncer), mercúrio (alterações neurológicas. Biopatógenos: Bioagente (ancilostomídeo, nematódeos) que tem ação direta sobre o meio interno do corpo humano. Agentes genético: alterações cromossômicas. Ex: Síndrome de Down, resistência ou suscetibilidade que os indivíduos apresentam frente às doenças. Agentes nutricionais: carência (xeroftalmia – cegueira causada pela carência de vitamina A) ou excesso de um fator (obesidade mórbida). Agentes patogênicos Determinantes econômicos: renda x doença A doença é resultado de determinantes: Determinantes culturais: preconceitos, hábitos, crendices. Determinantes ecológicos: produzidos por fatores naturais ou artificiais (poluição) Determinantes biológico: presença do agente etiológico, vetor, reservatório, hospedeiro. Determinantes psicossociais: fatores que atuam no psiquismo humano. Ex: desemprego, isolamento social, carência afetiva. Patogênico Desenvolvimento do processo patológico no homem. Inicia-se com as primeiras alterações que o agente patogênico provoca no sujeito afetado, seguido de alterações celulares, dos órgãos e sistemas, evoluindo para sequelas, cronicidade, morte ou cura. Patogênico Esse modelo considera quatro níveis de evolução da doença: 1. Interação agente-sujeito: nesta etapa, alguns fatores agem predispondo o organismo à ação subsequente de outros agentes patógenos. Ex: a má nutrição, por exemplo, predispõe à ação patogênica do bacilo da tuberculose. 2. Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas: neste estágio, a doença já se implantou no organismo afetado. Embora não se percebam manifestações clínicas, já ocorrem alterações histológicas de caráter genérico em nível subclínico. Patogênico 3. Sinais e sintomas: superado o horizonte clínico, os sinais iniciais da doença, ainda confusos, tornam-se nítidos, transformando-se em sintomas. Desfecho da doença: cura ou sequela ou morte. 4. Cronicidade: a evolução clínica da doença pode conduzir o doente a um estado de cronicidade ou a um dado nível de incapacidade física por tempo variável. Desfecho: cura ou invalidez permanente ou morte. Níveis de Prevenção Prevenção Primária PRÉ-PATOGÊNESE 1º Nível: Promoção da saúde 2º Nível: Proteção específica Prevenção secundária PATOGÊNESE 3º Nível: Diagnóstico precoce e tratamento imediato 4º Nível: Limitação da invalidez. Prevenção Terciária PATOGÊNESE 5º Nível: Reabilitação Prevenção primária 1º Nível – PROMOÇÃO DA SAÚDE: As medidas adotadas não se dirigem a determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar geral. Ex: moradia adequada, escolas, áreas de lazer, alimentação adequada. 2º Nível – PROTEÇÃO ESPECÍFICA: É a prevenção em seu sentido convencional e compreende medidas aplicáveis a uma doença ou grupo de doença específicas, visando interceptá-la antes que atinja o homem. EX: imunização, saúde ocupacional, higiene pessoal. Prevenção secundária 3º Nível – DIAGNÓSTICO PRECOCE E TRATAMENTO IMEDIATO: Tem por finalidade evitar a contaminação de terceiros, curar ou estacionar o processo evolutivo da doença e evitar a invalidez prolongada. Ex: exames periódicos, isolamento, tratamento. 4º Nível – LIMITAÇÃO DA INVALIDEZ: Prevenção ou retardo das consequências de moléstias clínicas avançadas. EX: evitar sequelas. Prevenção terciária 5º Nível – REABILITAÇÃO: Tem por finalidade recolocar o indivíduo afetado em posição útil na sociedade com a máxima utilização de sua capacidade restante. Ex: reabilitação HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS E PREVENÇÃO HISTÓRIA NATURAL DE UMA DOENÇA NO HOMEM Etapa Sub-clínica Doença ou incapacidade declarada Próximo da morte Saúde ótima Morte Ambiente Período pré-patogênese Período de patogênese Saúde sub-ótima Produção de estímulos Horizonte clínico Interação
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