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B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Potencial de Membrana B io fí s ic a – P r o f M a y k o n SISTEMA NERVOSO B io fí s ic a – P r o f M a y k o n 1. Generalidades • O Sistema Nervoso tem a capacidade de receber, transmitir, elaborar e armazenar informações. • Não somente é afetado pelo meio externo, mas também pelo meio interno, isto é, tudo que ocorre nas diversas regiões do corpo. • As mudanças no meio externo são apreciadas de forma consciente, enquanto as mudanças no meio interno não tendem a ser percebidas conscientemente. • Quando ocorrem mudanças no meio, e estas afetam o sistema nervoso, são chamadas de estímulos. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n 1. Generalidades • O sistema nervoso, junto com o endócrino, desempenha a maioria das funções da regulação do organismo. • O sistema endócrino regula principalmente as funções metabólicas do organismo. • Com a denominação de sistema nervoso compreendemos aquele conjunto de órgãos que transmitem a todo o organismo os impulsos necessários aos movimentos e às diversas funções, e recebem do próprio organismo e do mundo externo as sensações. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n • 2. Conceitos: • 2.1 - Sistema Nervoso: • É um conjunto de órgão responsáveis pela coordenação e integração dos demais sistema orgânicos, relacionado o organismo com as variações do meio externo e controlando o funcionamento visceral. • 2.2 – Neuroanatomia: B io fí s ic a – P r o f M a y k o n • 3. Célula nervosa (neurônio): • 3.1 - Estrutura da célula: • 3.1.1 - corpo celular • 3.1.2 - prolongamentos celulares: • a. dendritos: prolongamentos curtos • b. axônio (fibra nervosa) prolongamentos longos • 3.1.3 - bainha de mielina: é uma bainha de tecido gorduroso que envolve as fibras nervosas agindo como meio isolante B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n • 3.2 – Evolução e função dos três neurônios fundamentais: • 3.2.l - neurônio sensitivo: levam informações ao sistema nervoso central • 3.2.2 - neurônio motor: levam a resposta elaborada ao órgão efetuador da resposta (músculo ou glândula) • 3.2.3 - neurônio de associação: analisa as informações, armazena sob a forma de memória, elabora padrões de resposta ou geram respostas espontâneas. Quanto maior o número de neurônios de associação participando em uma via nervosa, mais elaborada será a resposta. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Epitélio de revestimento Neurônio sensitivo Gânglio Neurôni o motor Neurônio de Associação B io fí s ic a – P r o f M a y k o n 3.3 - Tipos de Neurônios: • – pseudounipolar (neurônios sensitivos) • – bipolar (neurônios sensitivos) • – multipolar (neurônios motores) 3.4 - Cadeia neuronal: é a disposição dos neurônios no circuito ou vias nervosas. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Neurônios Multipolares tem muitas extensões saindo do corpo celular, embora apenas um seja o axônio. (Exemplos: Neurônios piramidais, células de Purkinje). Neurônio Pseudounipolar (Ex: células dos gânglios dorsais). Tem dois axônios ao invés de um axônio e um dendrito. Um dos axônios vai até a medula espinhal, enquanto outro vai em direção da pele ou músculo. Neurônio Bipolar tem duas extensões saindo do corpo celular, que ficano centro (exemplo: células da retina). B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Existem algumas diferenças entre Axônios e Dendritos • Axônios • Leva informação do corpo celular • Superfície lisa • Normalmente apenas 1 por célula • Sem ribossomos • Pode ser recobertos com mielina • Ramifica longe do corpo celular • Dendritos • Traz informação para o corpo celular • Superfície irregular (espinhas dendríticas) • Muitos dendritos por célula • Tem ribossomos • Sem recobrimento de mielina • Ramificam perto do corpo celular B io fí s ic a – P r o f M a y k o n II - DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO: • 1 - Critério morfológico: – - Sistema Nervoso Central (SNC): • É a parte do sistema nervoso situado dentro da caixa craniana e no canal vertebral. • Analisa as informações, armazena sob a forma de memória, elabora padrões de resposta ou gera respostas espontâneas. – - Sistema Nervoso Periférico (SNP): • É aparte do sistema nervoso situada fora da caixa craniana e do canal vertebral interligando o SNC a todas as regiões do corpo B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n II - DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO: • • 2 - Critério Funcional: • 2.1- Sistema Nervoso Somático (SNS) (vida de relação) Relaciona o organismo com a variações do meio externo. • 2.2 - Sistema Nervoso Visceral (SNV) (vida vegetativa) Relaciona o organismo com a variações do meio interno. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n III - ORGANIZAÇÃO MORFO-FUNCIONAL: • 1 – Vias aferentes: levam informações ao sistema nervoso central • 2 – Vias eferentes: levam a resposta elaborada ao órgão efetuador da resposta (músculo ou glândula) • 3 – Vias de associação: analisa as informações, armazena sob a forma de memória, elabora padrões de resposta ou geram respostas espontâneas. Quanto mais neurônios de associação mais refinada será a resposta. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n IV - ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: • 1. Divisão do SNC: • 1.1 - Encéfalo: (dentro da caixa craniana) • 1.1.1 – Cérebro • a. Telencéfalo (hemisférios cerebrais) • b. Diencéfalo • 1.1.2 - Tronco cerebral: • a. Mesencéfalo • b. Ponte • c. Bulbo • 1.1.3 – Cerebelo • 1.2 - Medula espinhal (dentro do canal vertebral) B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n • 2. Estrutura e constituição do SNC: • 2.1 - Substância cinzenta : áreas contendo os corpo celulares (neurônios) • 2.2 - Substância branca: áreas contendo as fibras nervosas envolvidas por bainha de mielina. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n • 3. Cavidades do SNC: • 3.1 - canal ependimário (medula espinhal) • 3.2 - Ventrículos encefálicos: • 3.2.l - ventrículos laterais (telencéfalo) • 3.2.2 - III ventrículo (diencéfalo) • 3.3.3 - aqueduto cerebral (mesencéfalo) • 3.3.4 - IV ventrículo (ponte e bulbo) B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n 4. Envoltórios do SNC (Meninges): • 4.1. – Conceito: • Membranas conjuntivas que envolvem e protegem o SNC dentro das caixas ósseas. • 4.2 – Tipos: • a. Dura-máter: ( mais externa e forma um saco fechado) • a1. espinhal (l folheto) • a2. encefálica (2 folheto) • b. Aracnóide (média) • c. Pia-máter (mais interna e responsável pela forma do SNC) B io fí s ic a – P r o f M a y k o n 4. Envoltórios doSNC (Meninges): • 4.3 - Espaços: • a. epidural ( entre dura-mater e o osso – contem veias) • b. sub-dural (entre a dura-mater e aracnoide - virtual) • c. sub-aracnoídeo: contém o líquido cefalorraquidiano (liquor) B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n • 5. Líquor: • 5.1 – Conceito: • Liquido incolor, inodoro, insípido de origem plasmática produzido nos ventrículo encefálico que circula no espaço sub-aracnoídeo protegendo o SNC. • 5.2 – volume circulante: 150 ml • 5.3 – volume produzido diariamente: 500 ml • 5.4 – Circulação: ventrículos encefálico – espaço subaracnoídeo – granulações aracnoídeas - seios da dura-máter B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Anatomia Macroscópica – Medula espinhal: • Conceito: massa nervosa com forma cilíndrica. • Situação: ocupa quase todo canal vertebral. • Dilatações: – a. intumescência cervical: é maior; onde saem os nervos que formam o plexo braquial. – b. intumescência lombar: onde saem os nervos que formam o plexo lombo-sacral. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Medula espinhal • 6.1.4. Cauda eqüina: são as raízes dos últimos nervos espinhais. • 6.1.5. Funções: • reflexos do pescoço para baixo; • passagem de informações sensitivas (chegam ao córtex) e ordens motoras da parte somática para comandar o corpo. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Tronco cerebral 6.2. 6.2.1. Conceito • 6.2.2. Situação: Na frente do cerebelo apoiado na parte basilar do osso occipital; está preso ao cerebelo por três pares de pedúnculos (feixes de fibras). • São eles: – pedúnculo cerebelar inferior (bulbo ao cerebelo), – pedúnculo cerebelar médio (ponte ao cerebelo), – pedúnculo cerebelar superior (mesencéfalo ao cerebelo). B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Tronco cerebral • 6.2.3. Divisão • a. BULBO (ou medula oblonga): • - pirâmides: elevações na região anterior do bulbo formada por fibras descendentes (motricidade voluntária). • - decussação das pirâmides: 75% a 90% das fibras que descem pelas pirâmides, cruzam o lado oposto (explicando o comando oposto dos lados). • - olivas: na face lateral do bulbo; é a substância cinzenta; os neurônios são envolvidos com atividade motora repetitiva (motricidade involuntária). B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Tronco cerebral • 6.2.3. Divisão: • b. PONTE: formada por inúmeras fibras de disposição transversal; • - sulco basilar (depressão no meio da ponte, onde repousa a artéria basilar); • c. MESENCÉFALO: feixes de fibras que ligam o córtex a centros subcorticais (abaixo do córtex); possui o pedúnculo cerebral. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Tronco cerebral • 6.2.4. Funções: • reflexos da cabeça; • localizado o centro respiratório, o vasomotor, centro do vômito; • controla o nosso sentido de alerta; • passagem de inúmeras fibras ascendentes. • Conexão com 10 pares de nn. cranianos B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Cerebelo • 6.3.1. Conceito: • 6.3.2. Situação: posteriormente ao tronco cerebral, repousa na fossa craniana posterior, dentro da fossa cerebelar. • 6.3.3. Constituição: • - vermis: estrutura ímpar central mediana; • Movimentos do pescoço, ombro, quadril • - dois hemisférios cerebelares (direito e esquerdo). • Movimentos do MMSS e MMII B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Cerebelo • 6.3.4. Funções: • - controle motor (indireto): tônus muscular, postura, coordenação motora, equilíbrio, marcha, aprendizagem motora repetitiva; • - função sensorial é inconsciente • - é homolateral • - mantém a ordem do córtex. • - assume todo movimento que precisa ser mantido após iniciado • Movimento de partida = córtex • Movimento automatizado = cerebelo (não gera, mantém) B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Cérebro (Telencéfalo + Diencéfalo): • 6.4.1. Diencéfalo: • 6.4.1.1. Conceito: • 6.4.1.2. Situação: entre o mesencéfalo e o telencéfalo. • 6.4.1.3. Divisão: • a tálamo: • b. hipotálamo: • c. epitálamo: • d. subtálamo: B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Diencéfalo • 6.4.1.3. Divisão: • a tálamo: superior e anterior; duas massas ovóides de substância cinzenta; serve como reler das sensibilidades do córtex (menos do olfato). Motricidade, comportamento emocional, sensibilidade B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Diencéfalo • 6.4.1.3. Divisão: • b. hipotálamo: inferior e anterior; é o centro de controle do SNA, faz parte do sistema límbico (emoções); possui a hipófise, que é dividida em adeno-hipófise (anterior) e neuro-hipófise (posterior). Controle da atividade visceral – homeostase do meio interno (controle do SNA, temperatura corporal, emoções, sono, vigília, fome, sede, diurese) • c. epitálamo: superior e posterior; produz hormônio (melatonina) que age sobre o ritmo circadiano (relógio biológico), e influenciada pela luz, inibe a maturação das gônadas – Glândula pineal. • d. subtálamo: área de transição entre o mesencéfalo e o diencéfalo (possui núcleos motores). Controle da atividade motora subconsciente. B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Cérebro B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Cérebro: • 6.4.2. Telencéfalo: • 6.4.2.1. Conceito: formado pelos dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo), que são divididos parcialmente pela fissura longitudinal do cérebro e comunicam-se através do corpo caloso. • 6.4.2.2. Situação B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Cérebro: • 6.4.2.3. Corpo caloso: fibras que conectam um hemisfério cerebral a outro. • 6.4.2.4. Divisão em lobos: • a. lobo frontal. • b. lobo parietal. • c. lobo temporal. • d. lobo occipital. • e. lobo da ínsula (profundamente no sulco lateral). B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Cérebro (80% do encéfalo): • 6.4.2.5. Funções: B io fí s ic a – P r o f M a y k o n B io fí s ic a – P r o f M a y k o n Tensão elétrica (denotada por ∆V), também conhecida como diferença de potencial (DDP) ou popularmente como voltagem termo considerado inadequado, é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos ou a diferença em energia elétrica potencial por unidade de carga elétrica entre dois pontos. Sua unidade de medida é o volt – homenagem ao físico italiano Alessandro Volta – ou em joules por coulomb. A diferença de potencial é igual ao trabalho que deve ser feito, por unidade de carga contra um campo elétrico para se movimentar uma carga qualquer. Uma diferença de potencial pode representar tanto uma fonte de energia (força eletromotriz), quanto pode representar energia "perdida" ou armazenada (queda de tensão). Medição de Potenciais no Neurônio Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/bv.fcgi?rid=neurosci.figgrp.131Introduzindo dois microeletrodos no neurônio, conforme o esquema na figura A, temos o primeiro eletrodo injetando corrente elétrica e o segundo medindo a voltagem. Inicialmente temos um potencial negativo, no interior da membrana (potencial de repouso), sem injeção de corrente pelo eletrodo 1. Corrente no eletrodo 1 Voltagem no eletrodo 2 eletrodo 1 eletrodo 2 A injeção de corrente elétrica dispara um potencial, chamado de potencial de ação. A liberação desse potencial de ação só ocorre quando a corrente, injetada pelo primeiro eletrodo, ultrapassa um valor limite (threshold), chamado potencial limiar. Um potencial de ação é uma súbita variação no potencial de membrana, que dura aproximadamente 1 ms, são conduzidos ao longo do axônio de um neurônio para outro. Potencial de Ação Membrana plasmática No repouso (VK = -75mV) Portão m fechado Portão h aberto Após a despolarização (VK = 50 mV) Portão m aberto Portão h aberto 5 ms depois da despolarização (VK = -50 mV) Portão m aberto Portão h fechado A) B) C) Potencial de Ação Canais de sódio. Os canais de sódio são um tipo especializado de canal iônico depentente de voltagem. Sua abertura está condicionada ao aumento do potencial de membrana, acima de um valor limite de voltagem o canal abre-se, permitindo o influxo de íons de sódio na célula. O canal permanece aberto por poucos milisegundos. O tempo suficiente para elevar o potencial de membrana para 50 mV. O canal de sódio possui dois portões distintos, portões m (de ativação) e h (de inativação). O portão h fecha-se após a despolarização e permanece fechado, não permitindo o início de um novo potencial de ação (período refratário). Canais de potássio. Esse canal abre-se imediatamente após a despolarização, o que permite a saída de carga positiva da célula, na forma de íons de potássio. O canal fica de potássio fica aberto durante toda a fase de repolarização, onde o potencial de membrana será trazido a valores negativos, chegando a ficar mais negativo que o potencial de repouso, durante a fase seguinte a repolarização, chamada de fase de hiperpolarização. Membrana plasmática No repouso (VK = -75mV) Canal de potássio fechado Após a despolarização (VK = 50 mV) Canal de potássio fechado 5 ms depois da despolarização (VK = -50 mV) Canal de potassio aberto Potencial de Ação A) B) C) Potencial limiar Potencial de repouso Tempo(ms) Os canais de Na+, dependentes de voltagem, da membrana plasmática do axônio são os responsáveis primários pelo potencial de ação. Podemos pensar no potencial de ação como um evento “tudo ou nada” e auto-regenerante. Potencial de Ação V(mV) 50 0 -70 Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html Vejamos atentamente essa animação do funcionamento dos canais durante as fases de despolarização e repolarização. Os canais de Na+, dependentes de voltagem abrem-se, permitindo a elevação do potencial, gráfico ao lado. Vemos claramente os íons do Na+ (cargas positivas) entrando na célula, e o potencial de membrana respondendo a essa entrada no gráfico. Despolarização Canal de Na+ Potencial de Ação V o lt a g e m ( m V ) Tempo(ms) Potencial de repouso Nessa fase vemos a repolarização, onde as cargas positivas (indicadas em verde), devido aos íons de K+, saem da célula, concomitantemente temos a queda do potencial de membrana no gráfico ao lado. O canal de K+ também é indicado em verde. Esse canal fica aberto durante toda a fase de repolarização. Repolarização Potencial de Ação Despolarização V o lt a g e m ( m V ) Tempo(ms) Potencial de repouso Hiperpolarização Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html A) Os canais de sódio e potássio estão fechados B) O aumento do potencial na membrana leva o canal de sódio, que é dependente de voltagem, a abrir-se. O que permite o rápido influxo de sódio na célula, aumentando de forma significativa o potencial de membrana. Esta fase é chamada despolarização. C) Aproximadamente 1 ms depois o canal de sódio fecha-se e os canais de potássio, dependentes de voltagem, abrem-se. Permitindo a saída do excesso de carga positiva da célula. Esta fase é a de hiperpolarização. D) Por último a célula atinge o potencial de repouso. Membrana plasmática Potencial de Ação Canal Na+ Canal K+ Permeabilidade Durante o Potencial de Ação A abertura e fechamento dos canais mudam a permeabilidade dos neurônios durante o potencial de ação. O rápido aumento da permeabilidade ao íon de Na+ é responsável pela fase de despolarização do potencial de ação. Permeabilidade Permeabilidade ao Na+ Permeabilidade ao K+ Repouso Potencial de ação Fonte: Purves et al., Vida A ciência da Biologia. 6a. Ed. Artmed editora, 2002 (pg. 782). Propagação do Potencial de Ação Fonte: Purves et al., Vida A ciência da Biologia. 6a. Ed. Artmed editora, 2002 (pg. 782). Propagação do Potencial de Ação Fonte: http://psych.hanover.edu/Krantz/neurotut.html Propagação do Potencial de Ação A animação desse slide mostra um diagrama esquemático para a propagação do potencial de ação. Vemos claramente a seqüência de abertura de canais de Na+(em vermelho), seu fechamento e abertura dos canais de K+(em verde). O resultado líquido é o aumento da concentração dos íons de Na+ no interior do axônio, o que aumenta o potencial de membrana promovendo a abertura de mais canais de Na+, o potencial de ação propagá- se axônio abaixo, na direção do terminal, devido ao período refratário dos canais de Na+ já disparados. Célula de Schwann Nodo de Ranvier Bainha de mielina Na condução saltatória o impulso nervoso pula de um nódulo para outro Propagação do Potencial de Ação No instante inicial (T=0) temos o potencial de ação, que devido a difusão dos íons de Na+, ao longo do axônio, permitem a abertura de canais de Na+ à esquerda do ponto de disparo (T=1), distantes do ponto de origem do potencial de ação. Na região da bainha de mielina temos um isolamento elétrico, que não permite trocas iônicas. A abertura de mais canais de Na+ gera uma retroalimentação positiva, propagando o potencial ao longo do axônio (T=2). Fonte: Purves et al., Vida A ciência da Biologia. 6a. Ed. Artmed editora, 2002 (pg. 784). Propagação do Potencial de Ação Propagação do Potencial de Ação A animação ao lado mostra a propagação do potencial de ação em uma célula de vertebrado. O potencial de ação salta de um nodo de Ranvier para outro, até chegar aos terminais axonais. O processo termina com a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica, que na junção neuromuscular é a molécula de acetilcolina (ACh). A sinapse • Elemento pré-sináptico – Botão sináptico – Junção neuromuscular – Terminais especializados • Ribbon synapses - retina, células da cóclea • Sinapses caliceais • Elemento pós-sináptico – Neurônio – Dendrito, soma, axônio, terminal sináptico – Músculo – Célula neurondócrina Transmissão sináptica Sinapse: ponto de comunicação entre um neurônio e uma célula-alvo O Botão sináptico 1. Invasão do PA 2. Abertura dos canais de cálcio snsíveis à voltagem 3. Liberação dos neurotransmissores 4. Ligação dos transmissores aos seus receptores pós- sinápticos Toxina botulínica O Ciclo das vesículas sinápticas Neurotransmissão quantal 1 vesícula = 1 quanta 1 episódio miniatura = 1 quanta liberado Um evento pós-sináptico é asoma de n eventos miniaturas (q) Os neurotransmissores se ligam aos receptores situados na membrana pós- sinaptica. receptores ionotrópicos = responsaveis pela resposta rápida. Abrem canais iônicos na membrana pós-sinaptica Receptor ionontrópico Os receptores dos neurotransmissores também são canais iônicos Excitatórios = catiônicos (permeáveis à cátions - Na+, K+, Ca++) Inibitórios = aniônicos (permeáveis à âtions - Cl- O fluxo iônico pelos receptores ionotrópicos (corrente) gera uma mudança de potencial da membrana CEPS=corrente excitatória pós-sináptico PEPS=potencial excitatório pós-sináptico Os potenciais pós-sinápticos podem ser inibitórios ou excitatórios dependendo do neurotransmissor Potenciais inibitórios pós-sinápticos Neurotransmissores: GABA, Glicina Potenciais excitatórios pós-sinápticos Neurotransmissores: glutamato, acetilcolina Integração sináptica sinapses centrais são sinapses tipo muitas-para-um • Minúsculas • 0,5-2 mm de área de contato • Varicosidades, bouton • Numerosas • 60 trilhões de sinapses em um hemisfério de córtex cerebral humano • 1 neurônio de uma forma geral faz ~1.000 sinapses e recebe ~10.000 sinapses • Ação individual insignificante! • Cada sinapse em geral contém uma zona ativa que libera uma vesícula sináptica por vez • Qual é o segredo? Somação temporal e espacial: um exemplo de integração Integração sináptica A soma espacial e temporal dos eventos excitatórios e inibitórios pode levar o potencial da membrana a ultrapassar o limiar do potencial de ação.
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