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IMUNOLOGIA - Imunização Ativa e Passiva

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IMUNOLOGIA: IMUNIZAÇÃO ATIVA E PASSIVA
Imunização Ativa: ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo, ao entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T). Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e vacinação. O processo de imunização que ocorre após a administração de vacinas pode ocorrer por 2 tipos de resposta: primárias e secundárias.
Resposta primária: observa-se depois da primeira vacinação 3 períodos distintos: 
Período de Latência: é o período entre a inoculação da vacina e o aparecimento dos anticorpos. Varia de acordo com o desenvolvimento da resposta imune da pessoa, da natureza e da forma da vacina (antígeno) utilizada. 
Período de Crescimento: é o período em que ocorre o aumento da taxa de anticorpos, que cresce de modo exponencial. A produção de anticorpos IgM precede à dos anticorpos IgG.
Período de Diminuição: depois de atingir a concentração máxima, a taxa de anticorpos tende a cair rápida e depois lentamente (homeostase).
Resposta secundária: observa-se ao introduzir uma segunda ou mais doses posteriores. A primeira dose provoca uma resposta mínima de anticorpos, já a segunda e terceira doses produzem uma resposta secundária, como o surgimento rápido de grandes quantidades de anticorpos. A resposta imune secundária é mais rápida, de maior intensidade, de duração longa e é mediada pelas células de memória (produzidas após a resposta primária). Conclui-se que para conferir proteção é preciso ministrar duas ou mais doses, dependendo do antígeno. 
O mecanismo de memória imunológica está baseado nos 2 tipos de linfócitos, T e B. A memória imunológica é persistente no homem e depende da quantidade, qualidade do antígeno inoculado e do ritmo e periodicidade das estimulações. 
Exemplos de Imunização Ativa: 
Vacinas vivas atenuadas: são feitas a partir do patógeno vivo, mas uma versão enfraquecida, que não consegue causar doença. 
Vacinas inativadas: são feitas a partir do patógeno morto. 
Vacinas de subunidades: são feitas a partir de partes específicas do patógeno, proteínas ou polissacarídeos que agem como antígeno, causando a resposta imune.
Vacinas de DNA: são feitas do DNA que codifica o antígeno, fazendo com que as nossas células produzam a substância que causa a reposta imunológica.
Imunização Passiva: é a transferência de anticorpos produzidos por um animal ou outro homem. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, contudo, é temporária durando em média poucas semanas.
A vantagem conferida por este tipo de imunidade é sua ação imediata, isto é: disponibilidade de anticorpos no organismo do paciente logo após a administração do imunobiológico. 
A desvantagem deste tipo de imunidade é seu caráter temporário, pois os anticorpos circulantes são degradados em semanas ou meses, não restando imunidade depois da diminuição do nível sérico de anticorpo transferido. 
Imunidade Passiva Natural: é a passagem natural de anticorpos da mãe para o feto através da placenta. Essa transferência ocorre nos últimos 2 meses de gestação, de modo a conferir uma boa imunidade ao filhote durante seu primeiro ano de vida.
Imunidade Passiva Artificial: aplicação de soro. Na situação clínica, imunização passiva é mais comumente usada para um tratamento rápido de uma doença potencialmente fatal causada por toxinas, como o tétano, e para combater raiva e hepatite. Anticorpos contra veneno de cobras podem salvar vidas em picadas de cobras venenosas. A imunidade passiva tem meia-vida curta porque não é o hospedeiro que responde à imunização e a proteção persiste apenas enquanto não são degradados os anticorpos infetados. Além disso, a imunização passiva não induz memória, ou seja, um individuo imunizado não fica protegido contra exposições subsequentes à toxina ou ao microrganismo. 
Exemplos de Imunização Passiva:
Soro Anti-botulínico: a IgG é isolada a partir de cavalos imunizados contra exotoxina do Clostridium botulinum. É recomendado às pessoas com suspeita de exposição à toxina botulínica, a qual pode causar paralisia flácida devido à interferência na liberação de acetilcolina, conduzindo à uma parada respiratória, falha muscular ao impulso nervoso, podendo ser fatal (botulismo). 
Soro Anti-tetânico: IgG isolada a partir de cavalos imunizados contra a exotoxina do Clostridium tetani. É recomendado às pessoas com suspeita de exposição ao tétano cuja vacinação contra essa toxina está desatualizada ou ausente. Essa toxina causa paralisia pela inibição do impulso nervoso para a contração muscular, levando à uma parada cardíaca ou respiratória, podendo ser fatal. 
Soro Anti-ofídico: IgG isolada a partir de cavalos imunizados contra venenos de cobras. É usado em pessoas picadas por cobras. 
Adjuvantes: substâncias adicionadas a vacinas que aumentam ou modulam a imunogenicidade do(s) antígenos presentes na formulação. Aspectos específicos: 
Aumentam a sensibilização de indivíduos reduzindo o número de doses para conferir proteção. 
Aumentam a duração da resposta imune.
Ampliam a resposta imune induzida (respostas citotóxicas e de mucosas).
Ampliam o reconhecimento de epítopos e conferem maior abrangência da resposta imune.
Ativam respostas em indivíduos mal respondedores.
Redução da quantidade de antígeno necessária para se atingir um estado protetor.

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