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Química de Polímeros Profa. Dra. Carla Dalmolin carla.dalmolin@udesc.br Distribuição de Massa Molar Materiais Poliméricos Polímero = 1 macromolécula com unidades químicas repetidas ou Material composto por inúmeras macromoléculas poliméricas Massa Molar Soma das massas atômicas de cada átomo que forma a molécula Água – H2O: 18 u.m.a. ou g/mol Hexano – C6H14: 86 u.m.a. ou g/mol Etileno – C2H4: 28 u.m.a. ou g/mol Polietileno – (C2H4)n: n x 28 u.m.a. ou g/mol Tamanho das Cadeias N ú m e ro d e C a d e ia s Massa Molar Polímeros podem apresentar grandes variações na massa molar, provocando alteração de suas propriedades físicas Produção comercial de diferentes grades para atender às necessidades particulares de uma dada aplicação Controle da massa molar durante a produção do polímero Compreensão da variação das propriedades finais com a variação da massa molar Polímeros Oligômeros A Cadeia Polimérica Durante a polimerização ocorre o crescimento independente de cadeias; Em um dado momento o centro ativo da molécula se instabiliza e desaparece; Esta instabilização ocorre de maneira independente e distinta para cadeia polimérica; Esta variação no tempo de desaparecimento do centro ativo tem função direta no tamanho da cadeia. Por que ocorre variação de tamanho nas cadeias poliméricas? Polímeros são caracterizados como materiais de alta massa molar Durante a síntese de um polímero, cadeias com diferentes comprimentos podem ser formadas Distribuição de comprimentos de cadeia Distribuição de cadeias com diferentes massas molares Não há um valor único de massa molar para um polímero Massa Molar em Polímeros Distribuição de Massa Molar O cálculo da massa molar de uma amostra polimérica é estatístico Uma amostra de material polimérico apresenta: Massa molar média Curva de distribuição de massa molar Peso molecular médio aritmético Peso molecular médio ponderal Massa Molar Numérica Média Média aritmética da massa molar de todas cadeias poliméricas Leva em conta o número de cadeias com a mesma massa molar i ii n n Mn M Massa total do sistema polimérico Número total de moléculas do sistema Fração das cadeias i i i n n x iin MxM Massa Molar Ponderal Média Considera a massa da cadeia polimérica A massa molar de cada fração contribui de maneira ponderada para o cálculo da média i ii ii ii w w Mw Mn Mn M 2 Onde: Wi = fração em massa da i-ésima das moléculas Massa molares maiores terão maior influência no resultado; Massa Molar Viscosimétrica Média A viscosidade de soluções poliméricas diluídas é diretamente proporcional a massa molar do polímero. Medidas da viscosidade de soluções diluídas de polímeros permitem o cálculo de uma massa molar média chamada viscosimétrica Relação de Mark-Houwink ii a ii v Mn Mn M 1 Onde: a = constante experimental que depende do polímero, solvente e temperatura [η] = viscosidade intrínseca K = constante experimental dependente do polímero, solvente e temperatura avMK][ Massa Molar Z Média Quando é interesante considerar com mais peso estatístico a massa molar da fração que o número de frações Relação importante para elastômeros que sofrem fluxo a frio (cold flow) 2 3 ii ii z Mn Mn M Curva de Distribuição de Massa Molar Segudo as definições de cada tipo de massa molar média, tem-se que: Mn <Mv <Mw <Mz Distribuição de Massa Molar ou Polidispersividade Razão entre a massa molar média ponderal e a massa molar média numérica de um polímero Polímero monodisperso: todas as cadeias possuem o mesmo tamanho Situação ideal – Não existe Polímero polidisperso: possui cadeias com diferentes tamanhos / massas molares DPM estreita: cadeias com pouca variação da massa molar DPM larga: grande diferença nos valores de Mw e Mn – grande variação de massa molar entre as cadeias DPM = Mw Mn Sempre será maior que 1 Mw > Mn Quanto maior o valor de DMM, mais larga é a distribuição de massa molar, o que afeta as propriedades do material Dois polímeros de mesma estrutura química podem ter mesma MASSA MOLAR média, mas distribuições diferentes. Distribuição de Massa Molar ou Polidispersividade Distribuição de Massa Molar ou Polidispersão Qual dos polímeros do gráfico abaixo tem a maior polidispersividade? DMM = 1 mono DMM próx. 1 estreita DMM longe 1 larga Exemplo Um polímero foi fracionado com relação às suas massas molares, obtendo-se sete frações. Cada fração foi analisada individualmente quantificada e sua massa molar determinada experimentalmente, conforme apresentado na tabela abaixo. Esquematize a Curva de Distribuição de Massa Molar e calcule as massas molares médias (Mn, Mw e Mz) e a polidispersividade. wi (%) Mi ni niMi niMi 2 niMi 3 1 40.000 8 80.000 24 120.000 32 160.000 23 200.000 10 240.000 2 280.000 Σ *ni = wi M i Exemplo 177000 3 ii ii z Mn Mn M162000 2 ii ii w Mn Mn M145000 i ii n n Mn M DPM = Mw Mn =1,12 Polidispersividade de Alguns Polímeros Polidispersividade (Mw / Mn) Polímeros vivos (polimerização aniônica) 1,01 – 1,05 Polímeros de condensação 2 Polímeros de adição 2 - 5 Polímeros de coordenação 8 - 30 Polímeros ramificados 10 - 50 Grau de Polimerização (GP) Número de unidades de repetição da cadeia polimérica Representa o número médio de unidades em uma cadeia pelo n° de moléculas pelo n° peso das moléculas Para um copolímero: GPn = Mn MM GPw = Mw MM MM do mero jjMfMM Quanto maior o GP de um polímero, maior sua Massa Molar Determinação de MM em Polímeros Métodos absolutos Massa molar média numérica Análise de grupos terminais Elevação ebulioscópica / Depressão crioscópica Pressão osmótica Abaixamento da pressão de vapor Massa molar média ponderal Difração de luz Difração de neutrons Ultracentrifugação Métodos relativos Viscosimetria Cromatografia de exclusão de tamanho Análise de Fim de Cadeia Estimativas através dos grupos ligados ao final da cadeia Assume-se que as cadeias são lineares Apresenta um limite superior de ~25.000 g/mol Polímeros de condensação: Contagem dos grupos funcionais que não reagiram UV-vis, FT-IR, Titulação Polímeros de Adição: Detecção de fragmentos do iniciador ou insaturações finais R´ CC O O R" C O R´ O O CR"HO O OH Propriedades Coligativas Propriedades Coligativas: variam proporcionalmente à concentração do soluto Não dependem da natureza do soluto, apenas da sua concentração Restrições As variações são muito pequenas; As variações diminuem com o aumento de concentração; Eficientes para polímeros com massa molar de até 30.000; Aditivos alteram a medida de propriedades; Propriedades Coligativas Elevação do ponto de ebulição (Ebulioscopia) Abaixamento do ponto de congelamento (Crioscopia) Pressão osmótica (Osmometria) solutoffus mkT . solutoebeb mkT . soluto soluto soluto solventesoluto soluto n w MM w n m e Onde: Keb = constante ebulioscópica do solvente Kfus = constante crioscópica do solvente m = molalidade Viscosidade É proporcional ao volume hidrodinâmico da partícula em solução A viscosidade depende da massa molar e da interação entre os segmentos da cadeia polimérica e as moléculas do solvente Quanto maior esta interação, maior (ou mais inchado) será o novelo polimérico Neste caso, maior será a resistência ao fluxo (viscosidade) Viscosimetria Resistência ao fluxo Relacionada com o tamanho das partículas do soluto Medida a partir da razão do tempo de escoamento da solução em relação ao tempo de escoamento do solvente dx dv F Viscosidade Definição Matemática Absoluta () Relativa (r) Reduzida (red) Inerente (iner) VLtr 82 00 t t r crred 1 criner ln Viscosimetria Para medir a massa molar de um polímero, faz-se a medida de viscosidade relativa para soluções diluídas em várias concentrações. Com os valores de r, calcula-se red e iner, e extrapola-se para a diluição infinita A interseção das duas curvas extrapoladas em c 0 é a viscosidade intrínsica [], utilizada na Equação de Mark-Houwink a vMK ).(][ Viscosimetria Medida da viscosidade de soluções diluídas de polímeros Exemplo Calcule a massa molar viscosimétrica média a partir dos dados experimentais apresentados na tabela abaixo: Polímero: PMMA Solvente: tolueno/metanol 5/9 v/v T = 26,2 oC Concentração (g/100 mL) t (s) r red iner 0,05 102,7 0,10 105,0 0,25 110,0 0,50 118,0 *solvente puro 100,5 Exemplo Aplicando-se a equação de Mark-Houwink: K = 55,9.10-3 a = 0,5 650000646312 /100 1 10.9,5545,0 ).(][ 5,03 v v a v M M gmL MK Cromatografia de Exclusão de Tamanho (SEC) Cromatografia de Permeação em Gel (GPC) Durante o fluxo de um determinado solvente, cadeias de tamanhos diferentes percorrem caminhos diferetens ao longo da coluna de GPC Índice de refração UV-vis Empacotamento da coluna com esferas porosas (gel polimérico embebido em solvente) Poros de 50 a 10.000.000 Å Separação das cadeias por tamanho Cromatografia de Exclusão de Tamanho (SEC) Cromatografia de Exclusão de Tamanho (SEC)
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