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Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências Exatas Departamento de Química Físico-Química Experimental 1 4050/Turma 31 Relatório: DETERMINAÇÃO DA MASSA MOLAR DE UM POLÍMERO POR VISCOSIMETRIA Discente: Docente: Maringá, outubro de 2021. RESUMO A equação de Huggins (1) descreve a relação entre a viscosidade intrínseca e as concentrações das soluções diluídas dos polímeros como: (1) Na equação kH é o coeficiente de Huggins. A equação de Mark-Houwink (2) correlaciona a massa molar viscosimétrica média () e a viscosidade intrínseca de uma solução de polímero: (2) K e α são constantes de um determinado sistema de polímero/solvente/temperatura, normalmente, entre 0,5 < α < 0,8 é encontrado para conformações de cadeias flexíveis e entre 0,8 < α < 1,0 para macromoléculas rígidas(MOREIRA et al., 2004). Um dos métodos para determinar as constantes K e α da equação de Mark-Houwink é pela correlação dos valores de massa molar ponderal média () com as correspondentes medidas de viscosidade intrínseca [η] em um dado solvente a uma temperatura estabelecida, a partir das constantes é possível fazer o cálculo da massa molar média viscosimétrica. A medida de viscosidade intrínseca de soluções pode ser feita com o viscosímetro de Ubbelohde, também conhecido como viscosímetro de nível suspenso, devido ao líquido extraído no bulbo superior pequeno não estar conectado ao reservatório enquanto flui abaixo do capilar durante a medida, o capilar e o tubo de equalização de pressão ficam suspendidos acima do reservatório, o que assegura que a diferença de pressão existente entre a parte superior do bulbo e a parte inferior do capilar seja devido a pressão hidrostática. Neste viscosímetro compara-se o tempo gasto para que uma solução escorra por um tubo capilar com o tempo gasto por uma solução padrão. OBJETIVOS Aplicar a equação de Mark-Houwink na determinação da massa molar de poliestireno e determinar, a partir dos resultados experimentais, outras propriedades físico-químicas do polímero. MATERIAIS E METÓDOS Uma solução de amostra de poliestireno de massa molar desconhecida foi preparada adicionando cerca de 0,5 g do polímero em balão volumétrico de 25 mL (a solução foi preparada com 24 horas de antecedência). O balão foi completado com solvente (tolueno) até a marca, agitando vigorosamente. Após o viscosímetro ter sido limpo previamente com solução adequada (solução nitrocrônica), este foi enxaguado exaustivamente com água e seco (feito 24 horas antes), sendo posicionado verticalmente dentro do banho. O tempo médio de escoamento foi determinado a partir de 4 medidas de escoamento do solvente puro e em seguida foi obtido o tempo médio de escoamento de soluções de diferentes concentrações (4 a 5) do polímero nesse solvente. O tempo de escoamento da solução inicial (8,00 a 10,00 mL) foi medido por 3 vezes. As demais soluções foram obtidas por adição de solvente diretamente ao próprio viscosímetro, sendo adicionado quantidades conhecidas de solvente de modo que o tempo de escoamento caiu cerca de 15% ou mais do valor anterior, cada solução feita foi bem agitada. RESULTADOS E DISCUSSÕES 1. Resultados Experimentais Obtidos: Dados para o Poliestireno/Tolueno a T= 25°C: K= 3,80.10-5 L/g A= 0,63 Tabela 1. Valores experimentais de tempos de escoamento (s) obtidos para soluções de Poliestireno/Tolueno em diferentes concentrações do polímero (g/L) conduzidas no viscosímetro de Ubbelohde a 25°C. Medida Concentração do Polímero (g/L) Tempo de Escoamento (s) Tempo Médio de Escoamento (s) 1 0 78,58 78,56 78,54 78,56 2 9,15 94,84 94,81 93,78 94,48 3 11,18 98,87 98,83 97,79 98,50 4 14,37 105,67 105,65 105,63 105,65 5 20,12 126,71 125,69 125,67 126,02 A partir dos dados obtidos foram efetuados os cálculos de viscosidade específica, relativa, reduzida e inerente utilizando as seguintes equações: Viscosidade Relativa Viscosidade Específica Viscosidade Reduzida Após obtido os valores uma nova tabela foi gerada e a partir da mesma um gráfico foi plotado: Tabela 2. Valores de viscosidade. Medida Concentração do Polímero (g/L) Tempo Médio de Escoamento (s) Nsp Nsp/C (L/g) Nr 1/C * ln Nr (L/g) 1 0 78,56 0 0 1 0 2 9,15 94,48 0,202648 0,022147 1,202648 0,020167 3 11,18 98,5 0,253819 0,022703 1,253819 0,020232 4 14,37 105,65 0,344832 0,023997 1,344832 0,020617 5 20,12 126,02 0,604124 0,030026 1,604124 0,023488 Através das equações de Huggins se obtém o parâmetro K: Eq. 1 Eq. 2 Para C=0, o coeficiente linear da reta corresponde a viscosidade intrínseca para a Eq. 1 e Eq. 2 ηit é 0,0037 e 0,0042, o coeficiente angular corresponde a Kηit2, logo, é possível calcular os valores de k1 e k2 para verificar se a somatória de ambos é igual a 0,5, a viscosidade intrínseca se da no ponto onde as retas de viscosidade reduzida e viscosidade inerente se cruzam neste caso o valor é de 0,0062 L/g. A partir da equação de Mark-Howink-Sakurada é possível calcular a massa molar do poliestireno: Os valores da literatura de viscosidade intrínseca são de 0,0504 L/g e a massa molar do poliestireno é de 90.103 g/mol. CONCLUSÃO A viscosidade é uma das propriedades mais importantes de um líquido e quando se fala de soluções poliméricas o método para encontrar a viscosidade dessas soluções é utilizado para determinar a massa molar de polímeros, neste experimento a partir do viscosímetro de Ubbelohde a viscosidade intrínseca de uma solução poliestireno/tolueno foi determinada e utilizando a equação de Mark-Houwink a massa molar do polímero foi estimada. REFERÊNCIA MOREIRA, J. C. et al. Determinação das constantes K e alfa da equação de Mark-Houwink de poli(p-acetóxiestireno). Polímeros, v. 14, n. 2, p. 80–82, 2004. Viscosidade Reduzida e Inerente X Concentração 1/C(ln Nr) 0 9.15 11.18 14.37 20.12 0 2.0166722168622555E-2 2.0232011103026186E-2 2.0617194155591878E-2 2.3487970202171908E-2 Nsp/C 0 9.15 11.18 14.37 20.12 0 2.2147285009960705E-2 2.2702928199541662E-2 2.3996658006964613E-2 3.0026055479748789E-2 C (g/L)