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A crítica aos diretores da Belíssima Confecções Juliana Bastos é gerente da Belíssima Confecções, na qual é muito bem quista pelas costureiras da fábrica, pois a consideram amiga e atenciosa. Entretanto, vem recebendo críticas dos diretores da empresa, com as quais não concorda. Ela diz que os diretores da confecção: · demonstram uma inadequada visualização dos problemas de relações industriais; · manifestam uma visão ingênua e romântica dos operários; · apresentam suas conclusões sempre parciais e limitadas; · se referem apenas aos grupos informais; · desenvolvem um enfoque manipulativo nas relações humanas. O que Juliana pode fazer para minimizar suas divergências com seus diretores? Antes de tentar ajudar Juliana, faça um breve relato sobre as principais críticas da Teoria das Relações Humanas. Depois, ainda de maneira dissertativa, tente buscar nos nossos estudos de motivação humana elementos que estão aparecendo nesta situação. Elabore um texto de 20 a 30 linhas. RESPOSTA As críticas de Juliana são sobre da Teoria das Relações Humanas: 1- Oposição cerrada à Teoria Clássica: em muitos aspectos, como a visão do homem econômico versus social, a Teoria das Relações Humanas é oposta e até antagônica à Abordagem Clássica. Uma vez que a abordagem clássica foca principalmente na fábrica enquanto a teoria das relações humanas foca no operário. 2- Inadequada visualização dos problemas de relações industriais: a teoria negou e falhou quanto a reconhecer o conflito entre os interesses da empresa e dos operários. Nas organizações sempre existirão conflitos entre superiores e subordinados, e os estudiosos da época os negaram, pois acreditavam que esse conflito era ruim e devia ser minimizado. 3- Concepção ingênua e romântica do operário: Em seus estudos Hawthorne sugeriu que empregados felizes são empregados produtivos e integrados ao ambiente de trabalho. Essa relação entre felicidade e satisfação no trabalho é uma visão simplista da natureza humana. 4-Limitação do campo experimental: os autores da Escola das Relações Humanas, principalmente o grupo de Elton Mayo, limitaram-se ao mesmo ambiente restrito de pesquisa da Administração Científica: o chão de fábrica. Deixaram de verificar outros departamentos ou mesmo outros tipos de organizações, como hospitais, bancos, universidades etc. Isso reduziu significativamente a aplicabilidade das suas teorias e suas conclusões. Dessa forma, muitas das conclusões não são sustentadas por falta de adequadas evidências científicas, isto é, são baseadas numa compreensão mais clínica. 5- Parcialidade das conclusões: a Teoria Clássica se restringiu à organização formal, abrangendo um número pequeno de para explicar seus pontos de vista, a Escola das Relações Humanas igualmente se mostrou parcialista, restringindo-se à organização informal e, portanto, sofrendo da mesma escassez de variáveis, uma vez que enfatiza os aspectos informais e renega os formais. Isto é, mesmo na abordagem dos fatores humanos em que a teoria mais se concentrou, as conclusões não vão ao ponto central do problema. 6- Ênfase nos grupos informais: a Teoria das Relações Humanas concentra seus estudos dos grupos primários como seu principal campo de atuação e supervaloriza a coesão grupal como condição de elevação da produtividade. A organização das pessoas em grupos informais não passa de uma característica capaz de influenciar a produtividade. Com isso, a evidência da pesquisa sobre a superioridade da decisão de grupo é conflitante e inconclusiva. A teoria manteve a superioridade da decisão do grupo sobre a decisão individual, pois o indivíduo não quer perder sua identidade com o grupo que pertence. 7-Enfoque manipulativo das relações humanas: Os autores da Escola das Relações Humanas se preocuparam com o bem-estar e a felicidade dos trabalhadores, no entanto, não podemos esquecer que essa preocupação não é a função principal da organização, onde deve-se preocupar em gerar lucros. A crítica acontece uma vez que as pesquisas de Hawthorne foram patrocinadas pela Western Electric Co. Boatos surgiram levantando a hipótese de que os experimentos e as suas conclusões eram sutis estratégias manipulativas que visavam enganar os trabalhadores para fazê-los trabalhar mais, exigindo menos. Visão corroborada por outros doutrinadores da matéria como por exemplo Chiavenato, que ensina que essa estratégia manipulativa visava modificar o comportamento do empregado a favor dos objetivos da Administração. Juliana é querida pelos funcionários isso demonstra que ela tende gestão mais humanista da empresa e devem utilizar-se das ferramentas como dinâmica de grupo, motivação, liderança, comunicação, organização informal. Fora isso, a mesma apresenta uma liderança democrática, na qual, consulta níveis inferiores, permitindo delegações e participações e incentivando à cooperação entre o grupo. Para minimizar o problema das críticas ela deve apresentar a série histórica dos resultados da equipe, o que era antes e o que foi após a liderança dela, com isso, provará que, sua forma de gerenciar contribuiu significativamente para o aumento e eficiência da produção. Com os argumentos e os resultados, a Gerente irá conseguir minimizar as críticas ao modelo por ela adotado.
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