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Aula 07 Fármacos Anticoagulantes Bases Farmacológicas

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FARMACOLOGIA BÁSICA 
Profa. MSc. Manuela Bernardo Câmara Barbosa 
1 
FÁRMACOS 
ANTICOAGULANTES 
2 
• Refere-se aos processos 
envolvidos em PARAR A PERDA 
SANGUÍNEA. 
ANTICOAGULANTES 
• Transformação do SANGUE 
LÍQUIDO em SANGUE EM GEL 
SÓLIDO. 
• É um importante processo 
envolvido na HEMOSTASIA. 
• Uma ferida provoca vasoconstricção acompanhada 
de adesão e ativação de plaquetas e formação de 
fibrina. 
 
ANTICOAGULANTES 
Ativação das 
plaquetas 
Tampão 
hemostático 
Reforço de 
Fibrina 
SANGRAMENTO 
INTERROMPIDO 
• É a formação patológica de um tampão "hemostático" 
no interior do vaso, na ausência de sangramento. 
ANTICOAGULANTES 
1. Lesão da parede do vaso (ATEROMAS). 
2. Alteração do fluxo sanguíneo (NO CORAÇÃO, NO ÁTRIO 
ESQUERDO OU NAS PERNAS). 
3. Coagulabilidade anormal do sangue (GRAVIDEZ OU NO USO DE 
ANTICONCEPCIONAIS OU HEREDITÁRIO – TROMBOFILIA). 
• É o "trombo branco“: 
plaquetas e leucócitos no 
interior de uma rede de 
fibrina. 
• Principal causa: 
Aterosclerose, interrupção 
do fluxo sanguíneo, 
causando isquemia ou 
morte (infarto) do tecido 
adjacente. 
ANTICOAGULANTES 
• É o “Trombo vermelho“: pequena cabeça branca 
numa grande cauda vermelha semelhante à geleia, 
cuja composição se assemelha à de um coágulo 
sanguíneo, que escoa no fluxo. 
• O trombo pode desprender-se, formando um embolo 
que pode se alojar nos pulmões, no coração, no 
cérebro ou em outros órgãos, provoca morte ou outro 
desastre. 
ANTICOAGULANTES 
• As substâncias afetam a hemostasia e a trombose de 
três maneiras distintas: 
ANTICOAGULANTES 
• A coagulação sanguínea (formação de fibrina); 
• A função plaquetária; 
• A remoção da fibrina (fibrinólise). 
FORMAÇÃO DA FIBRINA 
• O sistema da coagulação consiste numa cascata de enzimas proteolíticas e 
co-fatores. 
• Os precursores inativos são ativados em série, dando origem, cada um 
deles, a uma maior quantidade do precursor seguinte. 
• A última enzima, a trombina, derivada da protrombina (II), converte o 
fibrinogênio solúvel (I) numa rede insolúvel de fibrina, na qual são retidos os 
eritrócitos, formando o coágulo. 
• Existem duas vias na cascata: 
• - a via extrínseca, que opera in vivo; 
• - a via intrínseca ou de contato, que opera in vitro. 
• Ambas as vias resultam na ativação do fator X, que, em seguida, converte a 
protrombina em trombina. 
ANTICOAGULANTES 
SUBSTÂNCIAS PRÓ-COAGULANTES 
• Protrombina 
• Fibrogênio 
• Fatores de coagulação (produzidos pelo fígado) 
 Necessitam de vitamina k para ser ativada ( a vitamina k 
é importante para a síntese hepática dos fatores de 
coagulação) 
 OBS: Redução de Vitamina K , têm tendência ao 
sangramento. 
ANTICOAGULANTES 
TERAPIA FARMACOLÓGICA: 
QUANDO É NECESSÁRIA??? 
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• A terapia farmacológica para promover a hemostasia 
é raramente necessária. 
• Será necessária quando: 
• Esse processo essencial encontra-se defeituoso (por 
exemplo, fatores da coagulação na hemofilia ou após 
terapia anticoagulante excessiva), quando é difícil 
estancar a hemorragia após cirurgia ou em caso de 
menorragia (↑excessivo do fluxo menstrual). 
ANTICOAGULANTES 
• São muito utilizadas no tratamento ou na prevenção 
da trombose ou do tromboembolismo, que são 
doenças comuns e graves. 
• São utilizadas substâncias para modificar a cascata da 
coagulação quando existe um defeito da coagulação 
ou quando ocorre coagulação indesejável. 
ANTICOAGULANTES 
DEFEITOS DA COAGULAÇÃO 
• As deficiências geneticamente determinadas dos 
fatores da coagulação são raras. 
• Hemofilia clássica, causada pela deficiência de fator 
VIII ou uma forma rara de hemofilia (hemofilia B ou 
doença de Christmas) causada pela deficiência de 
fator IX. 
DEFEITOS DA COAGULAÇÃO 
• Os fatores ausentes podem ser supridos através da 
administração de plasma fresco ou de preparações 
concentradas de fator VIII ou de fator IX. 
• No passado, essas preparações transmitiam infecções 
virais, incluindo o vírus da imunodeficiência humana e os 
vírus da hepatite B e C. 
• Os defeitos adquiridos são mais comuns do que os 
hereditários. 
• Incluem hepatopatia, deficiência de vitamina K (universal 
nos recém-nascidos) e terapia anticoagulante oral 
excessiva. 
ANTICOAGULANTES 
• Vitamina K (do alemão Koagulation) é uma vitamina 
lipossolúvel, de ocorrência natural nas plantas. 
• A vitamina K natural (fitomenadiona) pode ser 
administrada por via oral ou por injeção intravenosa. 
• Essa substância sintética leva mais tempo do que a 
fitomenadiona para atuar. 
• É um importante co-fator na formação dos fatores da 
coagulação. 
ANTICOAGULANTES 
• A vitamina K é muito pouco 
armazenada no corpo. 
• É metabolizada a substâncias 
mais polares, que são 
excretadas na urina e na bile. 
ANTICOAGULANTES 
• Graves consequências, como infarto do 
miocárdio, acidente vascular cerebral, 
trombose venosa profunda e embolia 
pulmonar. 
• Tratamento para os trombos "brancos" 
ricos em plaquetas: agentes 
antiplaquetários (ASPIRINA) e agentes 
fibrinolíticos. 
• Tratamento dos trombos vermelhos: 
anticoagulantes injetáveis (HEPARINA) e 
anticoagulantes orais (VARFARINA). 
ANTICOAGULANTES 
• A heparina foi descoberta em 1916 por 
um estudante do segundo ano de 
medicina do Hospital Johns Hopkins. 
• Ganhou esse nome por ter sido extraída 
do fígado inicialmente. 
Mecanismo de ação 
• A heparina inibe a coagulação tanto in vivo 
quanto in vitro ao ativar a antitrombina III, 
que inibe a trombina. 
ANTICOAGULANTES 
• A heparina não é absorvida pelo intestino em virtude da sua 
carga e grande tamanho; por conseguinte, é administrada por 
via intravenosa ou subcutânea (as injeções intramusculares 
causam hematomas). 
• Ação imediata: administração intravenosa. 
• Subcutânea: Ação ocorre em até 60 minutos. 
• A meia-vida de eliminação é de cerca de 40-90 minutos. 
• Em situações de urgência, costuma-se iniciar o tratamento 
com uma dose intravenosa, in bolus, seguida de infusão numa 
taxa constante. 
ANTICOAGULANTES 
EFEITOS INDESEJÁVEIS 
• Hemorragia, que é tratada com interrupção do 
tratamento e, se necessário, administração de sulfato de 
protamina (antagonista da heparina). 
• Osteoporose, foi relatada a ocorrência de osteoporose 
com fraturas espontâneas do tratamento a longo prazo (6 
meses ou mais) com heparina (em geral, durante a 
gravidez). A razão permanece desconhecida. 
ANTICOAGULANTES 
• Atualmente, é o anticoagulante oral 
mais importante. 
• Exercem este efeito ao inibir a redução 
enzimática da vitamina K a sua forma 
hidroquinona ativa. 
• A inibição é competitiva, refletindo a 
semelhança estrutural entre a 
varfarina e a vitamina K, sendo, 
portanto, antagonistas. 
• São necessários vários dias para o 
aparecimento dos efeitos. 
• É administrado por via oral, sofre 
absorção rápida e completa pelo trato 
gastrintestinal. 
 
ANTICOAGULANTES 
• A concentração máxima no sangue é observada dentro 
de uma hora após a sua ingestão; todavia, em virtude de 
seu mecanismo de ação, esse pico não coincide com o 
efeito farmacológico máximo, que ocorre cerca de 48h 
depois. 
• O uso terapêutico da varfarina exige um cuidadoso 
equilíbrio entre a administração de uma dose muito 
pequena, que não modifica a coagulação indesejável, e o 
uso de uma quantidade excessiva, causando hemorragia. 
ANTICOAGULANTES 
• A terapia é complicada não apenas pelo fato de o efeito só ser 
observado dentro de 2 dias após a sua administração, mas também em 
virtude da existência de numerosas interações farmacológicas. 
• Ácido acetilsalísico. 
• Inibidor da COX1. 
• Vão agirno TROMBOXANO antes de ativar mais plaquetas; inibe 
os cox’s que inibem então a agregação plaquetária. 
• Pelo fato de não possuírem núcleo, as plaquetas são incapazes 
de promover a síntese proteica. 
• Portanto, a inibição enzimática promovida pelo AAS se prolonga 
durante toda a vida útil da plaqueta, em ~ 7-10 dias. 
ANTICOAGULANTES 
• O dipiridamol inibe a receptação de adenosina nos eritrócitos, 
nas plaquetas e nas células endoteliais. 
• Assim, a agregação plaquetária é inibida em resposta aos vários 
estímulos, como o fator de agregação plaquetária (PAF), o 
colágeno e o ADP. 
• Age na prevenção do acidente vascular cerebral em pacientes 
com história de acidente vascular cerebral isquêmico ou ataque 
isquêmico cerebral transitório. 
• O efeito adverso mais comum consistiu em cefaléia, e, ao 
contrário da aspirina, não produz nenhum risco excessivo de 
sangramento. 
ANTICOAGULANTES 
COMO AGIR COM PACIENTES 
QUE FAZEM USO DESSES 
FÁRMACOS??? 
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• Quando a agregação das plaquetas é inibida, o sangue que escapa de 
um corte ou de uma ferida cirúrgica demora mais tempo para ser 
contido; por conseguinte, o tempo de sangramento (TS) é prolongado. 
• Entretanto, em pacientes sem fatores de risco adicionais para uma 
coagulação alterada, o efeito disso na hemostasia primária é mínimo. 
• Simples medidas locais de hemostasia são suficientes para controlar o 
sangramento transoperatório, sem a necessidade da interrupção da 
terapia com o AAS. 
• Se o paciente fizer uso de AAS e clopidogrel, o cirurgião-dentista 
deverá entrar em contato com o médico, para que possam avaliar os 
riscos e os benefícios do atendimento ambulatorial ou hospitalar, aos 
cuidados de um cirurgião bucomaxilo-facial 
ANTICOAGULANTES 
• O objetivo da terapia anticoagulante e prevenir a formação ou a 
expansão de um coagulo intravascular, arterial ou venoso. 
• Segundo a OMS, realizar o cálculo da razão normalizada 
internacional (RNI), que pode ser feito de forma portátil. 
ANTICOAGULANTES 
ANTICOAGULANTES 
• Um dos grandes 
riscos é o uso da 
Varfarina de uso 
contínuo e as 
interações 
medicamentosas 
que podem ocorrer. 
ANTICOAGULANTES 
ANTICOAGULANTES 
ANTICOAGULANTES 
Obrigada!!! 
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