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CASO CONCRETO 5 DIREITO CIVIL

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1 - A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, que investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o segurança da boite TheNight Agenor Silva, obtém elementos de informação que indicam a suspeita de autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, de 19 anos. O Delegado então determina a intimação de Plininho para que o mesmo compareça em sede policial para prestar esclarecimentos, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no art. 330 do CP.
 Pergunta-se: a. Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responde pelo cime do art. 330 do CP?
 b. E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz da Vara Criminal intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder pelo delito em questão?
 c. 2- Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. O princípio específico de que trata o texto é o da(o)
 a- Livre convencimento motivado.
 b- Inocência.
 c- Contraditório e ampla defesa.
 d- Devido processo legal. 
3- Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir:
 I ? O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante.
 II ? O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência.
 III ? O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu.
 IV ? O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. Assinale: 
Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
 b- Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
 c- Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d- Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. e- Se todas as afirmativas estiverem corretas.
RESPOSTAS
Não. Caso Plininho não compareça para prestar declarações, não
responderá pelo crime do art. 330 pois o Inquérito Policial é ato
administrativo. Muito embora possa ser conduzido coercitivamente a
prestar depoimento, não responderá por desobediência, somente se
não acatar intimação na seara judicial.
b) Sim. No caso de haver processo judicial em trâmite contra Plininho e
ele se recusasse a comparecer ao interrogatório, o juiz da Vara
Criminal poderia imputar-lhe o crime de desobediência.
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Caso concreto II CPP
DIREITO PROCESSUAL PENAL I – 
 CASO 1 Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia local. Jorginho foi processado e condenado sem que tivesse constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Jorginho durante o processo penal, mencionando ainda as características do nosso sistema processual.
No que concerne à estruturação da defesa de acusados em juízo criminal, é correto afirmar:
 a. se for indicado um Defensor Público ao acusado, este não pode desconstituí-lo para nomear um profissional de sua confiança. b. o acusado que é Advogado pode apresentar defesa “em nome próprio”, sem necessidade de constituição de outro profissional c. apenas nos crimes mais graves o acusado deve obrigatoriamente ser assistido por Advogado, podendo articular a própria defesa, mesmo sem habilitação, nos casos em que não está em risco sua liberdade. d. o acusado que não constituir Advogado será obrigatoriamente defendido por Procurador Municipal ou Estadual. e. o Juiz não pode indicar Advogado de forma compulsória a um acusado, que sempre tem o direito inalienável de articular a própria defesa, ainda que não seja habilitado para tanto. 3- Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção correta. a- O sistema de provas adotado é o do livre convencimento. b- As funções de acusar, defender e julgar concentram-se nas mãos de uma única pessoa. c- O processo é regido pelo sigilo. d- Não há contraditório nem ampla defesa. Desenvolvimento
suas principais características: a) as partes são as gestoras das provas; b) há separação das funções de acusar, julgar e defender; c) o processo é público, salvo exceções determinadas por lei; d) o réu é sujeito de direitos e não mais objeto da investigação; e) ...
	Características/sistemas
	Sistema inquisitório
	Sistema acusatório
	Princípio unificador
	O juiz é o gestor das provas.
	As partes é que são gestoras das provas.
	Funções acusar, defender e julgar
	Reunidas nas mãos do juiz.
	Separadas.
	Atos do processo
	Sigilosos.
	A regra é a publicidade dos atos do processo, salvo exceções legais.
	Réu
	Objeto da investigação.
	Sujeito de direitos.
	Garantias
	Não há contraditório, ampla defesa ou devido processo legal.
	Todas as garantias constitucionais inerentes ao julgamento.
	Provas
	Taxativas, onde a confissão é a rainha das provas.
	Livre convencimento do juiz e devidamente motivadas.
	Presunção
	De culpabilidade, podendo utilizar-se de torturas e meios cruéis para obter a confissão.
	De não culpabilidade ou de inocência.
	Julgador
	É parcial.
	É imparcial, eqüidistantes das partes.
Ainda, com relação às provas, no sistema acusatório puro, não é possível a realização/determinação de provas pelo juiz, de ofício, sob pena de fazer às vezes das partes (neste sentido, Luiz Flávio Gomes, Mirabete, Tourinho Filho, Scarance, etc.), embora haja entendimento diverso (Paulo Rangel, Norberto Avena etc.). A corrente contrária fundamenta-se no princípio da verdade real, no entanto, esse princípio, como parte do sistema acusatório, e diante de sua interpretação teleológica e sistemática, não permite – por si só – que o juiz produza provas ou recorra de ofício, v.g., sem determinação pelas partes (p. ex Lei de Falências, Lei de Economia Popular, Lei do Crime Organizado, Lei de Interceptação Telefônica, demais dispositivos do CPP).
Contudo, em um sistema acusatório não puro (ou aparência acusatória), como adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro, é possível a realização de provas – ex officio – pelo julgador. Todavia, nosso Código de Processo Penal (e não o processo penal que não está adstrito ao CPP) ainda resguarda resquícios de um sistema processual penal misto, conforme veremos a seguir.
SISTEMA MISTO
Por fim, o sistema processual misto contém as características de ambos os sistemas supracitados. Possui duas fases: a primeira, inquisitória e a segunda, acusatória. Tem origem no Código Napoleônico (1808).
A primeira fase é a da investigação preliminar. Tem nítido caráter inquisitório em que o procedimento é presidido pelo juiz, colhendo provas, indícios e demais informações para que possa, posteriormente, embasar sua acusação ao Juízo competente. Obedece as características do sistema inquisitivo, em que o juiz é, portanto, o gestor das provas.
A segunda fase é a judicial, ou processual propriamente dita. Aqui,existe a figura do acusador (MP, particular), diverso do julgador (somente o juiz). Trata-se de uma falsa segunda fase, posto que, embora haja as demais características de um sistema acusatório, o princípio unificador (idéia fundante) ainda reside no juiz como gestor da prova.
Há uma corrente doutrinária que diz que o sistema processual brasileiro é misto (Tornaghi, Mougenot), aduzindo sua dupla fase:
 a) a fase investigatória, de características inquisitórias, visto que é pré-processual; 
b) fase judicial, com características acusatórias, iniciada após o recebimento da denúncia ou queixa. A crítica a esta corrente cinge-se ao caráter administrativo (extraprocessual) da investigação preliminar (inquérito policial, p. ex.).
CONCLUSÃO
A guisa de uma conclusão, pode-se afirmar que o sistema processual penal é definido a partir de uma idéia fundante (premissa ou princípio unificador), em que todas as demais características e normas devem ser interpretadas de acordo com essa ideia. Conhecida essa premissa, é possível distinguir o que sistema está se tratando.
Importante frisar que os sistemas processuais são intimamente interligados com o modelo político de Estado. Vale dizer que quanto mais o Estado aproxime ao autoritarismo (ditadura, monarquia), mais reduzidos ficam as garantias do réu, e mais se aproxima ao sistema inquisitório. O contrário também é verdadeiro: quanto mais o Estado se aproxime à democracia e ao Direito, maiores ficam as concessões de garantias e, por conseguinte, mais se aproxima ao modelo acusatório puro. Por fim, vale ressaltar que não existem sistemas puros.
 Direitos e garantias do acusado
A Constituição Federal prevê em seus art.5º, diversos direitos subjetivos do qual é titular o sujeito passivo da ação penal.
1.1.1 Direito ao devido processo legal
Expressamente exposto na Constituição Federal, mais precisamente no inc. LIV do art.5º, onde se garante ao acusado a submissão a um processo justo, no qual serão observados os princípios do contraditório, da ampla defesa, do tratamento paritário dos sujeitos processuais, da publicidade dos atos processuais[7]. O ius puniendi não pode ser exercido contra o acusado sem o devido processo legal. De tal importância, recomenda-se ao juiz conduzir o ato de interrogar o réu com técnica, e redobrada atenção para que se possa conferir ao tratamento adequado a pessoa humana.
No entendimento de Tourinho Filho: “O devido processo legal exige um regular contraditório, com o antagonismo de partes homogêneas. Deve haver uma luta leal entre o acusado e o acusador. Ambos devem ficar no mesmo plano, embora em polos opostos, com os mesmos direito, e as mesmas faculdades, os mesmos encargos, os mesmos ônus” [8].
Tem-se uma visão clara que não se espera justiça, se as partes não têm as mesmas vantagens, não se tendo igualdade numa sentença, esta será injusta, deixando de lado o direito, a qual a constituição deixa bem claro ao acusador, ou seja, tem que seguir a forma que estabelece a lei, com total plenitude.
A ampla defesa de que trata o texto da Constituição Federal desdobra-se em dois aspectos, a defesa técnica exercida pelo defensor e a defesa desempenhada pela própria parte quando do momento de seu interrogatório.
1.1.2 Direito ao contraditório e a ampla defesa
A norma prevista no inc. LV do mencionado artigo assegura a bilateralidade dos atos processuais e o livre exercício do direito de defesa[9]. O exercício do direito de defesa pressupõe a ciência por parte do acusado acerca da imputação que em face dele é dirigida, daí se conclui que o réu tem direito à citação. Uma vez chamado a participar do processo e ciente da acusação, pode o acusado reagir à acusação, exercendo sua defesa, a qual engloba a autodefesa e a defesa técnica.
 O contraditório e a ampla defesa são direitos dos quais não se pode abrir mão, mesmo frente a pedido formal do réu ou acusado nesse sentido. O poder-dever que o juiz exerce em busca da verdade impede-o de compactuar, ou mesmo legitimar a realização do ato mediante o emprego de tortura, física ou psíquica, é vedado ainda o narcoanálise, ou detector de mentiras[10].
Resguarda-se tal direito a toda pessoa acusada de haver praticado uma infração penal, que não pode ser obrigada a depor contra a si mesma, nem a declarar-se culpada. Daí surge ao investigado ou, ao acusado, o direito de permanecer calado constitucionalmente garantido[11], sem que desta prerrogativa possa se extrair alguma presunção em seu desfavor.  Contudo, caso seja comprovado que o réu ou o acusado foi inibido de exercer esses direitos, ou outros, por algum mecanismo qualquer, o processo pode ser anulado. Como ex. disso o STJ anulou uma condenação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que violou o disposto no art. 212 do CPP[12]. A seguir transmite-se tal decisão do STJ: “RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL PENAL. NOVA REDAÇÃO DO ARTIGO 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, TRAZIDA PELA LEI Nº 11.690/08. ALTERAÇÃO NA FORMA DE INQUIRIÇÃO DAS TESTEMUNHAS. PERGUNTAS FORMULADAS DIRETAMENTE PELAS PARTES. PONTOS NÃO ESCLARECIDOS. COMPLEMENTARIDADE DA INQUIRIÇÃO PELO JUIZ. INVERSÃO DA ORDEM. NULIDADE RELATIVA. NECESSIDADE DE MANIFESTAÇÃO NO MOMENTO OPORTUNO E DEMONSTRAÇÃO DE EFETIVO PREJUÍZO. PECULIARIDADE DO CASO CONCRETO. SENTENÇA CONDENATÓRIA LASTREADA EXCLUSIVAMENTE NA PROVA ORAL COLHIDA PELO JUIZ NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO, DIANTE DO NÃO COMPARECIMENTO DO MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. AUSÊNCIA DE SEPARAÇÃO ENTRE O PAPEL INCUMBIDO AO ÓRGÃO ACUSADOR E AO JULGADOR. VIOLAÇÃO DO SISTEMA PENAL ACUSATÓRIO. NULIDADE INSANÁVEL. RECURSO DESPROVIDO [...][13].”
Com base nisso, nota-se que não teve a presença do membro Ministério Publico ou “custus legis” o qual exerce o dever resultante da concretização de fato tipicamente descrito em lei, dentre muitas e outras garantias, mostrou-se nesta decisão, claramente a violação do direito do mesmo, ou seja, o processo foi nulo.
2 DA CONFISSÃO E PARCIALIDADE DO ACUSADO
Conhecida como um meio de prova, embora alguns autores a consideram um meio de prova atípico, sob a argumentação de que a confissão é o resultado de uma vontade do réu, para melhorar sua defesa. Define-se confissão como sendo o ato de reconhecimento, feito pelo indiciado ou pelo acusado, da imputação que lhe é feita[14]. É admitir contra si, a prática de um crime, perante autoridade competente, sendo essa confissão um ato voluntário do acusado. Submete-se a alguns requisitos de preenchimento para sua validade: deve ser espontânea ou voluntária, expressa, e pessoal[15].
Quanto aos efeitos, pode ser simples ou qualificada. “Simples, quando o confitente reconhece pura e simplesmente a prática criminosa, limitando-se a atribuir a si a prática da infração penal” [16], apenas admite a imputação que lhe é feita. Qualificada, quando embora reconheça a acusação, procura uma excludente de antijuricidade, como por exemplo quando o réu alega ter agido em legitima defesa.
“Quanto à forma, deve ser expressa ou explicita oral ou escrita. Obs.: o nosso sistema processual não admite a confissão tácita, implícita ou ficta, baseada em presunção legal” [17]. Pode ser judicial, feita durante o interrogatório, perante juiz competente, ou extrajudicial, devendo ser tomada por termos nos autos, aquela que não se inclui entre as judiciais. Se ofertada em juízo é meio de prova direta, sendo seu valor relativo. “Mas, se o réu confessar a autoria, impõe-se ao juiz, o especial cuidado de indagar-lhe sobre os motivos e circunstancias da ação e se outras pessoas concorreram para a infração” [18].
A exposição dos motivos do código em vigor deixa claro, que a confissão do acusado não constitui prova plena de sua de culpa, sendo de modo algum usada como prova segura para desvendar a verdade, sendo considerado valor mínimo, ou até mesmo nenhum, para resolução final da ação penal.
Além das possibilidades que todo réu possui de apresentar ao juiz sua autodefesa, destaca-se a de autodefesa técnica, o réu poderá defender a si mesmo, da qual deve ser ouvido e ter seus argumentos comentadosna sentença, podendo o réu prescindir da defesa técnica, caso seja ele o advogado, como menciona Nucci, “Não é o mais recomendável, pois sempre há o envolvimento emocional do acusado com sua própria defesa, embora seja permitido”[19]. Enfim, deve ser coibida essa hipótese, em seguimento à plenitude de defesa e para proteção do próprio réu.
3 DA INDISPONIBILIDADE DO DIREITO DE DEFESA DO ACUSADO
Salvo no ato de interrogatório, pode se dizer que o defensor, tem no exercício de sua militância, o privilegio de ser a voz do acusado no processo penal. Em razão da indisponibilidade do direito de defesa e da necessidade do acusado estar assistido por pessoa com capacitação técnica suficiente para tornar efetivo o exercício de tal direito, há obrigatoriedade da intervenção do defensor, pela qual, ainda que não queira, o terá nomeado para o patrocínio de sua defesa, não tendo, poderá ser anulado o processo[20]. Prova disso, é a decisão do STJ que em seguida é transcrita.
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou, desde o recebimento da denúncia, ação penal que resultou na condenação do empresário Mário Calixto Filho às penas de um ano e três meses por formação de quadrilha e a quatro anos e três meses por peculato. A decisão determinou que seu defensor constituído seja intimado para novo julgamento que irá deliberar sobre o recebimento ou rejeição da denúncia.[21]
“E tal medida não é o bastante, torna-se fundamental que o magistrado zele pela qualidade da defesa técnica, declarando se for preciso, indefeso o acusado e nomeando outro advogado para desempenhar a função” [22]. Por isso o juiz deve zelar pelo fiel exercício da ampla e eficaz defesa, cuidando de garantir ao acusado todos os meios possíveis e legítimos para tanto.
Tem direito ainda o acusado de escolher defensor de sua confiança, devendo haver uma relação de confiança e comprometimento entre eles, o réu e o profissional destacado para ouvir suas razões e usar todos os recursos, e que possa honestamente contribuir para diminuir e garantir o seu indisponível direito à liberdade. Por outro lado isso não quer dizer que o acusado possa selecionar, a seu bel-prazer, o seu defensor nomeado pelo magistrado, sendo restringido esse direito. Há duas classificações de defensor, segundo o autor Alexandre Cebrian Reis, os quais serão estudados adiante.
3.1 Defensor Constituído ou Procurador
É o advogado nomeado pelo acusado por via de procuração ou indicado por ele na ocasião do interrogatório (art.266 do CPP). Só poderá o advogado, portanto, praticar atos processuais se houver procuração outorgada pelo réu, ou se for declinado seu nome por oportunidade do interrogatório (constituição apud acta) ou, ainda, nas hipóteses de nomeação pelo juiz.[23]
O acusado pode constituir o procurador a qualquer tempo, mesmo na fase do inquérito policial. No entanto exige-se procuração do réu outorgando poderes especiais ao seu defensor em algumas hipóteses do diploma processual penal: a) Para aceitar o perdão do ofendido, em nome do réu ou querelado (art.55 e 59); b) Para arguir a suspeição do juiz (art.98) e c) Para arguir falsidade de documento (art.146).
3.2 Defensor Dativo
“Dativo é o advogado nomeado pelo juiz ao réu que se omitiu em constituir seu representante” [24]. Sendo uma vez nomeado pelo juiz, o advogado não pode recusar a exercer o múnus, a não ser por motivo justo, os quais serão avaliados pela OAB, no campo ético. Se a comunicação não for feita de antemão, fica sujeito a uma multa de 10 a 100 salários mínimos, sem prejuízo de outras sansões, com exemplo, de ordem administrativa[25]. “Esta multa deverá incidir caso não seja feita a aludida comunicação, e não pelo fato de o magistrado, eventualmente, não considerar “imperioso” o motivo alegado” [26]. Aceitando a função, cujo exercício é intransferível, incumbira ao advogado nomeado, defender o réu, praticando todos os atos do processo. Estando ainda previsto no código penal, que se o acusado alegar que não tem condição, e após se comprova que era mentira, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo[27].
Sendo assim, fica evidente que não se exige imparcialidade do defensor, tendo essa obrigação do juiz, que está acima dos contendores, enquanto os advogados são feitos para serem parciais. Ficando claro que o relacionamento com o defensor com a verdade exige habilidade e tolerância.
CONCLUSÃO
Após breve análise acerca do termo acusado, nota-se de plano que o direito processual penal oferece a todos os indivíduos nestas condições as garantias e os instrumentos necessários para uma correta defesa de seus direitos, os quais se encontram cravados na Constituição Federal.
Isto se deve ao fato de que as garantias e os meios eficazes para a preservação dos direitos básicos da pessoa humana, em um Estado Democrático de Direito, são fundamentais para que não haja abusos por parte do Estado, detentor do poder de punir. Neste sentido, vale destacar que antes da Carta Política de 1988, o direito processual penal era visto de forma inquisitiva e sem muitas garantias contra os abusos do poder estatal. Porém, após o novo diploma legal de 1988, vislumbrou-se um novo rumo no processo penal, visando à preservação dos direitos e garantias individuais frente às alterações de um Estado opressor e arbitrário, permitindo a plenitude do exercício de defesa daqueles indivíduos que estão sendo investigados ou acusados, conferindo aos cidadãos maior segurança jurídico-processual, em respeito aos princípios constitucionais do processo penal.
Frente a isto, surgiu-se ao acusado garantias fundamentais, e necessárias, para um devido processo legal, com amplitude de defesa, seja através de defensor constituído ou dativo,devendo dentro dos limites da lei, desenvolver honestamente sua atividade, visando à absolvição de seu constituinte, ou pelo menos contribuir para sua diminuição de pena imposta, sendo leal a sua carreira, para o fim de se chegar a um processamento mais justo, ficando evidente que este deve ser o pensamento futuro do Legislador brasileiro quando da edição de novos diplomas legais.
 
Caso concreto 4 
 CASO 1 Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava solto, a autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a autoridade judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo como parâmetro o nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da adequada hermenêutica constitucional.
artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
Resposta questão 1
O código de processo penal determina que concluído o inquérito o delegado faça o relatório e encaminhe os autos do inquérito para o juiz devendo este abrir vista para o ministério público. 
O sistema adotado na constituição é um sistema acusatório e a função de fazer a acusação nas ações penais públicas é do ministério público, que decidirá se oferece denúncia (se a ação for ação pública) ou requer o arquivamento do inquérito, em razão disso o delegado deveria encaminhar o inquérito para o MP e não para o juiz.
Todo o espaço de ampla defesa e contraditório ao indiciado, que passa a ser réu e poderá requerer todas as disposições dilatórias para comprovação de sua defesa que o código de processo penal permita.
 CASO 2- Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta.
É indispensável a assistência de advogado ao indiciado, devendo ser observadas as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
 B- A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação possua elementos suficientes para a propositura da ação penal.
 C- Trata-se de procedimento escrito, inquisitivo, sigiloso, informativo e disponível.
 D- A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, no cursoda investigação, de forma motivada e observados os requisitos legais.
 CASO 3-Leia o registro que se segue.
 Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia ultrapassagem de autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram Mévio, que foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado. 
a)Registro apenas em Boletim de Ocorrência para futuras providências.
 b- Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia lavrar auto de prisão em flagrante, fixando fiança.
 c- Deve o Delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e permitir que Mévio se livre solto.
 d- O Termo Circunstanciado deve ser remetido ao Juízo, mesmo que Mévio não tenha assinado o Termo de Comparecimento, para que o Magistrado, ouvido o Ministério Público, tome as providências que julgar cabíveis, podendo até decretar eventual prisão temporária
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DIREITO CIVIL IV
Caso concreto nº:
 5 DATA: 07/09/2014 Disciplina: Direito Civil II. Professor: Bruno Duarte. Aluno: Pedro Leonardo Souza Alves. Matrícula: 201307039049. Turma: 2001. Turno: Vespertino. Sala: E-202. Caso Concreto 1 1. (CESPE 2012 – STJ Analista Judiciário - adaptada) Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao credor e recair sobre prestação inexigível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou optar pelo recebimento do valor da inexigível acrescentado de perdas e danos. Certo ou Errado? Justifique sua resposta. De acordo com o artigo 255 do Código Civil, a afirmativa acima está certa. Segundo Carlos Alberto Gonçalves, se a escolha couber ao credor, pode este exigir o valor de qualquer das prestações (e não somente da que por último pereceu, pois a escolha é sua), além das perdas e danos. Se somente uma das prestações se tornar impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir ou a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos. Nesse caso, o credor não é obrigado a ficar com o objeto remanescente, pois a escolha era sua. Pode dizer que pretendia escolher justamente o que pereceu, optando por exigir o seu valor, mais as perdas e danos. Por exemplo, se alguém se obriga a entregar um veículo ou um animal, e aquele primeiro sofre deterioração em virtude da má condução do devedor, o credor pode alegar que não tem onde guardar o animal e exigir o valor do veículo que pereceu, mais perdas e danos. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA. ESCOLHADO CREDOR. INEXIQUIBILIDADE DA PRESTAÇÃO ESCOLHIDA. INCIDÊNCIA DASDISPOSIÇÕES DO ARTIGO 255 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 1. Nas obrigações alternativas a escolha é a concentração da obrigação na prestação indicada, momento no qual torna-se simples, pelo que, apenas a escolhida poderá ser reclamada. 2. Segundo dispõe o artigo 255 do Código Civil, se a escolha couber ao credor e 
1. Nas obrigações alternativas a escolha é a concentração da obrigação na prestação indicada, momento no qual torna-se simples, pelo que, apenas a escolhida poderá ser reclamada. 2. Segundo dispõe o artigo 255 do Código Civil, se a escolha couber ao credor e uma das prestações houver perecido, pode escolher a outra ou optar pelo valor da perdida mais perdas e danos. 3. Devedor de obrigação alternativa que grava com ônus reais imóvel que era objeto de possível escolha pelo credor, sem adverti-lo de tal hipótese, torna viciosa escolha, mormente quando não honrar a obrigação com credor hipotecário que, posteriormente, vem a executar a garantia. Assim, concentrada a obrigação em prestação inexigível por culpa do devedor, terá o credor o direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra. 4. Recurso especial conhecido e provido. (STJ, Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 22/06/2010, T4 - QUARTA TURMA) 2. Analise o relato a seguir e aponte pelo menos cinco erros na assertiva referente ao problema (cada erro encontrado deve ser indicado e corrigido corretamente). Os cinco erros encontrados devem ser corrigidos (reescrever a frase ou expressão apontando o erro que se pretende corrigir) e, quando for possível, corrigi-lo indicando o artigo respectivo! Caroline compromete-se a entregar a Joana, em razão de contrato de compra e venda, o cachorro Ickx ou o cachorro Jack, ambos de seu premiado canil. O preço ajustado é de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais). O direito de escolha é conferido a Caroline que deverá exercê-lo até 1º de outubro de 2009, direito que é exercido em 25 de setembro recaindo a escolha sobre o cachorro Ickx. A comunicação da escolha é feita em 26 de setembro. A tradição do bem, então deverá ser realizada até 10 de novembro de 2009 no domicílio da credora. Pode-se afirmar que, quanto ao cachorro escolhido, Caroline é o solvens e Joana o accipiens. Trata-se de uma obrigação natural (civil), divisível (indivisível), facultativa (alternativa), de execução instantânea (execução diferida) e condicional (a termo). A sua fonte mediata é a lei e a fonte imediata obrigação de dar coisa certa (antes da concentração), cuja escolha pertence ao devedor. O seu objeto imediato é o contrato de compra e venda e seu objeto mediato é a obrigação de dar coisa certa (após a concentração). Imagine que antes da concentração da obrigação, o cachorro Jack morre fulminado por doença genética incurável; pode-se afirmar que a obrigação, nesse caso, se resolverá nos termos do art. 234, CC. Em outra situação, após a concentração da obrigação, o cachorro escolhido morre porque Caroline deixou de vaciná-lo; nesse caso, a obrigação se concentrará no cachorro remanescente, nos termos do art. 253, CC. 3. (CEPERJ 2012 – PROCON RJ) Mévio contrata com Caio o empréstimo de um valor correspondente a R$ 10.000,00 (dez mil reais), que poderá ser pago em moeda nacional corrente ou através da transferência de um bem, do mesmo valor, à escolha do devedor. Nesse caso, estamos diante da seguinte obrigação: a) Alternativa (contrato estabelecido para pagamento de uma ou outra prestação). b) Condicional (contrato não está vinculado a evento futuro e incerto). c) Cumulativa (só acontece quando 2 objetos devem ser cumpridos em sua totalidade). d) Simples (está sujeita a termo, a forma a qual o devedor escolherá pagar). e) Instantânea (não está sendo cumprida imediatamente após a sua constituição). 4. (MP/RS - 2001) À solução de questões que envolvem danos decorrentes de erro médico, nas cirurgias plásticas de correção de defeito físico e embelezamento, quanto à relação paciente-médico e à relação paciente- hospital, é correto afirmar-se que: a) a relação paciente-hospital (paciente-médico) é regulada pela responsabilidade civil subjetiva. (uma vez que o hospital é pessoa jurídica, não há o que se falar em responsabilidade civil). b) a relação paciente-médico não é contratual. (A doutrina acredita ser contratual o vínculo pois estão presentes os requisitos do artigo 82 do Código Civil - ato jurídico - somados com a manifestação da vontade). c) a obrigação resultante da relação paciente-médico é de resultado, salvo prova de intervenção de fator imprevisível, força maior ou caso fortuito. d) a obrigação resultante da relação paciente-médico é sempre de meio. (No caso de cirurgia plástica para embelezamento, a obrigação é de resultado). e) nenhuma das alternativas anterioresestá correta. (A alternativa C é a correta).

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