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02-ETIOPATOGÊNESE+DAS+LESÕES

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ETIOPATOGÊNESE GERAL DAS LESÕES
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Agentes agressivos ou etiológicos:
Qualquer agente que determine reações anormais na célula, podendo levar à perda da capacidade de compensação e gerar alterações bioquímicas, fisiológicas e morfológicas. 
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A lesão bioquímica precede a lesão morfológica e fisiológica
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Classificação dos agentes agressivos:
Endógenos ou intrínsecos
Internos – próprio organismo
Exógenos ou extrínsecos
Externos – meio ambiente
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Causas endógenas ou intrísecas:
Modificações no genoma, na hereditariedade e na embriogênese
Erros metabólicos inatos
Disfunções imunológicas (autoimunidade; hipersensibilidades; imunossupressão)
Distúrbios circulatórios
Disendocrinias
Distúrbios nervosos e psíquicos
Envelhecimento 
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Causas exógenas ou extrínsecas:
Agentes físicos
Temperatura; eletricidade; radiações; sons e ultrasons; magnetismo, gravidade e pressão
Agentes biológicos ou infeccionsos
Agentes acelulares: Prions (<5 nm); viroides (<5 nm); virus (20-200 nm)
Procariotos: clamídias, micoplasmas, rickettsias, bactérias 
Eucariotos: fungos, protozoários, helmintos, artrópodes
Agentes químicos
Inorgânicos: Ácidos, bases, metais pesados
Orgânicos: Toxinas, venenos, organo-sintéticos
Desvios nutricionais
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Os ambientes (físico, psíquico e social) em que o indivíduo se insere são muito importantes para o estabelecimento da doença:
Pobreza – desnutrição
Desemprego – distúrbios emocionais
Saneamento básico – distúrbios gastrointestinais (cólera)
Meio ambiente - dengue
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Modo de ação dos agentes agressivos:
Direta 
Sobre alvos do organismo: vias metábólicas, enzimas, proteínas, componentes celulares
Indireta
Fornecimento de oxigênio
Mecanismos de produção e inativação de radicais livres
Respostas adaptativas locais ou sistêmicas
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Causas gerais das lesões:
Hipóxia e anóxia
Radicais livres
Resposta imune
Resposta localizada: reação inflamatória
Resposta sistêmica: reação de fase aguda
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1. Hipóxia e anóxia:
HIPÓXIA:
Redução do fornecimento de oxigênio às células
ANÓXIA:
Interrupção do fornecimento de oxigênio às células
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Redução do fluxo sangüíneo
Parada do fluxo sangüíneo
DEGENERAÇÃO OU MORTE CELULAR
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Hipóxia – causa modificações metabólicas progressivas
Diminui a síntese de ATP
Aumenta ADP e AMP
Estimula a respiração anaeróbica
aumento de ácido lático – diminuição de pH intracelular
Altera a permeabilidade da MP 
Aumenta a concentração de água e Na+
Diminuição da síntese celular
Condensação da cromatina e diminuição da transcrição
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Cessada a hipóxia
Lesão REVERSÍVEL
Persiste a hipóxia
Lesão IRREVERSÍVEL
MORTE CELULAR
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Lesão induzida por reperfusão após uma isquemia:
Formação de radicais livres de oxigênio com a participação de xantina oxidase e/ou por leucócitos na parede dos vasos
Maior captação de cálcio pelas células anóxias
Choque osmótico – tumefação súbita da célula e ruptura da membrana
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2. Radicais livres:
Moléculas muito reativas
Apresentam um elétron desemparelhado no orbital externo
Podem iniciar reações em cadeia que levam à formação de novos radicais
amplifica a capacidade de produzir lesões
Podem atuar como reguladores de atividades celulares
ativação de enzimas, fatores de transcrição, controle de receptores celulares
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Causas gerais das lesões
4. SISTEMA IMUNOLÓGICO
Resposta imunológica pode defender o organismo e, ao mesmo tempo, causar lesões
RESPOSTA HUMORAL
RESPOSTA CELULAR
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4.1.Resposta humoral
Bloqueio ou estimulação de uma função celular
Formação de complexos Ag-Ac e fixação de complemento, estimulando a liberação de citocinas (inflamação)
Citotoxidade celular dependente de anticorpos
linfócitos, macrófagos, neutrófilos reconhecem a porção Fc de Ac e lesam a célula – doenças virais
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4.2.Resposta celular
Células citotóxicas reconhecem Ag, no contexto de MHC-I e destroem as células
Induzir a apoptose
Ativação de fagócitos que liberam enzimas, radicais livres e outras substâncias capazes de lesar células ou componentes do interstício
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Causas gerais das lesões
5. RESPOSTAS LOCALIZADAS:
Objetivo: tentar conter ou eliminar o agressor, ou ainda, a ele se adaptar
Resposta inespecífica (independe do agente agressor
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Causas gerais das lesões
6. RESPOSTAS SISTÊMICAS
Consiste em um conjunto de respostas caracterizado por 
mudança no padrão de síntese de proteínas do fígado
efeito metabólico decorrente da liberação de hormônios da supra-renal e da hipófise
Alterações no centro termorregulador (febre) e centro do apetite
Modulação da sensação dolorosa
Modificações na resposta imune
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Modificações na síntese proteíca:
Proteínas reacionais de fase aguda:
São secretadas no sangue em quantidade aumentada ou diminuída pelos hepatócitos em reposta a um trauma, inflamação ou doença. 
Podem servir como inibidores ou mediadores nos processos inflamatórios
Algumas têm sido utilizadas para diagnosticar e acompanhar o curso de doenças ou como marcadores tumorais (Ex: Proteína C Reativa)
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Alterações metabólicas:
Adrenalina liberada após agressões:
estimula a glicogenólise (aumento da glicemia)
inibe a liberação de insulina e aumenta a liberação de glucagon (ilhotas de Langerhans)
Favorece a lipólise (liberação de ácidos graxos)
incrementa o trabalho cardíaco e produz vaso-dilatação periférica
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Alterações metabólicas:
Glicocorticóides (hormônios esteróides): favorece o aumento da glicemia:
Ativação do catabolismo protéico (aumenta o N urinário) – intenso no tecido muscular
Aumenta a gliconeogênese (a partir de aa)
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Alterações no centro termorregulador:
Provocadas pela ação de pirógenos (endógenos ou exógenos)
Febre: síndrome clínica caracterizada por sensação de frio, tremores, hipertermia, taquicardia, seguidos de sudorese e diurese no período de resolução
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Febre:
SERVE DE AVISO 
PAPEL ANTI-INFECCIOSO
 impede crescimento / inativa bactérias, vírus e fungos
diminui produção de fatores virulentos
aumenta a produção de fatores de defesa
potência o efeito dos antibióticos
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Alterações do apetite e sono
Provocadas por ação de citocinas sobre o SNC:
Inibição do apetite – perda de peso
Insônia e irritabilidade
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Sinais inespecíficos de doenças inflamatórias e infecciosas:
Provocadas por ação de citocinas (IL-1, IL-6, TNFα) sobre o SNC:
FRAQUEZA
MAL-ESTAR
CANSAÇO
LETARGIA
DORES MUSCULARES E ARTICULARES
ESTADO DE CHOQUE
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Modulação da sensação dolorosa:
Provocada pela ação de endorfinas
Aumenta o limiar de dor
É evidente nos estados de agressão grave
Queimaduras
Traumas múltiplos
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Modulação da resposta imune:
Se deve à ação de:
Corticóides (reduz a atividade de linfócitos T)
Adrenalina (diminui a proliferação de linfócitos)
Substâncias imunossupressoras liberadas após agressões (prostaglandinas e citocinas)
Citocinas que estimulam as atividades imunes (IL-1, IL-6, TNFσ
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Causas gerais das lesões
7. AGENTES FÍSICOS
Força mecânica (lesões traumáticas)
Abrasão (arrancamento de células da epiderme)
Laceração (rasgo de tecidos)
Contusão (impacto transmitido através da pele aos órgãos adjacentes)
Incisão (corte – são mais extensos que profundos)
Perfuração (são mais profundas que extensas)
Fraturas (ruptura ou solução de continuidade de tecidos duros – ósseos ou cartilaginosos)
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Causas gerais das lesões
Variações da pressão atmosférica
Em condições hiperbáricas (Síndrome da descompressão)
Os gases dissolvidos formam bolhas no sangue (êmbolos gasosos), tecidos (enfisema intersticial) e células
Em condições hipobáricas (altitudes elevadas)
Tensão de O2 baixa provoca hipóxia
Vasoconstrição periférica
Lesão endotelial – provocando edema (membros, face, pulmões e encéfalo)
Taquipnéia 
Desidratação (baixa umidade do ar)
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Causas gerais das lesões
Variações
de temperatura
Baixas temperaturas
Vasoconstrição, oligoemia, hipóxia e lesões degenerativas
Lesão endotelial (hipóxia) >> edema (aumento da permeabilidade vascular)
Aumento da vasoconstrição, anóxia e necrose
Desaparece o controle nervoso da vasomotricidade >> vasodilatação arteriolar e venular
Congelamento de água no interior da célula >> desiquilíbrio eletrolítico >> altera funções vitais (respiração) e inativa macromoléculas
Morte celular
Hipotermia (< 35°C) – morte por falência cardio-respiratória
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Causas gerais das lesões
Variações de temperatura
Altas temperaturas (queimaduras)
Edema (aumento da permeabilidade vascular)
Vasodilatação
Lesão direta da parede vascular >> hemorragia, trombose, isquemia e necrose
Lesão direta da célula >> degeneração hidrópica (> 52°C)
Morte celular – desnaturação protéica (> 55°C)
Processos de cicatrização
Hipertermia (> 40°C)
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Causas gerais das lesões
Eletricidade
Disfunção elétrica dos tecidos (miocárdio, mm. esqueléticos e tecido nervoso)
Produção de calor
Tipo de corrente (alternada é mais lesiva)
Quantidade de corrente
Trajeto da corrente
Duração da agressão
Superfície de contato (pequena = queimadura profunda; grande = não lesa a pele; morte por parada cardio-respiratória)
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Causas gerais das lesões
Radiações
Inalação ou ingestão
Exposição com fins terapêuticos ou diagnósticos
Contato acidental
Bombas nucleares
Mecanismos de lesão:
Ação direta sobre macromoléculas
Ação indireta – produção de radicais livres
Tipos de lesão
Agudas (degenerações até necrose), crônicas e tardias
Alterações vasculares (edema, hemorragias e trombos)
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Causas gerais das lesões
Ruídos (som)
Distúbios de audição caracterizados por perda progressiva da capacidade de distinguir sons de frequência mais alta
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Causas gerais das lesões
8. AGENTES BIOLÓGICOS
Microrganismos (vírus, bactérias e fungos)
Parasitas (ectoparasitas, endoparasitas)
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Causas gerais das lesões
9. AGENTES QUÍMICOS
Substâncias tóxicas ou medicamentos
Mecanismos:
Ação direta sobre células ou interstício
Transformações moleculares (degeneração ou morte celular)
Modificações no genoma (efeito carcinogênico)
Vida intra-uterina (efeito teratogênico)
Ação indireta 
Indução de resposta imune humoral ou celular
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Qualquer estímulo, dependendo da intensidade, tempo de ação e do organismo (capacidade de reagir) pode provocar lesão.
Há uma interação entre o agente lesivo e os mecanismos de defesa do organismo – ASSOCIAÇÃO ENTRE AS CAUSAS EXÓGENAS E ENDÓGENAS
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Cada organismo reage aos estímulos de uma forma diferente, o que se deve ao seu patrimônio genético, inicialmente.
Entretanto, os ambientes (físico, psíquico e social) em que o indivíduo se insere são muito importantes para o estabelecimento da doença:
Pobreza – desnutrição
Desemprego – distúrbios emocionais
Saneamento básico – distúrbios gastrointestinais (cólera)
Meio ambiente - dengue
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A maioria produz lesão de forma indireta
As respostas adaptativas têm o objetivo de melhorar as condições de escape da agressão ou eliminá-la. Quando ultrapassa certos limites pode causar desastres para o organismo.
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Várias são as causas da redução e/ou parada do fluxo sangüíneo: obstrução vascular (embolia, 
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Os radicais livres de oxigênio são formados a partir das primeiras moléculas que chegam aos tecidos após a reperfusão;
Isto se deve a presença da xantina oxidase que transforma O2 em superóxido, do qual origina radicais livres capazes de lesar as membranas e produzir lesões irreversíveis.
O choque osmótico leva à tumefação celular e ruptura de membranas favorecendo a irreversibilidade do processo.
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Reagem com qualquer outro tipo de moléculas: lipídeos, bases púricas e pirimídicas, aminoácidos (metionina, histidina, lisina, cisteína)
Elétron desemparelhado – reações de oxirredução e, como essas reações são realizadas em etapas podem ser formados compostos intermediários
Reguladores de atividades celulares: ativação de enzimas, fatores de transcrição, controle de receptores celulares
A formação de novos radicais amplifica a capacidade de produzir lesões
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Anticorpos podem lesar ou interferir com o funcionamento celular:
CCDA: linfócitos, macrófagos, neutrófilos reconhecem a porção Fc de Ac e lesam a célula – ex: doenças virais
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Apoptose: ativando enzimas (caspases)
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Inespecífica: independe do agente agressor
Inflamação: induz as células ou a matriz intercelular a liberar mediadores (quimiocinas, TNFα, IL-1, etc.) que estimulam a migração de células para o local da agressão
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Os hepatócitos sintetizam menos albumina e ferritina e aumentam a produção de proteína C reativa e outras.
Hormônios: adrenalina e corticóides
Adrenalina estimula a glicogenólise, levando a uma aumento da glicemia; inibe a liberação de insulina e aumenta a liberação de glucagon; incrementa o trabalho cardíaco e produz vaso-dilatação periférica.
O aumento da glicemia aumenta a disponibilidade energética nos tecidos
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Os hepatócitos sintetizam menos albumina e ferritina e aumentam a produção de proteína C reativa e outras.
Hormônios: adrenalina e corticóides
Adrenalina estimula a glicogenólise, levando a uma aumento da glicemia; inibe a liberação de insulina e aumenta a liberação de glucagon; incrementa o trabalho cardíaco e produz vaso-dilatação periférica.
O aumento da glicemia aumenta a disponibilidade energética nos tecidos
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Os hepatócitos sintetizam menos albumina e ferritina e aumentam a produção de proteína C reativa e outras.
Hormônios: adrenalina e corticóides
Adrenalina estimula a glicogenólise, levando a uma aumento da glicemia; inibe a liberação de insulina e aumenta a liberação de glucagon; incrementa o trabalho cardíaco e produz vaso-dilatação periférica.
O aumento da glicemia aumenta a disponibilidade energética nos tecidos
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