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CASO CONCRETO DA SEMANA 1

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CASO CONCRETO DA SEMANA 1
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
6º PERÍODO – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
QUESTÃO DISCURSIVA
1 -       a) Mesmo que não compareça à delegacia para prestar esclarecimentos sobre os fatos investigados, Plininho não poderá responder pelo crime de desobediência, previsto no art. 330 do Código Penal. Apesar de o Código de Processo Penal não dispor de forma expressa sobre essa hipótese, é necessária a observância os ditames constitucionais, dentre os quais decorre o princípio de que ninguém é obrigado a produzir provar contra si mesmo.
            b) Ainda que se tratasse de intimação para interrogatório com vistas a instruir uma ação penal, Plininho não responderia pelo crime de desobediência, insculpido no art. 330 do CP.
O art. 367 do CPP dispõe que:
“O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo”
            Portanto, mesmo que o réu não compareça em juízo, apesar de devidamente citado, ele não responderá pela desobediência à ordem legal, pois lhe é assegurado o direito constitucional de permanecer calado, conforme prevê o inc. LXIII, art. 5º, da CF/88, vejamos:
“LXII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado”
QUESTÕES OBJETIVAS
2- Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão processual. (...)
Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a necessidade da prisão.
Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. O princípio específico de que trata o texto é o da(o)
a- Livre convencimento motivado.
b- Inocência.
c- Contraditório e ampla defesa.
d- Devido processo legal.
Gabarito: Letra “b”
3 - Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir:
I - O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante.
CORRETO: Princípio do "nemo tenetur se detegere".
II - O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência.
ERRADO: Vide questão discursiva.
III - O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu.
ERRADO: CPP, art. 186,  Parágrafo único: “O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa”
IV - O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo.
CORRETO: A esse respeito, concluiu o STF que, no direito ao silêncio, tutelado constitucionalmente, inclui-se a prerrogativa processual de o acusado negar, ainda que falsamente, perante a autoridade policial ou judiciária, a prática da infração penal.
Assinale:
a- Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b- Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c- Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d- Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
e- Se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: Letra “c”

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