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Técnica de Rapport na Entrevista Jornalística

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A técnica de Rapport
Aula 8
Técnicas de Entrevista Jornalistica
https://www.youtube.com/watch?v=Ok8x3LV5zW8
https://www.youtube.com/watch?v=_F2OnG_PxDQ
Rapport
Durante o processo de realização de uma entrevista, é imprescindível que entre repórter e entrevistado seja "construída" uma relação mútua de afinidade. É como se ambos estivessem sentado conversando de tal forma que, aos olhos de terceiros, eles dão a impressão de estarem completamente envolvidos naquele diálogo, como se tivessem se desligado de tudo. Inclusive a postura corporal seria semelhante, o tom de voz seria o mesmo, o ritmo, novamente, o mesmo. Ou seja, quando há tanta sincronia, como nesta, por exemplo, numa espécie de reflexo um do outro, chamamos este tipo de experiência de "Rapport", uma palavra de origem francesa que significa concordância, afinidade, analogia.
Rapport
Estar em Rapport é uma habilidade pode ser aprendida e aperfeiçoada, havendo inúmeras técnicas para isto. Estas podem, inclusive, ser utilizadas para a realização de uma entrevista. E isto, em especial no momento de apuração, quando repórter e entrevistado se colocam frente a frente para tratar de um tema específico.
Rapport
Segundo Penteado (2008, p. 01), um Rapport consiste, inicialmente, num "espelhamento, em refletir o outro em seus vários aspectos, como postura, gestos, voz, etc. Não é uma imitação. [...] Já o espelhamento é o reflexo sutil daquelas comunicações inconscientes verbais e não verbais." Além disso, a técnica pode ser confundida como regras de boas-maneiras. Entretanto, é importante ressaltar que se quisermos estar integrados ao lugar e às pessoas, é necessário que nos "igualemos" a eles, que os espelhemos.
Rapport
No caso de uma entrevista, por exemplo, isto pode significar vestir-se adequadamente para uma ocasião, lugar, ou ainda para estar com determinado grupo de pessoas. Ou seja, ser formal quando necessário ou ser informal quando possível. Além disso, havendo o espelhamento, isto irá possibilitar vivenciar a sensação de ser aceito, considerado, compreendido. Assim, a confiança pode ser conquistada, bem como o respeito e a simpatia de alguém.
Rapport
Ainda de acordo com Penteado (2008), dentre os aspectos do comportamento que podem ser espelhados, estão a postura corporal, os gestos, o ritmo respiratório, as expressões faciais, os padrões de entonação, a cadência e o ritmo da voz e das palavras mais usadas. Além destes aspectos, as palavras processuais (visuais, auditivas e cinestésicas) também podem ser espelhadas. Neste caso, quando se transforma em persuasão, ter grande rapport com o outro pode conduzir a uma situação de aceitação incondicional de uma sugestão. Isto é devido ao nível de confiança que vem com o rapport. 
Rapport
Se houver confiança, então, o outro estará aberto a aceitar o que você tem a dizer. Levando-se em consideração as mídias, em especial a televisão, o rapport pode interferir na experiência subjetiva humana, o que inclui processos internos de pensamento, sentimento, sensação, etc. Isto significa que é possível chegar até estas experiências de forma objetiva, pois apesar de subjetiva, há uma estrutura capaz de ser descrita, observada e modificada. Ou seja, no caso da mídia e em especial da entrevista, esta capacidade de entrar no lugar do outro, fazê-lo sentir que você o entende, contribui para a criação de um laço comum e, neste sentido, contribui para um melhor aproveitamento da entrevista.
Passos para desenvolver o Rapport
Vamos clicar:
https://pt.wikihow.com/Desenvolver-Rapport
Bibliografia
Texto: Gêneros do Jornalismo e Técnicas de Entrevista, de Pedro Celso Campos. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/campos-pedro-generos-dojornalismo.pdf
LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. 
ERBOLATO, Mario L. Técnicas de codificação em jornalismo: redação, captação e edição no jornal diário. São Paulo: Ática, 2008. 
WEIL, Pierre. Corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal.54. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. 288 p

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