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MANEJO DE SUÍNOS COM ASPERSORES Projeto, apresentado pelo curso de Zootecnia do IFRO- Instituto Federal de Rondônia, Campus Colorado do Oeste. Professor: Fabrício Eugênio Araújo Julia da Silvia Pereira Soleam Skarlleth Tavares Wolfart Discentes da disciplina de Bioclimatologia Animal– IFRO/ Campus Colorado do Oeste. RESUMO: Este projeto tem como objetivo visar o bem-estar e conforto térmico desses animais, introduzindo a utilização de aspersores em baias na produção de suínos. Os aspersores são indicados para regiões de clima quente, por que tem como o objetivo eliminar o estresse gerado pela temperatura elevada, que causa problemas respiratórios e desenvolve enfermidades, aos animais mantidos em sistemas intensivos confinados. O uso dos aspersores é indicado para pequenos e grandes produtores devido ao preço de custo no mercado ser acessível. A água pode ser utilizada de represas próximas, poços, reservatórios, entre outros lugares com fácil acesso ao encanamento para esses aspersores, mas é de suma importância ter um direcionamento para água utilizada e se possível o reaproveitamento depois de seu uso. É de grande importância atender as necessidades de seus animais, para que tenham uma produtividade de qualidade, sem interrupções de enfermidades ou problemas causados pelo estresse. Palavras-chaves: Água, bem-estar animal, Estresse. 1. INTRODUÇÃO Manejo é um conjunto de técnicas de melhoramento do bem estar animal, que é necessário do nascimento ao abate, visando dar a melhor qualidade de vida necessária para a produtividade desses animais. Sendo assim este projeto tem por objetivo apresentar a técnica de manejo de suínos, que são animais homeotérmicos com a tecnologia de uso de aspersores. A carne suína é bem solicitada pelos Brasileiros no dia-a-dia. Segundo a Revista Agribusiness (2017) suínos é a segunda proteína mais consumida, perdendo apenas para o pescado. De acordo com a Embrapa (2016) o Brasil se encontra em 4º lugar no ranking mundial de exportação, com aproximadamente 3,73 milhões de toneladas de carne, e o consumo dos Brasileiros é de 14,4 kg de carne per capita. O conceito de bem-estar dos animais adotado mundialmente foi desenvolvido pelo Comitê Brambell2 e aprimorado pelo Farm Animal Welfare Council3 do Reino Unido (LUDTKE et al., 2010). Ele se baseia no respeito a cinco liberdades, que são: fisiológica (livre de sede, fome e má-nutrição); ambiental (edificações adaptadas); sanitária (livre de fratura e doenças); comportamental (livre para expressar seu comportamento normal); e psicológica (livre de medo e ansiedade) (SANTOS, 2004). Uma das razões da importância do bem-estar animal é sua relação com a qualidade da carne. Animais sujeitos a longos períodos de estresse tendem a ter o pH da carne elevado, o que favorece o desenvolvimento dos microrganismos que degradam a carne. O manejo correto tem impacto relevante sobre o estresse e, conseqüentemente, sobre a qualidade da carne (LUDTKE et al., 2010). O criador tem a responsabilidade de fornecer condições adequadas na criação do seu suíno favorecendo seu desenvolvimento máximo. Por isso o aperfeiçoamento adequado das instalações, requer técnicas e equipamentos de melhoramento térmico ambiental. Com o intuito de superar os efeitos prejudiciais de elementos climáticos, com o objetivo de obter um excelente desempenho produtivo. 2. ESTRESSE EM SUÍNOS Segundo a Embrapa (2016) o estresse em suínos ocorre pelo fato de ser um animal sensível a mudanças climáticas. Os primeiros sinais visíveis são de animais que estão submetidos ao calor térmico, causando freqüência respiratória. Esse estresse causa perda de calor por meio evaporativo. A freqüência respiratória aumenta durante o estresse por calor para estimular a perda evaporativa e manter o equilíbrio térmico corporal, ou seja, resfriar melhor o corpo (FURLAN & MACARI, 2002). Este aumento constitui a principal e mais eficiente forma de dissipar calor em suínos e aves submetidas a altas temperaturas (OLIVEIRA NETO, 2001). Um dos fatores negativos do estresse calórico também, é que os suínos ficam mais sensíveis a enfermidades. Há uma perda do sistema imunitário onde os suínos tendem a apresentar maior percentual de gordura, nos locais abdominais e tem se redução da atividade da glândula tireóide, onde os deixam apáticos. O estresse causa perda de peso, onde o produtor terá mais gastos com alimentação. Mas o aumento dessa alimentação não irá suprir a necessidade que o suíno tem em questão a adaptação climática. O produtor precisa solicitar ao seu animal, uma melhoria no bem-estar para que ele absorva adequadamente sem percas, a alimentação que está sendo recebida. Do ponto de vista da produção animal, este aspecto reveste-se de muita importância, pelo fato de que, fora desses limites de temperatura, os nutrientes ingeridos pelos animais para serem utilizados para seu crescimento e desenvolvimento, são desviados para a manutenção do equilíbrio térmico (BAÊTA; SOUZA, 1997). 3. UTILIZAÇÃO D’ÁGUA ATRAVÉS DE ASPERSORES EM BAIAS A água é o nutriente mais importante na vida de todo ser vivo. A utilização da água é importantíssima na produção de suínos, principalmente onde o clima é extremamente elevado. Porém tem que ser usada de forma consciente e atendendo todas as necessidades do animal. Seria de extrema importância o reaproveitamento dessa água utilizado nos aspersores. A água utilizada nesses aspersores pode vir de um reservatório, onde foi coletada a água durante a chuva, ou diretamente de poços artesianos, ou se tiver a opção de corpos d'água sem poluição será adequado também. Os aspersores são indicados para baias em locais de clima quente, onde o calor elevado prejudica na criação de suínos, onde não sejam baias com cama sobrepostas. A utilização desses aspersores seria feito durante o dia, conforme a necessidade, no momento em que o sol comece a esquentar de forma quantitativa. Esses aspersores são de suma importância para produtores de suínos de corte, matrizes, reprodutores e aos que estão na fase de terminação. 4. ADAPTAÇÃO A criação de suínos é possível em todos os lugares do Brasil, desde que se facilite a adaptação desses animais, é de suma importância que haja condições de conforto térmico. É importante atender as necessidades dos animais, para que haja uma produção plena, sem perdas para o produtor e melhor eficiência na produção. 5. TIPOS DE ASPERSORES E TEMPORIZADORES Obtemos vários tipos de aspersores, o produtor poderá optar pela opção mais favorável a quantidade que poderá investir. Temos o temporizador Eletrônico Timer Amanco Automático, que a preço bruto tem o custo de R$ 120,00 reais, os aspersores ligado a esse temporizador gasta em torno de 6 litros de água, acionando no intervalo de 30 minutos, mantendo ligado durante 30 segundos. Em 1 hora de uso, gasta em torno de 12 litros de água, mas é de suma importância atender a variação climática. O valor do aspersor utilizado nesse temporizador é variável, sendo mais exato, sai em torno de R$9,99 seria o Aspersor Fabrimar 180º. 5.1 Temporizador Eletrônico Timer Amanco Automático. Descrição: Pressão: 0,5 bar até 3,0 bar. Resistente aos raios UV. Resistente a corrosão. Encaixe por Engate Rápido (ER). Praticidade para rega programada, promovendo economia de água. Fácil montagem. R$ 120,00. 5.2 Aspersor Fabrimar. Descrição: Rega a 180°. Longo alcance. Fabricados em latão e termoplástico de engenharia aditivada para proteção á radiação solar.R$ 9,99. 5.3 Microaspersor Single Piece Jets 180º. Descrição: Base alada com rosca rápida de fácil instalação; não há necessidades de ferramentas; três modelos de aspersores, 360º, 180º e 90º graus. Em uma vazão de 48 (l/h) com diâmetro de 2,0 (m) poderá alcançar um raio de até 1,3 (m). R$ 8,99. 5.4 Micros Aspersor Chafariz 180º - em espeto. Descrição: Para rega 180º em chafariz. Alcance de 0.2 - 1.3 m de diâmetro. R$16,00 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização desses aspersoresseria de suma importância para o produtor e para um melhor conforto térmico para os suínos. Porque cada fase de criação é solicitada um tipo de temperatura, os que mais necessitam da utilização desses aspersores, seriam as fêmeas na maternidade (16º à 21º), terminação (18º à 23º) e reprodução, fêmeas e machos (18º à 25º). Além da importância da temperatura ideal, é de extrema necessidade a minimização das variações climáticas durante o dia. Os aspersores iriam ajudar a controlar essa variação climática, e evitaria desgastes. (EMBRAPA, 2003). Evitar o estresse dos suínos causados pela variação climática, é de grande importância, para o bem-estar animal e para que o produtor não tome prejuízos em questão a qualidade da carne. 7. REFERÊNCIAS SILVA, E.M.N. da; SOUZA, B.B. de; SILVA, G.A. Estratégias para amenizar o efeito do estresse térmico em animais de produção. Infobibos, 2010. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/EstresseTermico/index.htm> Acesso em: 6/12/2017. ROHR, S.A. da; COSTA, O.A.D. de; COSTA, F.A.D. Bem estar animal na produção de suínos. Brasília-DF, SEBRAE 2016. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabilidade/bem-estar-animal/arquivos-publicacoes-bem-estar-animal/cartilha-embrapa-abcs-mapa-sebrae-bem-estar-na-granja.pdf/@@download/file/Cartilha%20EMBRAPA%20ABCS%20MAPA%20SEBRAE%20bem-estar%20na%20granja.pdf> Acesso em: 23/11/2017. DE OLIVEIRA, Rodrigo Fortunato. Estresse por calor em suínos machos castrados. Lavras - MG 2016. Disponível em: < http://repositorio.ufla.br/bitstream/1/11144/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O_Estresse%20por%20calor%20em%20su%C3%ADnos%20machos%20castrados.pdf>. Acesso em: 05/12/2017. DE SOUSA, Patrícia. Exigências atuais de bem-estar animal e sua relação com a qualidade da carne. Concórdia – SC. Embrapa suínos e aves. Disponível em: < https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/exigencias_atuais_de_bem_estar_animal_e_sua_relacao_com_qualidade_da_carne_000fz75urw702wx5ok0cpoo6agbfbiwd.pdf>. Acesso em: 05/12/2017. MANTECA, X. et al. Bem-estar animal: conceitos e formas práticas de avaliação dos sistemas de produção de suínos. Londrina. v. 34, n. 6, suplemento 2, p. 4213-4230, 2013. AGROBUSINESS. Mercado aberto para o suíno brasileiro. Press Agrobusiness. Disponível em: <http://revistapress.com.br/agrobusiness/?p=378>. Acesso em: 05/12/2017. EMBRAPA. Estatísticas e desempenho da produção. Disponível em: <https://www.embrapa.br/suinos-e-aves/cias/estatisticas>. Acesso em: 27/11/2017. Toca do verde. disponível em: <www.tocadoverde.com.br/microaspersor-chafariz-180-em-espeto-1406-elgo.html>. Acesso em: 19/12/2017. ASTEN. Disponível em: <http://www.asten.com.br/capa.asp?agronegocios=produto&procodigo=11&depcodigo=784>. Acesso em 19/12/2017.