Breve história da Psicologia

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Psicologia I 
 
 
 
 
BREVE HISTÓRICO DA PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
Introdução ............................................................................................................................... 2 
 
Objetivos .................................................................................................................................. 3 
 
1. Breve Histórico da Psicologia ........................................................................................... 3 
1.1. A história da Psicologia ................................................................................................. 3 
1.2. O nascimento da Psicologia como ciência ................................................................... 6 
2. As principais tendências teóricas da Psicologia ............................................................... 7 
3. O objeto de estudo da Psicologia ..................................................................................... 8 
4. O Trabalho do psicólogo .................................................................................................. 8 
 
Exercícios ............................................................................................................................... 10 
 
Gabarito ................................................................................................................................. 11 
 
Resumo .................................................................................................................................. 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
Nessa apostila, abordaremos o percurso para a Psicologia se tornar ciência, 
como se desenvolveu seu objeto de estudo e sua postura ética, tão necessária e 
importante para atuação na área. 
Já parou para questionar como nos diferenciamos uns dos outros? Ou de que 
modo nos assemelhamos como seres humanos? Ou ainda, por que sonhamos? 
Como se dá o processo de inteligência e por que isso é tão diferente para cada 
pessoa? Ou mesmo como nos relacionamos e demonstramos nosso humor para 
cada situação vivida? Como ocorrem e por que ocorrem transtornos e quando as 
pessoas devem procurar ajuda? São muitos questionamentos que a Psicologia como 
ciência busca compreender e responder, o porquê de sermos como somos, agimos e 
pensamos. 
Usamos o termo “psicologia” várias vezes em nosso cotidiano, em diversas 
situações, como por exemplo, quando temos aquele amigo que sempre escuta e está 
disposto a dar conselhos e nos referimos a ele como sendo ”o psicólogo da turma”. 
Entretanto, é preciso entender que essa é uma compreensão do senso 
comum sobre o que é a psicologia. Ainda que haja alguma proximidade superficial 
com a área, a psicologia enquanto ciência toma a realidade como objeto de 
investigação, possibilitando construir conhecimento científico com base no real. O 
cérebro humano pode ser comparado a um computador, porém o computador é 
limitado em relação ao processamento e armazenagem, o cérebro humano não! 
(Figura 01). 
 
01 
Representação de cérebro humano 
 
Assim, um psicólogo em sua atuação tem como objetivo analisar, descrever, 
prever e explicar comportamentos e processos mentais humanos com métodos 
embasados cientificamente. Tudo isso para responder a questionamentos, que têm 
como base a intuição e especulações comuns ao ser humano, de forma legitima. 
 
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Dentre vários marcos para o desenvolvimento da Psicologia, serão 
explanados nesta apostila um breve histórico da disciplina, as principais teorias 
utilizadas atualmente, seu objeto de estudo e a finalidade do trabalho do psicólogo, 
preservando a ética profissional. 
Objetivos 
• Conhecer o breve histórico da Psicologia e suas principais tendências 
teóricas; 
• Identificar a finalidade do trabalho do Psicólogo e as áreas de atuação. 
 
1. Breve Histórico da Psicologia 
1.1. A história da Psicologia 
A psicologia como a conhecemos hoje, começou a ser desenhada na Grécia, 
onde os filósofos pré-socráticos se dedicaram a especular sobre o homem e sua 
interioridade, buscando compreender a relação deste com o mundo através da 
percepção. O termo psicologia vem da junção de duas palavras gregas: Psyché, que 
significa alma e logos, que significa razão. Portanto, a etimologia da palavra 
Psicologia nos aponta para esse significado, estudo da alma. "Alma” faz referência à 
pensamentos, sentimentos, desejos, ou seja, tudo aquilo que corresponde à parte 
impalpável do ser humano. Posteriormente, Sócrates traz a ideia de que com a razão 
o homem podia se sobrepor aos instintos, diferenciando-se dos animais, e foi assim 
que a Psicologia ganhou consistência na antiguidade. 
Platão, discípulo de Sócrates, trouxe a ideia de que a razão, sua alma, está em 
sua cabeça, pois entendia que alma e corpo eram separados. Posteriormente, o 
discípulo de Platão, Aristóteles, traz a concepção de que alma e corpo não podem 
ser separados, sendo Psyché, ou seja, a alma, o princípio ativo da vida. Ele entendia 
que tudo que passa por um ciclo de vida, como animais, plantas e o ser humano, 
possuía alma. 
Com a ascensão do Império Romano e o desenvolvimento do Cristianismo 
(Figura 02), que se tornou a principal religião na Idade Média, a Psicologia sofreu 
influências religiosas, já que a Igreja Católica, que monopolizava a política e a 
economia, também o fazia com o saber e o estudo de diversos temas. 
 
 
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02 
Representação de Cristo/Fé católica 
 
 Sendo assim, destacaram-se dois filósofos desse período, Santo Agostinho e 
São Tomás de Aquino. Santo Agostinho pensava da mesma forma que Platão, porém 
entendia a razão como algo ofertado pelo divino, sendo algo imortal e que criava a 
ligação do homem com Deus. 
Enquanto isso, São Tomás de Aquino, que viveu em uma época em que a 
ruptura com Igreja Católica e tudo que ela ensinava era algo iminente, buscava 
encontrar novas justificativas da relação do homem com Deus, por meio dos 
pensamentos aristotélicos, que traziam distinção entre essência e existência. Porém, 
São Tomás de Aquino afirmava que apenas Deus pode, com igualdade, reunir 
existência com essência, trazendo a concepção de que a perfeição do homem só 
pode ocorrer ao buscar a Deus. Com isso, ele garante, por meio de justificativas 
racionais, que a Igreja mantivesse o monopólio nos estudos da mente. 
Depois das concepções filosóficas de São Tomás de Aquino, inicia-se uma 
época de transformações radicais: o Renascimento (por volta de 200 anos depois), 
quando o mercantilismo e o acúmulo de riquezas impõem a necessidade da 
valorização da figura do homem e da transformação de todas as áreas de produção 
humana, como artes, política, economia e ciência. Esse avanço propicia o começo da 
sistematização do conhecimento científico, com métodos e regras básicas. 
 
 
 
 
 
 
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CURIOSIDADE 
 
 
 
 
 
 
As reflexões sobre a relação entre o corpo e a alma foram tão profundas e 
importantes para a Psicologia que podemos analisá-las à luz de uma comparação: 
 
Para os Pré-Socráticos, os pontos de análise eram: 
• O homem e a interioridade; 
• Relação do homem com o mundo pela percepção. 
 
Posteriormente, cada filósofo tinha uma linha de pensamento. Para Sócrates: 
• A razão se sobrepõe aos instintos; 
• O homem como diferente dos outros animais. 
 
Para Platão: 
• Corpo e alma eram separados; 
• A razão é a alma. 
 
Para Aristóteles: 
• Corpo e alma não podem serseparados; 
• Alma como princípio ativo da vida. 
 
 
Foram as contribuições de René Descartes, famoso 
filósofo dessa época, quem pioneiramente estabeleceu, 
filosoficamente, que corpo e mente são separados no 
humano. Para ele, o sujeito seria composto por 
substância material e substância pensante. A partir 
disso é que se iniciaram os primeiros estudos sobre 
Anatomia e Fisiologia, devido ao rompimento do 
paradigma cristão de que o corpo era sagrado, que não 
deveria “sofrer intervenções mundanas”. 
 
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Para Santo Agostinho: 
• A razão como algo ofertado pelo Divino; 
• A razão como responsável pelo contato entre homem e Deus. 
 
Para São Tomás de Aquino: 
• Deus como único capaz de reunir a existência, e essência com 
igualdade; 
• A perfeição do homem ocorre ao encontra-se com Deus. 
 
Para René Descartes: 
• Mente separada do corpo; 
• Homem constituído de matéria e parte pensante. 
 
1.2. O nascimento da Psicologia como Ciência 
Como visto anteriormente, a Psicologia se desenhou a partir de filósofos 
gregos e outros posteriores, que trouxeram os questionamentos que temos até a 
atualidade. Porém, o surgimento da Psicologia como disciplina cientifica se iniciou 
formalmente com Wilhelm Wundt, juntamente com Edward Titchener, quando 
montou um laboratório científico dedicado a estudar os fenômenos psicológicos. Ele 
buscava provar que por meio da introspecção era possível revelar a percepção, a 
consciência, o pensamento, as emoções e demais atividades mentais, algo que ficou 
conhecido como estruturalismo. 
Porém, alguns psicólogos questionaram essa abordagem, argumentando que 
a técnica da introspecção não era verdadeiramente científica, pois não havia como 
confirmar com precisão os resultados da percepção das pessoas, assim como para 
alguns havia dificuldade de falar sobre suas experiências intimas, fazendo assim com 
que os resultados variassem de pessoa para pessoa. 
Com isso, o “funcionalismo” substituiu o “estruturalismo”, buscando 
entender como a mente e o comportamento operam, ou seja, como o 
comportamento influencia na adaptação das pessoas ao ambiente. William James, 
primeiro intelectual a oferecer um curso de Psicologia nos EUA, percebeu que seria 
mais poderoso entender as funções dos pensamentos e sentimentos, presumindo 
que essas funções têm caráter adaptativo, contribuindo para a sobrevivência da 
espécie. A consciência (Figura 03) possibilita relembrar o passado, se adaptar ao 
presente e planejar o futuro. 
 
 
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03 
Representação de consciência humana 
Outra perspectiva de grande utilidade para essa vertente da Psicologia, o 
Comportamentalismo, é o associacionismo, que traz a concepção de que a 
aprendizagem ocorre através da associação das ideias. Essa perspectiva tem como 
principal representante o teórico Edward Thorndike, que formulou a Lei do Efeito. 
Ela estabelece que todo organismo vivo tem um comportamento que pode ser 
repetido ser for recompensado (efeito) e caso esse organismo seja castigado por seu 
comportamento (efeito), ele tenderá a não repeti-lo novamente. 
 Com isso, a Psicologia alcançou o status de ciência, pois passou a ter 
padrões de produção de conhecimento, definindo um objeto de estudo, delimitando 
o campo de estudo, formulando métodos e teorias que passam a dar consistência 
aos conhecimentos da área. 
 
2. As principais tendências teóricas da Psicologia 
Como vimos, a Psicologia cientifica foi constituída por três escolas, 
Estruturalismo, Funcionalismo e Associacionismo, que deram lugar à novas teorias 
no século XX. 
Muitos autores consideram as seguintes três as mais importantes tendências 
teóricas da Psicologia: 
• Behaviorismo: John Watson e B. F. Skinner abandonaram a ideia de 
introspecção e trouxeram a teoria de que a psicologia se daria pelo estudo do 
comportamento que era possível de observar. Eles colocaram como questão 
como não seria possível observar uma sensação ou um pensamento 
acontecendo, mas que o comportamento poderia ser observado e registrado. 
• Psicanálise: Sigmund Freud quebra a tradição da Psicologia até então como 
estudo da razão e da consciência, trazendo em sua teoria, afetividade e o 
inconsciente como objeto de estudo. 
 
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• Gestalt: Teoria mais ligada à filosofia, que traz a necessidade de 
compreender o homem em sua totalidade. O que o indivíduo percebe e como 
percebe tem grande importância na compreensão do comportamento 
humano. 
 
 
1- Legenda: Quadro comparativo das principais teorias que embasam o estudo da 
Psicologia 
 
3. O objeto de estudo da Psicologia 
Para a Psicologia, esse objeto de estudo é a subjetividade humana, trazendo 
a compreensão da totalidade da vida do ser humano. 
A subjetividade diz respeito a singularidade que todos nós vamos 
desenvolvendo ao longo da vida, através de experiências na vida social e cultural. 
Isso nos permite sermos únicos, mas ao mesmo tempo também nos iguala, 
enquanto seres humanos. A subjetividade é uma gama de emoções, pensamentos, 
ideias e significados, que ao serem experienciados nas relações sociais constituem o 
mundo interno do sujeito, resultando em manifestações afetivas e 
comportamentais. 
Essa subjetividade não é inata, é produzida aos poucos enquanto o sujeito 
atua no mundo, sendo ativo em sua construção. Assim, o indivíduo cria e transforma 
o lado exterior, enquanto constrói e transforma seu mundo interior. 
Vale ressaltar que as escolas psicológicas terão sua própria forma de abordar 
e conceber a subjetividade, dependendo de como é desenvolvida a concepção de 
homem. 
 
4. O Trabalho do psicólogo 
Tendo iniciado nossa discussão, podemos nos perguntar: o que um psicólogo 
realmente faz? Muitas pessoas realmente fazem essa pergunta, pois ainda existe a 
ideia de que o psicólogo apenas está para escutar e dar conselhos. 
 
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Mas o trabalho de um psicólogo pauta-se primeiramente em buscar 
descrever, prever e explicar comportamentos e processos mentais, a fim de ajudar 
na mudança das pessoas e consequentemente, na mudança no mundo em que 
vivem. O psicólogo precisa se utilizar de métodos científicos para encontrar 
respostas válidas, não levando apenas em consideração achismos e ideias empíricas. 
Esse trabalho precisa ser pautado na ética, buscando sempre o sigilo e a proteção da 
singularidade do sujeito, visto que todo seu trabalho apenas é possível quando há o 
desenvolvimento da confiança e da empatia. 
Os psicólogos podem desenvolver seu trabalho em diversas áreas, não 
apenas na clínica, como é comumente pensado. O psicólogo pode atuar em 
empresas, hospitais, centros de saúde mental, escolas, prisões, na área dos esportes, 
na área forense, em comunidades. O importante é que ele exerça sua função com o 
compromisso de melhorar a vida das pessoas e da sociedade em geral. 
 
SAIBA MAIS! 
 
 
 
 
 
 
 
 
O indivíduo é visto na Psicologia, pela perspectiva 
BIOPSICOSOCIAL: 
• Biológica: Predisposição Genética, resposta dos 
genes ao meio ambiente, seleção natural de traços e 
comportamentos, suprir necessidades básicas; 
• Psicológica: comportamento, traumas, valores, 
hábitos, pensamentos e sentimentos; 
• Social: convívio em sociedade, identidade pessoal, 
família. 
Atualmente surgiu mais uma perspectiva de visão do ser 
humano, a visão espiritual: 
• Espiritual: Missão de vida, propósito, reforma interior 
(independe de religião). 
 
 
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Exercícios 
1) (Autor, 2018). De acordo com o estudado, qual a escola que propõe entender 
como funciona os pensamentos e sentimentos, assim como, o comportamento 
influenciana adaptação das pessoas ao ambiente? 
 
a) Estruturalismo 
b) Behaviorismo 
c) Psicanálise 
d) Funcionalismo 
 
2) (Autor, 2018). Sobre o objeto de estudo da Psicologia, podemos AFIRMAR que: 
 
( ) O objeto de estudo da Psicologia se refere ao comportamento humano em 
sociedade. 
( ) A subjetividade do ser humano é o que a Psicologia tem como objeto de 
estudo, pois a subjetividade diz respeito a sentimentos, pensamentos, 
comportamentos e tudo aquilo que faz o indivíduo ser único. 
( ) A subjetividade humana é inata e já se apresenta desde o nascimento, sendo 
pouco mutável ao longo da vida. 
( ) A subjetividade é uma construção feita a partir de experiências sociais e 
culturais, onde o sujeito é ativo nessa construção, criando e modificando seu mundo 
interno e externo. 
 
3) A Psicologia desenhou-se a partir das reflexões filosóficas, com questionamentos 
existentes até hoje. Mas, o surgimento da Psicologia enquanto ciência iniciou-se 
com as contribuiç 
 
a) São Tomás de Aquino 
b) Aristóteles 
c) Edward Titchener 
d) René Descartes 
e) Wilhem Wundt 
 
 
 
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Gabarito 
1) Resposta D – William James propõe com o funcionalismo, que é importante 
entender as funções dos pensamentos e sentimentos e como isso influencia 
para a sobrevivência da espécie. 
 
2) F – O Objeto de estudo da Psicologia é a subjetividade dos seres Humanos e 
tudo o que isso engloba 
V – A subjetividade do ser humano é o que a Psicologia tem como objeto de 
estudo, pois a subjetividade diz respeito a sentimentos, pensamentos, 
comportamentos e tudo aquilo que faz o indivíduo ser único. 
F – A subjetividade não é inata, é algo construído a partir das relações sociais 
e culturais que o ser humano desenvolve ao longo da vida. 
V - A subjetividade é uma construção feita a partir de experiências sociais e 
culturais, onde o sujeito é ativo nessa construção, criando e modificando seu 
mundo interno e externo. 
3) Alternativa correta é a letra “e”, Wilhen Wundt 
Resumo 
Nessa apostila vimos como os gregos e outros filósofos posteriores iniciaram 
a construção da Psicologia como a conhecemos hoje. Os gregos trouxeram a ideia de 
interioridade no ser humano, onde a relação do homem com o mundo se 
desenvolvia através da percepção. A etimologia da palavra Psicologia aponta para o 
sentido de “estudo da alma”, onde essa alma se refere a pensamentos, sentimentos, 
desejos e tudo aquilo que compõe o mundo interno do sujeito. Sócrates traz a 
concepção de razão, através da qual o homem poderia se sobrepor aos instintos, 
diferenciando-o dos animais. Platão traz a ideia de que a alma e o corpo são 
separados e seu discípulo, Aristóteles, vai de encontro a essa ideia, estipulando que 
alma e corpo não são separados e sim que a alma é o princípio ativo da vida. 
Posteriormente, com o Cristianismo, Santo Agostinho apresenta a ideia de 
que a razão era algo ofertado pelo divino, criando a ligação entre homem e Deus. Já 
para São Tomás de Aquino, existia distinção entre essência e existência e apenas 
Deus poderia, com igualdade, reuni-las e essa perfeição apenas seria possível, se o 
homem buscasse a Deus. 
O surgimento da Psicologia como disciplina cientifica se deu com o 
estruturalismo, em que através da introspecção a pessoa explanava suas emoções, 
percepções, consciência e demais atividades mentais. Porém como era difícil afirmar 
com precisão cientifica os resultados da técnica, houve o declínio dessa perspectiva, 
surgindo o funcionalismo, que buscava entender a função de pensamentos e 
sentimentos, e que essas funções têm caráter adaptativo, ajudando na sobrevivência 
 
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da espécie. Ainda temos o associacionismo, que estabelece que a aprendizagem 
ocorre através da associação das ideias. 
Essas três escolas deram lugar a outras teorias no século XX. E as três mais 
importantes foram: o Behaviorismo, que traz o comportamento como algo que se 
observa e se registra; a Psicanalise, que apresenta o estudo da afetividade e do 
inconsciente; e a Gestalt, que se refere à compreensão do homem em sua totalidade 
e sua percepção subjetiva. 
Vimos também que o objeto de estudo da psicologia é o homem e sua 
subjetividade, que não é inata e sim algo construído, a partir de suas relações com o 
mundo social e cultural. Enquanto o indivíduo cria e transforma o lado exterior, 
também constrói e transforma seu mundo interior. 
O trabalho do psicólogo pauta-se em buscar, descrever, prever e explicar 
comportamentos e processos mentais, a fim de ajudar na mudança das pessoas e do 
mundo que elas vivem, sendo um trabalho pautado na ética, com sigilo e respeito a 
subjetividade do sujeito. Os psicólogos podem atuar em diversas áreas, como em 
empresas, escolas, comunidade, centro de saúde mental, prisões, hospitais, sendo 
importante que sua função seja exercida com o compromisso de melhorar a vida das 
pessoas e da sociedade no geral. 
 
 
 
 
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Referências bibliográficas 
BOCK, Ana; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. 
São Paulo: Saraiva, 2001. 
 
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Queiroz de Faria. – 11. Ed. – Rio de Janeiro: LTC, 2017. 
 
FELDMAN, Robert S. Introdução a Psicologia. Tradução: Daniel Bueno, Sandra Maria Mallmann da 
Rosa; revisão técnica: Maria Lucia Tiellet Nunes. Porto Alegre: AMGH, 2015. 
 
Referências imagéticas 
Figura 01. PIXABAY. Disponível em <https://pixabay.com/pt/anatomia-biologia-c%C3%A9rebro-
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