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Psicologia I PSICOLOGIA SOCIAL II 1 Sumário Introdução ...........................................................................................................................................2 Objetivos ..............................................................................................................................................2 1. Preconceito .................................................................................................................................3 2. Agressividade ..............................................................................................................................5 2.1. Agressividade como comportamento social aprendido ......................................................5 Exercícios .............................................................................................................................................6 Gabarito ...............................................................................................................................................6 Resumo ................................................................................................................................................7 2 Introdução Na apostila sobre Psicologia Social focamos nas tendências internacionais e sua forma de apresentação no Brasil, considerando as diferentes concepções sobre o binômio indivíduo-sociedade. Nesta apostila, daremos continuidade aos conteúdos desta área focando nos tópicos que a Psicologia Social entende como sendo frutos das relações sociais. Nós sabemos que você já sabe, mas cabe aqui retomar a conceituação desta área: Psicologia social é uma ciência que estuda as influências de nossas situações, com especial atenção a como vemos e afetamos uns aos outros. Mais precisamente, ela é o estudo científico de como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras (MYERS, 2014). Observe a figura a seguir: 01 Legenda: Conceito de Psicologia Social Sendo assim, este campo se interessa por questões do nosso dia-a-dia e sobre como o meio influencia o nosso comportamento. Nesta apostila iremos focar em apenas dois objetos de estudo desta área: o preconceito e a agressividade. Objetivo • Aprender, a partir da ótica da Psicologia Social, as definições de preconceito e agressividade. 3 1. Preconceito O preconceito aparece sob muitas formas: para com o nosso próprio grupo, contra algum outro grupo, em relação a alguém específico... mas quais são, de fato, as origens sociais do preconceito? DICA O preconceito é uma atitude e, como muitas delas, trata-se de algo complexo. De acordo com esta área podemos compreender que uma atitude é uma combinação entre 3 fatores: o afeto (sentimentos) + intenção comportamental (predisposição para a ação) + cognição (crenças). As avaliações negativas que marcam o preconceito muitas vezes são sustentadas por crenças negativas, chamadas estereótipos. Estereotipar é generalizar. Para simplificar o mundo, generalizamos: “os brasileiros são felizes”, “o latino gosta muito de dança”, “os norte-americanos são muito convencidos” são alguns exemplos de generalizações. Essas generalizações podem ser mais ou menos verdadeiras (e nem sempre são negativas). O problema dos estereótipos surge quando eles são exageradamente generalizados ou simplesmente equivocados. Desta forma, concluímos que o estereótipo exageradamente generalizado alimenta uma atitude preconceituosa. Uma distinção importante nesta discussão é as duas formas de preconceito: sutil e explícita. Podemos ter atitudes explicitas (conscientes) e implícitas (automáticas) diferentes em relação, por exemplo, à mesma pessoa. Muitos estudos mostram que avaliações preconceituosas e estereotipadas podem ocorrer fora da consciência das pessoas. Podemos conceituar preconceito como sendo um julgamento ou avaliação negativa preconcebido em relação a um grupo e/ou seus membros individuais. 4 SAIBA MAIS! O preconceito tem várias fontes. Pode surgir de diferenças de status social e dos desejos das pessoas de justificar e manter essas diferenças. Também pode ser aprendido com nossos pais ao aprendermos sobre as diferenças importantes entre as pessoas. Nossas instituições sociais também podem funcionar para manter e sustentar o preconceito. FIQUE ATENTO! Uma vez estabelecido, o preconceito é mantido em grande parte pela inércia. Se ele for socialmente aceito, muitas pessoas vão seguir o caminho de menor resistência e se adequar à moda. Elas vão agir não tanto a partir de uma necessidade de odiar, mas de uma necessidade de agradar e ser aceitas. Assim, as pessoas se tornam mais suscetíveis a favorecer (ou se opor) à discriminação depois de ouvir alguém fazer isso (MYERS, 2014). Existem diversos outros aspectos que poderíamos considerar sobre este tema, mas não caberia nesta apostila. Vamos, portanto, aprender sobre o outro tópico? Dois pesquisadores analisaram as respostas a 1.115 e-mails redigidos de forma idêntica, enviados aos locatários de imóveis na região de Los Angeles sobre apartamentos vagos. Houve respostas animadoras a 89% dos e-mails assinados por “Patrick McDougall” (nome que remete a etnia branca), a 66% dos assinados por “Said Al-Rahman” (remete a árabe) e a 56% de “Tyrell Jackson” (negro). (MYERS, 2014). Será que essas porcentagens são apenas coincidências? Ou existiu preconceito por parte dos locatários? Comece a analisar com mais atenção o mundo à sua volta com a perspectiva da noção do preconceito. Por exemplo, para você, como são, de modo geral, as propagandas comerciais? Existem mais pessoas brancas ou negras? Como é trabalhada a questão da beleza nessas propagandas? Isto pode ser considerado uma forma de como as instituições podem funcionar como dispositivos para sustentar o preconceito. 5 2. Agressividade Nesta apostila, definiremos agressividade como um comportamento físico ou verbal com intenção de causar danos. Quando consideramos isto, estamos excluindo danos involuntários, como acidentes de carro ou colisões na calcada, e também excluímos ações que envolvam o sofrimento como um efeito colateral inevitável de se ajudar alguém, como, por exemplo, um tratamento dentário que cause dor ao paciente. 2.1. Agressividade como comportamento social aprendido Existem diversas perspectivas que tentam explicar a origem da agressividade: biológica, evolutiva, neural, bioquímica, entre outras. Todas possuem valia e importância para a compreensão deste fenômeno tão complexo. Porém, aqui iremos focar na perspectiva que a considera como sendo um comportamento social aprendido. Os psicólogos sociais afirmam que a aprendizagem “puxa” a agressividade para fora de nós. Por experiência e observando outras pessoas, aprendemos que a agressividade muitas vezes “compensa”. Por exemplo, uma criança cujos atos agressivos conseguem intimidar outras crianças provavelmente vai se tornar cada vez mais agressiva; Jogadores de hóquei agressivos – os que são enviados mais frequentemente à área de punição por jogadas duras – fazem mais gols do que os não agressivos. Dessa forma, a agressividade pode ser reforçada em alguém por uma questão de aprendizado social. Mas já foipercebido também que aprendemos a agressividade não só experimentando suas recompensas, mas também observando os outros. Como acontece com a maioria dos comportamentos sociais, adquirimos agressividade assistindo à ação de outros e observando as consequências. SAIBA MAIS! No famoso experimento de Bandura, as crianças expostas à agressividade de um adulto contra um joão-bobo se tornavam inclinadas a reproduzir a agressividade observada. Ficou curioso(a)? Pesquisa na internet sobre este experimento para compreender melhor! 6 Os principais meios que nos proporcionam esta aprendizagem são a família e a cultura do sujeito em questão. Exercícios 1- Sobre os conceitos de preconceito e estereótipo, faça as correlações corretas: (a) Preconceito (b) Estereótipo ( ) As avaliações negativas que fazemos muitas vezes são sustentadas por crenças negativas nas quais generalizamos um grupo. ( ) Julgamento ou avaliação negativa preconcebido em relação a um grupo e/ou seus membros individuais. 2- Sobre a agressividade, assinale a afirmação ERRADA: a) A única perspectiva que explica a agressividade é a que a entende como um comportamento socialmente aprendido. b) Podemos compreender a agressividade como sendo um comportamento físico ou verbal com intenção de causar danos. c) Por experiência e observando outras pessoas, podemos acabar aprendendo que a agressividade muitas vezes pode “compensar”. d) Podemos aprender a sermos agressivos quando observamos os outros. Gabarito 1- Sobre os conceitos de preconceito e estereótipo, faça as correlações corretas: (a) Preconceito (b) Estereótipo ( b ) As avaliações negativas que fazemos muitas vezes são sustentadas por crenças negativas nas quais generalizamos um grupo. ( a ) Julgamento ou avaliação negativa preconcebido em relação a um grupo e/ou seus membros individuais. 7 2- Sobre a agressividade, assinale a afirmação ERRADA: a) A única perspectiva que explica a agressividade é a que a entende como um comportamento socialmente aprendido. b) Podemos compreender a agressividade como sendo um comportamento físico ou verbal com intenção de causar danos. c) Por experiência e observando outras pessoas, podemos acabar aprendendo que a agressividade muitas vezes pode “compensar”. d) Podemos aprender a sermos agressivos quando observamos os outros. A opção “a” está INCORRETA pois vimos que existem diversas perspectivas que tentam explicar a origem da agressividade: biológica, evolutiva, neural, bioquímica, entre outras. Resumo O preconceito e os estereótipos têm consequências importantes, principalmente quando muito arraigados, ao se avaliarem indivíduos desconhecidos, e quando se decidem políticas relativas a grupos inteiros. Uma vez formados, os estereótipos tendem a se perpetuar e resistir à mudança. Os estereótipos, principalmente quando são fortes, podem predispor a forma como percebemos as pessoas e interpretamos os acontecimentos. A agressividade (definida como um comportamento verbal ou físico voltado à intenção de causar danos) se manifesta de duas formas: agressividade hostil, que nasce de emoções como raiva, e agressividade instrumental, que pretende causar danos como meio para chegar a outro fim. O ponto de vista da aprendizagem social apresenta a agressividade como um comportamento aprendido. Pela experiência e pela observação do sucesso dos outros, às vezes aprendemos que a agressividade compensa. A aprendizagem social permite influências familiares e subculturas sobre a agressividade, assim como influências da mídia (que discutiremos na próxima seção). 8 Referências bibliográficas MYERS, David G. Psicologia Social. Porto Alegre: AMGH, 2014. Referências imagéticas Figura 01 – Adaptado de Myers (2014).
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