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AULA 3 [LARISSE] - Percepção Social_

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Psicologia Social e Práticas Integrativas I
Departamento de Psicologia
Larisse Helena Gomes Macêdo Barbosa
E: larissehelena@cruzeirodosul.edu.br
Aula 3. Percepção Social
Percepção social
Formação de impressão
Teoria da personalidade implícita 
Atribuição de causalidade
3
O que é percepção social?
A Percepção Social pode ser entendida como o estudo da maneira como os indivíduos formam impressões e fazem inferências sobre outras pessoas e objetos (Aronson, Wilson & Akert, 2009).
 
Sendo assim, refere-se à construção e ao entendimento do mundo social a partir dos dados obtidos por meio dos sentidos (Michener, DeLamater & Myers, 2005), mas diferencia-se da simples sensação, que é a experiência dos estímulos físicos (Camino, 1996). 
Em analogia à percepção de objetos, na qual os órgãos sensoriais simplificam o ambiente físico, na percepção de pessoas o aparelho cognitivo ajuda a simplificar e organizar o ambiente social e as experiências (Goldstein, 1983). 
Formas
Cores
Texturas
Iluminação, etc.
Comunicação verbal
Comunicação não-verbal
Aparência
Expressões faciais, etc.
Sendo assim, tal percepção, seja ela do mundo físico (percepção de objetos) ou do mundo social (percepção de pessoas), é determinada pela necessidade destas de descobrir, ou impor, ordem e coerência na experiência (Goldstein, 1983).
De todo modo, perceber objetos físicos é um processo menos complicado do que perceber outras pessoas, pois este último processo envolve perceber as intenções, os sentimentos, as expectativas e comportamentos, bem como as interações que têm com o outro.
Alguns princípios gerais que governam nossa percepção acerca dos outros
As pessoas formam impressões de outras com base em número muito limitado de informações e daí derivam outras características mais gerais;
Essas impressões são baseadas nos aspectos mais salientes e não na totalidade das características dos outros;
Tendemos a categorizar os estímulos percebidos na outra pessoa de forma a situá-la num grupo cujos membros possuem características conhecidas;
Nossas necessidades e objetivos influem na maneira pela qual percebemos as características dos outros (ex: prestamos mais atenção em quem vamos interagir com mais frequência no futuro).
Como formamos uma impressão?
Aparência física
Comportamento não-verbal
Categorização 
Primeiras impressões
Traços centrais
1. Aparência física
A mera aparência física é capaz de fornecer algumas informações acerca de uma pessoa.
O conceito de beleza física e a percepção da mesma é mais ou menos imediata à tendência de percebermos outra pessoa de maneira positiva. Salienta-se que a influência da aparência física na formação de impressões varia de acordo com diferentes épocas históricas, culturas e faixas etárias. 
Estudos têm demonstrado que pessoas consideradas fisicamente atraentes são frequentemente percebidas como portadoras de características positivas, tais como “interessantes”, “calorosas”, “sociáveis” e “habilidosas”. Por outro lado, as pessoa vistas como fora de um padrão físico estabelecido são mais frequentemente ligadas a características negativas. 
“Estereótipo beleza é bom” (beauty-is-good stereotype)
Aspectos negativos associados à beleza física também foram encontrados, mas em menor frequência. Por exemplo, alguns estudos mostram que a beleza física induz à percepção de vaidade e egocentrismo. 
De modo geral, pessoas com aparência infantil (baby face) ou juvenil são percebidas como mais afetuosas frágeis e honestas.
Não somente características físicas, mas também a forma de se vestir induz à inferência de certas características pessoais. 
Embora o ato de se vestir seja influenciado por inúmeros fatores não sociais, como conforto ou preço, é inegável que a preocupação com a imagem e a aceitação social estão envolvidas no processo, fazendo com que as pessoas busquem usar roupas que melhorem sua aparência e as façam se sentir parte de um grupo.
Quando isso se torna problemático?
Além de fatores mais óbvios como sentimento de exclusão ou não se sentir contemplado dentro de um padrão de beleza específico – e as consequências disso –, a influência de características físicas pode se manifestar, inclusive, na maneira pela qual membros de um júri popular avaliam os acusados de crimes. 
Estudos demonstram que acusados com aparência infantil são mais facilmente considerados culpados de contravenções menos graves do que de crimes intencionais (lembra do baby face?). 
Quando isso se torna problemático?
2. Comportamento não verbal
Forma como as pessoas se comunicam, intencionalmente ou não, sem o emprego de palavras; as pistas não verbais incluem:
expressões faciais, tom de voz, gestos, posições e movimentos do corpo, uso do toque, o olhar, etc.
Estudos indicam que rapidamente — em menos de 100 milissegundos — formamos impressões iniciais dos outros com base somente na aparência do rosto.
Formamos essas impressões mesmo quando o rosto mostra uma expressão neutra, sem revelar nenhuma emoção.
Comportamento verbal 
- Refere-se às palavras expressas por meio da fala ou escrita. 
Comportamento não verbal 
- Não está associada às palavras e ocorre por meio de gestos, silêncio, expressões faciais, postura corporal.
Estudos feitos sobre comportamento não verbal estimam que a maior parte dos nossos pensamentos e intenções são transmitidos por sinais paralinguísticos (entonação da voz, velocidade com que as palavras são ditas) e pelos sinais do corpo.
18
Comportamento verbal 
Comportamento não verbal 
* Estudos mostram que quanto mais interessados estamos em que a pessoa observada goste de nós e nos aceite, mais eficientes somos na interpretação desses comportamentos.
18
RAIVA
MEDO
NOJO
SURPRESA
ALEGRIA
TRISTEZA
EMOÇÕES UNIVERSAIS
A exatidão da percepção de pessoas diz respeito à capacidade de fazer julgamentos exatos de características razoavelmente objetivas de outras pessoas, como seus estados emocionais. No livro de Charles Darwin, “The expression of the emotions in man and animals”, de 1872, que deu início à pesquisa da percepção de pessoas, o autor já afirmava que emoções primárias seriam universais. 
Ao lado: Raiva, Medo, Nojo, Surpresa, Alegria e Tristeza (Paul Ekman).
No que diz respeito a outros canais de comunicação não-verbal, como o contato olho a olho e gestos com mãos, braços ou cabeça, estes não são universais. 
32
A tribo dos fore
Dentre os trabalhos de Ekman, destaca-se a pesquisa realizada em 1968, em Nova Guiné na Oceania. Ekman necessitava de uma civilização isolada, sem a influência da cultura midiática globalizada, para isolar influências sociais na formação e expressão facial das emoções básicas. 
3. Caracterização
Imagine a seguinte situação...
Você vai sair com um amigo e ele lhe diz que um primo que mora fora está na cidade e que ele o levará junto, pois é uma pessoa bacana e sociável. Antes de conhece-lo, o que vem à sua mente quando descobre que esse primo é:
3. Caracterização
Imagine a seguinte situação...
Você vai sair com um amigo e ele lhe diz que um primo que mora fora está na cidade e que ele o levará junto, pois é uma pessoa bacana e sociável. Antes de conhece-lo, o que vem à sua mente quando descobre que esse primo é:
Empresário
Violinista
Personal Trainer
YouTuber
Um fator importante a influenciar a maneira pela qual percebemos os outros é a tendência que temos a atribuir a uma pessoa as características do grupo a qual ela pertence.
Tipo de profissão
Sexo 
Orientação sexual
Etnia 
Faixa etária 
Classe social 
De onde vem
Estão são algumas das categorias capazes de influenciar a impressão que fazemos dos outros. Imediatamente generalizamos para a pessoa aquilo que “caracteriza” o grupo ao qual ela pertence. 
Normalmente, quando focalizamos nossa atenção em uma pessoa, formamos uma impressão da mesma a partir de traços específicos que ela tem. 
Porém, quando consideramos a pessoa como pertencentea um grupo específico, as características deste grupo tornam-se mais importantes do que os traços individuais (em um primeiro momento).
Qual o perigo disso?
Os estereótipos que mantemos acerca dos vários grupos sociais fazem com que vejamos as pessoas a ele pertencentes como exemplos confirmadores dos mesmos.
Estereótipos 
Atribuição de determinados traços aos membros de um certo grupo
Estereótipos 
PRECONCEITO
O preconceito geralmente deriva da tendência que temos a categorizar as pessoas e a diferenciar “nós” dos “outros”. 
Nós
Elogiável 
Outros
Reprovável 
4. Primeiras impressões
Solomon Asch (1946) apresentou, a dois grupos de sujeitos, adjetivos descritivos de uma mesma pessoa, manipulando a ordem de apresentação dos adjetivos positivos e negativos.
Grupo 1: inteligente, trabalhador, impulsivo, crítico, teimoso e invejoso. 
Grupo 2: invejoso, teimoso, crítico, impulsivo, trabalhador e inteligente.
Diferentes impressões foram formadas nestes dois grupos em relação à mesma pessoa. O grupo que recebeu os adjetivos positivos primeiro (grupo 1) descreveu ter uma melhor impressão sobre a pessoa, quando comparado com o grupo 2.
Uma vez estabelecidas as reputações não mudam com facilidade . Albert bandura .
Isso faz parte do nosso dia a dia . buscamos sempre causar uma boa primeira impressão colocando uma boa roupa prestando atenção no que falamos sendo simpáticos gentis etc . 
41
5. Traços centrais 
As pesquisas realizadas por Asch propõem a hipótese de que alguns traços serão mais centrais, terão mais impacto, enquanto outros terão um papel mais secundário (periférico) para a formação das impressões. 
O experimento
Foi lida uma lista de características para dois grupos de estudantes universitários (inteligente, habilidosa, trabalhadora, firme, prática e cautelosa). Ambos os grupos receberam descrições idênticas, com exceção da palavra “fria”, que foi substitui a palavra “afetuosa” no segundo grupo. 
Grupo 1: inteligente, habilidosa, trabalhadora, firme, prática, cautelosa e fria.
Grupo 2: inteligente, habilidosa, trabalhadora, firme, prática, cautelosa e afetuosa.
Os estudantes, a seguir, receberam uma lista de verificação contendo diferentes atributos e foram solicitados a indicar quais desses atributos se aplicavam à pessoa descrita. Asch verificou que a variação de um traço na descrição provocou diferenças nas impressões formadas acerca da pessoa. 
É um traço central que determina a percepção de um todo.
Versão de Kelley (1950)
Descrições de um professor.
Confirmação dos resultados.
Número maior de perguntas dirigidas ao professor que foi descrito como “afetuoso”
Ou seja, não só as impressões são distintas, mas tais impressões induzem a comportamentos distintos.
	EFEITO PRIMAZIA
	O observador atribui mais peso às informações recebidas logo de início em uma sequência do que às informações recebidas posteriormente.
	EFEITO RECENTICIDADE
	Às vezes, as informações mais recentes que adquirimos são as que exercem maior influência nas nossas impressões.
45
Corretas ou não, tais impressões influenciam no nosso comportamento frente a outras pessoas e, por conseguinte, as respectivas reações destas. 
Através de suas reações, as impressões iniciais são frequentemente confirmadas, fenômeno denominado por alguns autores como profecias autorrealizadoras.
No processo de percepção social, quando interagimos com outra pessoa, formamos impressões sobre ela, seja através da aparência, comportamento verbal e não-verbal, vestimentas, postura, modo de falar, expressões faciais, etc. 
Impressão Unificada
Organização das Informações
Formação de Impressões 
Teoria da Personalidade Implícita
O enfoque cognitivo salienta a necessidade que temos de tornar significativas as nossas percepções das pessoas. 
Alguns autores afirmam que nós desenvolvemos, em relação a outras pessoas, uma teoria implícita de personalidade segundo a qual associamos determinados traços a outros e esperamos coerência entre eles nas pessoas com quem entramos em contato. 
Daí a importância das primeiras impressões e daí a tendência que temos a atribuir características positivas às pessoas de quem gostamos ou admiramos e negativas àquelas de quem não gostamos. Estamos fazendo inferências além das informações disponíveis.
Esquemas Sociais
Ao processarmos as informações recebidas das pessoas com quem entramos em contato, somos fortemente influenciados por esquemas sociais.
Aronson (2009): “são as estruturas cognitivas em nossas mentes que organizam as informações em torno de temas ou tópicos”.
Ao sermos apresentados a alguém, imediatamente ativamos os esquemas relativos à profissão, gênero, grupo étnico, etc. na impressão que formamos dessa pessoa.
Reinvento – Gram
Voltei pra te ver, mas sem te inventar
Pra saber se vou chorar
Voltei pra te ver, mas sem te inventar
Ressaber se vai passar
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Imagine que a sua teoria implícita sobre um conhecido seu é de que essa pessoa é honesta, íntegra, séria e trabalhadora. O que você pensaria se alguém dissesse que essa pessoa deu um golpe em alguém? Sua primeira reação provavelmente seria de descrença.
Se a sua teoria implícita sobre esse conhecido é de que se trata de uma pessoa desonesta e não confiável, você provavelmente não vai contestar a informação do golpe.
Em resumo, o esquema decorrente de sua teoria implícita filtra as informações que são processadas pelo percebedor, aceitando o que é coerente com o esquema e rejeitando o que não é.
Atribuição de causalidade
Uma pessoa vê seu convite para jantar rejeitado por outra pessoa por que ela o/a considera sem atrativos ou porque naquele dia ela tem um compromisso inadiável?
Um esbarrão é percebido como intencional ou involuntário?
Um gesto amigável de outra pessoa foi causado por verdadeira amizade ou por bajulação?
Ao interagirmos com os outros estamos constantemente fazendo atribuições de causalidade para seus comportamentos – por meio do senso comum, estamos sempre procurando estabelecer as causas das coisas.
Fritz Heider
Ao analisarmos algum acontecimento social, tentamos primeiramente determinar o que o causou, sendo qualquer ação de uma pessoa vista como resultado de influências pessoais ou impessoais
Atribuições internas: a causa do comportamento está na pessoa, na sua disposição, personalidade, atitudes e caráter.
Atribuições externas: refere-se a algo da situação em questão.
Jones e Davis
Estes autores elaboraram a teoria da inferência correspondente para explicar o processo pelo qual chegamos a uma atribuição interna; ou seja, como inferimos disposições, ou características internas da personalidade a partir de comportamentos ou ações correspondentes (Aronson et al., 2002). 
Três fatores importantes na atribuição de causalidade interna:
Escolha livre (liberdade de emissão);
Pouco desejável socialmente;
Ter efeito não comum a várias causas.
Jones e Davis
Imagine que um convidado ao final de uma festa diz ao seu anfitrião: “veja se da próxima vez organiza uma festa melhor, esta foi horrível!”.
Esse comentário vai ser interpretado como expressando uma disposição interna de quem o emite, pois decorre de 1) uma livre escolha em fazê-lo, 2) vai contra as normas de etiqueta social e 3) é típico de uma única causa (o fato de não ter gostado da festa).
Kelley (1967): Modelo de Covariação 
Kelley, assim como Heider já fizera, supõe que quando estamos no processo de fazer uma atribuição, reunimos informações ou dados. 
Para ele os dados utilizados no processo de atribuição são como o comportamento da pessoa covaria através do tempo, do local, dos diferentes atores e dos diferentes objetivos de comportamento. 
Para tanto, Kelley considera três importantes tipos de informação: distintividade (ou especificidade), consistência (ou constância) e consenso. 
Distintividade (ou especificidade)
O que é? Informação sobre até que ponto um ator particular se comporta da mesma forma em relação a diferentes estímulos.
A pessoa emite este comportamentofrente a qualquer estímulo ou apenas quando um estímulo específico está presente? Se a resposta é que ela emite tal comportamento apenas quando este estímulo está presente, diz-se que tal comportamento tem alta especificidade; caso contrário, o comportamento terá baixa especificidade.
Consistência (ou constância)
O que é? Informação sobre até que ponto o comportamento entre um ator e um estímulo é o mesmo ao longo do tempo e das circunstâncias.
Se a pessoa exibe o mesmo comportamento em diferentes ocasiões em que o mesmo estímulo está presente, dizemos que este comportamento tem alta constância; caso contrário, ele tem baixa constância.
Consenso
O que é? Informação sobre até que ponto as outras pessoas se comportam da mesma forma que o ator em relação ao mesmo estímulo.
Se outras pessoas reagem da mesma forma considerada diante do estímulo em pauta, diz-se que tal comportamento tem alto consenso; caso contrário, diz-se que tal comportamento tem baixo consenso.
Exemplificando...
Suponha que você trabalhe meio expediente em uma loja de roupas e observa o chefe gritando com uma funcionária, Hannah, dizendo-lhe que ela é uma irresponsável. 
Automaticamente, você levanta aquela pergunta atribucional: “Por que o chefe está gritando com Hannah e está sendo tão crítico? Será algo dele mesmo (do chefe), algo sobre Hannah ou algo na situação que o está afetando?”
Como a avaliação do modelo de covariação de responderia a essa questão? 
Exemplificando...
A informação de consenso refere-se à maneira como as outras pessoas se comportam em relação ao mesmo estímulo — neste caso, Hannah. As outras pessoas no trabalho também gritam com Hannah e a criticam? 
A informação da distintividade diz respeito a como o ator (a pessoa cujo comportamento tentamos explicar) reage a outros estímulos. O chefe grita com os outros empregados da loja e os rebaixa? 
A informação de consistência descreve a frequência com que o comportamento observado entre o mesmo ator e o mesmo estímulo ocorre em tempos e situações diferentes. O chefe grita com Hannah e a critica regular e frequentemente, esteja a loja vazia ou cheia de clientes?
62
Causalidade pessoal (atribuição interna) 
Especificidade 
Constância 
Consenso 
A pessoa exibe o mesmo comportamento em outras situações e diante de outros estímulos.
A pessoa reage ao mesmo estímulo da mesma maneira em outras ocasiões.
Outras pessoas não reagem do mesmo modo diante do estímulo.
Causalidade impessoal (atribuição externa) 
Especificidade 
Constância 
Consenso 
A pessoa não exibe o mesmo comportamento em outras situações e diante de outros estímulos.
A pessoa reage ao mesmo estímulo da mesma maneira em outras ocasiões.
Outras pessoas reagem do mesmo modo diante do estímulo.
Tendências no processo de atribuição 
Erro fundamental de atribuição
A tendenciosidade ator/observador
A tendenciosidade autosservidora ou egotismo
1. Erro fundamental de atribuição 
Tendência de interpretar o comportamento como um reflexo das disposições e crenças em detrimento da influência da situação em que as pessoas se encontram (Heider, 1958). 
Nem sempre é errado fazer uma atribuição interna, todavia há prova ampla de que as situações sociais podem produzir um forte impacto no comportamento. 
O importante aqui é a tendência a subestimar essas influências situacionais ao explicar o comportamento das pessoas (Aronson et al, 2009).
Por que agimos assim?
Existem algumas razões possíveis para justificar por que as pessoas cometem o erro fundamental de atribuição. 
Em geral, ao tentar explicar o comportamento de alguém, a atenção é dirigida para a pessoa e não para a situação que ela está. A esse fato denomina-se saliência perceptual. 
Outra razão pela qual as pessoas comentem o erro fundamental pauta-se na heurística ancoragem/ajustamento, pois muitas vezes o indivíduo não ajusta o suficiente a sua opinião após a impressão inicial. 
Além disso, existem evidências de que a distração ou estar cognitivamente “ocupado” leva as pessoas a cometer mais o erro fundamental, visto que elas não farão grande esforço para visualizar a situação completa em tais condições (Aronson et al, 2009).
2. A tendenciosidade ator/observador
Consiste na facilidade de fazermos atribuições internas em relação ao comportamento que observamos em outras pessoas ele fazer atribuições externas quando consideramos nosso próprio comportamento (principalmente quando ele é negativo).
Exemplo: O que você pensa quando vê alguém tropeçando na rua? E quando quem tropeça é você?
Outro: pessoa distraída
Você mesmo: “Como deixaram isso aí? Por isso que tropecei!”
69
3. Tendenciosidade autosservidora ou egotismo
Tendência de atribuir nossos sucessos a causas internas (“joguei bem porque sou muito bom mesmo em esportes”) e nossos fracassos a causas externas (“Fui mal na prova porque estava muito ocupado com o trabalho para poder estudar”). 
Na realidade, estamos tentando proteger a nossa autoestima. 
Como a atribuição de causalidade pode afetar o nosso dia a dia, a forma como vemos outras pessoas e grupos, e quais as implicações que isso tem para nós enquanto seres sociais?
Um professor entrega o resultado de um teste a um aluno e diz: “você só conseguiu tirar 7; estou decepcionado com você”. A outro aluno, que também tirou 7, ele diz ao entregar o teste: “muito bem, gostei!”
Qual dos dois alunos, do primeiro ou segundo, o professor considera possuir maiores talentos?

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