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Resumo Gnósia pt2 (1)

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Resumo Gno sia pt2 
1. VIA DO CHIQUIMATO: 
 
 
 
O ácido chiquímico 
funciona como ponto de 
partida para a biossíntese 
tanto de metabolismo 
primário quanto do 
metabolismo especial das 
plantas. 
Dentre os metabolitos 
primários temos: a 
tirosina, fenilalanina e 
triptofano. Dentre os 
metabólitos 
secundário/especial 
temos, por exemplo: 
taninos, alguns alcalóides, 
fenilpropanóides, 
cumarinas, lignóides, 
flavonóides (via mista). 
O ácido chiquímico 
está presente no Anis 
estrelado, o Illicium 
religiosum. 
 
 
 
O ácido chiquímico apresenta as OH em 
orto, sendo a presença de duas ou três 
OH características da via do chiquimato, 
no entanto, também é possível a 
presença de OH advindas de oxidação. 
 
 
 
 
 
 
Fenilalanina é reduzida através de 
NADPH, formando um 
intermediário com OH, o qual perde 
água, formando intermediário com 
dupla ligação, o qual é o ácido 
cinâmico, que por sua vez pode ser 
reduzido formando o ácido 
hidrocinâmico ou clivado 
oxidativamente a fim de formar 
benzaldeído. 
Como ácido prefênico dá origem a 
substâncias C6-C3, como a 
fenilalanina, derivados com 3 
carbonos ligado ao anel, também 
serão C6-C3, como ácido cinâmico, 
hidrocinâmico e o cinamílico. 
A partir do ácido cinâmico uma 
série de moléculas C6-C3 podem 
ser formadas, como ácido p-
cumárico, que é derivado 
hidroxilado, o ácido cafeico, que é 
derivado di-hidroxilado, etc. 
A partir de derivados C6-C3, através 
da reação de Claisen reversa de 
aldol reversa temos derivados C6-
C1, dos quais a Vanilina e o ácido 
Vanílico são exemplos, sendo a 
Vanilina apresentando grupamento 
aldeído em C1, derivada da reação 
de aldol reversa, enquanto que o 
ácido Vanílico, apresenta 
grupamento carboxila em C1, 
derivado da reação de Claisen 
reversa. 
 
 
Os taninos são substâncias complexas encontradas abundantemente nos vegetais de 
porte lenhoso e em órgãos subterrâneos. São responsáveis pelo sabor adstringente, é a cica 
presente no caju e no caqui, o qual em contato com as mucosas apresenta sensação de 
estiramento em função da propriedade 
adstringente. Há dois tipos de taninos, os taninos 
hidrolisáveis e os taninos condensados (não 
hidrolisáveis), os primeiros podem ser 
subdivididos 
em taninos 
gálicos e taninos elágicos. 
Os taninos hidrolisáveis podem ser hidrolisados 
por enzimas ou ácidos. São derivados fenólicos que 
podem estar ligados, através de ligação éster a açúcares. 
O ácido gálico e elágico são exemplos de taninos 
hidrolisáveis, são moléculas C6-C1. Hamamelis virginina 
O ácido gálico é um derivado C6-C1 
que pode ser formado a partir da 
fenilalanina por uma desaminação, 
ou a partir de hidroxilação no ácido 
protocafeico. 
O ácido cinâmico é precursor das 
lignanas, e quando reduzido a aldeído 
cinâmico e, novamente reduzido a 
álcool cinâmico dá origem a 
derivados C6-C3 como lignanas, 
neolignanas e cumarinas. 
No entanto, se o ácido cinâmico sofre 
β – oxidação, apresentando agora 
duas carbonilas, e uma delas pode 
ser perdida ou sob a forma de 
acetilCoA ou de CO2, na primeira 
forma temos a formação de 
derivados C6-C1 e na segunda de C6-
C2. 
As lignanas são moléculas C6-C3, que 
são oxigenadas em C3, sendo 
oriundas apenas de ácidos ou alcóois, 
e não de aldeídos. 
L., é uma planta que apresenta taninos, apresentando função adstringente. 
Os taninos condensados são mais frequentes na natureza e são muito mais resistentes à 
ruptura do que os taninos hidrolisáveis. Quando extraídos formam massas cordas de tons 
castanho ou vermelho. São substâncias amorfas, muito solúveis em álcool, álcalis, etc. são 
polímeros de catequinas e flavans – 3, 4 – dióis (derivado flavonóide). Presentes na Psidium 
guajava, apresentando propriedade antidiarreica. A Psidium guajava, ou seja, a goiaba, 
apresenta em suas folhas taninos condensados que apresentam a função antidiarreica. A borra 
do café apresenta taninos condensados de catequinas, que em função do excesso 
precipitaram. 
Propriedades dos taninos: 
 Solúveis em água e solventes orgânicos; 
 Sabor adstringente; 
 Sofrem reações de coloração e precipitação com sais de ferro; 
 Precipitam com dicromato de potássio – possível reação de identificação; 
 Formam tanatos insolúveis com alcalóides; 
 Precipitam com acetato de cobre e acetato neutro de chumbo – possível reação 
de identificação; 
 Combinam-se com proteínas, como as da pele e gelatina, formando compostos 
não putrescíveis e resistentes a proteases; 
 Ácido gálico utilizado no envenenamento por alcalóides, no tratamento de 
queimaduras e de infecções do TGI. 
 
 
2. CUMARINAS E LIGNOIDES: 
A. CUMARINAS: 
As cumarinas constituem uma 
classe de metabólitos secundários C6-C3, 
amplamente distribuídos no reino vegetal, 
podendo também ser encontrados em fungos e bactérias. Estruturalmente são lactonas do 
ácido o-hidróxi-cinâmico (2H-1-benzopiran-2- onas) sendo o representante mais simples da 
cumarina. As cumarinas ocorrem em plantas na forma livre ou na forma de glicosídeos. Suas 
propriedades farmacológicas, bioquímicas e aplicações terapêuticas dependem de seus 
padrões de substituição. Como exemplos, temos a Warfarina e o Dicumarol, ambos com 
propriedades anticoagulantes. 
Atualmente as cumarinas são utilizadas nas indústrias de produtos de limpeza e 
cosmético devido seu odor característico, estabilidade e baixo custo. A ação de 
furanocumarinas sobre a pele, quando esta é submetida à ação de raios ultravioleta, pode ser 
utilizada para o tratamento de enfermidades cutâneas. O uso tópico ou 
oral é acompanhado por uma exposição controlada à radiação 
ultravioleta como forma de induzir a repigmentação da pele. A terapia é 
utilizada para tratar várias dermatoses como psoríase, micoses, 
urticária, eczemas e outras. 
Todas as cumarinas são substituídas por um grupo hidroxila na posição 7, com exceção 
da 1,2-benzopirona. A hidróxicumarina, também conhecida como umbeliferona, é a precursora 
das cumarinas 6,7-di-hidroxiladas e 6,7,8-trihidroxiladas. Esses grupos hidroxilas podem ser 
metilados ou glicosilados. Quando elas são preniladas (reação com unidades de isopreno) em 
várias posições do esqueleto cumarínico, como no caso da prenilação em C-6 ou C-8, 
originando as pirano- ou furanocumarinas lineares e angulares, respectivamente. 
 
 
Lineares Angulares 
As posições C6,C7 e C8 são muito importantes nas cumarinas, sendo que em C7 sempre 
haverá uma OH, enquanto que C6 e C8 são posições em que podem ocorrer substituições. Tais 
substituições podem ocorrer no oxigênio da OH, formando cumarinas O-glicosiladas. 
 
As cumarinas são derivadas do metabolismo da fenilalanina, 
sendo um dos seus principais precursores o ácido-p-hidróxi-cinâmico 
(ácido p-cumárico), que é hidroxilado na posição C-2’ (orto-hidroxilação). O derivado orto-
hidroxilado sofre isomerização fotocatalizada da ligação dupla (E-Z). O isômero Z lactoniza-se 
espontaneamente, produzindo a umbeliferona. A prenilação do anel benzênico nas posições 6 
ou 8 do derivado 7-hidróxi-
cumarina é o passo inicial 
na biogênese das furano- e 
piranocumarinas. A 
ciclização dos derivados 6- 
ou 8-isoprenilcumarina 
ocorre por ataque 
nucleofílico do grupo 
hidroxila em C-7 ao epóxido 
formado pela oxidação da 
ligação dupla do resíduo 
isopentenila. 
Dependendo do 
ataque nucleofílico, o produto será o hidróxi-isopropil-dihidrofuranocumarina ou será o 
 Furano 
 Pirano 
hidróxi-dimetil-di-hidropiranocumarina.A maioria das cumarinas é derivada 
biogeneticamente da via do ácido chiquímico, mas um número significativo delas parece 
derivar de uma via mista (ácido chiquímico e acetato) como as 4-fenilcumarinas. 
 
 
As cumarinas puras são 
fluorescentes, mas em meio 
alcalino, forma-se o acido cis-o-
hidroxicinâmico que sob a ação 
da radiação ultravioleta origina 
o isômero trans, que é 
fluorescente (sob a ação da 
radiação ultravioleta possuem 
em geral fluorescência azul e 
alguns derivados já à luz 
natural; em meio alcalino 
torna-se verde ou desaparece). 
 
 
 
 
 
 
B. LIGNÓIDES: 
Os lignóides são micromoléculas 
cujo esqueleto é formado 
exclusivamente, ou adicionalmente a 
outros grupos, por fenilpropanóides 
(C6-C3)n, sendo “n” restrito a poucas 
unidades: 1, 2, 3. São encontrados na 
natureza em 
plantas 
casculares que 
possuem o tecido 
enriquecido por 
ligninas, 
macromoléculas 
dotadas de 
esqueleto (C6-
C3)n, sendo o “n” 
abrangendo 
muitas unidades 
(chegando a 
5000). As lignanas 
apresentam 
oxigênio na 
carbonila final em 
C3, 
diferentemente 
das neolignanas 
que não o apresenta. 
A biossíntese dessas substâncias envolve os metabólitos finais da via do 
chiquimato. Homolignóides – possuem apenas derivados C6-C3 (LIG/NEO). 
Heterolignóides – possuem grupos adicionais. Lignanas e neolignanas são dímeros 
oxidativo. Os lignóides 
apresentam propriedades 
antneoplásicas, ictiotoxicidade, 
hepatoprotetora, psicotrópica, 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. GLICOSINOLATOS, BETALAÍNAS E METILXANTINAS: 
Os glicosídeos cianogenéticos são substâncias nitrogenadas presentes nos 
vegetais com a função de proteção. Eles 
não são tóxicos como tal, mas podem 
hidrolisar facilmente, liberando 
substâncias voláteis altamente tóxicas. 
Derivam 
biossinteticamente de ácidos aminados 
alifáticos, que são N-hidroxilados e 
descarboxilados a uma aldoxima. A 
formação da nitrila correspondente se dá pela perda de água. A hidroxilação da nitrila 
permitirá a subsequente ligação com um açúcar, formando um glicosídeo (heterosídeo). 
Os próprios vegetais que produzem essas substâncias possuem as enzimas 
necessárias para a sua hidrólise, até a liberação de HCN. Na 1ª etapa é clivado por uma 
glicosidase. O produto da hidrólise, uma α-hidróxi-nitrila, pode se decompor facilmente para 
liberar o HCN. Essas reações não ocorrem nos vegetais intactos. Os glicosídeos e as enzimas 
estão em compartimentos separados. São encontrados em folhas de maracujá, amêndoas 
amargas, sementes de cerejas, etc. 
Os glicosinolatos são derivados de ácidos 
aminados e sua biogênese é análoga a das agliconas dos 
glicosídeos cianogenéticos. O átomo de enxofre que liga 
a aglicona ao açúcar é fornecido por ácidos aminados 
sulfurados, principalmente cisteína. Os glicosinolatos 
originam substâncias responsáveis pelo aroma e gosto de 
vegetais como a mostarda, o repolho, o brócolis e o alho, pela ação de uma enzima hidrolítica, 
uma tioglicosidade (myrosinase), que assim como nos glicosídeos cianogenéticos, não está 
presente no mesmo compartimento que os glicosinolatos. 
 
Após a clivagem da porção glicosídica, a aglicona pode sofrer rearranjo 
de Lossen e formar o isotiocianato, bem como pode sofrer reações que darão origem a 
nitrilas e tiocianato. 
 
 
Betalaínas são alcaloides naturais coloridos que substituem as antocianinas na 
pigmentação de algumas famílias de plantas da ordem Caryophyllales e em 
certos fungos basidiomicetos. Seu destaque recente tem origem na sua 
atividade anti-radicalar e antioxidante e na descoberta de seu papel na 
fluorescência natural de algumas flores. 
A betalaína, um corante natural, extraído da beterraba tem 
como principal componente a betanina. O vermelho de beterraba é o 
corante extraído das raízes da beterraba vermelha (Beta vulgaris, L.var. 
rubra), a partir do suco obtido por prensagem ou por extração aquosa e 
posterior purificação. O produto é constituído de vários pigmentos, todos 
pertencentes à classe das betalaínas. Muitos fatores podem influenciar a 
quantidade atual do pigmento presente na beterraba, mas suas concentrações têm sido 
estimadas em 1000mg/100g de sólidos totais ou 120mg/100g de matéria fresca. O corante 
normalmente contém ácido ascórbico/ácido cítrico como estabilizantes e preservativos como 
o propionato de sódio. Este corante é razoavelmente estável quando usado entre pH 4 e 7. É 
muito usado na área de alimentos com curto espaço devido ao fato de que serão consumidos 
rapidamente. 
Dependendo de qual reação for 
realizada com o glicosinolato, 
diferentes nitrilas podem ser 
formadas. 
 
 
Metilxantinas são constituintes químicos importantes de várias bebidas 
alimentícias ou estimulantes não alcóolicas, como café, chá-da-índia, guaraná, cola mate e 
chocolate. Substâncias originadas de bases púricas (adenina e guanina) com caráter anfótero 
(comportam-se como ácidos ou bases) e podem ser caracterizadas como pseudo-alcalóides ou 
alcalóides púricos (presença de nitrogênio heterocíclico). 
 
As diferenças entre elas consistem no fato de que cafeína e teofilina 
apresentam metilas nos 2 nitrogênios do anel de 6, enquanto que a teobromina apresenta em 
apenas um deles. No anel de 5 cafeína e teobromina apresentam metila em um dos 
nitrogênios e tal metila não está presente na teofilina. 
Como utilizações das metilxantinas temos: Cafeína em associação com 
analgésicos, nas dores de cabeça (Excedrin® = paracetamol + cafeína, Doril® = AAS + cafeína); 
broncodilatador utilizado na asma, enfisema e bronquite crônica. 
A fenilalanina sofre 
hidroxilação e forma a 
tirosina pela ação da 
fenilalanina hidroxilase. 
A tirosina sofre a ação 
da tirosinase, recebendo 
uma OH, formando a 
DOPA, a qual por sua 
vez, sofre ação da DOPA 
4,5 dioxigenase, a qual 
promove a formação de 
duas carbonilas nas 
posições 4 e 5, e tal 
molécula sofre ciclização 
e forma o ácido 
betalaínico. 
 
 
 
Alcaloides púricos 
constituem metabólitos 
secundários derivados da 
xantina, conhecidos como 
falsos-alcaloides por não 
derivarem diretamente de 
um ácido aminado. Nesse 
grupo de compostos, 
destacam-se: cafeína, 
teofilina, teobromina – com 
propriedades estimulantes 
do SNC. Como forma de 
caracterização temos a 
Reação de Murexida, e tal 
reação se fundamenta na 
A xantosina sofre metilação no 
nitrogênio 7 pela xantosina 7-N-
metiltransferase, formando a 7-
metilxantosina, a qual é um cátion que 
se estabiliza. A 7-metilxantosina sofre 
ação da 6-N-metilxantina – 3 –
metiltransferase que adiciona metila 
no nitrogênio 3, formando a 
teobromina. A teobromina sobre ação 
da 3,7 – dimetilxantina – 1 – N 
metiltransferase, adicionando nova 
metila no nitrogênio 1 e formando a 
cafeína, 
O café apresenta como metilxantina 
em maior proporção a cafeína, no 
cacau a teobromina, no guaraná a 
cafeína com traços de teofilina e 
teobromina, no mate a principal é a 
cafeína, com quantidade 
significativa de teobromina e traços 
de teofilina. A coca apresenta 
quantidades consideráveis de 
teobromina e o teor de cafeína 
depende do estado e da forma de 
obtenção da droga. 
cisão oxidativa da xantina em aloxano e ácido dialúrico e posterior formação de um complexo 
amoniacal, purpurato de amônio, de cor violácea. 
 
 
4. ALCALÓIDES: 
Os alcalóides são substâncias 
nitrogenadas farmacologicamente 
ativas que são encontradas 
predominantemente nas angiospermas. 
Na sua grande maioria,possuem 
caráter alcalino. "Um alcaloide seria 
uma substância orgânica cíclica 
contendo um nitrogênio em um estado 
de oxidação negativo e cuja distribuição 
é limitada entre os organismos vivos". 
Os alcalóides contendo um ou mais 
átomos de nitrogênio em um anel 
heterocíclico cuja biossíntese tem como 
precursor um ácido aminado são 
chamados de alcalóides verdadeiros e 
são classificados de acordo com o 
sistema anelar presente na molécula. 
As substâncias com o átomo de 
nitrogênio não pertencente a um sistema 
heterocíclico, mas originárias de um 
ácido aminado são denominadas de 
protoalcaloides. Enquanto as substâncias 
nitrogenadas com e sem anéis 
heterocíclicos que não são derivados de 
ácidos aminados (exemplos terpenóides 
e esteróides) são chamados de 
pseudoalcalóides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os alcalóides formam precipitados quando em contato com reagentes contendo 
metais pesados, conhecidos como reagentes gerais dos alcalóides. São exemplos: 
 Draggendorff (solução de carbonato de bismuto com iodeto de potássio) 
 Bertrand (solução de sílico-tungstico) 
 Mayer (solução de cloreto de mercúrio com iodeto de potássio) 
 Bouchardat (solução de 
iodo em iodeto de 
potássio) 
 
De uma maneira geral, os 
alcalóides são formados a partir 
de ácidos aminados (alcalóides 
verdadeiros e protoalcaloides). Os 
ácidos aminados proteicos 
comumente utilizados na 
biossíntese dos alcalóides são: 
 Ácido L-aspártico 
(piridinas, 
isoquinoleínas), 
 L-lisina 
(piperidinas, quinolizidinas), 
 L-triptofano (derivados da triptamina, O-carbolinas, indóis complexos), 
 L-histidina (imidazóis), 
 L-tirosina (isoquinolinas, benzilisoquinolinas, betalaínas), 
 L-fenilalanina (alcalóides complexos). 
Além dos ácidos aminados, outros precursores tais como terpenóides e esteróides 
podem também ser incorporados no esqueleto final dos alcalóides (pseudoalcalódes). 
 
 
Biossíntese dos 
alcalóides 
tropânicos. 
 
 
Ações farmacológicas dos alcalóides 
tropânicos: Ações antimuscarínicas 
centrais; Diminui secreção salivar, 
brônquica e sudorese; Ação 
antiespasmódica sobre a 
musculatura lisa TGI, vesícula e 
bexiga; Dilatação da pupila; 
Aumento da frequência cardíaca, 
Taquicardia, arritmias; Dificuldade 
de micção; Diminui o tônus 
muscular; Alucinações e câimbras; 
Diminui a motilidade intestinal e o 
tônus muscular. 
As espécies que contém alcalóides 
tropânicos: Atropa belladona L., 
Solanaceae; Estramônio, Datura 
stramonium L., Solanaceae; 
Trombeteria, Brugmansia 
suaveolens, Solanaceae; 
Erythroxylum coca Lam, E. 
novogranatense, Erythroxylaceae. 
 
 
 
 
 
 
Alcalóides 
indoloterpenos 
 
 
 
 
 
Alcalóides 
Benzilisoquinolínicos 
 
 
 
 
 
Pesquisa 
Confirmatória 
 A
lcalinizar o 
filtrado com 
hidróxido de 
amônio até pH 9-
10. 
 Adicionar 
diclorometano 
ou clorofórmio e 
extrair 3 vezes 
(10 ml cada). 
 Filtrar a fase orgânica com algodão hidrófilo e decantá-la para um bécher. 
 Evaporar em placa de aquecimento até secura total. 
 Dissolver o resíduo em 3 mL de ácido clorídrico 5%. 
 Distribuir o filtrado em 5 tubos de ensaio. 
 Gotejar os reativos gerais de alcalóides. 
 Reação positiva: turvação ou precipitação. 
Reativos gerais de alcalóides: 
a) Reativo de Meyer (iodo-mercurato de potássio) – precipitado branco; 
b) Reativo de Dragendorff (iodo-bismutado de potássio) – precipitado vermelho tijolo; 
c) Reativo de Bouchardat (iodo-iodeto de potássio) – precipitado marrom; 
d) Reativo de Bertrand (ácido sílico-tungstico a 1%) - precipitado branco; 
e) Ácido Pícrico: precipitado amarelo. 
 
 
5. FLAVONÓIDES: 
 
 
Flavonoides são metabólitos especiais (secundários) de origem biossintética mista 
(ácido chiquímico/ácido acético - acetato malonato) amplamente distribuídos no 
reino vegetal. Possuem grande diversidade estrutural. Ligados com processos 
fisiológicos de plantas: Proteção contra raios U.V. e visível, insetos; Controle 
hormonal de plantas, sinalizador e atração de polinizadores. São consumidos 
diariamente na dieta sendo especialmente encontrados em frutas e vegetais. 
Atualmente possuem grande relevância farmacológica. Caracterizado pela presença de C6-C3-C6. Nas 
posições 5 e 7 pode acontecer a ligação de metilas ou açúcares, formando o-glicosídeos, enquanto que 
se esses açúcares se ligarem 
em C6 e C8 teremos C-
glicosídeos. 
A síntese dos flavonoides se inicia 
com a reação entre acetil CoA e 
malonil CoA, formando um 
policetídeo, o qual irá reagir com o 
4 – cumaroil CoA, originado a da 
fenilalanina, da via do chiquimato. 
A reação entre policetídeo e o 
cumaroil CoA irá dar origem a 
chalcona, a qual irá sofrer adição 
de Michael e formar os demais 
flavonoides como a Flavanona. 
 
 
 As flavonas apresentam dupla 
ligação no anel C, sendo esta sua 
diferença para as flavanonas, enquanto 
que os flavonóis apresentam a dupla 
ligação no anel C e uma OH. 
 A chalcona é precursora tanto 
da flavona e da flavanona, a qual perde 
a ligação dupla. A Antocianidina é 
espécie flavonol carregada. As 
isoflavonas são estruturalmente 
semelhantes às flavonas, diferindo 
apenas pela posição isso do anel B. 
 
 
 Os isoflavonoides podem ser flavonas ou 
flavanonas. A migração que forma os 
isoflavonóides no anel B é via radical livre, apenas na posição 1-2 (orto)Como exemplos de 
isoflavonoides temos Pisum sativum – pisatina e Medicago sativa – medicarpina, os quais 
apresentam atividade antifúngica. Apresentam complexidade estrutural – hidroxilação, 
alquilação, variação no anel heterocíclico. Apresentam diversas propriedades como: Atividade 
antifúngica e antibacteriana (fitoalexinas); Fitoestrógenos: isoflavonas e cumestanos; Dieta 
humana – produtos de soja – proteção contra tumores dependentes de estrógenos; Inseticidas 
– rotenóides; Redução de sintomas da menopausa – reposição hormonal. 
 
 
 
 
 
 
 
As hidroxilações nas antocianinas são as 
responsáveis pela grande variedade. 
Quando a OH se encontra em meta 
pode-se dizer que é derivada da via do 
acetato, enquanto que se a OH estiver 
em para e, principalmente em orto, 
pode-se dizer que é derivada da via do 
chiquimato. Essa orientação orto é entre 
as proprias OH. 
 
 
Espécies que apresentam flavonoides: 
 Ginkgo biloba (Ginkgoaceae) - propriedades antirradicais livres, neuroprotera. 
 
 Kalanchoe pinnata (Crassulaceae) – atividade anti-
leishmania. 
 
 Passiflora alata, P. incarnata (Passifloraceae) - atividade sedativa, ansiolítca. 
 
 Carduus marianum = Silybum marianum (Asteraceae) – atividade contra hepatite e 
cirrose hepática, usada em intoxicação por Amanita muscaria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Camelia sinensis (I.) Kuntze (Theaceae) – atividades : adstringente, 
analgésico, antiasmática, antibacteriana, antidiarreica, antilítica, 
antioxidante, antitumoral, broncodilatadora, cardiotônica, digestiva, 
diurética, estimulante, estimulante nervoso, hipocolesterolêmica, 
imunoestimulante, regeneradora, sudorífico. 
 
 Cudrania tricuspidata Carrière (Moraceae) – 
atividade citotóxica contra célula tumorais. 
 
 
 
 Arnica montana L. (Asteraceae) – atividades: 
analgésica, anticongestiva, anti-inflamatória, 
antimicrobiana, anti-seborréica, antisséptica, 
cardiotônica, estimulante, estimulante do 
crescimento capilar, hipotensora,tônica, 
vulnerária. 
 
 
 Glycyrhiza inflata (Leguminosae) – atividade antioxidante.

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