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06/05/2019 MICROBIOLOGIA GERAL E ORAL Profª Daniela Pertel Milleri MICOSES Infecções produzidas por fungos, geralmente microscópicos. Micologia Médica 06/05/2019 São as doenças fúngicas mais frequentemente encontradas no homem. Indivíduo saudável - geralmente as micoses são leves e autolimitadas pacientes imunodeprimidos (HIV, pacientes com câncer sob tratamento quimioterápico e transplantados) Relatos em vários países demonstraram aumento significativo na prevalência de infecções hospitalares causadas por fungos. incidência de infecções fúngicas graves e oportunistas tem aumentado nas últimas décadas a) Micoses superficiais: limitadas às camadas mais externas da pele e pelos b) Micoses subcutâneas: afetam a derme, tecido subcutâneo, músculo e fáscias c) Micoses sistêmicas: afetam sistemas e órgãos d) Micoses oportunistas: infecções fúngicas causadas por fungo de pouca virulência ou originalmente comensais e que podem produzir infecções subcutâneas e disseminadas em indivíduos debilitados. As micoses são classificadas de acordo com os tecidos do hospedeiro que estão sendo acometidos pela infecção: 06/05/2019 • Lesões de pequena importância clínica e fácil diagnóstico • Gravidade em pacientes imunossuprimidos MICOSES SUPERFICIAIS Pitiríase versicolor Tinea nigra Piedra branca Piedra negra Infecções fúngicas localizadas em pelos e nas células mais superficiais da epiderme, normalmente assintomática, o que torna a infecção crônica. Micose de praia Pitiríase versicolor Tinea nigra Piedra branca Piedra negra 06/05/2019 MICOSES CUTÂNEAS Epidermophyton - causa micose em pele e unhas Microsporum - acomete cabelos e pele Trichophyton - pode causar doença em cabelos, pele e unhas Acometem epiderme, cabelos e unhas, causando doença crônica, com resposta inflamatória, confinada a pele e ao local da infecção. São causadas por um grupo de fungos denominados dermatófitos, os quais são de três gêneros principais: MICOSES SUBCUTÂNEAS Envolvem pele, tecido subcutâneo, fáscias e tecido ósseo. Geralmente causadas por saprófitos do solo e vegetais em decomposição que provocam lesões por meio de traumas diversos (comumente arranhões com espinhos ou mordidas). Mais comuns em áreas do corpo sujeitas a traumatismos. 06/05/2019 Não são contagiosas, e antes do aparecimento dos quimioterápicos geralmente eram muito graves. • Esporotricose linfocutânea causada pelo fungo dimórfico Sporotrix schenckii • Cromoblastomicose e a feo-hifomicose causadas por fungos demáceos • Zigomicose causada por fungos do gênero Absidia, Mucor, Rhizomucor e Rhizopus São exemplos de micoses subcutâneas: MICOSES SUBCUTÂNEAS • Evolução rápida com colonização inicial dos seios paranasais que evoluem para necrose progressiva com secreção nasal seropurulenta ou serossanguinolenta de coloração escura. • As lesões bucais começam no palato demonstrando características eritematosas e ulcerativas que se espalham com grandes destruições dos tecidos, seios paranasais, crânio e cérebro, com alta mortalidade. Rara altamente invasiva A zigomicose é uma infecção de interesse odontológico quando apresenta-se na forma rinocerebral. http://w w w .scielo.br/pdf/eins/v12n3/1679-4508-eins-12-3-1679-45082014RC2579.pdf 06/05/2019 MICOSES PROFUNDAS OU SISTÊMICAS • Iniciam-se produzindo lesões pulmonares que evoluem para pneumonia aguda inicial autolimitada. • Podem se propagar pela corrente circulatória e produzir abcessos metastásicos em diversos órgãos. • O indivíduo acometido desenvolve hipersensibilidade aos constituintes químicos do fungo. Cryptococcus neoformans Paracoccidiodes brasiliensis Histoplasma capsulatum Blastomyces dermatitidis Coccidiodes immitis. São causadas por fungos saprofíticos do solo, geralmente pela inalação de esporos, atingindo órgãos internos e vísceras. As micoses sistêmicas são causadas, principalmente por: MICOSES PROFUNDAS OU SISTÊMICAS Criptococose fezes secas de animais As manifestações bucais, apesar de serem raras, podem aparecer lesões nodulares que não cicatrizam e são moles à palpação. 06/05/2019 MICOSES PROFUNDAS OU SISTÊMICAS Paracoccidioidomicose Predileção por homens devido ao efeito protetor do hormônios estrógeno As lesões bucais decorrem da disseminação sistêmica com formação de úlceras sobre a mucosa alveolar, gengiva, palato, lábio, orofaringe e mucosa julgal, apresentam aspecto semelhante a amora e sangram facilmente. MICOSES PROFUNDAS OU SISTÊMICAS Histoplasmose fezes de pássaros e morcegos A maioria das lesões bucais da histoplamose é decorrente da forma disseminada localizada na língua, palato e mucosa julgal. São observadas lesões ulcerativas com margens firmes e elevadas, dolorosas e necróticas. 06/05/2019 MICOSES PROFUNDAS OU SISTÊMICAS As manifestações bucais da blastomicose resultam da disseminação ou inoculação local com microganismos, caracterizada por lesões de superfícies intactas eritematosas com bordas elevadas irregulares, com dor de intesidade variável. Blastomicose MICOSES OPORTUNISTAS Causadas por fungos de baixa virulência intrínseca ou originalmente comensais, mas que podem produzir doença localizada ou disseminada em presença de fatores predisponentes. • Traumas e abrasões • Desnutrição e deficiência de ferro • Imunodeficências (AIDS e transplantados) • procedimentos invasivos (cateteres, sondas, entubações e nutrição parenteral • administração de corticosteroides, imunossupressores, antibacterianos de largo espectro, quimioterápicos • radioterapia. Fatores predisponentes às infecções oportunistas Candida albicans 06/05/2019 o Os fungos do gênero Candida são microrganismos comensais comumente encontrados nas mucosas bucais, vaginais, do trato gastrointestinal do homem e dos animais. o Em presença de fatores predisponentes, podem transformar-se da forma comensal (levedura) para a patogênica (filamentosa), causando infecções que são denominadas candidoses. o A candidose é a infecção fúngica de maior interesse odontológico já que acomete as mucosas bucais. 06/05/2019 BIBLIOGRAFIA - BROOKS, Geo F.; BUTEL, Janet S.; CARROLL, Karen C. et al. Microbiologia médica de Jawertz. Melnick e Adelberg. 26ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. - JORGE, Antonio Olavo Cardoso. Microbiologia e imunologia oral. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. - LEVINSON, Warren. Microbiologia Médica e Imunologia 13ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. - MURRAY, Patrick R. Microbiologia médica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. DÚVIDAS 06/05/2019 pertel.daniela@gmail.com
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