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Quadro 3.2 Estratégias de construção 1.1 Ampliação de mercado o Novos consumidores Todas as classes de produtos podem atrair novos clientes que ainda resistissem ao seu consumo por causas como o preço ou mesmo razões demográficas (entrada num novo segmento demográfico). o Novas utilidades Uma empresa pode expandir o mercado através da descoberta e promoção de novas utilidades, formas de utilizar o produto. o Maior utilização Esta estratégia passa pela persuasão das pessoas a consumirem mais frequentemente ou em maior quantidade em determinado produto. 1.2 Conquista de participação de mercado Ataque frontal – neste tipo de ataque a empresa ataca diretamente o oponente ao nível de produto, preço, distribuição. Ataca principalmente as forças e não tanto as fraquezas e vence quem tiver mais força e resistência. Só faz sentido se o desafiador tiver melhores argumentos (mais recursos) que o desafiado. Ataque de flanco – consiste em a empresa atacar os “flancos” mais fracos dos concorrentes, aqueles com os quais estes se tenham descuidado de alguma maneira. Esta forma de ataque faz sentido quando o desafiador tem menores recursos que o desafiado. Outra estratégia de flancos é encontrar gaps onde o concorrente tenha falhado e desenvolver melhores produtos nesses segmentos. Ataque de “Cerco” – consiste em atacar o concorrente de todas as direções para que ele tenha de defender todos os lados do seu negócio. Só faz sentido se o desafiador tiver maiores recursos e pense conseguir “quebrar” o concorrente rapidamente. Ataque “bypass” (desvio) – é um ataque indireto pelo qual o desafiador não pretende atacar os mercados e/ou produtos do concorrente, mas sim estende-se para outros mercados ou mesmo desenvolver produtos/tecnologias diferentes do concorrente para, na altura certa, lançar esses produtos/tecnologias e vencer os existentes. Ataque de guerrilha – normalmente é feita por empresas mais pobres a empresas maiores. Essas empresas devem estar atentas para o caso das grandes empresas quererem eliminar as pequenas. Estratégias de sustentação Para uma empresa defender a sua posição no mercado ela tem que proteger as suas fraquezas (oportunidades para os concorrentes), manter os custos baixos e os preços em conformidade com o mercado. A melhor resposta perante o mercado que uma empresa pode ter, ajudando a proteger-se é a inovação constante, conseguindo manter a companhia competitiva, e explorando as fraquezas dos opositores. Seguidamente apresentam-se seis estratégias de defesa: Defesa da posição – é a defesa mais básica em que a empresa constrói fortificações à volta dos seus mercados. Esta posição raramente funciona. Defesa dos flancos – consiste em estar atento aos pontos fracos da companhia e protegê-los de possíveis ataques dos concorrentes. Defesa Proativa (Golpe preventivo) – consiste no líder de mercado lançar uma defesa proativa, quer é o mesmo que dizer, atacar os concorrentes antes de eles poderem fazer qualquer coisa contra a empresa. Defesa de contra-ataque (contraofensiva) – é uma estratégia de defesa algo perigosa, uma vez que fica na expectativa a ver o que acontece, no entanto pode servir para detectar falhas, as quais vão permitir lançar um contra-ataque bem-sucedido. Defesa móvel – Neste tipo de defesa a companhia é proativa em agressividade para defender a sua posição no mercado. O líder expande-se para novos mercados para que sirvam de base futura para defesa e ataque. A empresa, movendo-se para outros mercados, procura expandir-se ou dar a entender uma “morte estratégica” por forma melhor se defender. Defesa de contração (retirada estratégica) – quando as empresas têm uma extensão bastante grande e, por isso, reconhecem que não conseguem defender todas as suas posições, preferem desistir de posições mais frágeis e concentrar-se nas mais fortes. Estratégia de nichos de mercado Quase todos os sectores têm nichos de mercado, os quais são aproveitados por empresas médias e pequenas que os exploram, sem se expandirem para todo o mercado, e que conseguem ser extremamente lucrativas. O elevado lucro obtido por estas companhias deve-se a irem de encontro a necessidades dos consumidores ainda não satisfeitas, a estas empresas normalmente explorarem nichos que consideram pouco arriscados e com potencial de crescimento e conseguirem assim grandes margens, em vez de grandes volumes. Estratégia de colheita A estratégia de colheita é uma estratégia competitiva que busca alcançar retornos máximos dos produtos que estão na fase de declínio de seu ciclo de vida, ou seja, de produtos que a curto ou médio prazo serão retirados do mercado. Para obter retornos máximos, a empresa pode reduzir custos e/ou melhorar o fluxo de caixa de tal modo que a redução no volume de vendas seja compensado pela redução nos custos, aumentando com isso a lucratividade do produto ou serviço. A redução nos custos pode se dar por meio da redução das atividades de marketing, como publicidade, por exemplo. Além disso, pode haver também um pequeno aumento dos preços para compensar a redução nas vendas. Estratégia de desinvestimento ou eliminação Por último, quando a estratégia de colheita não é mais viável, deve-se então adotar a estratégia competitiva de desinvestimento, ou seja, a eliminação do produto ou serviço do portfólio de negócios da empresa. É importante que a decisão de retirada do produto ou serviço do mercado seja precedida por uma avaliação dos impactos da retirada, inclusive em relação a outros produtos ou negócios da empresa. Decidindo-se pela retirada, esta deve ocorrer de forma rápida e com o menor custo possível.
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