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Coluna vertebral, quadril, pelve

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COLUNA VERTEBRAL
Coluna cervical
O EF da coluna cervical começa pela inspeção, observando-se posições antálgicas, hematomas e cicatrizes. Pela palpação, é possível correlacionar as estruturas cervicais a seus respectivos níveis, como o osso hióide com C3-C4, a cartilagem tireóidea com C4-C5 e o cricóide com C5-C6. Na palpação muscular, procuram-se espasmos, retrações ou rupturas no esternocleidomastóideo e no trapézio. O músculo trapézio pode apresentar situações dolorosas, com pontos dolorosos na A de inserção vertebral. O ombro pode ser ainda tracionado para a frente por músculos da cintura escapular, encurtados ou hipertrofiados. Dor cervical e dores de cabeça podem estar associadas à retração dos músculos posteriores do pescoço, que com f estão alterados adaptativamente em pacientes com anteriorização da cabeça e dorso curvo. Nesses casos, pode-se notar tensão na parte posterior do pescoço e relaxamento da musculatura anterior. A mobilidade da coluna cervical deve ser testada, pesquisa da extensão, flexão, rotação e inclinação deve ser observada ativa e passivamente, sendo que, na flexão, o queixo deve alcançar o tórax. Na extensão, o paciente deve olhar o teto e na rotação, o queixo deve quase que se alinhar com o ombro. Na inclinação lateral, a orelha deve se aproximar do ombro, inclinando o pescoço em 45°. Cerca de 50% da flexão e da extensão da coluna cervical é realizada entre o occipício e C1 e 50% da rotação ocorre entre C1 e C2; o restante é distribuído entre as demais vértebras. O exame neurológico da região cervical é dividido por níveis de C5 a T1. 
No nível de C4-C5, raiz C5, tem-se como A sensitiva a face lateral do braço. No aspecto motor, a raiz de C5 inerva os músculos deltóide e bíceps braquial, podendo este último ser misto com C6. O reflexo em C5 é o bicipital. No nível de C5-C6, raiz C6, proporciona a sensibilidade lateral do antebraço, do polegar, do indicador e da metade do dedo médio. O grupo muscular representativo é dos extensores do punho e o reflexo é o braquiorradial (Figura 12.4). O nível de C6-C7, raiz C7, possui como A sensitiva o dedo médio; como motor, a raiz de C7 é responsável pelo tríceps e pelos flexores do punho. O reflexo é o tricipital (Figura 12.5).
O nível de C7-T1, raiz de C8, inerva o dedo anular, o mínimo e a face medial do antebraço. Tem como área motora os flexores dos dedos e os músculos intrínsecos da mão. Não há reflexo nesse nível. A raiz de T1 é responsável pelo último nível no membro superior, sendo sua A sensitiva a face medial do braço e motora os abdutores dos dedos; nesse nível, também não há reflexos. O exame específico para dor cervical inicia-se com a observação dos pés à procura de espasticidade, teste de reflexos patelares, Aquileu, Babinski e sensibilidade vibratória, principalmente nos casos de trauma ou se houver suspeita de doenças neurológicas, com comprometimento central. Durante o exame no membro superior, observa-se bem o ombro, com teste de abdução e pesquisa de braquialgias. A manobra de Adson (Figura 12.9) foi descrita para pesquisa em relação a parestesias ou dores com irradiação para os membros superiores, como na síndrome do desfiladeiro torácico. A manobra de Spurling (Figura 12.10) também pesquisa dor irradiada e se assemelha ao sinal de L’Hermitte (Figura 12.11), porém é realizada a compressão da região cervical nas posições neutra, estendida e com o paciente olhando para os ombros. Outras manobras podem ser instituídas no exame da coluna cervical, como manobra de Valsalva, que aumenta a P intratecal e está presente nas síndromes compressivas do canal vertebral. A manobra de deglutição, na qual se verifica se o paciente tem dor ao deglutir, pode ser positiva na presença de infecção, tumor ou hematomas na região cervical.
	Coluna toracolombar 
O EF inicia-se pela inspeção. Observa-se o paciente despido, inicialmente de costas. O médico deve notar alterações na altura dos ombros, no nivelamento pélvico e na altura dos seios. Deve notar, também, se há alterações no ângulo formado entre o braço e o tronco e observar, nos casos de desnivelamento da pelve, se o paciente apresenta dismetria dos membros inferiores associada. Após a análise posterior, observa-se o paciente de lado, notando alterações na cifose torácica e na lordose lombar. Durante a palpação, procura-se por pontos dolorosos na musculatura paravertebral que possam denotar lombalgia. A lombalgia tem sua origem nos movimentos com inclinação anterior da pelve, notando-se, nesses casos, desequilíbrio muscular entre os músculos abdominal anterior fraco, flexores do quadril tensionados e extensores do quadril fracos, com retração da musculatura posterior da coxa. Os componentes ósseos da coluna lombar devem ser palpados, sendo os processos espinhosos palpáveis desde a coluna cervical até a região sacral. É importante a procura de dor no trauma e nos casos de listese, sendo possível observar, nesse último, alteração na continuidade da palpação. A mobilidade da coluna lombar deve ser pesquisada. Na flexão, o paciente inclina-se anteriormente o máximo que puder, tentando tocar os pés e mantendo os joelhos estendidos. Nesse movimento, o ligamento longitudinal anterior é relaxado e o complexo ligamentar posterior, tensionado. Na extensão, o paciente curva-se para trás o máximo que puder. A inclinação é testada com o examinador fixando a crista ilíaca e solicitando que o paciente se incline lateralmente o máximo que puder. Para testar a rotação, o examinador se coloca posteriormente ao paciente, fixa sua pelve com uma das mãos e com a outra sobre o ombro, observa a rotação da coluna toracolombar. O exame neurológico para a região lombar inicia-se com a pesquisa do nível sensitivo. A área referente à raiz L1 se encontra abaixo do ligamento inguinal, na porção ântero-posterior da coxa, L2 na face anterior e média da coxa e L3 é uma faixa oblíqua anterior da coxa acima do joelho; o nível de L4 compreende uma faixa entre a face póstero-lateral da coxa, anterior do joelho e medial da perna; o nível sensitivo de L5, na face anterolateral da perna, no dorso do pé e no hálux; e o nível sensitivo de S1 se encontra no maléolo lateral, na face lateral do pé e no calcanhar. O exame motor pode ser dividido em grupos musculares. Os flexores do quadril, iliopsoas, são testados com o paciente sentado, solicitando-se para que eleve a coxa da maca. O iliopsoas é inervado pelas raízes nervosas de T12 a L3. A extensão do joelho efetua-se principalmente pelo quadríceps, que é inervado pelo nervo femoral. O exame da extensão do joelho deve ser feito com o paciente sentado, elevando a perna contra a R do examinador. Os adutores do quadril inervados pelo nervo obturatório são testados com o paciente em decúbito dorsal ou sentado. O examinador, com as mãos na face medial da coxa, solicita para o paciente aduzir a perna contra a R. O nível de L4 tem sua representação motora com o músculo tibial anterior, que é inervado pelo nervo fibular profundo. O teste para L4 é realizado com R à flexão dorsal do pé. O nível L5 é testado pela extensão ativa do hálux. Nesse nível, ainda há os extensores dos dedos e o glúteo médio inervados, respectivamente, pelo nervo fibular profundo e pelo nervo glúteo superior. O nervo fibular superficial tem suas origens em S1 e sua função motora pode ser observada nos músculos fibulares longo e curto. Em relação aos reflexos para o plexo lombossacral, o reflexo patelar refere-se à raiz L4. A pesquisa é realizada com o paciente sentado sobre a maca, joelhos fletidos e pernas relaxadas, estimulando o examinador o reflexo sob o tendão patelar. Esse reflexo pode ainda ser testado com o paciente em decúbito dorsal, apoiando o calcâneo dum membro sobre a face anterior da tíbia do membro contralateral. O reflexo aquileu, referente à raiz S1, é mediado pelo músculo gastrocnêmio. Para testá-lo, o examinador mantém o pé do paciente dorso fletido, com o tendão do calcâneo tensionado e realizando sua percussão. O paciente demonstrará flexão plantar súbita e involuntária.A raiz L5 não possui reflexo específico, porém o músculo tibial posterior apresenta um discreto reflexo, que pode ser creditado à raiz
Outro reflexo nessa região é o superficial abdominal, realizado com o paciente em decúbito dorsal. Utilizando um objeto pontiagudo, estimulam-se os quadrantes abdominais, observando o desvio da cicatriz umbilical. Os músculos abdominais são inervados de T10 a L1. O reflexo cremastérico pode ser obtido mediante estimulação da face medial superior da coxa e observação pelo levantamento da bolsa escrotal. A abolição do reflexo bilateralmente indica lesão do primeiro neurônio motor e unilateralmente indica lesão do segundo neurônio motor, entre L1 e L2. Nos casos de trauma, a pesquisa do reflexo bulbocavernoso é obrigatória. Esse reflexo é realizado com a estimulação por compressão da glande ou do clitóris e observação da contração do esfíncter anal. Tal reflexo é referente às raízes S2 e S3 e tem sua importância na determinação do fim do choque medular. Outro reflexo pesquisado nos casos de trauma é o reflexo da piscadela anal, que se caracteriza pela contração do esfíncter anal estimulada por uma picada próxima à região anal. Reflexos patológicos a serem testados nos membros inferiores são: o Babinski e o reflexo de Oppenheim. Ambos têm o mesmo sinal; quando positivos, os dedos dos pés realizam extensão e não flexão. Porém, o reflexo de Babinski é testado na planta do pé, e o reflexo de Oppenheim, na crista da tíbia. O EF prossegue, após o exame neurológico, com os testes específicos, entre os quais o teste de Lasègue, ou de elevação da perna, que foi descrito em 1881 por Forst, porém creditado ao seu professor. A manobra de Lasègue deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal. O examinador eleva o membro testado pelo calcâneo, mantendo o joelho estendido. O paciente deve referir dor durante a elevação até 30°; acima dessa angulação, o exame pode ser confundido com o encurtamento dos isquiotibiais. A manobra de Lasègue pode ser exacerbada com a dorsiflexão do pé. Outra forma descrita desse teste é a sua realização com o joelho e o quadril fletidos em 90°. Ao se realizar a extensão do joelho, o paciente manifesta dor.
O teste de Kernig procura reproduzir, por meio da tensão da medula espinal, a dor referida. É realizado com o paciente em decúbito dorsal e o examinador forçando a flexão da cabeça ao encontro do tronco. O teste de Hoover visa a determinar se o paciente está simulando ao afirmar que não pode elevar a perna. Nesse teste, solicita-se que o paciente eleve a perna estendida, enquanto o examinador mantém uma das mãos sob o calcâneo do pé oposto. Quando o paciente está realmente tentando elevar a perna, exerce pressão contra a maca pelo calcâneo oposto.
O teste de Milgram foi elaborado para determinar compressão dural. Nesse teste, o paciente, em decúbito dorsal, deve erguer os membros inferiores cerca de 5 cm da maca, forçando a utilizar o iliopsoas e a musculatura anterior do abdome, aumentando a P intradural. Manobras para pesquisa de dor na região sacroilíaca são descritas como o sinal de Gaenslen, em que o paciente deve estar em decúbito dorsal, com os joelhos fletidos sob o tórax e uma das nádegas fora da mesa. O membro sem sustentação é solto e o paciente se queixa de dor na região sacroilíaca. A manobra de Patrick ou FABERE (Figura 12.18) pesquisa lesões na articulação sacroilíaca e no quadril. Nesse teste, o examinador leva o pé do membro acometido ao joelho oposto, com o paciente em decúbito dorsal. Forçando a articulação sacroilíaca, o examinador apoia uma das mãos sobre o joelho fletido.
Quadril e pelve
Inspeção
A inspeção inicia-se com a entrada do paciente no consultório, procurando-se avaliar alterações da marcha. No lado do quadril acometido, a fase de apoio tende a ser mais curta. Deve-se ainda observar a báscula da pelve e a inclinação pélvica. A discrepância de membros inferiores pode gerar uma obliquidade da pelve secundária. O aumento da lordose lombar pode estar presente para compensar a contratura em flexão do quadril, quando presente. O examinador passa a observar: manchas na pele, cicatrizes, abaulamentos, bolhas, pregas cutâneas, desvios posturais, contraturas, hipotrofias musculares, nas visões anterior, lateral e posterior do paciente.
Palpação
A palpação consiste em tocar as estruturas ósseas e os tecidos moles à procura de pontos sensíveis ou dolorosos. Duma maneira didática, pode ser dividida em faces anterior, lateral, posterior e medial.
Face anterior
As estruturas ósseas anteriores passíveis de serem palpadas são: crista ilíaca, tubérculo ilíaco, EIAS e tubérculos púbicos. A dor na palpação da crista e do tubérculo ilíacos pode ser decorrente dum trauma direto ou de lesão na inserção da aponeurose do músculo oblíquo externo. Na região medial, os tubérculos púbicos e a sínfise púbica podem ser palpados e a presença de dor evidencia sinfisite púbica ou pubeíte.
A região delimitada pelo ligamento inguinal superiormente, pelo músculo sartório lateralmente e pelo músculo adutor longo medialmente é denominada de trígono femoral. Nessa região, com o membro em rotação lateral, abdução e semiflexão, podem-se palpar com mais facilidade as estruturas que a delimitam; centralmente, encontra-se o feixe vásculo nervoso, o nervo, a artéria e a veia femorais, de lateral para medial, respectivamente.
Face lateral
A estrutura óssea lateral a ser palpada é o trocânter maior, recoberto pela bursa trocantérica, local onde se inserem os músculos glúteo médio, mínimo e vasto lateral, além dos rotadores externos curtos. A dor na palpação do trocânter maior pode indicar a bursite trocantérica, isto é, inflamação da bursa, patologia frequente em mulheres. O atrito da aponeurose do trato iliotibial sobre o trocânter maior pode ser palpado como um ressalto nessa região e até mesmo pode ser ouvido um estalo quando o quadril passa da posição fletida para a extensão. Essa patologia normalmente não causa dor e com f, é relatada como se o quadril “saísse do lugar”. 
Face posterior
Com o paciente deitado em decúbito lateral e com o quadril fletido, as estruturas da região posterior tornam-se mais fáceis de serem palpadas: superiormente, a crista ilíaca posterior, medialmente, a EIPS e na linha média da nádega, no nível da prega glútea, a tuberosidade isquiática. A avulsão da tuberosidade isquiática produz dor local à palpação e o paciente relata dor ao sentar-se. A meio caminho, entre a borda posterior do trocânter maior e a tuberosidade isquiática, encontra-se o nervo isquiático, cuja sensibilidade à palpação pode denotar um trauma direto ou síndrome do piriforme. A articulação sacroilíaca é palpada em toda a sua extensão. O músculo glúteo máximo é mais bem palpado com o quadril em extensão.
Face medial
Na região medial, encontram-se os músculos adutores: longo, curto, magno, grácil e pectíneo. No entanto, o adutor longo, que é o mais superficial, é facilmente palpável. O músculo torna-se mais saliente com o membro inferior em abdução, sendo a porção tendínea proximal sede frequente de estiramento e tendinite em jogadores de futebol; no caso de ruptura, uma descontinuidade pode ser palpada.
Grau de mobilidade articular
A amplitude articular do quadril é notável, bastante móvel, ainda que muito estável. É possível avaliar isoladamente 6 movimentos: flexão, extensão, abdução, adução e rotação medial e lateral. A circundução é a combinação de todos esses movimentos. No exame do grau de arco de movimento passivo, a pelve deve ser estabilizada, pois a coluna lombar e a pelve podem promover movimentos de compensação à restrição da mobilidade articular do quadril, confundindo o examinador. Os testes passivos tendem a ter 10 a 20° a mais no arco de movimento em relação aos testes ativos.
Flexão
Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador promove a flexão do quadril a partir da extensão, até que a coxa se aproxime ao máximo do tronco, sem, no entanto, movimentar a pelve e a coluna lombar. O ângulo formado entre o eixo dacoxa e a mesa de exame é o ângulo de flexão. O teste de flexão ativa do quadril pode ser realizado em posição ortostática ou decúbito dorsal.
Extensão
Com o paciente em decúbito ventral, o examinador coloca uma das mãos sobre a crista ilíaca e a região lombar, impedindo a movimentação da pelve e com a outra mão, promove a extensão do quadril. O ângulo formado entre o eixo da coxa e a mesa de exame é o ângulo de extensão. O teste de extensão ativa do quadril pode ser realizado em posição ortostática ou decúbito ventral.
Abdução
Com o paciente em decúbito dorsal, os membros inferiores em posição neutra, o examinador estabiliza a pelve com uma das mãos e com a outra, realiza o afastamento do membro em relação à linha média do corpo. O ângulo obtido entre o eixo do membro e a linha média é o ângulo de abdução. O teste de abdução ativa do quadril pode ser realizado em posição ortostática ou decúbito dorsal.
Adução
O paciente permanece em decúbito dorsal, partindo duma posição neutra. O examinador segura o tornozelo e faz com que o membro cruze a linha média do corpo; para isso, é necessário elevar o membro contralateral. O ângulo entre o eixo do membro examinado e a linha média do corpo é o de adução, sendo o ângulo máximo aquele em que a pelve começa a se movimentar. O teste de adução ativa do quadril pode ser realizado em posição ortostática ou decúbito dorsal.
Rotação lateral ou externa
Executada com o quadril em extensão ou flexão e em decúbito dorsal ou em posição sentada. Deve ser realizada, de preferência, com o quadril em flexão, porque, na extensão, soma-se a rotação da tíbia em relação ao fêmur. O examinador segura o tornozelo do paciente, promove a flexão e em seguida, a rotação externa do membro. O ângulo de rotação lateral com o joelho fletido é o ângulo obtido entre o eixo da coxa e da perna.
Rotação medial
A rotação medial é realizada e calculada de modo semelhante à rotação lateral, mas em sentido inverso.
Teste de Trendelenburg
A manobra de Trendelenburg avalia a F do músculo glúteo médio. Iniciando com a posição ortostática, o examinador observa a altura das cristas ilíacas por trás. Pede-se para o paciente que fique em apoio unilateral, no quadril a ser examinado. O músculo glúteo médio tende a manter o nivelamento da pelve, impedindo a inclinação lateral. Caso haja insuficiência desse músculo, a pelve se inclinará, resultando em elevação no lado testado. O músculo quadrado da coxa pode sustentar a pelve por um período breve de 1min. Para evitar esse falso-negativo, recomenda-se que a manobra de Trendelemburg seja executada por 1min.
Teste de Ludloff
Em caso de suspeita de tendinite do iliopsoas, lesão do músculo iliopsoas e fratura-avulsão do trocânter menor, o teste de Ludloff pode ser positivo. Com o paciente sentado e as pernas pendentes, realiza-se o movimento de flexão do quadril contra a R. Haverá dor na região interna da raiz da coxa, indicando patologia na inserção do músculo iliopsoas no trocânter menor. O sinal de Ludloff é uma equimose na região interna da raiz da coxa, que pode indicar avulsão do trocânter menor.
Teste de Thomas
O teste de Thomas avalia a existência de contratura em flexão do quadril. O paciente, em decúbito dorsal, promove a flexão de ambos os quadris, abraçando os membros até a retificação da coluna lombar, que é verificada com a mão do examinador sob a região lombar do paciente. Pede-se para o paciente soltar e estender o membro a ser avaliado, até que a pelve comece a bascular. Permanecendo o quadril em algum grau de flexão, o teste é positivo e o ângulo entre o eixo da coxa e a mesa de exame é o grau de contratura.
Teste para síndrome do músculo piriforme
O nervo isquiático, ao atravessar a região glútea, localiza-se superficialmente sobre os rotadores laterais e profundamente sob o músculo piriforme. No caso de espessamento do músculo piriforme e consequente compressão do isquiático, o paciente refere dor localizada na região glútea, que pode irradiar distalmente no trajeto do nervo. A manobra de abdução e rotação medial do quadril aumenta a tensão do músculo piriforme e pode exacerbar os sintomas dessa rara patologia.
Teste de mobilização pélvica
A mobilização pélvica pode indicar alteração na integridade do anel pélvico, fratura ou luxação e patologias na articulação sacroilíaca, como uma infecção, por exemplo. O examinador comprime os 2 ossos ilíacos em direção à linha média do corpo; o teste é positivo na presença de dor.
Teste de Volkmann
O teste de Volkmann avalia o comprometimento do anel pélvico. Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador força a abertura da pelve, apoiando as mãos sobre as EIAIs. A presença de dor significa que o teste é positivo. Esse teste é realizado na sala de emergência, para avaliar uma possível fratura ou luxação do anel pélvico. Precisa ser realizado delicadamente e não deve ser repetido por mais de 2 examinadores, o que pode levar à piora do quadro clínico do politraumatizado.
Teste de Lewin
É realizado com o paciente em decúbito lateral, para avaliar a articulação sacroilíaca. Com o paciente deitado sobre o lado são, o examinador exerce P com as 2 mãos sobre a crista ilíaca. A presença de dor é indicativa de patologia sacroilíaca.
Teste de Gaenslen
É um teste realizado para avaliar a articulação sacroilíaca. Com o paciente em decúbito dorsal junto à borda da mesa, pede-se que faça a flexão ativa dos membros inferiores, segurando ambos os joelhos. Solicita-se que solte e deixe pender para fora da mesa o membro examinado. O examinador pode, com uma das mãos, estabilizar a pelve e, com a outra, provocar hiperextensão do quadril, sensibilizando o teste. A dor na sacroilíaca ipsilateral é sugestiva de patologia.
Teste de Ely
O teste de Ely avalia a presença de contratura do músculo reto femoral. Com o paciente deitado em posição prona, o examinador flexiona o joelho do lado a ser examinado. Se houver flexão do quadril e elevação da pelve desse lado, há encurtamento do reto femoral e o teste é positivo.
Teste de Anvil
O teste de Anvil é realizado para verificar a integridade do acetábulo. O paciente deve ficar em decúbito dorsal. O examinador abduz o membro do lado a ser testado em cerca de 45°, mantendo o joelho em extensão e executa a punho percussão do calcâneo. Na presença de dor no quadril, o teste é positivo.
Mensuração da diferença de C dos membros inferiores 
Existem 2 tipos de medida da discrepância dos membros inferiores, a medida real e a aparente. A mensuração aparente é realizada da cicatriz umbilical até o maléolo medial do tornozelo, comparando-se ambos os membros. Alterações posturais como inclinação pélvica ou cicatriz umbilical fora do seu local tópico não permitem medir o comprimento verdadeiro dos membros. A mensuração real é obtida a partir da EIAS até o maléolo medial, comparando-se com o lado contralateral. Em caso de contratura do quadril ou do joelho, faz-se a medida segmentar. Essa medida é realizada da EIAS à interlinha articular medial do joelho e desta ao maléolo medial. Obtém-se, portanto, o C da coxa e da perna separadamente.
Teste para sinfisite púbica
O processo inflamatório da sínfise púbica pode ser testado com a manobra de flexão e adução de ambos os membros e contração da musculatura abdominal. A palpação da sínfise sensibiliza o exame.
Teste de Ober
O teste de Ober é utilizado para o diagnóstico da contratura do trato iliotibial. O paciente é colocado em decúbito lateral, com o quadril oposto apoiado em flexão máxima. Com o quadril examinado em posição neutra e o joelho fletido a 90°, o membro é abduzido e no caso de contratura do trato iliotibial, o teste será positivo se o membro permanecer com algum grau de abdução após o examinador soltá-lo.
Teste de Patrick
O teste de Patrick, ou a manobra de flexão, abdução e rotação externa é descrito para a avaliação da articulação do quadril ipsilateral sacro ilíaca, contralateral. Com o paciente em decúbito dorsal, o membro examinado em flexão, abdução e rotação externa,o examinador exerce pressão sobre o joelho fletido com uma das mãos e com a outra mão, sobre a crista ilíaca do lado oposto. A presença de dor na região posterior, sobre a sacroilíaca, indica doença da articulação sacroilíaca e a presença de dor na virilha do quadril ipsilateral pode indicar patologia do quadril.
Teste para lesão do lábio acetabular
As lesões do lábio acetabular provocam dor na articulação do quadril, em sua maioria crônica, sensação de bloqueio e eventualmente, estalido articular. Em muitos casos, a dor pode ser desencadeada com a manobra de movimentação passiva de flexão, adução e rotação medial do quadril. Esse teste promove o choque da parte anterior do colo femoral contra a margem anterior do lábio acetabular.
Teste do câmbio
Com o paciente em decúbito lateral, realiza-se a abdução do membro examinado. Observa-se bloqueio durante o movimento. Partindo da posição neutra, ao realizar a flexão do quadril e em seguida a abdução, desaparece o bloqueio.
Exame neurológico
O exame neurológico do quadril é dividido em 2 etapas: testes motores e testes de sensibilidade. Os testes motores visam avaliar a integridade do suprimento nervoso dos seguintes grupos musculares: flexores, extensores, abdutores e adutores. A F muscular e a amplitude dos movimentos são avaliadas conforme a escala a seguir:
Flexores
Testa o flexor primário iliopsoas e o flexor secundário reto femoral. Com o paciente sentado, pernas pendentes para fora da maca, flexiona-se o quadril ativamente contra a R imposta pelo examinador no terço distal da coxa.
Extensores
Avalia-se o extensor primário do músculo glúteo máximo. Com o paciente em decúbito ventral e com o joelho levemente fletido, o examinador solicita que afaste a coxa da maca, enquanto é imposta R na região posterior da coxa.
Abdutores
Teste destinado a verificar o abdutor primário, músculo glúteo médio e o secundário, glúteo mínimo. O paciente, sentado, faz a abdução dos membros contra uma R imposta ao nível dos joelhos. Pode ainda ser realizado em decúbito lateral, com o examinador estabilizando a pelve com uma das mãos no tubérculo ilíaco e a outra impondo R na face lateral da coxa, abduzindo o quadril.
Adutores
O adutor longo é o adutor primário e os adutores curto, magno, grácil e pectíneo, os secundários. O paciente, sentado, faz a adução dos membros contra uma R imposta ao nível dos joelhos.
Os testes de sensibilidade têm como objetivo investigar a sensibilidade térmica, tátil e dolorosa. A sensibilidade cutânea tem como base os dermátomos, ou seja, áreas da pele inervadas por determinado segmento radicular medular. Os dermátomos da pelve e do quadril possuem raízes de T10 a S2.

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