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Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez ALGODÃO (Gossypium hirsutum L.) ORIGEM E DIFUSÃO GEOGRÁFICA - 2 centros de origem (Ásia e América) - Já foi encontrado material de 5.000 anos no Paquistão (Gossypium arboreum) e de 4.500 anos no Peru (G. barbadense) - Na Europa o algodão foi introduzido no século X - Final do séc. XVIII, a Inglaterra passa a manufaturar tecidos de algodão (EUA são os maiores produtores mundiais) - 1890 – Guerra de Secessão nos EUA – Brasil começa a produzir algodão - 1918 – Fim da 1° Guerra Mundial - 1929 – Quebra da Bolsa de Nova Iorque - 1930 Monopólio de produção de sementes de algodão pelo IAC - Década de 80 – algodão é uma das maiores fontes de divisas - Início dos anos 90 – entrada de materiais americanos - Final dos anos 90 (96/97)- passamos de exportadores a maiores importadores mundiais de algodão (queda do monopólio do IAC) - 2000/01 – produção igual a consumo - 2007/08 – Brasil - 2° maior produtor mundial No Brasil temos 2 regiões de produção: - Região Centro-Oeste/Sudeste/Sul (Meridional) – algodão anual ou herbáceo - Região Nordeste (Setentrional) – algodão herbáceo e arbóreo (mocó) PLUMA PLUMA ALGODAO EM PLUMA Algodão em caroço 35-43% de fibra (pluma) + 57-65% semente (caroço) Caroço: 12-14% línter 20-22% casca 62-64% embrião/amêndoa Embrião – óleo (23%) proteína (25%) torta (45-48% de proteína) Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA Filo: Angiospermae Classe: Dicotiledoneae Subclasse: Archichlamida Ordem: Malvales Família: Malvaceae Tribo: Hibiscea Gênero: Gossypium Espécie: Gossypium hirsutum Raça: G. hirsutum latifolium (herbáceo) *** G. hirsutum Marie Galante (arbóreo – mocó, seridó) ALGODÃO ARBÓREO Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA A espécie herbácea (Gossypium hirsutum L. r. latifolium Hutch) é um arbusto de cultivo anual, uma entre as 50 espécies já classificadas e descritas do gênero Gossypium. Das 50 espécies classificadas, 17 são endêmicas da Austrália, seis do Havaí e uma do nordeste brasileiro. Cerca de 90% das fibras de algodão comercializadas no mundo são provenientes da espécie Gossypium hirsutum. Das 50 espécies só 4 são cultivadas, as demais são silvestres e praticamente não produzem fibras. Espécies cultivadas : herbaceum, arboreum, hirsutum e barbadense. As espécies conhecidas como algodoeiros do Velho Mundo são: G. arboreum G. herbaceum A primeira permanece com certa importância em regiões da Índia, Paquistão, China e Tailândia e a segunda ocupa área significativa apenas na Índia. A contribuição de ambas para a produção mundial de algodão não chega a 4% As espécies conhecidas como algodoeiro do Novo Mundo: - G. hirsutum - G. barbadense Esta última conhecida como algodoeiro Pima, Egípcio, Tanguis, produtora de fibra longa e de alta qualidade, é cultivada principalmente no Egito, Sudão, Peru, EUA e alguns países da antiga União Soviética. Pouco mais de 5% da produção mundial é devida a essa espécie. Por outro lado, com distribuição em praticamente todos os países produtores, a espécie G. hirsutum, conhecida como algodoeiro Upland, é responsável por mais de 90% da produção mundial. G. hirsutum – Originário do Sul do México e Guatemala 0,60 – 1,50 m de altura (podendo chegar a 2,5 m ou mais) Tem várias raças geográficas: Latifolium – planta de porte pequeno e médio, fibras de comprimento médio e sementes recobertas com línter - plantado na região Meridional (sul) do Brasil Marie Galante – semi –perene – dura até 7 anos – mocó/ seridó - planta de porte alto, fibra longa e extra longas e sementes sem línter ou com tufo de línter na extremidade. Fibra excelente – muito disputado pela indústria têxtil (tipo 3, 4) - plantado na região Setentrional (norte) G. hirsutum raça Latifolium – Centro-Sul G. hirsutum raça Marie Galante (mocó) – Nordeste Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA -Planta de crescimento indeterminado -Semi-perene cultivada como anual -Altura: de 0,6 a 2,5m (para colheita mecanizada até 1,30m) Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA - Sistema radicular: pivotante. Pode atingir até 2,5 m de profundidade. Raízes absorventes nos primeiros 20 cm. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA Caule: cilíndrico e ereto. Composto pela haste principal, ramos vegetativos e reprodutivos (frutíferos). Haste principal Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA Caule: possui nós e entrenós (22 a 24 nós) Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA - Folhas: cotiledonares e as verdadeiras (2 tipos: as vegetativas e as do ramo frutífero) A = folhas cotiledonares B = Inteiras - primeiras folhas verdadeiras da haste principal (vegetativas) C = folhas verdadeiras dos ramos frutíferos D = folhas verdadeiras das hastes principal (vegetativas) Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA Flor: hermafrodita e simétrica Planta de auto-polinização Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA Florescimento em espiral Uma flor a cada 3 dias entre ramos diferentes e a cada 6 dias no mesmo ramo (cerca de 6-8 flores por ramo) Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA Fruto: em forma de cápsula com 3 a 5 lóculos contendo cada um, 6 a 8 sementes Quando imaturo = maçã Quando maduro = capulho Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA BOTÃO FLOR BRANCA MAÇÃ OU BOLA PEQUENA MAÇÃ OU BOLA GRANDE Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez B. DESCRIÇÃO DA PLANTA Semente: formato periforme. Cor parda-escura. Revestida de pelos curtos e longos (fibras) Semente sem línter Fruto apresenta 3 a 5 lóculos, cada qual com 6-8 sementes; Um bom capulho deve ter acima de 28 sementes. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez C. AMBIENTE DE PRODUÇÃO E ECOFISIOLOGIA TEMPERATURA A temperatura influencia o crescimento da planta de algodão já que ela é fotoneutra. Cada fase apresenta uma necessidade diferente de Unidades de Calor acumulada (responde a somatória térmica) UC = (Tmax + Tmin) – 15°C 2 Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez C. AMBIENTE DE PRODUÇÃO E ECOFISIOLOGIA TEMPERATURA Quanto maior a amplitude entre a máxima e a mínima, melhor a condição de produtividade (crescimento mais lento → maior acúmulo de energia → mais peso) Altitudes menores que 550m → altas T → excesso de evaporação → rápido desenvolvimento vegetativo IDEAL: T diurna = 25 a 32ºC (30) T noturna = 18 a 22ºC (20) Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez C. AMBIENTE DE PRODUÇÃO E ECOFISIOLOGIA + FENOLOGIA DO ALGODOEIRO Figura 7. Planta de algodão no estádio F5, de acordo com a escala de Marur e Ruano (2001). (Desenho original de Maria G. Y. Sonomura)FASES DE DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO Semeadura Germinação Botão Floral (6 nós) 4 - 10 dias 25 - 35 dias 3 - 6 dias/nós FASES DE DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO FASE I 5-8 NÓS (30-50 dias) 2,5 – 3,0 dias /nó 15 NÓS (60-80 dias) 25 a 30 dias Primeira flor – 15 nós FASE DE DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO - FASE II Primeiro botão h h h h a f f f e e e g g g g d d c c i i i i i b 9 n ó s a c im a d a p ri m e ir a f lo r c re m e FASE DE DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO FASE III 5 n ó s a c im a d a ú lt im a f lo r c re m e C U T -O U T 30 dias 60-80 dias 15 nós 100-120 dias 20-22 nós 22-24 nós 160-180 dias Final da fase IV FASE IV do CUT-OUT (20 a 22 nós) até a colheita (22 a 24 nós) 20-22 nós 100-120 dias CUT-OUT Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez C. AMBIENTE DE PRODUÇÃO E ECOFISIOLOGIA ÁGUA Não tolera ambiente excessivamente úmido, porém é exigente em água 8 a 12 mm no florescimento 700 mm durante todo o ciclo É menos exigente em água que os cereais Exigência de Lâmina d’água para Algodoeiro Nos períodos próximos e na abertura capulhos Desejável não ocorram chuvas preservar fibra < apodrecimento capulhos/maçãs parte baixa Rosolem (2008) Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez C. AMBIENTE DE PRODUÇÃO E ECOFISIOLOGIA RADIAÇÃO SOLAR (INSOLAÇÃO) Planta C3 Para uma boa produção necessita de muita luz Longos períodos de dias encobertos prejudicam a fotossíntese Quanto maior a insolação, maior é a deposição de celulose na fibra, maior a espessura, maior é a qualidade da fibra e maior é a produtividade 2 a 3 dias nublados temos alta taxa de shedding Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez C. AMBIENTE DE PRODUÇÃO E ECOFISIOLOGIA EXIGÊNCIAS EDÁFICAS Solo bem drenado, de média a alta fertilidade, com boa profundidade Pequena declividade (8 – 12%) – mecanização pH de 5,8 a 6,8 Exigente em boro Introdução A fenologia do algodoeiro subdivide-se em duas fases: vegetativa e reprodutiva. A fase vegetativa inicia-se com a emergência da plântula e termina com a formação do primeiro ramo frutífero. Esta fase é identificada pela letra “V”. A fase reprodutiva inicia-se com o surgimento do primeiro botão floral e termina quando as fibras no capulho atingem o ponto de maturação para colheita. Esta fase é identificada pela letra “R”. FENOLOGIA Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez VE – EMERGÊNCIA Saída da alça do hipocótilo da plântula (gancho), elevando os cotilédones acima do solo. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez VC - AFASTAMENTO DOS COTILÉDONES Exposição da gema apical vegetativa à radiação solar. Primeira folha enrolada entre os cotilédones Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez V1 – PRIMEIRO NÓ VEGETATIVO Primeira folha cordiforme com 30% a 50% de expansão e segunda folha também em forma de coração aberta. Folha aberta significa que os respectivos bordos não se tocam Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez V2 – SEGUNDO NÓ VEGETATIVO Segunda folha cordiforme com 30% a 50% de expansão e primeira folha lobada (com lóbulos) aberta. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez V3 – TERCEIRO NÓ VEGETATIVO Primeira folha lobada com 30% a 50% de expansão e segunda aberta. Devido ao hábito de crescimento indeterminado, o algodoeiro tende a vegetar indefinidamente, emitindo sucessivos nós vegetativos com folhas lobadas. As cultivares anuais (algodoeiro herbáceo), associadas ao ambiente e ao manejo, completam o ciclo cultural com 20 a 25 folhas. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez VR – PRIMEIRO RAMO FRUTÍFERO A partir de V5 ou V6 surge o primeiro ramo frutífero (simpodial) com botão floral e folha correspondente fechados. Desta fase em diante, o algodoeiro acelera o desenvolvimento emitindo novos ramos frutíferos (RF) nos nós vegetativos correspondentes. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez R1 – PRIMEIRO BOTÃO FLORAL Primeiro botão floral (BF) com 5 mm de comprimento encoberto pelas brácteas, na primeira posição do primeiro RF. Intensifica- se o acúmulo de matéria seca na planta. Na seqüência, surgem BFs na seguinte ordem (padrão espiral): 2o BF na primeira posição do 2o RF; 3o BF na segunda posição do 1o RF; e assim sucessivamente. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez R2 - PRIMEIRA FLOR Início do florescimento com abertura da primeira flor, na primeira posição do primeiro ramo frutífero. Plantas com 14 a 16 folhas. O florescimento prossegue seguindo o padrão espiral. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez R3 - CRESCIMENTO DA PRIMEIRA MAÇÃ Início da frutificação. Primeira maçã com 1cm de diâmetro na primeira posição do primeiro ramo frutífero. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez R4 – PRIMEIRA MAÇÃ VISÍVEL Plantas com florescimento pleno fechando o dossel. Maçã visível na primeira posição do 1o RF, sobressaindo-se às brácteas, rica em água, macia ao tato e com sementes e fibras em desenvolvimento. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez R5 - PRIMEIRA MAÇÃ CHEIA Primeira maçã na primeira posição do 1o RF, iniciando a pigmentação (antocianina), consistente ao tato, aquosa, com sementes e fibras imaturas (alongamento das fibras). Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez R6 – FINAL DO FLORESCIMENTO EFETIVO E FRUTIFICAÇÃO PLENA Fertilização da última flor economicamente viável, isto é, que origine um capulho possível de ser colhido. Flor localizada a partir do 5o nó vegetativo do ponteiro para baixo. Planta com altura final definida, predominando as maçãs. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez R7 – PRIMEIRO CAPULHO Final da frutificação e maturidade fisiológica. Primeiro capulho na primeira posição do 1o RF. Translocação intensa devido à carga pendente. Acentuada queda de folhas a partir do baixeiro da planta. Final da deposição de celulose nas fibras, maturação das sementes e desidratação das maçãs cheias, consistentes e pigmentadas. Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez R8 - MATURIDADE PLENA Planta com 2/3 de desfolha contendo 60% a 70% de capulhos. Colheita viável desde que a umidade nas fibras esteja entre 12% e 15%. Espaçamento e densidade • Espaçamento adequado: É aquele que há melhor aproveitamento do solo e das radiação solar, proporcionando as maiores produtividades • Historicamente: 0,70 a 1,20 m; • Atualmente: 0,70 a 0,90 m; • Altura p/ colheita mecanizada: até 1,30 m • Altura: até 1,5 x espaçamento (ideal) ou seja: E = 2/3 H Espaçamento e densidade • População de plantas: f ( cultivar, clima e fertilidade); • Cultivar: > porte e < densidade de plantas; • Varia de 80.000 a 125.000 plantas/ha; • Semeaduras + tardias: < altura de plantas – aumentar a população de plantas (redução do espaçamento); • Fertilidade: > fertilidade < população (cuidado comcultivar); • Cuidado com o SHEDDING ADENSADO Meio não tradicional de produzir algodão Maior número de plantas por unidade de área, de 220.000 a 250.000 plantas/ha; Espaçamento: 0,40 a 0,50 m Redução de Custos de Produção; Utilização de Área Marginais; Adaptabilidade a Épocas de Semeadura; Utilização do mesmo espaçamento em diferentes culturas (Equipamentos) Interferência das plantas daninhas • Planta de metabolismo C3. • Taxa de crescimento inicial lento. • Sensível à competição com invasoras. • Redução de até 90% da produção. • Cultura de elevado custo de produção. Controle de plantas daninhas • Métodos de controle de plantas daninhas – Método preventivo; – Método cultural; – Método mecânico; – Método químico; Commelina benghalensis Trapoeraba Interferência das plantas daninhas • Redução da produtividade. • Redução da qualidade da fibra. • Hospedeiras de pragas e doenças. • Transtornos na colheita. • Aumento no custo de produção. Alternanthera tenella Apaga fogo PAI – Período anterior a interferência ◦ Pode haver a presença de plantas daninhas por um período inicial, sem que haja interferência sobre a cultura: ◦ Semeadura até 21 dias após semeadura (DAS). PTPI – Período total de prevenção da interferência ◦ Semeadura até 56 DAS PCPI – Período crítico de prevenção da interferência ◦ Não deve haver a presença de plantas daninhas: ◦ Do 21º ao 56º DAS Períodos de convivência e controle da infestação em lavouras de algodoeiro Fonte: CIA et al., 1999 Tabela 2. Quantidades de nutrientes extraídos, exportados e retornados ao solo pelo algodoeiro com uma população de 88.800 plantas e produtividade de 2.500 kg ha -¹. N P2O5 K2O Ca Mg S Mn Cu Fe Zn Kg ha-¹ g ha-¹ Extraído 212 32 118 44 19 10 131 41 1475 155 Exportado 152 21 35 05 10 06 26 22 189 111 Retornado 60 11 83 39 09 04 105 19 1286 44 Fonte: Staut (1996). Adubação na semeadura Tabela 4: Recomendação de adubação na semeadura para a cultura do algodão Fonte: Raij et al. (1997) Fonte: Souza et al. (2008) Figura 11.Rendimento do algodão em caroço para diferentes doses de gesso em um Latossolo argiloso, no primeiro cultivo, realizado no ano agrícola 2005/2006. Souza et al. (2008) Figura 12. Desenvolvimento de raízes de algodão em profundidade na ausência e na presença de gesso (cada quadrícula mede 15 cm x 15 cm), por ocasião da floração. Fonte: Souza et al. (2007). Figura 13. Comprimento radicular do algodoeiro de acordo com a localização do adubo em relação às sementes. Figura 14. Sistemas radiculares de plântulas de algodão que receberam aplicação de adubo 5 cm diretamente abaixo da semente (A); a 5 cm de cada lado abaixo da semente (B) e 5 cm de um lado da semente (C). Fonte: Souza et al. (2007). Tabela 13. Produtividade de algodão em caroço em função de épocas de aplicação de nitrogênio em cobertura, parcelado em duas aplicações nas proporções de 70% + 30% ou 50% + 50% na primeira e segunda aplicação, respectivamente. Dose única de nitrogênio em cobertura = 120 kg ha-1. Montividiu, Goiás. Safra 2003/2004. Adaptado de Barbosa et al. (2005) Tabela 6. Adubação de cobertura, com nitrogênio ( em função do histórico das áreas) e potássio ( de acordo com análise do solo). Fonte: modificada de Silva (1999) * Alta: solos intensamente cultivados e adubados ou desgastados, erodidos. Média: solos ácidos ou em processo de correção, moderadamente adubados. Produtividade (t ha-¹) N plantio (kg ha -¹) N em cobertura CTC K + Trocável Classe de resposta do N* cmolc m -³ Alta Média Baixa N (kg ha-¹) 0,0,07 K2O (kg ha) 0,08-0,15 1,5-2,0 15-20 40 30 15 - - - 2,0-2,4 15-20 50 40 20 >6,0 20 - >2,4 15-20 70 50 30 Até 6,0 20 - <6,0 40 20 Fitorreguladores: • REGULADORES: – Crescimento, desfolhantes e maturadores. • O por quê: – Plantas acima de 1,5m de altura (ideal até 1,3m) dificultam colheita mecanizada e controle de pragas, além de determinar sombreamento das partes mais baixas da planta resultando no apodrecimento de maçãs. • REGULADORES DE CRESCIMENTO: – Cloreto de mepiquat (PIX): 1,0 litro/ha. – Cloreto de clormequat (TUVAL): 50 g/ha. – Cloreto de clorocolina (CCC): 0,50 litro/ha. Regulador de crescimento PIX® HC é o regulador de crescimento* que permite a manipulação da arquitetura da planta do algodoeiro através do uso do cloreto de mepiquate, um biorregulador de crescimento. PIX® HC facilita o manejo da cultura, contribui para uma maior uniformidade da lavoura, proporcionando maior peso e qualidade das fibras. Os benefícios práticos de PIX® HC são facilmente percebidos no campo: maior desenvolvimento radicular, redução dos internódios, redução no comprimento dos ramos laterais, antecipação da colheita de forma uniforme. Utilize o regulador de crescimento Pix® HC no algodão em aplicação única ou sequencial. a) Aplicação única: Quando houver uma forte tendência a um desenvolvimento vegetativo exagerado, pode-se fazer uma aplicação única de 0,2 L/ha, quando as plantas apresentarem de 8 a 10 flores abertas por metro linear ou quando as plantas atingirem 60 cm de altura. b) Aplicação sequencial: Quando houver um início de desenvolvimento vegetativo exagerado do algodão, e objetivando um monitoramento do desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da cultura, sugere-se a aplicação sequencial. Se após as aplicações o desenvolvimento vegetativo estiver controlado e fatores climáticos desacelerarem naturalmente o desenvolvimento da planta, recomenda-se suspender os tratamentos subsequentes. As aplicações múltiplas devem ser utilizadas dentro de um programa planejado com um total acompanhamento do desenvolvimento da planta de algodão. A primeira aplicação é recomendada quando 50% das plantas apresentarem o primeiro botão em desenvolvimento (3 a 6 mm), desde que a planta apresente condições normais de crescimento. As aplicações subsequentes devem ser realizadas cerca de 7 a 14 dias após a aplicação anterior, quando houver retomada de crescimento da planta. Desfolhante Desfolhar ou dessecar a planta quando 60% a 80% dos frutos (capulhos) estiverem abertos e as maçãs mais novas estiverem maduras. Para checar a maturidade da maçã, sugere-se cortá-la em cruz com um canivete afiado. Quando o fruto estiver maduro, haverá resistência ao corte, as sementes estarão completamente cheias e não haverá gelatina no centro. A presença de uma linha fina amarronzada ao redor da semente indica que a casca atingiu a maturidade e a maçã está suficientemente madura para não ser afetada pela aplicação dos referidos produtos. Thidiazuron (Dropp 50 PM) – desfolhante Não é um produto fosforado, por isso é menos poluente e menos perigoso à saúde dos aplicadores e ao meio ambiente. A dose recomendada é de 125 a 200 g/ha de pc, devendo ser aplicado na lavoura com 70% de maçã abertas ou de 7 a 14 dias antes da colheita. Este produto não deve ser aplicado se houver risco de chuvas. Em caso de dúvidas, adicionar à calda um óleo emulsionável ou um espalhante adesivo. O tempo dedesfolhamento é de 7 a 14 dias após aplicação. Aplicar o desfolhante quando as 4 primeiras maçãs acima do último capulho estiverem fisiologicamente maduras OU 60% das maçãs abertas Ethephon+Cyclanilide (Finish) É um maturador constituindo de 830 g/L de ethephon e 60 g/L de cyclanilide. Finish é um produto específico para o algodoeiro que antecipa a maturação e a abertura das maçãs, além de provocar a queda das folhas. Depois de aplicado, o ethephon é absorvido pelas folhas e frutos do algodoeiro, provocando um aumento de concentração do etileno que é um hormônio vegetal responsável pela maturação dos frutos. Deve-se aplicar o produto quando mais de 90% das maçãs estiverem fisiologicamente maduras. A dose recomendada é de 1,5 a 2,5 L/ha do produto comercial. Recomenda-se aplicar o produto baseando- se na temperatura média da data de aplicação. Temperatura superior a 30ºC, aplicar 1,5 L/ha Temperatura entre 25 e 30ºC, aplicar 2,0 L/ha Temperatura entre 22 e 25ºC, aplicar 2,5 L/ha Temperatura inferior a 22ºC, não aplicar MATURADOR E. ESTRATÉGIAS PARA AUMENTO NA PRODUTIVIDADE Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez - Zoneamento climático (responde a somatória térmica) - Eliminação de limitações (química, física e fitossanitária) - Cultivares mais baixas e transgênicas - Populações mais elevadas (adensamento) - Irrigação - Sementes de alta qualidade e vigor - Equipamentos Cultivares: fatores considerados para a escolha • Histórico da área • Histórico fitopatológico • Altitude • Época de semeadura • Tipo de produtor e nível de tecnologia a ser empregado • Fertilidade • Tipo de colheita e altura da planta • Exigências da indústrias X “Convencional” “Adensado” Semeadura e variedades de algodão 0,70 a 1,00 m 0,40 a 0,50 m Picker JD9996 Pro-12VRS Stripper de escovas Stripper de pente Máquinas Utilizadas na Colheita • Máquina “Stripper” de pentes da Argentina e Paraguai; • Máquina “Stripper” de escovas dos EUA; « Stripper » de pentes e « Stripper » de escova 1.20 m a 1.50 m Planta em sistema convencional Planta em sistema adensado 0.70 m a 0.80 m Começa colheita do algodão adensado em Mato Grosso 6 de julho de 2010 | Categorias: Algodão *Por Thais J. Castro “Nosso lucro na terra soma as 300 arrobas de algodão mais os 53 sacos de soja que colhemos por hectare”, explica ele. Além disso, o maquinário utilizado para colheita do algodão adensado também é diferente. Ao invés de utilizar a plataforma com picker de fuso, utilizada para colheita convencional, o Grupo Torre escolheu strippers de pente para colheita do adensado. Mecânicos do grupo estimam que o custo de manutenção será até 80% menor que nas máquinas anteriores. Colheita da pluma. Crédito Confiantes no custo-benefício da produção de algodão adensado, adquiriram 45 máquinas para colheita dos 17 mil hectares. A previsão é de colher tudo em torno de 45 dias. “A expectativa inicial era de 10 hectares colhidos por dia, mas podemos ser surpreendidos positivamente e aí o prazo da colheita reduz”, comenta o gerente. Resultados Preliminares • Produtividade: 180 @/ha até 300 @/ha; • Rendimento de Fibra: 34 a 36 %; • 75 a 90 @ de fibra/ha Lavouras Comerciais • MT mais de 4.500 ha em 2009; Variedades Comerciais Utilizadas: FMT 701, FMT 523, FM 993, FM 966, LD CV 03, LD CV 22, NuOpal, BRS Buriti, IMA CD 408. • Data de plantio: 18/01 até 24/03; Sistema Adensado para Mato Grosso • Algodão altamente precoce; • 2º. Ciclo; • Espaçamento 0,45 m; • População de Plantas: 190 a 240 mil plantas/ha; • Objetivo: buscar maior precocidade do cultivo e maior rentabilidade do sistema; Vantagens do Sistema Adensado • Com aumento de densidade de plantas/ha, teremos: 1- Melhor cobertura do solo; 2- Produção com 5-7 posições frutíferas / planta (Precocidade); 3- Plantas mais baixas; 4- Redução na fertilização. Colheita • Algodão: colhe-se o capulho fibra + semente (“caroço”). • Colheita depende de um planejamento que se inicia na semeadura. • Planejamento é fundamental para a qualidade de fibra. Qualidade do algodão Qualidade do algodão em pluma depende: variedades tipo de solo (claros ou avermelhados) solos argilosos + impurezas. clima práticas agrícolas: adubações, mato, doenças, pragas colheita – tipos e cuidados umidade do algodão impurezas: galhos, brácteas, casca de frutos, folhas, sementes de daninhas, terra, areia beneficiamento Características exigidas para a produção de fios • Com influência do tipo de colheita – uniformidade – limpeza – contaminação Características exigidas para a produção de fios • Sem influência – comprimento – elongação – finura – resistência – umidade – pegajosidade Impurezas • Casca de frutas • Pedaços de ramos • Folhas secas • Sementes de plantas daninhas • Insetos ou pedaços de insetos • Polipropileno • Polietileno • Graxa Impurezas dificultam o beneficiamento reduzem o rendimento do benefício desgaste nas serras não separáveis pedaços ou sementes de picão pinos barbantes que não de algodão Impurezas causam problemas – fiação – tecelagem – tingimento E. ESTRATÉGIAS PARA AUMENTO NA PRODUTIVIDADE Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez E. ESTRATÉGIAS PARA AUMENTO NA PRODUTIVIDADE Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez E. ESTRATÉGIAS PARA AUMENTO NA PRODUTIVIDADE Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez E. ESTRATÉGIAS PARA AUMENTO NA PRODUTIVIDADE Profa. Dra. Gisele Herbst Vazquez Prazo 15/09 de cada ano Destruição de Soqueira D. Romano Destruição de soqueira CORTADOR DE SOQUEIRA ARRANCADOR DE SOQUEIRA ARRANCADOR DE SOQUEIRA PANTOGRAFICO TRITURADOR DE SOQUEIRA DESTRUIDOR DE SOQUEIRA JUMIL 29 de agosto de 2011 - 16:38 Da Assessoria de Imprensa da Abapa A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) prorrogou, em caráter excepcional, de 31 de agosto para 30 de setembro, o prazo para que seja feito o arranquio das soqueiras de algodão da safra 2010/11. O objetivo é evitar a proliferação das pragas do algodoeiro, em especial do bicudo, principal inimigo do cotonicultor. A soqueira do algodão deve ser eliminada imediatamente após a colheita para evitar que o bicudo se reproduza e provoque danos à lavoura na safra seguinte. O produtor que não realizar o arranquio em sua propriedade estará sujeito às sanções previstas pela Legislação Fitossanitária do algodoeiro. “Se as soqueiras forem destruídas corretamente, você estará se prevenindo contra a praga”, disse. Barros lembra que na safra 2009/2010 com 60 a 70 dias após a emergência a cultura já apresentava ataque do bicudo. Na safra 2010/11 a infestação inicial passou para 110 a 130 dias após emergência da cultura. Agropecuária - 08/09/2009 - 09:41:39 Prorrogado prazo para destruição da soqueira do algodão A Agrodefesa prorrogou até o próximo dia 15o prazo da colheita do algodão no Estado, com mais 15 dias de tolerância para que o agricultor faça a destruição da soqueira da lavoura, que é a sobre do que fica após a colheita. A medida tem caráter fitossanitário e visa o controle do bicudo do algodão, principal praga que afeta economicamente a cultura. O produtor de algodão que não respeitar os prazos fixados pela Agrodefesa está sujeito à multa de R$ 250 por hectare da lavoura onde não for feita a destruição da soqueira do algodão, no valor máximo de R$ 50 mil. Além disso, ele não recebe o certificado, ficando sem o incentivo fiscal do Governo do Estado para o abatimento do ICMS, com prejuízo econômico. Goiás tem cerca de 59 mil hectares plantados de algodão. A maior parte da colheita é destinada ao mercado interno e 30% são exportados. Mais informações: (62) 3212-4512.
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