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Cuidados paliativos

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Cuidados Paliativos
Grupo: Ákysa Ribeiro I. da Silva, Camila Lu Silva, Damares Da Veiga, Kátia J. M. Batista, Paloma Duarte Fortaleza, Vinícius Oliveira Cardoso.
O que é?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 2002, "Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
Os Cuidados Paliativos podem ser definidos, segundo a World Health Organization (WHO), como assistência multiprofissional, ativa e integral aos pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento curativo, com o objetivo principal de garantir ao doente e a seus familiares melhor qualidade de vida.
O que é?
Alívio de sofrimentos físicos, psíquicos, espirituais e sociais, responsáveis por diminuir a qualidade de vida do paciente. 
Área em crescimento e cujo progresso compreende estratégias diversas que englobam bioética, comunicação e natureza do sofrimento. 
A necessidade desse cuidado independe da faixa etária, pois é um tipo de cuidado universal, que se amplia para o paciente e sua família. 
Aqui, se afasta a ideia de “não ter mais nada a fazer”. Pela primeira vez, uma abordagem inclui a espiritualidade entre as dimensões do ser humano. 
Objetivos
O principal objetivo destes cuidados é proporcionar qualidade de vida nos momentos finais.
Além de: 
a resolução ágil de uma intercorrência no curso de uma doença avançada;
o cuidado pertinente à fase final da vida; 
o cuidado prolongado a doentes incapacitados; 
a reabilitação de pacientes gravemente incapacitados após acidente vascular ou traumático recente, em fase pós-crítica, mas de grande vulnerabilidade;
o cuidado a doentes com falência funcional avançada, com períodos de instabilidade clínica e necessidade de intervenções proporcionais.
Os princípios dos Cuidados Paliativos 
Fornecer alívio para dor e outros sintomas desagradáveis;
Afirmar a vida e considerar a morte um processo normal da vida;
Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente;
Não acelerar nem adiar a morte;
Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e o luto;
Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento da sua morte;
Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença;
Iniciar o mais precocemente possível o Cuidado Paliativo, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como quimioterapia e radioterapia, e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas estressantes;
História
Os cuidados paliativos tiveram início na Idade Média, onde era comum achar hospedarias (hospices) mantidas por religiosos cristãos. Estas acolhiam e ofereciam hospitalidades a qualquer um que necessitasse de ajuda e proteção. 
Com o passar dos anos, o movimento hospice contemporâneo foi introduzido pela inglesa Cicely Saunders em 1967.
Movimento Hospice Contemporâneo
Cicely Saunders: introduziu o Movimento Hospice Moderno quando fundou o St. Christopher’s Hospice em 1967. 
Década de 1970: encontro de Cicely Saunders com Elisabeth Klüber-Ross, nos Estados Unidos, fez com que o Movimento Hospice também crescesse naquele país. 
‘‘Temos muito mais a fazer ainda.’’ - Cicely Saunders.
1982: a OMS recomendou que todos os países trabalhassem com movimento hospice.
2002: a OMS recomendou os cuidados paliativos não apenas para os casos de câncer, mas também para todos os pacientes com doenças agressivas ou que indiquem risco à vida. 
Movimento Hospice Contemporâneo
Elisabeth Kübler-Ross: Ela deu o impulso para a criação de sistema de asilos específicos para doentes nos Estados Unidos e para os estudos sobre terminalidade.
A publicação de seu livro mais famoso em 1969 On Death and Dying (Sobre a morte e o processo de morrer) marcou o rumo de seu trabalho. 
Modelo de Kubler-Ross:
Negação: "Isso não pode estar acontecendo."
Raiva: "Por que eu? Não é justo."
Negociação: "Deixe-me viver apenas até meus filhos crescerem."
Depressão: "Estou tão triste. Por que me preocupar com qualquer coisa?"
Aceitação: "Tudo vai acabar bem."
https://www.youtube.com/watch?v=1xkt5VZJ0vk
No Brasil
Anos 90: começaram a aparecer os primeiros serviços organizados sobre cuidados paliativos, ainda de forma experimental.
Fundação da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP) em 1997.
Fundação da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) em 2005.
Em 2009, pela primeira vez na história da medicina no Brasil, o Conselho Federal de Medicina incluiu, em seu novo Código de ética Médica, os Cuidados Paliativos como princípio fundamental. 
No ano de 2011, foi aprovada e publicada a Resolução CFM 1973/2011,9 criando a medicina paliativa como área de atuação médica, que é um ramo da especialidade médica. 
Profissionais
Equipe mínima: um médico, um en­fermeiro, um psicólogo, um assistente social e pelo menos um profissional da área da reabilitação.
Os cuidados da equipe iniciam desde o momento do diagnóstico da doença até todo o processo de luto com a família.
O atendimento pode ser feito no domicílio da pessoa portadora de doença, na instituição de saúde onde está internada ou no hospice.
A iniciativa de formação de uma equipe de cuidados paliativos vem diretamente dos próprios profissionais do hospital. 
Paciente
Pela definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Cuidados Paliativos, todos os pacientes portadores de doenças graves, progressivas e incuráveis, que ameacem a continuidade da vida, deveriam receber a abordagem dos Cuidados Paliativos desde o seu diagnóstico. 
Família
Uma das necessidades mais proeminentes da família é o estabelecimento de uma comunicação clara, honesta e mais frequente com os membros da equipe que cuidam do paciente. 
A família pode sofrer diversos impactos;
Em um segundo momento, após o falecimento do paciente e depois de um período normalmente difícil, a família procura novamente se reorganizar. O conforto e a atenção dado aos familiares passa por essa compreensão e há de se achar uma forma de ajudá-los efetivamente. Uma abordagem cuidadosa, respeitando o período de luto, mas não se excedendo nesse tempo.
Papel do psicólogo
O psicólogo tem a função de amenizar o sofrimento, buscando atender de maneira específica o conjunto físico, psíquico, espiritual e social. 
Busca a todo tempo maneiras do paciente ter sua autonomia respeitada. 
A atuação do psicólogo é importante tanto no nível de prevenção, quanto nas diversas etapas do tratamento.
Papel do psicólogo
Deve auxiliar e fornecer suporte emocional a família do paciente. Também deve ajudar no processo de luto com ela.
Pode ajudar os familiares e os pacientes a quebrarem o silêncio e falarem sobre a doença, além de assuntos pendentes entre a família. 
É preciso que o psicólogo desenvolva a habilidade de comunicar-se com profissionais de outras áreas do conhecimento para o melhor trabalho em equipe. 
O psicólogo também pode oferecer auxílio aos outros profissionais da equipe, principalmente em relação ao luto, já que estes estão em constante contato com ele. 
Comunicação
A comunicação é um elemento fundamental na relação humana e um componente essencial do cuidado. 
Medida terapêutica: permite ao paciente compartilhar medos, dúvidas e sofrimento, contribuindo para a diminuição do estresse psicológico e garantindo a manifestação de sua autonomia.
Os profissionais necessitam saber não apenas o que, mas quando e como falar. Precisam até mesmo saber o momento de calar, substituindo a frase por um toque afetivo.
Comunicação
“Conspiração do Silêncio” 
Em estudo realizado no Brasil
com 363 pacientes, identificou-se que mais de 90% dos entrevistados desejam ser informados sobre suas condições de saúde, incluindo eventuais diagnósticos de doenças graves.
Pacientes também têm o direito de não querer receber informações a esse respeito. 
Morte
Ao falar de cuidados paliativos, estamos falando também de como lidar com a morte.
É algo extremamente natural do ponto de vista biológico. 
O significado da morte varia necessariamente no decorrer da história e entre as diferentes culturas humanas. 
Morte
A concepção da morte vem se modificando ao longo dos anos:
Na antiguidade: morte compartilhada com toda a comunidade e tinha um aspecto mais rotineiro e comum.
Com a evolução da medicina, ela vem a ser um assunto muito incômodo para alguns, pois de algo natural e justo, ela passou a ser vista como inimiga e até uma violação. 
Eutanásia X Mistanásia X Distanásia
Ainda se confunde atendimento paliativo com eutanásia e há um enorme preconceito com relação ao uso de opióides, como a morfina, para o alívio da dor. 
A decisão sobre a continuação do tratamento de pacientes considerados terminais envolve médicos, pacientes e familiares com diferentes interpretações e percepções de uma mesma situação. 
Eutanásia X Mistanásia X Distanásia
Mistanásia: o paciente é levado à morte por abandono, erro médico ou má prática da medicina, seja por motivos econômicos, sociais ou científicos. 
Distanásia: trata-se da atitude médica que, visando salvar a vida do paciente terminal, submete-o a grande sofrimento. Nesta conduta não se prolonga a vida propriamente dita, mas o processo de morrer. 
Eutanásia: morte rápida e sem dor.
Ortotanásia: é a morte em seu tempo certo (‘’boa morte’’). Isto é, sem abreviar e sem prolongar desproporcionalmente o processo de morrer. 
Importância 
Os pacientes fora de possibilidade de cura acumulam-se nos hospitais, recebendo assistência inadequada, quase sempre focada na tentativa de recuperação, utilizando métodos invasivos e alta tecnologia. Essas abordagens quase sempre ignoram o sofrimento e são incapazes, por falta de conhecimento adequado, de tratar os sintomas mais prevalentes.
Procurar o equilíbrio necessário entre conhecimento científico e humanismo para resgatar a dignidade da vida e a possibilidade de se morrer em paz. 
Conclusão
Devemos enfrentar o desafio de nos conscientizar do estado de abandono a que esses pacientes estão expostos, inverter o atual panorama dos cuidados oferecidos e tentar implantar medidas concretas, como criação de recursos específicos, melhoria dos cuidados oferecidos nos recursos já existentes, formação de grupos de profissionais e educação da sociedade em geral. 
 “Há em cada um de nós um potencial para a bondade que é maior do que imaginamos; para dar sem buscar recompensa; para escutar sem julgar; para amar sem impor condições”. KÜBLER-ROSS 
Referências
Site da ANCP: http://www.paliativo.org.br/ancp.php?p=oqueecuidados
Manual de Cuidados Paliativos: http://www.nhu.ufms.br/Bioetica/Textos/Morte%20e%20o%20Morrer/MANUAL%20DE%20CUIDADOS%20PALIATIVOS.pdf
HERMES, Hélida Ribeiro; LAMARCA, Isabel Cristina Arruda. Cuidados paliativos: uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro ,  v. 18, n. 9, p. 2577-2588, Sept.  2013 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013000900012&lng=en&nrm=iso>. access on  18  June  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232013000900012.
PORTO, Gláucia; LUSTOSA, Maria Alice. Psicologia Hospitalar e Cuidados Paliativos.Rev. SBPH,  Rio de Janeiro ,  v. 13, n. 1, jun.  2010 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582010000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  18  jun.  2015.
GONÇALVES, Juliana Garcia et al. Cuidados Paliativos: A Atenção para a Armadilha da Repetição. Rev. DIVERSITATES, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, jul. 2014. Available from < https://diversitatesjournal.files.wordpress.com/2014/07/cuidados-paliativos-a-atenc3a7c3a3o-para-a-armadilha-da-repetic3a7c3a3o.pdf> . Acesso em 18  jun.  2015.
Referências
file:///C:/Users/usuario/Downloads/Sa%C3%BAde%20Distan%C3%A1sia%20(1).pdf
 REZENDE, Laura Cristina Silva. et al. A finitude da vida e o papel do psicólogo: perspectivas em cuidados paliativos. Rev Psicologia e Saúde, Mato Grosso do Saul, v. 6, n. 1, jan. /jun. 2014, p. 28-36

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