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Resumo Final - Briófitas e Esporos

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Briófitas e Esporos 
 
Isabella Vasques RA 175363 
Lívia Ramos da Silva RA 172407 
Maria Fernanda Esteves RA 173831 
Stephanie Leite RA 187187 
 
 
1. Introdução - Briófitas e Esporos 
 
Nosso trabalho tratará da evolução das briófitas e dos esporos, com foco nos 
processos de fossilização de ambos. Primeiramente, é preciso definir e 
contextualizar tanto o grupo como a estrutura celular que são nosso tema central. 
Briófitas são plantas avasculares consideradas pioneiras na colonização do 
ambiente terrestre, apesar de serem dependentes da água para sua reprodução. Ao 
contrário do que acontece com os demais grupos vegetais, a fase de maior duração 
do ciclo de vida das briófitas é o gametófito, sendo ele sua estrutura dominante em 
relação ao esporófito. Essas plantas podem ser subdivididas em três grupos: 
hepáticas (Hepatophyta), musgos (Bryophyta) e antoceros (Anthocerophyta). Entre 
eles, existem estruturas muito semelhantes - a presença de caulídios, filídios e 
rizóides, em detrimento de caule, folhas e raízes verdadeiras, por exemplo. 
Entretanto, destacam-se as seguintes diferenças: as hepáticas fazem parte do 
grupo mais basal, que não tem células condutoras de água ou nutrientes nem 
estômatos; antóceros também não possuem células condutoras, mas possuem 
estômatos e os musgos, em alguns casos, têm células condutoras. 
Morfologicamente, é possível distingui-las facilmente: os musgos têm crescimento 
radial e seus filídios não são bifurcados, antóceros possuem forma de roseta com 
consistência gelatinosa e as hepáticas podem ter talos bifurcados (quando talosas) 
ou filídios bifurcados (quando folhosas). 
 
 
 
 
 
Hepathophyta folhosa ​Hepathophyta talosa 
 
 
 
Anthocerophyta Bryophyta 
 
Os esporos foram uma adaptação essencial para que as plantas passassem a 
ocupar as porções de terra. São estruturas resultantes do processo de meiose, como 
também são os gametas. Porém, ao contrário deles, os esporos não dependem da 
fusão com outra célula para que haja o desenvolvimento de um organismo 
pluricelular. O esporo, portanto, sozinho, pode dar origem a um organismo haplóide 
maduro. 
 
Ciclo de vida das Briófitas demonstrando a germinação através de esporos e também através da 
fecundação. 
 
2. Paleobotânica e palinologia 
 
Segundo Tiffney (1985), “Paleobotânica é a área da ciência que estuda os 
organismos vegetais sob todas as formas conhecidas de fossilização ou de 
vestígios nas rochas, considerando a interação sinergística dos organismos com os 
seus ambientes de vida, no curso do tempo geológico”. Ou seja, são usados 
fundamentos biológicos e geológicos para o estudo dos ciclos de vida e tafonômico 
de plantas ao longo da história da vida na Terra. 
A Palinologia é também um ramo científico que caminha entre a biologia e as 
ciências da terra. É nesse campo que são estudados os grãos de pólen e esporos 
(atuais e fossilizados), também chamados de palinomorfos. Os palinomorfos têm 
grande importância para estudos de taxonomia e evolução de plantas, além de 
serem propícios a fossilização, colaborando muito para estudos estratigráficos, de 
datação de horizontes e até mesmo sobre mudanças climáticas, uma vez que a 
partir de fósseis palinomorfos é possível levantar dados sobre a flora de 
determinados períodos e estabelecer as relações climáticas que aconteceram em 
sua duração. 
 
 
3. Registro fóssil de Briófitas 
 
O registro fóssil de plantas terrestres mais antigo data do início da era 
paleozóica, no período ordoviciano médio. Se tratam de esporos, e portanto, 
microfósseis de aproximadamente 472 milhões de anos, sugerindo que a 
colonização do ambiente terrestre se deu por volta dessa época. Os esporos 
encontrados representam o grupo ​hepathophyta ​e são chamados criptosporos​. ​Os 
criptosporos coletados se encontravam nos sedimentos do rio Capillas, nas Sierras 
Subandinas e na Bacia Central Andina, no noroeste da Argentina​(Rubinstein et al. 
2010)​. 
Os fósseis de briófitas são escassos: até hoje foram registradas por volta de 
100 espécies fossilizadas, e isso acontece porque os tecidos dessas plantas não 
são resistentes e potencialmente fossilizáveis ​(Cardoso 2004)​, desta forma, é mais 
comum encontrar ​microfósseis ​referentes a este grupo de plantas, sendo eles os 
palinomorfos já comentados anteriormente. O que permite a fossilização de esporos 
e grãos de pólen é a esporopolenina, um polímero muito resistente e principal 
componente da exina, parede celular externa destas estruturas. É a esporopolenina 
que protege a célula geradora e vegetativa contra dessecação, danos químicos, 
mecânicos e radiação UV ​(Rubinstein et al. 2010)​. Mesmo sendo escasso, há outras 
maneiras de ocorrer a fossilização das briófitas, como por exemplo através da 
preservação cuticular, permineralizações, carbonizações e inclusões de 
âmbar​(Tomescu et al. 2018)​. O ​macrofóssil mais antigo de briófitas data do 
período devoniano médio (385 M.a), é representado por uma ​hepática talosa 
denominada ​Metzgeriothallus sharonae e foi encontrado em Nova Iorque​(Hernick et 
al., 2008)​. 
Quanto ao grupo ​Anthocerophyta​, o registro mais antigo conhecido até o 
momento data da era Mesozóica, do período Cretáceo superior (70 M.a) e é 
representado por ​esporos​, encontrados em formações do Canadá. A ocorrência de 
macrofósseis de antóceros também foi reportada no cretáceo superior sendo o 
registro mais antigo datado com 85 M.a. e encontrado em formações da República 
Checa(Tomescu et al. 2018). 
Para o grupo ​Bryophyta​, o registro fóssil mais antigo é um ​macrofóssil que 
data do início do período carbonífero (340 Ma) e foi encontrado na Ingraterra. 
Entretanto, alguns autores consideram a classificação equivocada. É no período 
permiano (aproximadamente ​290 a 250 Ma) ​que mais se tem registros de musgos 
espalhados pelo mundo, com uma riqueza maior de registros concentrada na 
Rússia, mostrando que este grupo era amplamente espalhado e diversificado no 
início deste período(Tomescu et al. 2018). 
 
4. Imagens 
Representação da estrutura dos grãos de pólen 
 
 
Bryophyta: ​Hypnum lycopodioides ​(Hypnales), preservado em argila no fundo do lago. Seta em (2) 
indica ovos de invertebrados. Período Paleógeno, época Oligoceno (36 a 23 Ma), Alemanha. Barra 
de escala: (1) 2mm; (2) 1mm. 
 
 
Hephatophyta: hepática talosa Ricciopsis ferganica (Marchantiales) com impregnações de ferro, 
depósitos próximos do lago, Triássico médio ou superior, Quirguistão. Barra de escala: 3cm 
 
 
Hephatophyta: hepática talosa Metzgeriothallus sharonae (Marchantiales). Talo com detalhe celular 
preservado. (8) fotografado com luz polarizada, pontos escuros são células de corpos oleosos​*​. 
Devoniano médio, Nova Iorque, EUA. 
 
*​células de corpos oleosos: são estruturas exclusivas dehepáticas que contêm óleos essenciais 
isoprenóides e são circundadas por uma única membrana 
 
 
Esporos de Anthocerophyta 
5. Referências Bibliográficas 
 
Raven, Peter Hamilton. Briófitas. In: RAVEN, Peter Hamilton; EVERT, Ray F.; 
EICHHORN, Susan E.. Biologia Vegetal. ​5. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara 
Koogan, 1996. Cap. 15. p. 276-293. 
 
Cardoso, Nelsa. 2004. “Nova Briófita Do Carbonífero Inferior Da Bolívia.” ​Revista 
Brasileira de Paleontologia​ 7 (2): 111–16. 
 
Hernick, Linda Vanaller, Ed Landing, and Kenneth E. Bartowski. 2008. “Earth’s 
Oldest liverworts—Metzgeriothallus Sharonae Sp. Nov. from the Middle Devonian 
(Givetian) of Eastern New York, USA.” ​Review of Palaeobotany and Palynology​ 148 
(2-4): 154–62. 
 
Rubinstein, C. V., P. Gerrienne, G. S. de la Puente, R. A. Astini, and P. Steemans. 
2010. “Early Middle Ordovician Evidence for Land Plants in Argentina (eastern 
Gondwana).” ​The New Phytologist​ 188 (2): 365–69. 
 
Tomescu, Alexandru M. F., Benjamin Bomfleur, Alexander C. Bippus, and Adolfina 
Savoretti. 2018. “Why Are Bryophytes So Rare in the Fossil Record? A Spotlight on 
Taphonomy and Fossil Preservation.” In ​Transformative Paleobotany ​, 375–416. 
Carvalho, Ismar de Souza. Paleontologia.​ ​Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2010. 
Esteves, Luciano Mauricio. Palinologia: documentando e preservando a vida. 
Disponível em: 
<http://www.botanica.org.br/trabalhos-cientificos/56CNBot/56CNBot-2232.pdf>. 
 
http://www.vcbio.science.ru.nl/en/virtuallessons/pollenmorphology/ 
 
http://www.vcbio.science.ru.nl/en/virtuallessons/hepatophyta/

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