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Gasometria, EEG, PIC, DVE

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BASES DIAGNÓSTICAS – NP2 
GASOMETRIA
O que é uma GSA?
-Medida dos Gases sanguíneos arteriais (radial, braquial, femoral)
-Relação Ácido/Base
 - Controlados pelos sistemas respiratório e renal
 - PaCO2 -> pulmões; HCO3 -> rins
-Desvios significativos das faixas normais de pH são pouco tolerados e podem ser ameaçadores a vida
-De modo geral, o teste é indicado em casos bem específicos, como pacientes em estados graves, na UTI ou internados com suspeitas de infecções graves, como renal
Valores de Referência 
pH = 7,35 – 7,45
PaO2 = 80 a 100mmHg
SatO2= > 95%
PaCO2 = 35 a 45mmHg (pulmões)
HCO3 = 22 a 26mEq/L (rins)
HCO3 -> base; consome H+ / CO2 -> ácido; libera h+
-pH alto = alcalose / pH baixo = acidose
-Para saber quando tem Hipóxia = PaO2 abaixo de 80
-Para saber se é respiratório ou metabólico:
 CO2 -> respiratório; HCO3 -> metabólico
-Quando o pH estiver normal, como saber qual distúrbio é:
 HCO3 eleva o pH (alcalino) -> alcalose
 CO2 reduz o pH (acidifica) -> acidose
Exemplos:
PaO2 90 SaO2 95 pH 7,48 PaCO2 32 HCO3 24
*Resposta: Alcalose Respiratória 
Porque o pH está elevado, ou seja, alcalose e o PaO2 está baixo = distúrbio respiratório
PaO2 95 SaO2 100 pH 7,3 PaCO2 40 HCO3 18
*Resposta: Acidose Metabólica
Porque o pH está baixo, ou seja, acidose e o HCO3 está baixo = distúrbio metabólico
PaO2 60 SaO2 90 pH 7,32 PaCO2 48 HCO3 25 
*Resposta: Acidose Respiratória com Hipóxia
Porque o pH está baixo, ou seja, acidose; PaO2 está baixo, ou seja, com hipóxia e o PaO2 está baixo = distúrbio respiratório 
Valores Compensados
- Compensado: o que estiver mais longe do valor de referência, é o que deverá ser considerado, pois está há mais tempo acontecendo
- Sempre uma acidose será compensada por uma alcalose; 
Sempre uma alcalose será compensada por uma acidose
- Compensação respiratória é rápido (início em minutos, completa em 24hrs)
Compensação metabólica (renal) leva horas/dias
Exemplos: 
PaO2 Normal: 35 a 45 ; HCO3 Normal: 22 a 26
No exame: PaO2 52 e HCO3 30
É acidose respiratória compensada por alcalose metabólica
Por quê?
Porque o PaCO2 está mais longe do valor de referência
45 para 52 = 7; 26 para 30 = 4
No exame: PaO2 49 e HCO3 33
É alcalose metabólica compensada por acidose respiratória
Por quê?
Porque o HCO3 está mais longe do valor de referência 
45 para 49 = 4; 26 para 33 = 7
pH normal 
Quando o pH estiver normal, avaliar qual distúrbio que está acontecendo
HCO3 eleva o pH (alcalino) -> alcalose
CO2 reduz o pH (acidifica) -> acidose
Exemplos: 
pH 7,45 PaCO2 32 HCO3 24
Resposta: Acidose Respiratória
Porque o PaCO2 está baixo e o HCO3 normal
pH 7,38 PaCO2 38 HCO3 31
Resposta: Alcalose Metabólica
Porque o HCO3 está elevado e o PaCO2 normal
pH normal compensado
PaO2 77 SaO2 89 pH 7,45 PaCO2 23 HCO3 15
Resposta: Acidose Respiratória compensada por Alcalose Metabólica com Hipóxia
Porque?
PaO2 baixo = hipóxia
PaCO2 e HCO3 estão baixos, ou seja:
35 para 23 = 12; 22 para 15
ELETROENCEFALOGRAMA 
-O EEG – exame que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea 
-Captada através de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo 
-O EEG esta presente desde o nascimento, portanto pode ser usado em todas as idades 
Objetivo: Obter registro elétrico para diagnostico de eventuais anormalidades dessa atividade 
Indicação: Suspeita de alteração das atividades elétrica e dos ritmos cerebrais fisiológicos
-Epilepsia ou suspeita clínica dessa doença
-Alteração da consciência
-Avaliação diagnóstica de pacientes com outras doenças neurológicas (ex: infecciosas, degenerativas) e psiquiátricas 
Contra Indicação: -Relativa: Seborréia excessiva, infecção de pele no couro cabeludo e pedículose
 -Absoluta: Não há
Exame: Registros espontâneos da atividade elétrica durante a vigília (paciente acordado) e se possível, também devera ser registrado durante a sonolência e o sono
-O registro em todos esses estados aumenta a sensibilidade do método na detecção de diversas anormalidades
-Deveram ser realizadas as provas de ativação 
HIPERPNÉIA: paciente realiza incursões respiratórias forçadas e rápidas, por 3 a 4 minutos
FOTOESTIMULAÇÃO INTERMITENTE: Coloca-se frente ao paciente uma lâmpada que produz flashes com freqüências que variam de o,5 a 30 Hz
O objetivo desse método é aumentar a sensibilidade do exame e também detectar alterações especificas provocadas pelas provas de ativação
Exame em criança: Fazer leve sedação em criança com comportamento ativo, sedação através de HIDRATO DE CLORAL 
-O registro é feito durante o sono induzido e ao final dele, a criança é despertada para realização do registro durante a vigília (acordada)
Limitações: O EEG tem duração de 20 minutos (mínimo)
- Apesar dos métodos de ativação, o registro pode ser normal, sem alteração. Portanto, mesmo os pacientes com epilepsia podem apresentar o exame sem anormalidades
Complicações: A maioria dos casos não há riscos, raramente pode apresentar crise epiléptica durante as provas de ativação 
Preparo: O paciente deve estar bem alimentado
-Orientações: cabelo limpo, seco para melhor fixação dos eletrodos 
-Devera dormir 4 horas a menos do que o habitual, por causa dos registros de sonolência e sono
PIC – PRESSÃO INTRACRANIANA 
-Pressão exercida pelo líquor nas paredes dos ventrículos cerebrais 
-Essa pressão alterada indica que o conteúdo intracraniano está errado
-Variação fisiológica de 5 a 15 mmHg
Definição: Reflete a relação entre o conteúdo da caixa craniana (cerebelo, líquido cefalorraquidiano e sangue) e o volume do crânio
-Alteração do volume de um desses conteúdos pode causar a HIPERTENSÃO INTERGRANIANA (HIC)
A PIC é a medida da pressão do LCR, sendo locais comuns de instalação
-Em um dos ventrículos laterais 
-Espaço subdural
-Intraparenquimatose 
-Subdural, Epidural 
Indicações
-Hipertensão craniana
Causas: Massa (tumores, abscessos, hematomas)
-Aumento do líquido intracelular (hipoxia, infarto, traumatismo, meningoencefalites)
-Edema extracelular (infecções, traumatismo, hemorragia subaracnóidea, vasculites)
-Expansão descompensada do volume sanguíneo (obstruções venosas, hipercapnia) 
-Aumento do volume LCR
Em outras situações, opcional 
-Casos graves de isquemia cerebral
-PO de neurocirurgia
-Meningite grave
-Encefalite
-Monitorização de pacientes no tratamento de hidrocefalia 
Técnicas: O valor da PIC é decodificado por um transdutor que fica acoplado ao monitor multiparamétrico 
-O cateter de PIC ventricular é ligado ao sistema de drenagem, por meio de um equipo em “Y”
-As dânulas permitem realizar as medidas da PIC e se necessário a drenagem do conteúdo liquótico aliviando a PIC
Avaliação: 
Valor normal: 5 a 15 mmHg
Moderadamente elevado: 20 a 40 mmHg 
Gravemente elevado: acima de 40 mmHg
Quase sempre fatal: acima de 60 mmHg
Amplitude maior de 50mmHg, inicio de queda abrupta e duração mínima de 5 minutos, traduzem um comprometimento mais grave as resistências cerebrais vascular
Falência vasomotora de macro circulação: não apresenta onde de pressão, somente variações rítmicas com a respiração. Não responde a estímulos como a tosse e a retenção de CO2, que normalmente aumenta a PIC
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Por que zerar o sistema?
-Para que as leituras do valor da pressão tenha resultado verdadeiro 
-Para que o sistema de drenagem externa de LCR drene apenas valores da PIC aceitáveis 
-A tricotomia do couro cabeludo: realizar no máximo 2 horas antes da cirurgia
-Técnica asséptica – passagem do cateter - CC 
-Observar a oscilação, aspecto e presença do conteúdo desse sistema de drenagem (cateter)
-O LCR é claro, soroso 
Importante!
O transdutor que decodifica o valor da PIC deve permanecer no nível no leito, ao lado da cabeça, não pode molhar ou umedecer
-O cateter não pode dobrar, pois se rompe
-Fazer fixação secundaria para evitar tração
-Manter limpo e seco o local de inserção docurativo no cateter
-A cabeça deve ser posicionada de modo que não fique sobre a cirurgia e o cateter 
Monitoração da PIC: manusear sempre com técnica asséptica, interpretar os resultados (ondas e valores)
-Ruídos ambientais
-Visitas (enfermagem, familiares
-Medo
-DuvidasCuidados gerais: Espaçar os cuidados de enfermagem quando possível; tomar cuidado com estímulos que possam gerar estresse 
-Dor 
-Banho
-Procedimentos médicos
-Iluminação
Avaliação Neurológica: Avaliação constante do nível de consciência, EEG, pupilas, movimentos oculares, freqüência respiratória e resposta motora, avaliar também os sinais vitais: PA, P, T, R, SATO2 e CO2
Vias aéreas e ventilação: Avaliar freqüência, ritmo e padrão respiratório, cianose, ausculta torácica, manter as vias áreas permeáveis (previne hipoxia), edema cerebelar, aspiração traqueal, instalar oximetria de pulso, monitorar gases sanguíneos (gasometria arterial e venosa)
Posição e movimentação do paciente: Manter a cabeça elevada 30º e alinhada com o corpo (facilita a drenagem)
-Evitar esforços físicos como: tossir, espirrar, esforço para evacuar, movimentos bruscos – Aumenta a PA e a PIC
Terapia com drogas: Conhecer os efeitos colaterais das drogas utilizadas para diminuir a PI
-Reconhecer sinais sugestivos de infecção
Eliminação urinária e intestinal: Monitorar débito urinário; facilitar a eliminação intestinal (dietas, laxantes e manobras)
DVE – DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA 
-Acesso ao sistema ventricular por inserção de cateter que permite a drenagem de LCR para alivio transitório da HIC
Posição do sistema de drenagem
Ponto zero: inserção do pavilhão auricular, coincidindo com o ponto zero indicado na escala*
*Observar o ajuste do limite de pressão indicado na escala pelo posicionamento da altura do cilindro graduado
Complicações do mau posicionamento: PIC acima dos valores tolerados: isquemia cerebral, herniação
-Drenagem de LCR em grandes volumes: colapso dos ventrículos 
-Coleta de LCR para cultura com técnica asséptica
-Monitorar e registrar o volume e aspecto do LCR e
 cada 
ghCuidados de enfermagem: - Manter o sistema zerado
-Não abrir o sistema
-Curativo diário

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