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CLINICA CIRURGICA II

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A ENFERMAGEM E A 
CLÍNICA CIRÚRGICA 
COLÉGIO SENES 
Disciplina: Saúde Pública 
Profº: Daniel Pires 
Turma: ________ 
Dia: ___________________________________________________________ 
Horário: ________________________________________________________ 
Aluno: _________________________________________________________ 
 
Avaliação: ______/________/__________. 
Trabalho: ______/________/___________. 
 
COLÉGIO SENES – SÃO GONÇALO / MUTONDO / ITABORAÍ 
Profº Daniel Pires (enf.danielpires@hotmail.com) 
Site: enf.danielpires.googlepages.com 
A ENFERMAGEM E A CLÍNICA CIRÚRGICA II 
 1
Índice: 
 
 
 Clínica Cirúrgica ............................................................................................................................ 02 
 O Paciente Cirúrgico .......................................................................................................... 02 
 Aspectos Psicossociais e Psicoespirituais ................................................................. 02 
 Fatores Econômicos .................................................................................................. 03 
 Aspectos Físicos ........................................................................................................ 03 
 Tratamento Cirúrgico ..................................................................................................................... 03 
 Cuidados Pré-Cirúrgicos ................................................................................................................ 03 
 Fases do Tratamento Cirúrgico & Cuidados de Enfermagem ....................................................... 04 
 Primeira Fase ...................................................................................................................... 04 
 Segunda Fase: Trans-Operatório ........................................................................................ 04 
 Admissão do Paciente ............................................................................................... 05 
 Terceira Fase: Pós-Operatório ............................................................................................ 06 
 Pós- Operatório Imediato .......................................................................................... 06 
 Pós-Operatório Mediato ............................................................................................ 06 
 Pós-Operatório Tardio ............................................................................................... 06 
 Cuidando das Feridas Cirúrgicas .................................................................................................... 06 
 Mecanismos Fisiológicos de Cicatrização ......................................................................... 06 
 Curativos ........................................................................................................................................ 07 
 Movimentação do Paciente Cirúrgico ............................................................................................ 08 
 Terminologia Cirúrgica .................................................................................................................. 08 
 Principais Cirurgias ........................................................................................................................ 09 
 Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 11 
 
 
 
 
 
COLÉGIO SENES – SÃO GONÇALO / MUTONDO / ITABORAÍ 
Profº Daniel Pires (enf.danielpires@hotmail.com) 
Site: enf.danielpires.googlepages.com 
A ENFERMAGEM E A CLÍNICA CIRÚRGICA II 
 2
Clínica Cirúrgica: 
 
 Prevenir doenças é o ideal e este deve ser o nosso objetivo primordial. 
 O tratamento cirúrgico apresenta riscos ao indivíduo. Portanto, sua indicação é viável quando 
formas mais simples e seguras de tratar são ineficazes e não possibilitam a cura ou o controle da doença. 
 
 O PACIENTE CIRÚRGICO: 
 A assistência de Enfermagem procura atender os domínios Psicobiológico, Psicossocial e 
Psicoespiritual. 
 Para atendermos qualitativamente o cliente cirúrgico, devemos conhecer os fatores que interferem 
no tratamento cirúrgico. 
 
 Aspectos Psicossociais e Psicoespirituais: 
 A doença é uma experiência indesejável para o ser humano, bem como a hospitalização e o ato 
cirúrgico. 
 Todas esses circunstâncias põem em risco a: autonomia, a criatividade, a auto-estima, a segurança, 
etc. 
 É muito comum e normal o cliente cirúrgico apresente alguns tremores específicos como: 
ü Medo da anestesia 
ü Medo das alterações morfológicas e fisiológicas 
ü Medo do desconhecido 
ü Medo da dor 
ü Medo da morte 
Todos estes “medos” manifestam-se física e emocionalmente e a equipe de enfermagem deve estar 
atenta para detectá-las precocemente. As alterações mais encontradas são: 
ü Taquicardia 
ü Taquipnéia 
ü Sudorese intensa 
ü Boca seca 
ü Diarréias 
ü Hiperatividade 
ü Mutismo 
ü Afastamento 
ü Agressão (verbal e/ou física) 
ü Choro 
Para minimizar esse sofrimento, o enfermeiro e o técnico de enfermagem devem: 
ü Individualizar o paciente 
ü Ouvir com atenção 
ü Esclarecer dúvidas 
ü Proporcionar assistência espiritual 
ü Proporcionar recreação (rádio, TV, leitura, jogos e trabalhos manuais) 
ü Estimular a participação da família no tratamento. 
 
 
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 3
Fatores Econômicos: 
 O tratamento cirúrgico é caro e de difícil acesso. Apesar de as instituições públicas fornecem este 
tipo de tratamento, a procura é maior que a oferta. Alguns falecem antes de receber o tratamento, outros 
ficam mais debilitados, pois a espera é longa. Além dos gastos com cirurgias, são necessários exames e 
medicamentos, que aumentam o custo do tratamento. Mais barato seria investir na prevenção, melhorando 
as condições de vida dos indivíduos. 
 
 Aspectos Físicos: 
 O trauma cirúrgico lesa tecidos, órgãos e vasos sanguíneos, provocando menor mobilidade, 
alterações hormonais, hídricas, eletrolíticas, peristálticas, dor, etc. 
 Para minimizar os traumas cirúrgicos, devemos realizar anotações pertinentes e assistência de 
enfermagem individualizada permitirão o retorno do equilíbrio orgânico e o alcance dos objetivos 
propostos. 
 
Tratamento Cirúrgico: 
 
 O tratamento cirúrgico baseia-se na obtenção da cura ou no alívio dos sintomas pala realização de 
intervenções operatórias. A cirurgia é a parte da medicina que trata de certas lesões internas ou externas 
por processos manuais denominados operações. 
 O tratamento cirúrgico ocorre fundamentalmente em três fases interdependentes: 
Ø Fase Pré-Operatória: período que antecede o ato cirúrgico. 
Ø Fase Trans-Operatória: compreende o tempo de realização da intervenção cirúrgica. 
Ø Fase Pós-Operatória: compreende o período posterior à realização do procedimento 
cirúrgico. 
É importante destacar que atualmente, dependendo da gravidade do cliente ou da complexidade da 
cirurgia, o cuidado de enfermagem deverá estar presente necessariamente durante as três fases do 
tratamento cirúrgico. 
Independente da condição do cliente ou da cirurgia realizada, os cuidados de enfermagem tornam-
se fundamentais tanto no período pré-operatório como no pós-operatório, devendo estar presentes tanto 
em cirurgias simples, quanto nas cirurgias mais complexas. 
Em toda e qualquer ação que exerça sobre esses clientes, é fundamental: 
• Lavar as mãos; 
• Informar a família e o cliente sobre o procedimento e a evolução da situação 
• Registrar detalhadamente o que observou e ouviu. 
 
Cuidados Pré-Cirúrgicos Gerais: 
 
Ø Manter o paciente em jejum de12 (doze) horas; 
Ø Realizar a higienização do paciente antes de ir para o centro cirúrgico; 
Ø Realizar clister na noite anterior para evitar que o paciente venha evacoar no momento do 
procedimento cirúrgico; 
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Ø Administrar medicamentos pré-anestésicos (são sedativos, atentar para a segurança do cliente, com 
grades e travesseiros) prescritos; 
Ø Colher sangue e urina para a realização de exames, caso prescritos; 
Ø Retirar as próteses, dentaduras, óculos, jóias ou adornos, guardando-os de maneira adequada. 
Ø Explicar todo o procedimento ao cliente, enquanto presta os cuidados; 
 
 
Fases do Tratamento Cirúrgico & 
Cuidados de Enfermagem 
 
 O cuidado de Enfermagem constitui um fator fundamental para o êxito da cirurgia e deverá estar 
presente, de maneira direta ou indireta – vale lembrar que os cuidados de enfermagem não se restringe ao 
cuidado direto com o cliente. 
 Para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias certas condições que a 
enfermagem deve prover. Entre outras, a desinfecção microbiológica da sala e a esterilização do 
instrumental cirúrgico já são uma amostra concreta da importância desses profissionais, não somente nos 
momentos do pré, trans e pós-operatório, mas em tudo o que envolve os bastidores da cirurgia. 
 
 PRIMEIRA FASE: 
 
 Ao prestar cuidados na primeira fase do tratamento cirúrgico, o profissional de enfermagem deverá 
considerar, entre outras coisas, que o cliente que chega a uma unidade de cuidado de saúde pode 
apresentar diferentes estágios ou diferentes condições de saúde. Portanto, deve-se considerar a saúde em 
seu conceito mais amplo, não apenas como mera ausência de doenças. 
 É possível que um cliente dê entrada no hospital para sofrer um tratamento cirúrgico após 
atendimento prévio em unidade ambulatorial. Clientes vitimados por acidente automobilístico, por 
exemplo, dão entrada na unidade de emergência do hospital para realização de tratamento cirúrgico, 
conseqüentemente sem o pré-operatório que se faz em outros tipos de cirurgia. 
 Caberá ao profissional atentar para as diferentes condições do cliente, incluindo abordagem 
terapêutica, seja um cliente com indicação de tratamento cirúrgico eletivo (o cliente apresenta-se na 
maioria das vezes relativamente sadio, sem manifestar sinais e sintomas que surgiram comprometimento 
de sistemas orgânicos vitais – circulatório, excretor, respiratório – isso nos permite implementar cuidados 
de enfermagem a fim de prepará-lo em todos os aspectos – físico, mental e espiritual – para que possa 
enfrentar em melhores condições o procedimento cirúrgico) seja um cliente com indicação de urgência (na 
maioria das vezes o cliente dá entrada no hospital com sinais e sintomas sugestivos de comprometimento e 
desequilíbrio orgânico de sistemas vitais, bem como um acentuado desequilíbrio afetivo-emocional. Isso 
contribui sobremaneira para o agravamento do quadro de instabilidade orgânica já instalado). 
 
SEGUNDA FASE: TRANS-OPERATÓRIO. 
 
 O período trans-operatório (ou peri-operatório ou intra-operatório) compreende todos os momentos 
da cirurgia, da chegada do cliente á unidade do centro cirúrgico até sua saída no final da cirurgia. Assim, a 
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atuação da enfermagem nesse período necessariamente requer que seus profissionais tenham 
conhecimento acerca de todos os eventos que ocorram durante o procedimento cirúrgico. 
 Na maioria dos hospitais, é comum observarmos que o cliente é admitido no centro cirúrgico em 
uma área específica, normalmente distante das salas de cirurgia. Essa área é própria para receber clientes 
provenientes de outros setores do hospital, sem comprometer a assepsia do centro cirúrgico. Nesse setor, o 
cliente é passado da maca que o trouxe para outra maca, própria e exclusiva do centro cirúrgico. 
 O profissional do centro cirúrgico é responsável pela recepção do cliente na sua respectiva 
unidade. É importante lembrar que, mesmo na área de recepção do cliente, eles deverão estar devidamente 
paramentados: pijamas, sapatilhas e gorros (conforme as rotinas de controle de infecção de cada 
instituição. 
 Na recepção operatória, o profissional de enfermagem responsável deverá: 
ü Realizar uma breve leitura do prontuário ou das recomendações de enfermagem vindas do 
setor de origem do cliente, certificando-se sobre os dados de identificação do cliente e 
sobre a cirurgia a que ele será submetido; 
ü Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram 
devidamente realizados, como a administração de medicamentos pré-anestésicos e preparo 
do local, entre outros; 
ü Verificar os parâmetros vitais do cliente, comunicando ao médico, anestesista e enfermeiro 
possíveis alterações; 
ü Atentar para a presença e a necessidade de retirar esmalte das unhas, adornos, brincos, 
cordões e pulseiras ou próteses dentárias, que normalmente já são retirados antes de o 
cliente deixar a unidade de origem com destino ao centro cirúrgico; 
ü Colocar no cliente o gorro e sapatilhas; as roupas de cama que o cobriam devem ser 
trocadas por roupas de cama própria do centro cirúrgico. 
 
 
Admissão do Cliente/Paciente: 
 
1º Passo: Posicionar o Cliente na Mesa: 
 Já na sal de cirurgia, o cliente é transferido para a mesa cirúrgica e posicionado de acordo com a 
intervenção a ser realizada. As posições mais freqüentemente utilizadas são: 
ü Decúbito Dorsal: o cliente fica deitado de costas voltadas para a mesa de cirurgia, e as 
pernas e os braços ficam estendidos ao longo do corpo. 
ü Decúbito ventral: o cliente é deitado sobre o abdome, com os braços esticados ao longo do 
corpo e a cabeça voltada para um dos lados. 
ü Decúbito Lateral: o cliente é colocado sobre um dos lados do corpo, tendo a perna inferior 
fletida e a outras em extensão sobre ela. 
ü Posição Ginecológica: o cliente é posicionado em decúbito dorsal, tendo as pernas abertas 
e apoiadas em perneiras acolchoadas, localizadas nas extremidades da mesa cirúrgica. 
ü Posição de Trendelemburg: o cliente deverá estar em decúbito dorsal, com a região pélvica 
e os membros inferiores elevados acima do nível do tronco e da cabeça. 
ü Proclive: é a posição de decúbito dorsal, com elevação da cabeça e do tórax acima dos 
membros inferiores, que são abaixados. 
 
 
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2º Passo: Estabelecer um Acesso Vascular: 
 Normalmente , o estabelecimento de acesso vascular é realizado pelo próprio anestesista. Havendo 
necessidade de instalar um cateter vesical de demora ou passar uma sonda gástrica ou qualquer outro 
processo invasivo, isso deverá ser realizado com o cliente já anestesiado, não só porque é mais fácil a 
instalação, mas porque evita que o cliente experimente situações de constrangimento e dor desnecessária. 
3º Passo: O Preparo da Pele e a Pintura do Campo Cirúrgico: 
 Em alguns hospitais possuem rotinas próprias, caso não exista uma rotina específica, usa-se: 
 Realizar a tricotomia do local ou locais que serão ou poderão ser utilizados. 
 O preparo químico do campo cirúrgico na sala de cirurgia, procedimento que se caracteriza pela 
aplicação de produtos anti-séptico (normalmente PVPI ou clorexidina) sobre o campo cirúrgico – área da 
pele na qual se dará a incisão e o procedimento cirúrgico -, objetiva reduzir ao máximo a microbiota da 
pele, evitando conseqüentemente a presença demicrorganismos na ferida cirúrgica. 
 Após o preparo da pele, é realizado a pintura do campo cirúrgico, normalmente pelo cirurgião já 
devidamente paramentado com capote estéril, utilizando pinças apropriadas e solução de PVPI (Polivinil 
Pirrolidiona Iodo). A pintura objetiva a delimitação da área ou do campo cirúrgico, além de reforçar a 
assepsia na área a ser cirurgiada. 
 Esse procedimento garante uma maior segurança microbiológica na área a ser cirurgiada, e jamais 
poderá ser negligenciada. 
 
TERCEIRA FASE: PÓS-OPERATÓRIO. 
 
Ao final da cirurgia, o cliente passará pelo terceiro estágio momento do tratamento cirúrgico, o 
período pós-operatório. Dependendo do tipo de cirurgia, do tipo de anestesia utilizada e das condições do 
cliente no pré e principalmente no pós-operatório, essa fase poderá acontecer em um quarto privativo, 
onde o cuidado de enfermagem é de menor complexidade assistencial, como também em CTI. 
Teoricamente, clientes que foram submetidos à anestesia geral são mais suscetíveis e propensos a 
enfrentar complicações nesse período do que os clientes que foram submetidos à anestesia loco-regional 
para a realização de pequenas intervenções cirúrgicas. No entanto, é possível que clientes que não 
sofreram grandes cirurgias, ou que não tenham utilizado anestesia geral, necessitem de recuperação em 
unidades de maior complexidade. 
O pós-operatório é dividido em três momentos: 
Pós-Operatório Imediato: compreende o momento mais crítico para o cliente, que exige maior 
vigilância por parte dos profissionais de enfermagem, bem como de todos a equipe transdisciplinar 
envolvida nos cuidados. Esse período começa na primeira hora após a cirurgia e se estende por 24 horas. 
De fato, as ações de enfermagem no pós-operatório imediato visam basicamente a promoção e a 
manutenção dos parâmetros e das funções orgânicas vitais. A enfermagem deve: 
• Promover a manutenção das vias aéreas; 
• Controlar o equilíbrio hemodinâmico 
• Controlar balanço hídrico 
• Controlar a dor 
• Promover conforto 
Pós-Operatório Mediato: compreende por cerca de 24 horas após a realização o procedimento 
cirúrgico. Nesse momento, os riscos de complicações em sistemas vitais ainda estão presentes, mas são 
bem menores do que no momento anterior. A monitoração e o controle dos parâmetros vitais continuam 
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sendo de fundamental importância, principalmente nos casos de grandes cirurgias ou na presença de 
complicações. Nesse período a equipe de enfermagem deve: 
§ Promover a deambulação precoce 
§ Realizar a higienização pós cirurgia 
§ Realizar o curativo cirúrgico 
Pós- Operatório Tardio: esse período normalmente é de difícil determinação. Geralmente se 
relaciona com o desaparecimento dos achados clínicos (dor, mal-estar, instabilidade dos sistemas 
orgânicos) relacionados com o procedimento cirúrgico realizado. As condições de evolução do processo 
de cicatrização da ferida cirúrgica, bem como o restabelecimento da função orgânica proporcionada pelo 
tratamento cirúrgico, poderão ser utilizadas didaticamente para determinar o início desse período pós-
operatório. 
 
Cuidando das Feridas Cirúrgicas: 
 
 A pele desempenha importante papel na garantia de sobrevivência do ser humano. Basta dizer que 
ela é a grande responsável por proteger as estruturas internas da ação de microrganismos patogênicos, 
sendo responsável também pela termorregulação corporal, pela percepção, pela excreção e pela secreção 
de várias substâncias capazes de garantir a proteção bioquímica em sua superfície. 
 MECANISMOS FISOLÓGICOS DE CICATRIZAÇÃO: 
 É a maneira como uma ferida deverá ser cuidada dependerão basicamente do tipo de ferida. 
Feridas limpas geralmente apresentam uma cicatrização mais rápida do que as feridas infectadas. 
 O processo de cicatrização envolve vários estágios: 
§ Fase Inflamatória: quando ocorre o desencadeamento de uma importante resposta 
inflamatória por parte dos tecidos envolvidos. 
§ Fase Proliferativa: que poderá durar de 3 a 24 dias, dependendo da extensão da lesão. 
Consiste basicamente em uma intensa divisão e diferenciação celular que vai ocorrer no 
leito da lesão. 
§ Fase de Maturação: se caracteriza pela remodelação da cicatriz até que ela apresente as 
mesmas características do tecido íntegro. 
Os fatores que influenciam no processo de cicatrização da ferida estão basicamente relacionados: 
§ ao estado nutricional do cliente, 
§ á sua doença de base, 
§ ao uso de medicamentos imunossupressores e antiinflamatórios, 
§ ao tipo de abordagem da ferida, 
§ a extensão 
§ a presença de infecção em seu leito. 
 
Curativos: 
 
 Os curativos são realizados considerando a necessidade de se proporcionar ao organismo as 
condições necessárias favoráveis à promoção do processo de cicatrização. Dessa forma, o ambiente do 
corpo ou da ferida deverá proporcionar a perfeita drenagem das secreções, um meio úmido, a imobilização 
e a proteção da ferida, visando: 
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• evitar a invasão de microrganismos; 
• evitar traumas mecânicos; 
• permitir as trocas gasosas; 
• garantir a homeostasia; 
• garantir o conforto e o bem-estar do cliente; 
• garantir o caráter estético do curativo cirúrgico. 
Após o térmico da intervenção cirúrgica, o cirurgião faz o curativo cirúrgico, que deverá ser 
trocado depois de 24 horas, a não ser que haja necessidade absoluta da retirada e troca do mesmo. Tal 
necessidade pode ser causada por presença de hemorragia na ferida, drenagem excessiva de secreções, 
contaminação do curativo com urina, fezes e outras secreções orgânicas. 
 
Movimentação do Paciente Cirúrgico: 
 
 È de extrema importância que o paciente cirúrgico se movimente no leito, ande e retorne 
normalmente as suas atividades, claro que isso não irá e nem deverá acontecer no primeiro dia, mas é um 
processo gradativo, que deve ser estimulado pela equipe de enfermagem. 
 
Terminologias Cirúrgicas: 
 
 A nomeclatura e a definição de um procedimento cirúrgico são invariavelmente determinadas pela 
associação de um radical a um suxifo. Normalmente, o radical diz respeito ao tecido ou à estrutura 
cirúrgica, enquanto o sufixo se refere ao tipo de cirurgia realizada, ou seja, o que foi feito com esse órgão 
no decorrer da cirurgia. 
 Entre os sufixos mais comumente utilizados estão: 
ü - tomia: abertura de um órgão ou tecido 
ü - ectomia: retirada de um órgão ou tecido 
ü - stomia: abertura de um orifício 
ü - pexia: fixação de um órgão ou tecido 
ü - ráfia: sutura de um órgão ou tecido 
ü - plastia: reconstrução plástica de um órgão ou tecido 
ü - centese: punção de um órgão ou tecido para drenagem e coleta de líquidos 
ü - scopia: olhar por dentro de um órgão ou tecido 
Dentre os radicais podemos citar: 
ü histero -: referente ao útero 
ü artro - : referente a articulação 
ü gastro - : referente ao estômago 
ü entero - : referente ao intestino 
ü oftalmo - : referente aos olhos 
ü rino - : referente ao nariz 
ü salpinge - : referente às tubas uterinas 
ü mamo - : referente às mamas 
ü espleno - : referente ao baço 
ü nefro - : referente aos rins 
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Principais Cirurgias: 
 
 
CIRURGIAS NEUROLÓGICAS: 
• Craniotomia: é a abertura do crânio para o tratamento cirúrgico das estruturas intracranianas. 
 
CIRURGIAS DO APARELHO CARDIOVASCULAR: 
• Safenectomia: remoção da veiasafena 
 
CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO: 
• Diverticulectomia: remoção de divertículo esofagiano (evaginação em forma de bolsa). 
• Cardiomiotomia à Heller: secção de uma tira muscular do esôfago e parte da cárdia, sem atingir a 
luz do órgão. 
• Esofagogastrofundopexia: é a fixação do fundo gástrico ao esôfago. 
 
CIRURGIAS DO ESTÔMAGO: 
• Gastrostomia: procedimento cirúrgico que mantém uma comunicação da luz gástrica com o plano 
cutâneo da parede abdominal através de uma sonda com finalidade de drenagem ou de 
alimentação. 
• Gastrectomia: é a retirada parcial ou total do estômago. 
 
CIRURGIAS DO INTESTINO DELGADO: 
• Jejunostomia: comunicação cirúrgica do jejuno com o plano cutâneo da parede abdominal. 
• Ileostomia: comunicação do íleo com a parede abdominal para excreção. 
CIRURGIA DO APÊNDICE: 
• Apendicectomia: remoção cirúrgica do apêndice vermiforme. 
 
CIRURGIAS DO INTESTINO GROSSO: 
• Colectomia: ressecção da parte do cólon. 
• Colostomia: comunicação da luz do cólon com a parede abdominal. 
 
CIRURGIAS ANORRETAIS: 
• Hemorroidectomia: ressecção das dilatações varicosas anorretais. 
• Fistulectomia: ressecção total do trajeto fistuloso, deixando uma ferida externa ampla. 
 
CIRURGIA DAS VIAS BILIARES: 
• Colecistectomia: é a remoção da vesícula biliar. 
 
CIRURGIA DO BAÇO: 
• Esplenectomia: exérese cirúrgico do baço. 
 
CIRURGIAS UROLÓGICAS: 
• Nefropexia: elevação e fixação dos rins. 
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• Nefrectomia: é a retirada parcial ou total do rim. 
• Pielolitomia: é a retirada de cálculos piélicos ou cáliciais, cujo tamanho não permite a passagem 
espontânea, ou de cálculos menores que causam hidronefrose. 
• Ureterostomia Cutânea: secção do ureter e sua implantação na pele. 
• Prostatectomia: remoção parcial ou total da próstata. 
• Postectomia: remoção do prepúcio craniano. 
 
CIRURGIAS GINECOLÓGICAS: 
• Histerectomia: retirada parcial ou total do útero. 
• Mastectomia: remoção parcial ou total da mama e dos músculos peitorais, do tecido adiposo e dos 
linfonodos axiliares. 
 
CIRURGIAS ORTOPÉDICAS: 
• Artrodese: fixação cirúrgica de uma articulação. 
• Artroplastia: cirurgia plástica de uma articulação para restabelecimento da sua função. 
• Osteotomia: abertura de um osso. 
 
CIRURGIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO: 
• Pneumonectomia: remoção de todo um pulmão. 
• Lobectomia: é a excisão de um ou mais lobos do pulmão. 
• Traqueostomia: é a abertura entre o 2º e o 3º anel da traquéia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
 
FIGUEIREDO, N. M. A. Ensinando a Cuidar de Clientes em Situação Clínicas e Cirúrgicas. Rio de 
Janeiro. Yendis Editora. 2005. 
 
QUEIROZ, M. F. M. Enfermagem Prevenção, Saúde e Vida. Rio de Janeiro. 2007 
 
POSSARI, J. F. Centro Cirúrgico, Planejamento, Organização e Gestão. São Paulo, 2004 Iátria Editora.

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