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1525452504Guia_completo_faltas_justificadas_e_no_justificadas-_OK 2 4

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GUIA COMPLETO 
PARA ENTENDER 
O QUE SÃO FALTAS 
JUSTIFICADAS E 
NÃO JUSTIFICADAS
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................................................................................3
O QUE SÃO E QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE FALTAS JUSTIFICADAS E NÃO JUSTIFICADAS...................................................................5
REFLEXOS DAS FALTAS NÃO JUSTIFICADAS NA REMUNERAÇÃO E DIREITOS DO TRABALHADOR.....................................................8
ENTENDA QUAIS OS AFASTAMENTOS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SUAS REGRAS...............................................11
ENTENDA AS REGRAS PARA ACEITAÇÃO DO ATESTADO MÉDICO....................................................................................................................17
CONHEÇA OS BENEFÍCIOS QUE O ESTADO ASSUME EM CASO DE INCAPACIDADE LABORATIVA.....................................................21
CONCLUSÃO...........................................................................................................................................................................................................................25
SOBRE A METADADOS...............................................................................................................................................................................................................27
INTRODUÇÃO
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Existe muita dúvida sobre o que fazer com o empregado 
que não comparece ao trabalho. Pode descontar do 
salário? Pode reduzir os dias de férias? Essas e outras 
perguntas dependem do conhecimento acerca das faltas 
justificadas e não justificadas. A legislação trabalhista 
brasileira prevê essas alternativas, bem como os 
benefícios que o Estado concede ao funcionário que se 
torna incapaz. Nosso eBook é sobre tudo isso! Vamos lá?
Introdução
O QUE SÃO E QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE 
FALTAS JUSTIFICADAS E NÃO JUSTIFICADAS
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As faltas justificadas são aquelas que ocorrem quando 
o empregado deixa de comparecer ao serviço sem
que isso afete sua remuneração e outros direitos
trabalhistas. São situações em que a lei autoriza a falta 
ou em que há acordo entre a empresa e o empregado.
O que são e quais 
as diferenças entre 
faltas justificadas e 
não justificadas
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O QUE SÃO E QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE FALTAS JUSTIFICADAS E NÃO JUSTIFICADAS
Elas estão descritas, em sua 
maioria, na CLT — Consolidação 
das Leis Trabalhistas. Entretanto, 
encontramos previsões também 
em outras leis ordinárias e na ADCT 
(Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias) da Constituição Federal.
Por analogia, entendemos que as 
faltas não justificadas são aquelas 
que comprometem a remuneração do 
trabalhador e alguns de seus direitos, 
por não serem desculpáveis.
Além de interferir no salário, reflete, 
por exemplo, nas férias, no descanso 
semanal remunerado e no décimo 
terceiro salário.
REFLEXOS DAS FALTAS NÃO JUSTIFICADAS NA 
REMUNERAÇÃO E DIREITOS DO TRABALHADOR
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Quando o trabalhador, sem motivo justificado, 
faltar ao trabalho caberá o desconto do 
respectivo dia de sua remuneração. 
Reflexos das faltas 
não justificadas 
na remuneração e 
direitos do trabalhador
Da mesma forma, não será devida a remuneração 
referente ao descanso semanal remunerado (DSR) ou 
feriado que recair na mesma semana, visto que a jornada 
de trabalho não foi cumprida integralmente.
Porém, uma observação importante: se a empresa segue 
o critério de não descontar o DSR do funcionário por
acordo, convenção ou contrato individual de trabalho,
não poderá alterá-lo, porque acarretaria prejuízo ao
empregado (art. 468 da CLT).
Como vimos anteriormente, as faltas podem refletir 
na perda do direito ao décimo terceiro salário, e 
consequentemente haverá a interferência no seu valor. O 
décimo terceiro salário é a soma de 1/12 (um doze avos) 
do salário de cada mês (ou fração igual ou superior a 
15 dias). Se o trabalhador não comparece ao serviço por 
mais de 15 dias em um mês, perde o 1/12 correspondente.
No que diz respeito às férias, as faltas podem também 
causar redução no período de gozo. Os empregados com 
jornada normal de trabalho podem ter:
» Até 5 faltas e usufruir de 30 dias de férias;
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REFLEXOS DAS FALTAS NÃO JUSTIFICADAS NA REMUNERAÇÃO E DIREITOS DO TRABALHADOR
» Entre 6 e 14 faltas, terá 24 dias de
férias;
» Entre 15 e 23 faltas, 18 dias de
férias;
» Entre 24 e 32 faltas, 12 dias de
férias;
» Acima de 32 faltas, o empregado
perde o direito a férias.
Além de interferir nos direitos do trabalhador, as faltas injustificadas podem ser consideradas como faltas graves, constituindo 
base para a demissão por justa causa. O empregador pode encaixar a falta do empregado nas hipóteses previstas no art. 482 da 
CLT, tais como a desídia no desempenho das funções, abandono de emprego (faltas injustificadas pelo prazo igual ou superior a 30 
dias, embriaguez habitual ou em serviço, ato de indisciplina ou insubordinação.
Entenda como o gestor de RH da empresa farmacêutica Kley Hertz otimizou esta e outras obrigações trabalhistas com uma 
iniciativa que deu muito certo. Assista!
ENTENDA QUAIS OS AFASTAMENTOS PREVISTOS 
NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SUAS REGRAS
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As faltas justificadas são os afastamentos 
previstos em lei que não acarretam desconto 
na remuneração do empregado. 
Entenda quais 
os afastamentos 
previstos na 
legislação trabalhista 
e suas regras
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ENTENDA QUAIS OS AFASTAMENTOS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SUAS REGRAS
Ao mencionar dias “consecutivos”, pode-se 
interpretar que a lei menciona a sequência 
de dias de trabalho (sábado, domingo e 
feriado não entram na contagem). Apesar 
da palavra “consecutivo” também dar a 
entender que se trata de dias seguidos, 
contados sem qualquer interrupção, é 
possível dar interpretação mais favorável 
ao trabalhador.
São faltas justificadas, conforme a 
legislação brasileira:
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ENTENDA QUAIS OS AFASTAMENTOS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SUAS REGRAS
AQUELAS RELACIONADAS À SAÚDE E BEM-ESTAR PRÓPRIOS OU DE SEUS 
FAMILIARES — ASCENDENTE, DESCENDENTE, IRMÃO E CÔNJUGE
» Licença-maternidade ou licença por aborto não criminoso,
por 120 dias, ou 180 dias, se a empresa fizer parte do
programa Empresa Cidadã. A licença também é de direito
da mãe adotante ou que obtém a guarda, e será de 120 dias
(criança de até 1 ano), 60 dias (criança entre 1 e 4 anos) ou
30 dias (criança entre 4 e 8 anos).
» Licença-paternidade. O empregado tem 5 dias, no
decorrer da primeira semana a contar do nascimento do
filho, ou 20 dias, se a empresa fizer parte do programa
Empresa Cidadã.
» 1 dia por ano de trabalho, em caso de doação voluntária de
sangue devidamente comprovada.
» 1 dia por ano para acompanhar ilho de até 6 anos em
consulta médica.
» Até 2 dias para acompanhar consultas médicas e
exames adicionais no período de gravidez da esposa ou
companheira.
» Até 2 dias seguidos quando há o falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que viva
sob sua dependência econômica, desde que declarada
em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social — se o
empregado for professor, até 9 dias.
» Em virtude de casamento, até 3 dias consecutivos — se o
empregado for professor, até 9 dias.
» Acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo
período de até 15 dias.
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ENTENDA QUAIS OS AFASTAMENTOS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SUAS REGRAS
FALTAS RELACIONADAS 
ÀS OBRIGAÇÕES LEGAIS
» Até 2 dias consecutivos ou não, para
se alistar como eleitor.
» O período de cumprimento de
exigências relacionadas ao Serviço
Militar.
» O tempo que se fizer necessário para
comparecer a juízo (comoparte ou
testemunha, ou ainda como jurado
em Tribunal do Júri).
» Convocação para o serviço eleitoral.
» Afastamento do serviço em razão de inquérito judicial para apuração de falta grave, julgado improcedente.
» Se for representante de entidade sindical, é concedido o tempo para a participação de reuniões oficiais de organismo
internacional do qual o Brasil seja membro.
» Suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou
absolvido.
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ENTENDA QUAIS OS AFASTAMENTOS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E SUAS REGRAS
FALTAS RELACIONADAS 
AO EMPREGADOR
» Aquela justificada pela empresa,
que não tiver determinado o
desconto do correspondente salário.
» Os dias em que não tenha havido
serviço, por conveniência do
empregador.
» Os dias de greve, desde que haja
decisão da Justiça do Trabalho,
dispondo que, durante a paralisação
das atividades, ficam mantidos os
direitos trabalhistas.
» Os casos de licença remunerada.
OUTRAS FALTAS 
JUSTIFICADAS:
» Os dias em que estiver
comprovadamente realizando provas
de exame vestibular para ingressar
no ensino superior.
» O período de frequência em curso
de aprendizagem.
» Os atrasos decorrentes de acidentes
de transportes, comprovados
mediante atestado da empresa
concessionária.
» Outras faltas dispostas em acordos
ou convenções coletivas.
ENTENDA AS REGRAS PARA 
ACEITAÇÃO DO ATESTADO MÉDICO
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Os casos relacionados à saúde do trabalhador 
demandam uma assistência médica comprovada 
para que a falta seja abonada. Existem regras que 
precisam ser obedecidas pelo empregado para que o 
atestado médico seja válido e aceito pelas empresas.
Entenda as regras 
para aceitação do 
atestado médico
A primeira regra é obedecer à ordem preferencial 
estabelecida na lei nº 605/49 para a consulta:
» médico da empresa ou do convênio;
» médico do Sistema Único de Saúde (SUS);
» médico do SESI ou SESC;
» médico a serviço da repartição federal, estadual ou
municipal;
» médico de serviço sindical.
A empresa não está obrigada a aceitar atestado de 
médico particular, salvo se na localidade não existam 
médicos que estão alistados na ordem de preferência. 
Porém, conforme manifestações do Conselho Federal 
de Medicina, os atestados particulares não podem ser 
recusados, exceto se for reconhecido o favorecimento 
ou a falsidade na emissão.
Em todo caso, o empregador poderá exigir que o funcionário 
passe por uma nova avaliação pelo médico da empresa.
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ENTENDA AS REGRAS PARA ACEITAÇÃO DO ATESTADO MÉDICO
Em seguida, o atestado médico deve 
conter informações obrigatórias a respeito 
da consulta e da doença. O médico 
precisa informar o tempo de afastamento 
concedido (por extenso e por numeral) e 
o código internacional da doença (CID) —
se o paciente expressamente concordar
—, além de assinar e carimbar o atestado
com seu nome completo e o número de
registro no conselho profissional.
E o prazo para o trabalhador apresentar 
o atestado? Não há disposição legal
neste sentido, restando à empresa fixar
as regras em seu regulamento interno,
obedecendo ao bom senso.
É recomendável também que o 
empregado comunique ao empregador 
seu afastamento mesmo antes de 
entregar o atestado, para que ele tome 
as providências necessárias para suprir 
sua ausência. São medidas simples que 
reforçam a confiança entre as partes.
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ENTENDA AS REGRAS PARA ACEITAÇÃO DO ATESTADO MÉDICO
Contendo as informações e obedecida 
a ordem, o atestado deve ser aceito 
pela empresa. Não custa lembrar que 
o atestado odontológico obedece às
mesmas regras e é válido para abonar
faltas no trabalho.
Uma situação que causa dúvida é o abono 
de faltas mediante atestado médico 
relativo às cirurgias plásticas. A legislação 
trabalhista é clara no sentido de autorizar 
o abono quando se trata de doença.
No entanto, a cirurgia plástica por mera 
questão de estética não é considerada 
justificativa plausível para o empregado 
deixar de comparecer ao serviço. O ideal 
é realizá-la em um momento oportuno 
combinado com o empregador.
Por outro lado, se a cirurgia plástica 
se destina a corrigir um problema 
prejudicial à saúde da pessoa, a ausência 
no serviço é falta justificada.
Por isso, é indispensável que, em caso de 
cirurgias plásticas, o médico mencione 
no atestado o motivo expresso da 
intervenção cirúrgica.
Por fim, é importante dizer que não há 
limite de apresentação de atestados 
médicos. Existe apenas o limite de dias 
que a empresa custeia o afastamento, 
que é de 15 dias. Após esse tempo, 
o Estado assume os encargos da
incapacidade laborativa.
CONHEÇA OS BENEFÍCIOS QUE O ESTADO ASSUME 
EM CASO DE INCAPACIDADE LABORATIVA
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CONHEÇA OS BENEFÍCIOS QUE O ESTADO ASSUME EM CASO DE INCAPACIDADE LABORATIVA
Os empregados que se afastam por motivos de 
incapacidade laborativa são remunerados pelo 
próprio empregador nos primeiros 15 dias de 
afastamento. Após esse prazo e obedecidas 
as regras para concessão do auxílio-doença, a 
responsabilidade passa a ser da Previdência Social.
Conheça os benefícios 
que o Estado 
assume em caso de 
incapacidade laborativa
AUXÍLIO-DOENÇA
O auxílio-doença é um benefício previdenciário 
concedido ao trabalhador segurado que apresenta 
uma incapacidade total e temporária para realizar 
seu trabalho por mais de 15 dias consecutivos. 
O segurado que já era portador da doença ou 
da lesão antes de se filiar à Previdência não tem 
direito ao auxílio, a não ser em casos em que a 
atividade laboral tenha agravado o problema.
A condição deve ser comprovada por perícia 
médica e pode ser resultado de acidente de 
trabalho ou não. O trabalhador tem direito ao 
benefício apenas após o período de carência de 
12 contribuições (exceto em casos de acidente 
de trabalho ou doenças previstas em lei).
Se o empregado retoma sua capacidade 
laborativa e pode retornar ao trabalho, o 
pagamento de auxílio-doença é encerrado. Caso 
o trabalhador não se recupere para exercer sua
atividade habitual, poderá ser reabilitado para
outra função ou aposentado por invalidez.
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CONHEÇA OS BENEFÍCIOS QUE O ESTADO ASSUME EM CASO DE INCAPACIDADE LABORATIVA
APOSENTADORIA 
POR INVALIDEZ
Esse benefício é concedido ao segurado 
que apresenta incapacidade total e 
permanente para exercer suas atividades 
laborativas. Pode vir após o auxílio-
doença ou não, pois há casos em que 
a incapacidade se constata por perícia 
médica logo de início.
Para isso, na avaliação da perícia médica 
do INSS, o trabalhador deve ser atestado 
permanentemente incapaz de exercer 
qualquer atividade laborativa ou que não 
possa ser reabilitado em outra profissão. 
O benefício será devido enquanto 
persistir a incapacidade e pode ser 
reavaliado pelo INSS a cada dois anos.
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CONHEÇA OS BENEFÍCIOS QUE O ESTADO ASSUME EM CASO DE INCAPACIDADE LABORATIVA
AUXÍLIO-DOENÇA 
ACIDENTÁRIO
Benefício disponibilizado ao segurado 
que apresenta uma lesão que lhe causa 
incapacidade parcial e permanente 
resultando sequelas que reduzam 
a capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia. A lesão deve ser 
decorrente de acidente de qualquer 
natureza ou causa.
Podemos citar como principais 
diferenças deste benefício, para o 
auxílio-doença comum: 
» Devido apenas para o empregado
vinculado à uma empresa.
» Não possui carência para sua concessão.
» O empregador deve depositar o FGTS do empregado durante o período de afastamento.
» O trabalhador ainda adquire uma estabilidade de 12 meses após o seu retorno.
FACILITE A EXECUÇÃO
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As faltas justificadas e não justificadas estão previstas 
na legislação brasileira e têm consequências para 
o trabalhador, ora conferindo, ora diminuindo 
direitos. Para seremabonadas pelo empregador, 
as faltas devem obedecer a regras próprias, 
inclusive acerca da apresentação de atestado 
médico.
Para esta e outras obrigações trabalhistas , existem 
ferramentas que facilitam sua realização. Quer 
entender como elas melhoram o dia a dia do RH? O 
gestor de Recursos Humanos da Kley Hertz conta como 
qualificou seus processos internos e aumentou a 
produtividade da equipe. Entenda no vídeo! 
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