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História da FCV

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Economia
Diego Figueiredo Dias
SOBRE A FACULDADE
A Faculdade Cidade Verde (FCV) nasceu de um sonho, de um projeto 
de vida de professores universitários que compartilhavam de um mesmo 
desejo, o de produzir e difundir o conhecimento ao maior número de pes-
soas, com o intuito de formar profi ssionais aptos a atuarem no mundo dos 
negócios. E assim, unidos por este propósito transformador, constituíram a 
FCV por meio da União Maringaense de Ensino Ltda (UME).
2005 - O Diário Ofi cial da União (DOU) ofi cializou o projeto com a 
publicação dos dois primeiros cursos: Administração e Ciências Contábeis. 
O sonho tomava forma, novos apoiadores vieram e os primeiros alunos, 
ao todo eram 35. Ainda em 2005, o grupo alçava mais um passo com a 
implantação dos cursos de pós-graduação latu-sensu, nas áreas de Gestão 
e Contabilidade.
2006 - mais uma conquista com a autorização do curso de Ciências 
Econômicas. A esta altura, o sonho já não cabia no pequeno espaço, e fez-
se necessário melhorar a estrutura física.
2008 - Iniciou-se uma pesquisa de mercado com intuito de buscar um 
novo local, com facilidade de transporte e segurança.
2009 - O crescimento do novo centro de Maringá, a FCV inicia o seu 
processo de mudança para a Avenida Horácio Raccanello Filho, 5950.
2010 - Ocorreu a mudança para o atual endereço da instituição, ano em 
que houve também a autorização dos cursos tecnólogos em Análise e Desen-
volvimento de Sistemas, Gestão Comercial e Gestão da Produção Industrial.
2011 - Direito passa a integrar o complexo de cursos e atividades que daria 
base ao desenvolvimento da FCV.
2014 - Em parceria com os Institutos Lactec, a FCV traz para Maringá o Mes-
trado Profissional em Desenvolvimento de Tecnologia.
2015 - Mais dois novos cursos passam a integrar a oferta de cursos superio-
res, os Tecnólogos em Gestão de Recursos Humanos e Tecnólogo em Marketing. 
De lá pra cá, foram muitas as lutas para garantir a qualidade de ensino e inovação.
2016 - As novas conquistas: os cursos de Psicologia e Design Gráfico.
2017 - Lançamento de oito cursos de Graduação e mais de oitenta cursos de 
Pós-Graduação à distância nas áreas de Educação, Gestão, Direito e Informática. 
Hoje, a FCV é reconhecida como um importante centro de produção e difusão 
de conhecimento com mais de vinte cursos de pós-graduação e onze de gradu-
ação presenciais, lançando os cursos de Graduação e Pós-Graduação à distância, 
tendo como foco a manutenção dos mesmos padrões de qualidade apresentados 
nos cursos presenciais. As instalações atuais da sede estão distribuídas em mais 
de dez mil metros quadrados, comportando seus diversos departamentos admi-
nistrativos; biblioteca (com acervo de dezoito mil livros); cinco laboratórios de 
informática, um de anatomia, uma brinquedoteca, trinta e quatro salas de aula, 
Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), salas de professores e de apoio pedagógico, 
duas cantinas e área de laser. No tocante à qualificação dos professores, a FCV 
conta com mais de 90% do seu corpo docente composto por mestres e douto-
res. Essa é a FCV de hoje, uma faculdade de negócios preocupada em formar ci-
dadãos éticos, contribuindo para o desenvolvimento social, buscando resultados 
sustentáveis através do ensino presencial e a distância.
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Economia
Diego Figueiredo Dias
Olá caro acadêmico! É um prazer tê-lo conosco na disciplina de 
ECONOMIA.
Sou o Professor Diego Figueiredo Dias, atuo como docente de graduação 
e pós-graduação desde que me formei em Economia, área em que também 
fi z meu mestrado. 
Muitos de vocês devem se perguntar O PORQUÊ ESTUDARMOS 
ECONOMIA neste curso. A resposta é simples: porque a Economia busca 
ensinar-nos a administrar os recursos (mão de obra, matérias-primas, terra, 
dentre outros) que uma sociedade possui, portanto torna-se interessante 
a todos. Quantas vezes você ouviu termos como infl ação, desemprego, 
crescimento ou crise econômica, vulnerabilidade externa, valorização ou 
desvalorização das taxas de câmbio, aumento ou diminuição das taxas 
de juros? Todas essas questões estão inseridas na discussão de âmbito 
econômico e as trabalharemos ao longo desta disciplina para que, ao fi nal 
do curso, você saiba como lidar com todos esses assuntos. 
O seu material didático é dividido em 3 unidades de estudo:
• Na Unidade I veremos a parte de Introdução à Economia, que trata do 
PORQUE estudar economia e quais são os conceitos fundamentais 
que devemos aprender, bem como a Introdução à Microeconomia, 
que traz os conceitos fundamentais desta área tão importante da 
economia e que vai ser de grande valia na sua formação. 
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• Na Unidade II apresentaremos a Introdução à Macroeconomia (que 
estuda os grandes agregados econômicos como juros, infl ação, 
desemprego, etc.)
• Na Unidade III mostraremos os conceitos voltados à economia 
internacional, como exportação, importação, taxas de câmbio, 
balanço de pagamentos, etc.
Portanto, ao concluir este livro, você deverá estar apto a:
Entender os conceitos econômicos fundamentais;
Identifi car as principais implicações da microeconomia no âmbito empresarial;
Conhecer as políticas macroeconômicas e a real efetividade de cada uma 
delas para a economia do país;
Entender os mecanismos da economia internacional como taxa de 
câmbio, exportação e importação.
Um grande abraço e bons estudos!!! 
Prof. Me. Diego Figueiredo Dias
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UNIDADE 1: INTRODUÇÃO À ECONOMIA E À 
MICROECONOMIA 11
O mercado: oferta versus demanda .....................................................................................13
Fatores que infl uenciam a demanda ...................................................................................14
Fatores que infl uenciam a oferta ..........................................................................................16
A estrutura do mercado ...........................................................................................................16
A macroeconomia e o papel do governo ..........................................................................19
A infl ação e o mercado .............................................................................................................23
A importância da economia na gestão empresarial ......................................................26
CONCEITO DE ECONOMIA .............................................................................................. 27
OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS ................................................... 28
FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO: FLUXOS REAIS E 
MONETÁRIOS ...................................................................................................................... 31
Fluxo real ........................................................................................................................................32
Fluxo monetário ..........................................................................................................................34
Fluxo circular de renda .............................................................................................................34
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA ............................................................................ 37
DEMANDA DE MERCADO ............................................................................................... 38
OUTRAS VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA DE UM BEM ............................ 43
DISTINÇÃO ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA ......................... 44
OFERTA DE MERCADO ..................................................................................................... 47
Oferta e quantidade ofertada ................................................................................................50
ALTERAÇÃO DA QUANTIDADE OFERTADA E DA OFERTA ................................... 51
EQUILÍBRIO DE MERCADO .............................................................................................. 52
A lei da oferta e da procura: tendência ao equilíbrio ....................................................52
Oferta e Demanda do bem X..................................................................................................52
ESTRUTURA DE MERCADO ............................................................................................. 55
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UNIDADE 2: INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA 61
Análise do Produto Interno Bruto (PIB) ..................................................................... 65
O Consumo Agregado Privado ..................................................................................... 67
Consumo do Setor Público ........................................................................................... 73
Investimento Agregado Privado .................................................................................. 74
Investimento Público ....................................................................................................... 80
Exportações ......................................................................................................................... 81
POLÍTICAS ECONÔMICAS ............................................................................................... 82
Objetivos das Políticas Econômicas .....................................................................................83
Estabilidade Econômica ...........................................................................................................85
Crescimento da Produção: mais renda e emprego ........................................................86
Melhora da Distribuição de Renda .......................................................................................86
Equilíbrio nas Contas Externas ...............................................................................................87
Confl itos existentes ....................................................................................................................88
Dilemas de política econômica: inter-relações e confl itos de objetivos .................90
Instrumentos de política macroeconômica ......................................................................92
OS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA ..................................................... 92
POLÍTICA FISCAL: RECEITA E GASTOS PÚBLICOS.................................................... 94
Gastos do governo .....................................................................................................................95
Quatro itens são importantes nas despesas do governo: ............................................95
Alíquota versus arrecadação: A Curva de Lafer ..............................................................97
A carga tributária no Brasil ......................................................................................................99
Défi cit público ..............................................................................................................................100
Financiamento do Défi cit .......................................................................................................105
Efeitos da Política Fiscal sobre a Economia .......................................................................106
POLÍTICA MONETÁRIA: DEMANDA E OFERTA DE MOEDA .................................. 108
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Demanda de Moeda ..................................................................................................................110
Oferta de Moeda .........................................................................................................................111Taxa de Juros ................................................................................................................................115
Os instrumentos de política monetária ..............................................................................120
Operações de Mercado Aberto (open market) ................................................................121
Recolhimentos Compulsórios ................................................................................................124
Operações de Redesconto ou Empréstimo de Liquidez ..............................................125
Efeitos da política monetária sobre a economia .............................................................128
Efeito do Juro sobre o Consumo e o Investimento ........................................................129
Efeito do Juro sobre o Fluxo de Capitais Externos ..........................................................131
Efeito do Juro sobre a Poupança ...........................................................................................133
Efeito do Juro sobre os Preços ...............................................................................................134
UNIDADE 3: ECONOMIA INTERNACIONAL 137
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 139
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA CAMBIAL ................................................................... 141
Taxa de câmbio ............................................................................................................................143
Balanço de pagamentos...........................................................................................................151
Efeitos da política cambial sobre a economia ..................................................................152
CONCLUSÃO 158
REFERÊNCIAS 161
Introdução à economia e à 
microeconomia 
UNIDADE 1
ObjEtIvOs DE AprENDIzAgEm
•	 Esta unidade tem por objetivo introduzir o aluno na discussão 
dos conceitos econômicos básicos, que são fundamentais para 
o desenvolvimento eficiente da disciplina, bem como demonstrar 
conceitos microeconômicos e sua importância para os futuros 
gestores, sejam eles do setor público ou privado..
plANO DE EstUDO
Serão abordados os seguintes tópicos:
•	 Conceito de economia
•	 Os problemas econômicos fundamentais
•	 Sistemas econômicos
•	 Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e 
monetários
•	 Bens de capital, bens de consumo, bens intermediários e fatores 
de produção
•	 Introdução à microeconomia
•	 Demanda de mercado
•	 Distinção entre demanda e quantidade demandada
•	 Oferta de mercado
•	 Estrutura de mercado
•	 Características das estruturas de mercado
Diego Figueiredo Dias
15
UNIDADE I - Economia
INTRODUÇÃO
Para você que se pergunta o porquê de estudarmos economia, iniciaremos esta unidade 
contando a história de um gestor de uma empresa brasileira, o Sr. Augusto, que em seu 
cotidiano lida com diversas questões econômicas. Augusto é um renomado gestor de um 
frigorífi co, exportador de carne bovina. Em seu dia a dia teve de aprender a tomar deci-
sões com base no comportamento da economia para, assim, alcançar sempre os melhores 
resultados para a empresa. A história de Augusto nessa empresa não se iniciou agora, mas 
há 31 anos, portanto ele já passou por quase todas as situações possíveis até o momento. 
Vamos, então, analisar, passo a passo, tudo o que vive esse homem e sua empresa.
O MERCADO: OFERTA VERSUS DEMANDA
Mercado é todo ambiente onde ocorrem trocas, ou seja, onde uma empresa oferta bens 
e/ou serviços e um consumidor procura por bens e/ou serviços. Portanto, no caso do mer-
cado frigorífi co, existem os consumidores de carnes que demandam tais produtos e o 
próprio frigorífi co, que é o responsável pela oferta. A interação entre esses dois agentes, 
o demandante e o ofertante, é que vai determinar o preço de mercado da carne bovina. 
A demanda do consumidor reage de forma inversa ao preço, ou seja, se o preço da carne 
sobe, a demanda tende a diminuir. O frigorífi co reage ao contrário, pois estará disposto 
16
UNIDADE I - Economia
a ofertar mais quando o preço estiver mais alto. É claro que essas situações são simplifi -
cações do que realmente ocorre no mercado, pois existem outros diversos fatores que 
também infl uenciam na oferta e na demanda, e é o que veremos a seguir.
Fatores que infl uenciam a demanda
Existem diversos fatores além do preço que interferem na procura por bens e/ou serviços. 
Para a maioria dos produtos, inclusive carne bovina, a renda dos consumidores, o preço 
de produtos substitutos ou complementares e a preferência (gosto) dos consumidores 
infl uenciam na demanda. Se a renda dos consumidores estiver aumentando, esperamos 
que ocorra um aumento na demanda, ou seja, consumidor com mais dinheiro consome 
mais. Mas o Augusto percebeu que quando a renda da população estava aumentando, 
a demanda reagia diferente para os diferentes produtos que o frigorífi co comercializava.
Ele percebeu que o consumo de carne “de segunda” diminuía enquanto o consumo da 
carne “de primeira” aumentava quando a população estava com a renda mais elevada. 
Nesse caso, estamos nos referindo aos bens normais (carne de primeira), que são mais 
consumidos quando a renda se eleva, e aos bens inferiores (carne de segunda), que, nesse 
caso, são menos consumidos. Augusto percebeu que diante de tal situação deveria dar um 
tom de maior nobreza aos produtos que sofriam queda no consumo quando a população 
17
UNIDADE I - Economia
estava ganhando mais. Por isso, hoje em dia é comum vermos embalagens mais valo-
rizadas, carnes com recheios, cortes que há alguns anos não eram comuns. Outro fator 
que infl ui na demanda é a existência de substitutos, e nesse caso, os substitutos da carne 
bovina são todas as outras carnes, por exemplo, a carne de frango, de porco etc. Se acaso 
houver uma redução, por qualquer que seja o motivo, no preço da carne de frango, haverá 
provável redução na demanda por carne de vaca, isto é, com o preço do frango em baixa, 
os consumidores vão preferir trocar, em determinada quantidade, o consumo de carne 
bovina por carne de frango. O contrário também pode ocorrer: se o frango, por algum 
motivo, encarecer, os consumidores irão preferir o consumo da carne bovina. Vimos aqui 
os fatores que infl uenciam na demanda, porém existem fatores que também infl uenciam 
na oferta, ou seja, que fazem o frigorífi co colocar muita ou pouca carne à disposição do 
mercado.
Fatores que infl uenciam a oferta
Além do preço que a carne encontra no mercado, outros fatores também interferem na 
quantidade ofertada no mercado, como os custos de produção (matéria-prima, salários, 
aluguéis), o nível tecnológico e o número de empresas existentes no mercado. O custo de 
18
UNIDADE I - Economia
produção em alta faz com que Augusto recue sua produção, pois sabe que com o custo 
alto, o preço se eleva e o consumidor diminui o consumo. A tecnologia é diretamente 
proporcional à oferta, já que, com dadas melhorias, a produtividade se eleva. E, por fi m, 
Augusto precisa se ater aos concorrentes, pois quanto mais empresas houver no mercado, 
maior será a oferta de produtos, o que pode causar impacto em seus resultados.
A estrutura do mercado
Existe um fator importantíssimo na análise de mercado que não pode ser negligenciado: 
a estrutura em que a empresa se encontra é importantíssima para determinar as possibi-
lidades de atuação e as estratégias. Mas, o que é estrutura de mercado? Estrutura de mer-
cado é a forma como as empresas de determinado segmento se encontram organizadas 
e depende, fundamentalmente,de três fatores: o número de empresas que compõem o 
mercado, o tipo de produto comercializado e se existem ou não barreiras ao acesso de no-
vas empresas ao mercado. Mas, no que isso infl uencia na atuação da empresa? Quanto ao 
número de empresas que compõem o mercado, quanto mais concorrentes existirem, me-
nor será a margem de manobra do empresário e maior será o poder do consumidor nas 
negociações. O contrário também é verdadeiro: se o número de consumidores for grande 
e o número de empresas reduzido, estas exercem um poder soberano no mercado, de-
terminando preços e quantidades ofertadas. Quanto a isso Augusto não pode reclamar, 
19
UNIDADE I - Economia
pois existem cerca de 180 milhões de consumidores no Brasil, sem contar os do exterior, 
para um número pequeno de frigorífi cos que dominam o mercado. Em relação ao tipo de 
produto, signifi ca que existem produtos que se diferenciam pela marca, pela qualidade. 
Pensem no melhor refrigerante que existe: com certeza, o consumo dele, muitas vezes, 
independe do preço, pois sua marca está consolidada. Apesar de ser apenas refrigeran-
te, existem diferenças entre diferentes marcas, o que dá poder pra algumas empresas 
atuarem independentes no mercado, com mais autonomia sobre preços e quantidades 
ofertadas Neste caso, Augusto percebeu recentemente que pode fazer com que a carne 
do frigorífi co no qual que trabalha seja reconhecida pela marca. Isso é algo novo para 
esse mercado, mas, segundo especialistas, em breve estará em vigor. Imaginem chegar ao 
açougue e pedir três quilos de costela Bertin, duas picanhas Minerva ou uma maminha 
Friboi. Daria um ótimo churrasco, mas tal situação ainda não é corriqueira, apesar de que 
uma destas grandes empresas já saiu na frente, veja no SAIBA MAIS a seguir.
SAIBA MAIS
A Friboi saiu na frente e já faz uma excelente campanha!
http://www.youtube.com/watch?v=ttRSZNLI7O4
20
UNIDADE I - Economia
Uma empresa que impõe sua marca tem sempre mais autonomia no mercado. Se existem 
barreiras ou não ao acesso de novas empresas ao mercado, é um fator de imensa importân-
cia para o comportamento do empresário. Se um determinado setor é de fácil acesso, ou 
seja, se para abrirmos um empreendimento não é requerido tanto esforço de tecnologia 
ou capital, signifi ca que o empresário tem pequena margem de manobra dentro desse 
segmento, pois existem concorrentes em potencial. Vamos supor que fosse esse o caso 
de nosso amigo Augusto, se ele subisse o preço da carne, poderia estar atraindo novos 
concorrentes que se sentiriam tentados a iniciar tais empreendimentos movidos por altos 
preços e possibilidades de lucros. Mas não é só do lado da venda que Augusto fi ca atento 
à estruturação do mercado. Ao comprar fatores de produção (boi vivo, mão de obra etc.) 
também existe infl uência das estruturas. Por exemplo, se há muita mão de obra disponível, 
o preço será mais baixo – e o contrário é verdadeiro. Se há muitos bois para comprar, o 
preço também tende a ser menor. Augusto enfrenta essa difi culdade quando quer abrir 
novos frigorífi cos pelo Brasil, pois existem regiões que têm muita mão de obra disponível, 
mas pouca matéria-prima (boi vivo) e outras que apresentam a situação contrária, com 
muita matéria-prima e pouca mão de obra. A escassez de mão de obra, às vezes, ocorre não 
apenas pela falta de pessoas para trabalhar, mas também pela falta de especialização da 
população de determinadas regiões, o que encarece o custo de produção do bem. Vimos 
até aqui a parte que diz respeito à interação do consumidor com a empresa, chamada de 
microeconomia ou teoria de formação de preços. A seguir, abordaremos o comportamento 
21
UNIDADE I - Economia
da economia como um todo, ou seja, a macroeconomia, que analisa a interferência causa-
da por variáveis globais, como infl ação, nível de desemprego, taxas de câmbio e taxas de 
juros. Como essas variáveis infl uenciam o andamento da empresa de Augusto?
A macroeconomia e o papel do governo
A macroeconomia é a parte da economia que se preocupa com as variáveis globais, como 
já foi explicado na seção anterior. O governo é o principal agente de política econômica, 
ou seja, é ele que busca equacionar os problemas infl acionários, determinar a taxa básica 
de juros da economia, diminuir o desemprego etc. Para que o governo consiga cumprir 
essas funções, ele utiliza diferentes políticas econômicas, que repercutem de diferentes 
maneiras, dependendo do setor em questão. As políticas são a fi scal, a monetária, a cam-
bial, a comercial e a de renda. Quando o governo executa a política fi scal, quer dizer que 
ele está alterando a tributação ou os gastos. Ou seja, política fi scal diz respeito às receitas 
e despesas do governo. Mas, em que isso infl uencia a empresa de Augusto? Quando o 
governo opta por uma política fi scal restritiva (aumento dos tributos ou diminuição dos 
gastos públicos), ele tem o objetivo principal de conter a infl ação, pois essas políticas le-
vam a uma redução do consumo e, com o mercado desaquecido, os preços tendem a se 
manter constantes ou a reduzir. Esse tipo de política não afeta somente a empresa frigorí-
fi ca de Augusto e sim toda a economia, pois o consumo em queda causa problemas para 
22
UNIDADE I - Economia
as empresas, que deixam de vender e, por isso, correm o risco até de falência. Quando 
o governo opta por política fi scal expansionista (aumento nos gastos públicos ou dimi-
nuição dos tributos), ele visa, principalmente, fomentar a atividade econômica, expan-
dindo o emprego e a renda. Esse tipo de política faz com que haja um aquecimento na 
economia, com isso, as empresas aproveitam o bom momento e expandem suas vendas. 
Essa expansão leva à contratação de novos funcionários, o que promove a expansão na 
renda gerada na economia. Imaginem uma determinada região onde o governo resolva 
fazer uma obra e por isso contratar empreiteiras para executar o serviço e/ou até mesmo 
trabalhadores locais. São postos de combustíveis vendendo mais, hotéis e pousadas com 
as vagas ocupadas, restaurantes servindo mais refeições e, portanto, comprando mais no 
mercado da cidade. Vemos, assim, a importância do papel do governo na geração de em-
prego e renda, seja de maneira direta ou indireta. A política monetária, bem como a fi scal, 
pode ser restritiva ou expansionista. Quando o governo faz política monetária restritiva 
(principalmente aumento dos juros), o maior objetivo é reduzir a quantidade de dinheiro 
em circulação para que haja um desaquecimento da atividade econômica, e não se abra 
espaço para infl ação. A política expansionista (diminuição dos juros) é justamente a situ-
ação contrária, em que o governo objetiva a expansão da atividade econômica, ou seja, 
do emprego e da renda. Augusto espera sempre os momentos de baixa nas taxas de juros 
para recorrer a créditos e expandir as compras e contratações no frigorífi co.
23
UNIDADE I - Economia
Mais adiante veremos o motivo pelo qual essa tal infl ação é a preocupação central do gover-
no e acaba por barrar a expansão da atividade econômica. Falando ainda de políticas econô-
micas, a que mais anda preocupando Augusto é a política cambial. Sabemos que o principal 
foco dos grandes frigorífi cos brasileiros nos últimos tempos tem sido o mercado externo, 
ou seja, as exportações. Existem diversos fatores determinantes da exportação, como renda 
internacional, preço do bem no mercado interno, preço no mercado externo e a taxa de 
câmbio (objeto da política cambial).
A renda internacional é importante, pois é ela que determina a existência de recursos dis-
poníveis para a compra da carne brasileira e, como vimos recentemente, em tempo de crise 
as exportações diminuem muito. Opreço do bem no mercado externo é importante, pois 
se o preço lá estiver em queda, o produtor vai preferir negociar seu produto internamente. 
O preço do bem no mercado interno, se elevado, incentiva o produtor também a vender no 
mercado interno e o contrário é verdadeiro.
Falando em taxa de câmbio, tratamos do objeto da política cambial do governo, que pode 
executá-la retirando ou colocando moeda estrangeira no mercado. Taxa de câmbio é o 
preço da moeda estrangeira em reais e determina quanto o exportador vai receber ao tro-
car os dólares originados da exportação por reais no mercado interno. Se a taxa de câmbio 
estiver baixa (ou valorizada), signifi ca que necessitamos de poucos reais para comprar 
dólares, mas, se pelo contrário, estiver alta, necessitamos de mais reais por dólar. Para o 
24
UNIDADE I - Economia
exportador, a última situação é a ideal, pois, ao vender para o exterior, ele recebe em dólar 
e, ao trocar no banco, recebe uma quantia grande em reais. Entretanto, para o governo 
essa situação é uma faca de dois gumes. Existe uma grande pressão por parte dos setores 
importadores, que sofrem quando a taxa de câmbio está desvalorizada, pois as importa-
ções fi cam caras, encarecem os produtos fi nais e causam infl ação.
Por que a infl ação é tão preocupante e acaba sendo determinante nas políticas do go-
verno? No próximo item veremos o que é a infl ação, quais são suas causas e as formas de 
combatê-la.
A infl ação e o mercado
A infl ação é o aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços da economia. 
As causas costumam ser diferentes em função das condições de cada país.
A. Tipo de estrutura de mercado do país: se existem poucas empresas dominando o 
mercado, ou seja, se há pouca concorrência, a tendência para elevações nos preços 
será grande. No caso de um país onde a concorrência é mais acirrada, os empresá-
rios fi cam com capacidade reduzida de ajustar preços.
B. Grau de abertura da economia: quanto mais voltada ao comércio exterior, maior 
será a concorrência e, portanto, menor será a possibilidade de abusos nos preços 
por parte dos empresários.
25
UNIDADE I - Economia
C. Estrutura das organizações trabalhistas: quanto mais organizados forem os sindicatos, 
maior será o poder de barganha dos trabalhadores, que, com salários sempre reajustados, 
forçarão aumento nos preços dos bens devido ao aumento nos custos de produção. A in-
fl ação de um país pode ser de três tipos diferentes e cada caso merece atenção e cuidados 
diferentes: infl ação de demanda (quando há excesso de procura por bens e/ou serviços), 
infl ação de custos (quando os custos se elevam, seja por problemas estruturais ou con-
junturais) e infl ação inercial (causada por mecanismos de indexação de preços, como era 
comum na década de 1980).
A infl ação atormentou os governos e a população brasileira durante muitos anos e até 
hoje é foco das políticas, pois o mede seu retorno ainda é muito grande. Mas por que ela 
assusta? A infl ação corrói a renda da população, causando incertezas quanto ao consumo 
e aos investimentos, travando, assim, a economia. Quem se lembra das difi culdades de 
comprar a prazo na época de altas infl ações dos anos 1980? As grandes redes varejistas, 
que hoje possibilitam o consumo das classes baixa e média parcelando as compras em 
até 24 meses ou mais, só emergiram após a estabilização econômica vinda com o Plano 
Real, em 1994.
Existem formas diferentes para combater cada um dos três tipos de infl ação:
• Infl ação de demanda: para combater esse processo de infl ação, a política econô-
mica deve basear-se em instrumentos que provoquem a redução da demanda por 
26
UNIDADE I - Economia
produtos da economia. Essas são as políticas chamadas restritivas, ou seja, aumen-
to de tributos e diminuição dos gastos públicos.
• Infl ação de custos: o governo, primeiramente, deve saber quais os custos que estão 
causando infl ação. Por exemplo, a desvalorização cambial pode causar esse fenô-
meno. Com o dólar caro, o produtor que necessita de matéria-prima importada 
enfrentará aumento nos custos de produção, o que fará com que o produto fi nal 
fi que mais caro.
• Para resolver esse problema, o governo pode adotar a política de câmbio fi xo, na 
qual o dólar não varia de acordo com o mercado, ou tentar uma maior regulação 
no mercado de divisas para evitar a volatilidade da moeda estrangeira.
• Infl ação inercial: nesse caso, o governo apenas deve deixar de utilizar mecanismos 
de indexação para que haja uma quebra no ciclo infl acionário. Por que Augusto 
deve se preocupar com a infl ação? Pelos mesmos motivos que qualquer outro ges-
tor de qualquer outra empresa do país.
• O risco do retorno de altas taxas de infl ação faz com que o governo penalize todos 
os setores produtivos, pois as políticas de prevenção são restritivas e acabam por 
desaquecer o mercado.
27
UNIDADE I - Economia
• Porque se a infl ação retornar, a renda da população será corroída, reduzindo, assim, 
o consumo por parte dos brasileiros.
• Infl ação causa distorção nos preços relativos do Brasil com o exterior, fazendo com 
que nossos produtos percam atratividade aos olhos de nossos parceiros comer-
ciais, pois se tornam caros com o efeito infl acionário.
A importância da economia na gestão empresarial
Como vimos, Augusto passa por inúmeras situações que são inerentes a diversas ativi-
dades no Brasil e no mundo: a estruturação do mercado de bens e serviços; a estrutura-
ção do mercado de fatores de produção; fatores que determinam a demanda ou a oferta; 
políticas do governo que podem benefi ciar ou não sua atividade; e a infl ação, que é um 
tormento para todos os empresários. Todos esses assuntos serão retomados adiante nesta 
e nas demais unidades.
REFLITA 
Seja em nosso cotidiano, seja nos jornais, rádio e televisão, deparamo-nos com 
inúmeras questões econômicas, como:
28
UNIDADE I - Economia
• aumentos de preços;
• períodos de crise econômica ou de crescimento;
• desemprego;
• setores que crescem mais do que outros;
• diferenças salariais;
• crises no balanço de pagamentos;
• vulnerabilidade externa;
• valorização ou desvalorização da taxa de câmbio;
• dívida externa;
• ociosidade em alguns setores de atividade;
• diferenças de renda entre as várias regiões do país;
• comportamento das taxas de juros;
• défi cit governamental;
• elevação de impostos e tarifas públicas.
Esses temas, já rotineiros em nosso dia-a-dia, são discutidos pelos cidadãos co-
muns, que, com altas doses de empirismo, têm opiniões formadas sobre as medi-
das que o Estado deve adotar. Um estudante de Economia, de Direito ou de outra 
área pode vir a ocupar um cargo de responsabilidade em uma empresa ou na pró-
pria administração pública e necessitará de conhecimentos teóricos mais sólidos 
para poder analisar os problemas econômicos que nos rodeiam diariamente. O 
objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar os problemas econômicos e 
formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida. 
(VASCONCELOS, 2009)
29
UNIDADE I - Economia
CONCEITO DE ECONOMIA
De acordo com Vasconcelos (2009), a palavra economia deriva do grego oikonomía (de 
óikos, casa; nómos, lei), que signifi ca a administração de uma casa, ou do Estado, e pode 
ser assim defi nida: 
Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade de-
cidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de 
bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da 
sociedade, a fi m de satisfazer as necessidades humanas.
Essa defi nição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudoda Ciência Econômica:
• escolha;
• escassez;
• necessidades;
• recursos;
• produção;
• distribuição.
30
UNIDADE I - Economia
OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS
A economia é a ciência que estuda a escassez dos recursos, e é desta escassez que surgem 
os problemas econômicos fundamentais, que a economia tenta responder: O quê e quan-
to produzir? Como produzir? Para quem produzir?
• o quê e quanto produzir: dada a escassez de recursos de produção, a socie-
dade terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais 
produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas;
• como produzir: a sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção 
serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico exis-
tente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como serão 
produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão, entre os métodos mais 
efi cientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível;
• para quem produzir: a sociedade terá também de decidir como seus membros 
participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da ren-
da dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de serviços produti-
vos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e dos be-
nefícios do capital, mas também da repartição inicial da propriedade e da maneira 
como ela se transmite por herança. 
31
UNIDADE I - Economia
FIQUE POR DENTRO
O modo como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais 
depende da forma da organização econômica do país, ou seja, do sistema econô-
mico de cada nação.
Um sistema econômico pode ser defi nido como a forma política, social 
e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular 
sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens 
e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e 
bem-estar.
De acordo com Vasconcelos (2009), os elementos básicos de um sistema 
econômico são:
• estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui se incluem os 
recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as 
reservas naturais e a tecnologia;
• complexo de unidades de produção: constituído pelas empresas;
• conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são a 
base da organização da sociedade.
• Os sistemas econômicos podem ser classifi cados em:
• sistema capitalista, ou economia de mercado. É regido pelas forças de 
mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores 
de produção;
• sistema socialista, ou economia centralizada, ou ainda econo-
mia planifi cada. Nesse sistema as questões econômicas fundamentais 
são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a 
32
UNIDADE I - Economia
propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias 
de meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos, 
matérias-primas.
FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE 
MERCADO: FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS
Uma economia de mercado funciona através de fl uxos de bens (mercadorias) e/ou servi-
ços e também através de fl uxos monetários, pois como sabemos é preciso pagar por bens 
e serviços! 
Para entender o funcionamento do sistema econômico, vamos supor uma economia de 
mercado que não tenha interferência do governo (por enquanto, para simplifi carmos) 
nem transações com o exterior (economia fechada). 
Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as empresas 
(unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de produção 
e os fornecem às unidades de produção (empresas) no mercado dos fatores de pro-
dução. As empresas, pela combinação dos fatores de produção, produzem 
bens e serviços e os fornecem às famílias no mercado de bens e serviços.
A esse fluxo de fatores de produção, bens e serviços denominamos fluxo real da 
economia1.
1 Um fluxo é definido ao longo de um dado período de tempo (ano, mês etc.). Diferencia-se do con-
ceito de estoque, que é definido num dado momento do tempo, e não ao longo de um período. Em 
Economia, essa diferenciação é particularmente importante: por exemplo, o conceito de déficit público 
é um fluxo (mensal, trimestral, anual), enquanto a dívida pública é um estoque acumulado, até um 
dado momento.
33
UNIDADE I - Economia
FLUXO REAL
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
Como pode ser observado na Figura acima, famílias e empresas INTERAGEM ENTRE SI. 
As famílias são as donas dos fatores de produção (mão-de-obra, prédios, etc) enquanto as 
empresas fazem uso destes fatores de produção para produzir os bens e serviços que as 
famílias vão comprar.
Vamos exemplifi car: Eu (família) trabalho no açougue (empresa). Eu dou minha mão-
de-obra pro açougue que benefi cia carnes diversas pra outras famílias (além da minha, 
pois também adoro carne!) comprarem. 
34
UNIDADE I - Economia
REFLITA
No MERCADO DE BENS E SERVIÇOS, as famílias demandam bens e serviços, 
enquanto as empresas os oferecem; 
No MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO, as famílias oferecem os serviços 
dos fatores de produção (que são de sua propriedade), enquanto as empre-
sas os demandam.
Vejamos agora que é necessário PAGAR PRA CONSUMIR! Seja consumir fator de produção 
como mão-de-obra, ou consumir a carne que é uma mercadoria.
FLUXO MONETÁRIO
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
As famílias pagam pelos produtos que consomem!
35
UNIDADE I - Economia
As empresas remuneram os fatores de produção que utilizam!
FLUXO CIRCULAR DE RENDA
O fl uxo circular da renda é a junção do Fluxo Real com o Fluxo Monetário.
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
36
UNIDADE I - Economia
IMPORTANTÍSSIMO!!! Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as for-
ças da oferta e da demanda, determinando o preço. Assim, no mercado de bens 
e serviços formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no mercado de 
fatores de produção são determinados os preços dos fatores de produção 
(salários, juros, aluguéis, lucros, royalties, dentre outros). 
Esse fl uxo, também chamado de fl uxo básico, é o que se estabelece entre famílias e 
empresas. 
O fl uxo completo incorpora o setor público, adicionando-se o efeito dos impostos e dos gastos 
públicos ao fl uxo anterior, bem como o setor externo, que inclui todas as transações com mer-
cadorias, serviços e o movimento fi nanceiro com o resto do mundo.
FIQUE POR DENTRO
Os fatores de produção são tudo aquilo que as empresas utilizam para 
produzir bens e serviços. Eles são remunerados pelas empresas e exis-
tem diversas formas de remuneração, dependendo do fator de produção 
correspondente.
37
UNIDADE I - Economia
Fator de Produção Tipo de Remuneração
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royalty
Capacidade empresarial Lucro
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA
Você já se perguntou como os preços são formados nos mercados? Na indústria? No 
comércio?
A Microeconomia, conhecida também como teoria dos preços, analisa a formação dos pre-
ços nos mais diversos mercados, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e deci-
dem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específi cos.
Conforme lembra Vasconcelos (2009), a teoria microeconômica não deve ser 
confundida com economia de empresas, pois tem enfoque distinto. A 
Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na for-
mação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do 
conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um 
dado bem ou serviço.
38UNIDADE I - Economia
Do ponto de vista da Administração de Empresas, que estuda uma empresa específi ca, 
prevalece a visão contábil-fi nanceira na formação do preço de venda de seu produto, ba-
seada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia predomina a 
visão do mercado como um todo.
DEMANDA DE MERCADO
Demanda quer dizer Procura e definimos como sendo a quantidade de certo bem 
ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. 
Isto vai depender de alguns fatores. Pense: quais fatores infl uenciam você a comprar 
(demandar) algum bem ou serviço? Isto é, o que afeta sua decisão de compra?
1. O preço do bem ou serviço; 
2. O preço dos outros bens (concorrentes, por exemplo) 
3. A renda; 
4. O gosto ou preferência do indivíduo, dentre outros.
Para estudar-se a infl uência isolada dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris pa-
ribus (veja no FIQUE POR DENTRO a seguir), ou seja, considera-se cada uma dessas variá-
veis afetando separadamente as decisões do consumidor.
39
UNIDADE I - Economia
FIQUE POR DENTRO
De acordo com Vasconcelos (2009), para analisar um mercado específi co, a 
Microeconomia se vale da hipótese de que tudo o mais permanece cons-
tante (em latim, coeteris paribus). O foco de estudo é dirigido apenas àquele 
mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo 
que outras variáveis interfi ram muito pouco, ou que não interfi ram de maneira 
absoluta.
Relação entre quantidade procurada e preço do bem: a lei geral da demanda
Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do 
bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da demanda.
Essa relação quantidade procurada/preço do bem pode ser representada por uma escala 
de procura (veja a tabela a seguir), curva de procura ou função demanda.
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
40
UNIDADE I - Economia
Outra forma de apresentar essas diversas alternativas é pela curva de procura (veja a 
Figura a seguir). Para tanto, traçamos um gráfi co com dois eixos, colocando no eixo verti-
cal os vários preços P, e no horizontal as quantidades demandadas Q. 
Assim:
CURVA DE PROCURA DO BEM X
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
41
UNIDADE I - Economia
Os economistas supõem que a curva ou a escala de procura revela as preferências dos 
consumidores, sob a hipótese de que estão maximizando sua utilidade, ou grau de sa-
tisfação no consumo daquele produto. Ou seja, subjacente à curva há toda uma teoria 
de valor, que envolve, como vimos, os fundamentos psicológicos do consumidor.
A curva de procura inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda para a direita, 
refl etindo o fato de que a quantidade procurada de determinado produto varia inver-
samente com relação a seu preço, coeteris paribus. Matematicamente, a relação entre a 
quantidade demandada e o preço de um bem ou serviço pode ser expressa pela chamada 
função demanda ou equação da demanda:
Qd = ƒ(P)
em que:
Qd = quantidade procurada de determinado bem ou serviço, num dado período de 
tempo;
P = preço do bem ou serviço.
A expressão Qd = ƒ(P) signifi ca que a quantidade demandada Qd é uma função ƒ do preço 
P, isto é, depende do preço P.
42
UNIDADE I - Economia
A curva de demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: 
o efeito substituição e o efeito renda. Se o preço de um bem aumenta, a queda da quanti-
dade demandada será provocada por esses dois efeitos somados:
A. efeito substituição: se um bem X possui um bem substituto Y, ou seja, outro bem 
similar que satisfaça a mesma necessidade, quando o preço do bem X aumenta, 
coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto (o bem Y), redu-
zindo assim a demanda do bem X. Exemplo: se o preço da caixa de fósforos subir 
demasiadamente, os consumidores passarão a demandar isqueiros, reduzindo as-
sim sua demanda por fósforo;
B. efeito renda: quando aumenta o preço de um bem X, tudo o mais constante (renda 
do consumidor e preços de outros bens estando constantes), o consumidor perde 
poder aquisitivo, e a demanda por esse produto (X) diminui. Assim, embora seu sa-
lário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, seu salário “real”, em termos 
de poder de compra, foi corroído.
43
UNIDADE I - Economia
OUTRAS VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA DE 
UM BEM 
Efetivamente, a procura de uma mercadoria não é infl uenciada apenas por seu preço. Existe 
uma série de outras variáveis que também afetam a procura. Para a maioria dos produtos, 
a procura será também afetada pela renda dos consumidores, pelo preço dos bens substi-
tutos (ou concorrentes), pelo preço dos bens complementares e pelas preferências ou há-
bitos dos consumidores. Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto 
também, temos um bem normal. Existe também uma classe de bens que são chamados 
bens inferiores, cuja demanda varia em sentido inverso às variações da renda; por exemplo, 
se o consumidor fi car mais rico, diminuirá o consumo de carne de segunda e aumentará 
o consumo de carne de primeira. Analogamente, tem-se a categoria de bens superiores 
ou de luxo: se o consumidor fi ca mais rico, demandará mais produtos de maior qualidade. 
Temos ainda o caso de bens de consumo saciado, quando a demanda do bem não é in-
fl uenciada pela renda dos consumidores (como arroz, farinha, sal). A demanda de um bem 
ou serviço também pode ser infl uenciada pelos preços de outros bens e serviços. Quando 
há uma relação direta entre preço de um bem e quantidade de outro, coeteris paribus, eles 
são chamados de bens substitutos ou concorrentes, ou ainda sucedâneos. Por exemplo, 
um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe, tudo o mais constante. 
Quando há uma relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de outro, eles são 
44
UNIDADE I - Economia
chamados de bens complementares (por exemplo, quantidade de automóveis e preço da 
gasolina, quantidade de camisas sociais e preço das gravatas). Finalmente, a demanda de 
um bem ou serviço também sofre a infl uência dos hábitos e preferências dos consumido-
res. Os gastos em publicidade e propaganda objetivam justamente aumentar a procura 
de bens e serviços infl uenciando preferências e hábitos. Além das variáveis anteriores, que 
se aplicam ao estudo da procura pela maior parte dos bens, alguns produtos são afetados 
por fatores mais específi cos, como efeitos sazonais e localização do consumidor, ou fatores 
mais gerais, como condições de crédito, perspectivas da economia, congelamentos ou ta-
belamentos de preços e salários. 
DISTINÇÃO ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE 
DEMANDADA
Embora tendam a ser utilizados como sinônimos, esses termos têm signifi cados diferen-
tes. Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a 
determinadas quantidades. Por quantidade demandada devemos compreender um pon-
to específi co da curva relacionando um preço a uma quantidade. Na Figura a seguir, a 
demanda corresponde à reta indicada pela letra D; já a quantidade procurada relacionada 
ao preço P0 é Q0. Caso o preço do bem aumentasse para P1, haveria uma diminuição na 
quantidade demandada, não na demanda. Ou seja, as alterações da quantidade deman-
dada ocorrem ao longo da própria curva de demanda (reta D).
45
UNIDADE I - Economia
Alteração na Quantidade Demandada
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
Suponhamos que agora a curva da procura inicial (veja a Figura a seguir) fosse a reta 
indicada pela letra D0. Sendo o bem normal, caso houvesse um aumento na renda dos 
consumidores, coeteris paribus, a curva da procura D0 iria se deslocar para a direita,o 
que estaria indicando que, aos mesmos preços, por exemplo, P0, o consumidor estaria 
disposto a adquirir maiores quantidades do bem, passando de Q0 para Q2. A nova curva 
de demanda é representada pela reta D1.
46
UNIDADE I - Economia
Alteração da Demanda
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
Dessa forma, movimentos da quantidade demandada ocorrem ao longo da própria curva, 
devido a mudanças no preço do bem. Quando a curva de procura se desloca (em virtude 
de variações da renda ou de outras variáveis, que não o preço do bem), temos uma mu-
dança na demanda (e não na quantidade demandada).
47
UNIDADE I - Economia
OFERTA DE MERCADO
Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam ofere-
cer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, 
a oferta depende de vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, do preço (custo) dos 
fatores de produção e das metas ou objetivos dos empresários.
Diferentemente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta en-
tre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. É a chamada lei geral da 
oferta.
Podemos expressar uma escala de oferta de um bem X: dada uma série de preços, quais 
seriam as quantidades ofertadas a cada preço:
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
48
UNIDADE I - Economia
Grafi camente
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
Matematicamente, a função ou equação da oferta é dada pela expressão:
Q0 = ƒ(P)
em que:
Q0 = quantidade ofertada de um bem ou serviço, num dado período;
P = preço do bem ou serviço.
49
UNIDADE I - Economia
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem deve-se ao fato 
de que, coeteris paribus, um aumento do preço de mercado estimula as empresas a elevar a 
produção; novas empresas serão atraídas, aumentando a quantidade ofertada do produto.
Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores 
de produção (matérias-primas, salários, preço da terra), por alterações tecnológicas e pelo 
aumento do número de empresas no mercado.
Parece claro que a relação entre a oferta e o custo dos fatores de produção seja inversa-
mente proporcional. Por exemplo, um aumento dos salários ou do custo das matérias-pri-
mas deve provocar, coeteris paribus, uma retração da oferta do produto. 
A relação entre a oferta e nível de conhecimento tecnológico é diretamente proporcional, 
dado que melhorias tecnológicas promovem melhorias da produtividade no uso dos fato-
res de produção e, portanto, aumento da oferta. Da mesma forma, há uma relação direta en-
tre a oferta de um bem ou serviço e o número de empresas ofertantes do produto no setor.
50
UNIDADE I - Economia
Oferta e quantidade ofertada
Como no caso da demanda, também devemos distinguir entre a oferta e a quantidade 
ofertada de um bem. A oferta refere-se à escala (ou toda a curva), enquanto a quantidade 
ofertada diz respeito a um ponto específi co da curva de oferta. Assim, um aumento no 
preço do bem provoca um aumento da quantidade ofertada, coeteris paribus (movimen-
to ao longo da curva — diagrama a), enquanto uma alteração nas outras variáveis (como 
nos custos de produção ou no nível tecnológico) desloca a oferta (isto é, a curva de oferta).
Por exemplo, um aumento no custo das matérias-primas provoca uma queda na oferta: 
mantido o mesmo preço P0 (isto é, coeteris paribus), as empresas são obrigadas a dimi-
nuir a produção (diagrama b).
51
UNIDADE I - Economia
ALTERAÇÃO DA QUANTIDADE OFERTADA E DA 
OFERTA
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
Por outro lado, uma diminuição no preço dos insumos, ou uma melhoria tecnológica em 
sua utilização, ou ainda um aumento no número de empresas no mercado, conduz a um 
aumento da oferta, dados os mesmos preços praticados, deslocando-se, desse modo, a 
curva de oferta para a direita (diagrama c).
52
UNIDADE I - Economia
EQUILÍBRIO DE MERCADO
A lei da oferta e da procura: tendência ao equilíbrio
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equi-
líbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
Seja a Tabela a seguir representativa da oferta e da demanda do bem X:
Oferta e Demanda do bem X
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
Como se observa na Tabela acima, existe equilíbrio entre oferta e demanda do bem X 
quando o preço é igual a 6,00 unidades monetárias.
53
UNIDADE I - Economia
Grafi camente:
EQUILÍBRIO DE MERCADO
Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009.
Na intersecção das curvas de oferta e demanda (ponto E), teremos o preço e a quantida-
de de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem às aspirações dos consumi-
dores e dos produtores simultaneamente. Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo 
daquela de equilíbrio E (A, por exemplo), teremos uma situação de escassez do produto. 
54
UNIDADE I - Economia
Haverá uma competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão 
maiores que as ofertadas. Formar-se-ão fi las, o que forçará a elevação dos preços, até 
atingir-se o equilíbrio (ponto E), quando as fi las cessarão. Analogamente, se a quantidade 
ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio E (B, por exemplo), haverá um exces-
so ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, 
o que provocará uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos 
preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio E.
Como se observa, quando há competição tanto de consumidores como de ofertantes, há 
uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacio-
nário — sem fi las e sem estoques não desejados pelas empresas.
Desse modo, se não há obstáculos para a livre movimentação dos preços, ou seja, se o 
sistema é de concorrência pura ou perfeita, será observada essa tendência natural de o 
preço e a quantidade atingirem determinado nível desejado tanto pelos consumidores 
como pelos ofertantes. Para que isso ocorra, é necessário que não haja interferência nem 
do governo nem de forças oligopólicas, que tem poder de afetar o preço de mercado. 
55
UNIDADE I - Economia
ESTRUTURA DE MERCADO
A interação entre a oferta e a demanda, que vai resultar na determinação de preço, objeto 
de estudo deste capítulo, é abordada sob diferentes estruturas de mercado. O termo es-
trutura de mercado refere-se às características organizacionais de um mercado, as quais 
determinam as relações entre:
• vendedores no mercado;
• compradores no mercado;
• vendedores e compradores;
• vendedores estabelecidos e novos vendedores.
A estrutura de mercado engloba as características que infl uenciam no tipo de concorrên-
cia e na formação de preços. Essas características são:
A. Grau de concentração de vendedores e compradores, isto é, número e tamanho 
de cada um no mercado. Acredita-se que uma indústria é altamente) concentra-
da quando apenas quatro fi rmas detêm 75% ou mais da produção e do mercado 
de um determinado produto. Nesses casos, tende a haver um grau de efi ciência 
aquém do desejado, porque as empresas procuram alocar os recursos inefi cien-
temente, através da interferência direta no funcionamento do sistema de preços.
56
UNIDADE I - Economia
B. Grau de diferenciação do produto, ou seja, grau em que um produto vendido no 
mercado é considerado diferente ou não-homogêneo pelos compradores. Sob o 
ponto de vista econômico, a diferenciação do produto objetiva tornar a curva de 
demanda mais inelástica, reduzindo assim o número de bens substitutos para este 
produto. Costuma-se dizer que a empresa de sucesso é aquela queconsegue pro-
duzir barato algo diferenciado.
A diferenciação do produto pode ser obtida através de:
• serviços especiais aos compradores (por exemplo, uma empresa que entrega o pro-
duto na residência do comprador);
• ingredientes de qualidade superior incorporados ao produto;
• prêmios oferecidos aos adquirentes do produto;
• embalagens especiais do produto.
57
UNIDADE I - Economia
Curvas de Demanda segundo a Diferenciação do Produto
Fonte: Extraído de Mendes, 2009.
Conforme podemos observar na fi gura acima, a curva de demanda de um produto di-
ferenciado é mais “em pé” do que a do produto homogêneo. E qual é o porquê disso? 
Simples: quando um produto é diferenciado, a quantidade demandada (ou procurada) 
não varia muito quando o preço se desloca. Por exemplo, se a coca-cola (produto diferen-
ciado) aumenta seu preço, ela continuará sendo vendida e a quantidade demandada cairá 
pouco ou nem cairá. 
58
UNIDADE I - Economia
Ao contrário ocorre com um produto que tem vários substitutos iguais (homogêneos). Por 
exemplo, se você chega no supermercado e vê na sessão de ovos várias caixas diferentes, 
porém todas com 12 ovos. Como você escolhe? Com certeza disse: - preço! Isso porquê 
ovos são produtos homogêneos, então se uma granja sobe seus preços e os concorrentes 
não, provavelmente sua venda cairá.
CARACTERÍSTICAS DAS ESTRUTURAS DE MERCADO
Características
Concorrência 
Perfeita
Monopólio Oligopólio
Concorrência 
monopolística
1. Quanto ao número 
de empresas
Muito grande
Só há uma 
empresa
Pequeno Grande
2. Quanto ao produto Homogêneo
Não há substitu-
tos próximos
Pode ser ho-
mogêneo ou 
diferenciado
Diferenciado
3. Quanto ao controle 
das empresas sobre 
os perços
Não há pos-
sibilidade de 
controle
As empresas têm 
grande poder 
para manter pre-
ços elevados
Cartéis
Pouca margem 
de manobra, visto 
à existência de 
substitutos
59
UNIDADE I - Economia
4. Quanto à concor-
rência extrapreço 
(promoções, atendi-
mento, propaganda, 
pós-venda, etc.)
Não é possível
Apenas campa-
nhas institu-
cionais para 
salvaguardar sua 
imagem
Intensa, princi-
palmente se há 
diferenciação
Intensa, no que 
diz respeito à em-
balagens, formas 
físicas, serviços 
complementares, 
etc.
5. Quanto às condi-
ções de ingresso na 
indústria
Não há barreiras
Barreiras ao 
acesso de novas 
empresas
Barreiras ao acesso 
de novas empresas
Não há barreiras
Fonte: Extraído de vasconcelos (2009)
INDICAÇÃO DE LEITURA
Leiam o livro Fundamentos de Economia do Professor 
Vasconcelos, com certeza será de grande valia para sua forma-
ção. Trata-se do livro de economia para cursos afi ns, mais ven-
dido do Brasil. Didático e prazeroso são adjetivos que defi nem 
esta obra.
60
UNIDADE I - Economia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos nesta unidade os conceitos econômicos fundamentais e de microeconomia que 
são muito importantes para os gestores empresariais. Saber exatamente fatores que afe-
tam a oferta e a demanda dos produtos que produzem pode ser fundamental para o su-
cesso do negócio, assim como conhecer profundamente a estrutura de mercado o qual 
sua organização faz parte. 
ATIVIDADES
1) Por que os problemas econômicos fundamentais (o quê, quanto, como e para quem 
produzir) originam-se da escassez de recursos de produção?
2) Analisando-se uma economia de mercado, observa-se que os fl uxos real e mone-
tário conjuntamente formam o fl uxo circular da renda. Explique como esse sistema 
funciona.
3) Defi na a lei geral da demanda e da oferta.
4) Quais fatores afetam a demanda por um produto? E quais fatores afetam sua oferta?
5) Defi na as principais características das estruturas de mercado.
Introdução à macroeconomia 
UNIDADE 2
ObjEtIvOs DE AprENDIzAgEm
•	 O objetivo desta unidade é demonstrar conceitos 
macroeconômicos..
plANO DE EstUDO
Serão abordados os seguintes tópicos:
•	 Política fiscal: receita e gastos públicos
•	 Gastos do governo
•	 Alíquota versus arrecadação: A Curva de Lafer 
•	 A carga tributária no Brasil
•	 Déficit público
•	 Financiamento do Déficit 
•	 Efeitos da Política Fiscal sobre a Economia
•	 Política monetária: demanda e oferta de moeda
•	 Demanda de Moeda
•	 Oferta de Moeda
•	 Taxa de Juros
•	 Taxa de juros nominal = taxa de juros real + taxa de inflação
•	 Os instrumentos de política monetária
•	 Operações de Mercado Aberto (open market)
•	 Recolhimentos Compulsórios
•	 Operações de Redesconto ou Empréstimo de Liquidez
•	 Efeitos da política monetária sobre a economia
•	 Efeito do Juro sobre o Consumo e o Investimento
•	 Efeito do Juro sobre o Fluxo de Capitais Externos
•	 Efeito do Juro sobre a Poupança
•	 Efeito do Juro sobre os Preços
Diego Figueiredo Dias
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UNIDADE II - Economia
INTRODUÇÃO
A palavra “economia” é muito antiga e signifi ca basicamente “administração do lar”, ou seja, 
organização de recursos. Mas a economia enquanto ciência, somente pode ser considera-
da a partir de 1776 com o lançamento da obra de Adam Smith denominada “A riqueza das 
nações”. Sem dúvida é até hoje uma das mais importantes obras na área econômica. Smith 
organizou os pensamentos econômicos que, até então, eram fragmentados, esparsos, e 
neste livro escreveu sobre as funções do Estado e como as empresas e os países deveriam 
fazer para terem sucesso econômico.
De acordo com Smith, o Estado deveria apenas fazer valer o direito sobre a propriedade 
privada e garantir a segurança pública. Isto fi cou denominado como “Estado Liberal”, isto 
é, aquele que não intervém em assuntos econômicos.
Mas esta ideia durou apenas até a década de 1930, pois com a grande depressão advinda 
da crise de 1929, o Estado passou a intervir de forma veemente na economia para garantir 
emprego e renda à população.
Em 1936, John Maynard Keynes, um dos mais notáveis economistas da história, escreveu 
a obra “Teoria Geral dos Juros do Emprego e da Moeda”. Nesta obra, Keynes destaca-
va a importância do governo manter a Demanda Agregada da economia sempre em 
alta. Como? Através de Investimentos públicos. Keynes acreditava que o Estado tinha 
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UNIDADE II - Economia
mais funções do que simplesmente garantir a segurança e o direito à propriedade pri-
vada, o Estado deveria gerar emprego e renda. Ele pregava o poder multiplicador do 
Investimento, isto é, por meio deste se gera emprego, que gera renda e enfi m consumo. 
O consumo aumenta sendo necessário mais investimentos que geram mais emprego, 
renda e consumo novamente.
Este Estado de bem estar Keynesiano durou até a década de 1970, pois a partir dos anos 
1980 os países estavam endividados e, portanto, entraram num processo de desestatiza-
ção (privatizações) que fora agravado na década de 1990. O setor privado passou a ditar 
as regras do jogo novamente e este período é conhecido como Neoliberalismo, ou seja, 
o novo liberal.
Atualmente, podemos dizer que o governo possui algumas funções econômicas, isto é, 
existem justifi cativas para a existência do governo. Que são:
A. Função alocativa, através do qual a ação do governo visa corrigir falhas da econo-
mia de mercado no uso dos recursos econômicos (fatores de produção), como é o 
caso de algumas externalidades. Um bom exemplo de externalidade é a poluição, 
em que difi cilmente as empresas desejarão incorporar os custos de não poluição, a 
não ser que haja imposição governamental.
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UNIDADE II - Economia
B. Função distributiva, que consiste em arrecadar impostos e contribuições dos 
mais ricos ou das regiões mais desenvolvidas e transferi-los para os mais pobres e 
regiões mais carentes.
C. Função estabilizadora,

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