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Economia Diego Figueiredo Dias SOBRE A FACULDADE A Faculdade Cidade Verde (FCV) nasceu de um sonho, de um projeto de vida de professores universitários que compartilhavam de um mesmo desejo, o de produzir e difundir o conhecimento ao maior número de pes- soas, com o intuito de formar profi ssionais aptos a atuarem no mundo dos negócios. E assim, unidos por este propósito transformador, constituíram a FCV por meio da União Maringaense de Ensino Ltda (UME). 2005 - O Diário Ofi cial da União (DOU) ofi cializou o projeto com a publicação dos dois primeiros cursos: Administração e Ciências Contábeis. O sonho tomava forma, novos apoiadores vieram e os primeiros alunos, ao todo eram 35. Ainda em 2005, o grupo alçava mais um passo com a implantação dos cursos de pós-graduação latu-sensu, nas áreas de Gestão e Contabilidade. 2006 - mais uma conquista com a autorização do curso de Ciências Econômicas. A esta altura, o sonho já não cabia no pequeno espaço, e fez- se necessário melhorar a estrutura física. 2008 - Iniciou-se uma pesquisa de mercado com intuito de buscar um novo local, com facilidade de transporte e segurança. 2009 - O crescimento do novo centro de Maringá, a FCV inicia o seu processo de mudança para a Avenida Horácio Raccanello Filho, 5950. 2010 - Ocorreu a mudança para o atual endereço da instituição, ano em que houve também a autorização dos cursos tecnólogos em Análise e Desen- volvimento de Sistemas, Gestão Comercial e Gestão da Produção Industrial. 2011 - Direito passa a integrar o complexo de cursos e atividades que daria base ao desenvolvimento da FCV. 2014 - Em parceria com os Institutos Lactec, a FCV traz para Maringá o Mes- trado Profissional em Desenvolvimento de Tecnologia. 2015 - Mais dois novos cursos passam a integrar a oferta de cursos superio- res, os Tecnólogos em Gestão de Recursos Humanos e Tecnólogo em Marketing. De lá pra cá, foram muitas as lutas para garantir a qualidade de ensino e inovação. 2016 - As novas conquistas: os cursos de Psicologia e Design Gráfico. 2017 - Lançamento de oito cursos de Graduação e mais de oitenta cursos de Pós-Graduação à distância nas áreas de Educação, Gestão, Direito e Informática. Hoje, a FCV é reconhecida como um importante centro de produção e difusão de conhecimento com mais de vinte cursos de pós-graduação e onze de gradu- ação presenciais, lançando os cursos de Graduação e Pós-Graduação à distância, tendo como foco a manutenção dos mesmos padrões de qualidade apresentados nos cursos presenciais. As instalações atuais da sede estão distribuídas em mais de dez mil metros quadrados, comportando seus diversos departamentos admi- nistrativos; biblioteca (com acervo de dezoito mil livros); cinco laboratórios de informática, um de anatomia, uma brinquedoteca, trinta e quatro salas de aula, Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), salas de professores e de apoio pedagógico, duas cantinas e área de laser. No tocante à qualificação dos professores, a FCV conta com mais de 90% do seu corpo docente composto por mestres e douto- res. Essa é a FCV de hoje, uma faculdade de negócios preocupada em formar ci- dadãos éticos, contribuindo para o desenvolvimento social, buscando resultados sustentáveis através do ensino presencial e a distância. AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO A P R E S E N T A Ç Ã O Economia Diego Figueiredo Dias Olá caro acadêmico! É um prazer tê-lo conosco na disciplina de ECONOMIA. Sou o Professor Diego Figueiredo Dias, atuo como docente de graduação e pós-graduação desde que me formei em Economia, área em que também fi z meu mestrado. Muitos de vocês devem se perguntar O PORQUÊ ESTUDARMOS ECONOMIA neste curso. A resposta é simples: porque a Economia busca ensinar-nos a administrar os recursos (mão de obra, matérias-primas, terra, dentre outros) que uma sociedade possui, portanto torna-se interessante a todos. Quantas vezes você ouviu termos como infl ação, desemprego, crescimento ou crise econômica, vulnerabilidade externa, valorização ou desvalorização das taxas de câmbio, aumento ou diminuição das taxas de juros? Todas essas questões estão inseridas na discussão de âmbito econômico e as trabalharemos ao longo desta disciplina para que, ao fi nal do curso, você saiba como lidar com todos esses assuntos. O seu material didático é dividido em 3 unidades de estudo: • Na Unidade I veremos a parte de Introdução à Economia, que trata do PORQUE estudar economia e quais são os conceitos fundamentais que devemos aprender, bem como a Introdução à Microeconomia, que traz os conceitos fundamentais desta área tão importante da economia e que vai ser de grande valia na sua formação. AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NTAÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO A P R E S E N T A Ç Ã O • Na Unidade II apresentaremos a Introdução à Macroeconomia (que estuda os grandes agregados econômicos como juros, infl ação, desemprego, etc.) • Na Unidade III mostraremos os conceitos voltados à economia internacional, como exportação, importação, taxas de câmbio, balanço de pagamentos, etc. Portanto, ao concluir este livro, você deverá estar apto a: Entender os conceitos econômicos fundamentais; Identifi car as principais implicações da microeconomia no âmbito empresarial; Conhecer as políticas macroeconômicas e a real efetividade de cada uma delas para a economia do país; Entender os mecanismos da economia internacional como taxa de câmbio, exportação e importação. Um grande abraço e bons estudos!!! Prof. Me. Diego Figueiredo Dias S U M Á R IO UNIDADE 1: INTRODUÇÃO À ECONOMIA E À MICROECONOMIA 11 O mercado: oferta versus demanda .....................................................................................13 Fatores que infl uenciam a demanda ...................................................................................14 Fatores que infl uenciam a oferta ..........................................................................................16 A estrutura do mercado ...........................................................................................................16 A macroeconomia e o papel do governo ..........................................................................19 A infl ação e o mercado .............................................................................................................23 A importância da economia na gestão empresarial ......................................................26 CONCEITO DE ECONOMIA .............................................................................................. 27 OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS ................................................... 28 FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO: FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS ...................................................................................................................... 31 Fluxo real ........................................................................................................................................32 Fluxo monetário ..........................................................................................................................34 Fluxo circular de renda .............................................................................................................34 INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA ............................................................................ 37 DEMANDA DE MERCADO ............................................................................................... 38 OUTRAS VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA DE UM BEM ............................ 43 DISTINÇÃO ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA ......................... 44 OFERTA DE MERCADO ..................................................................................................... 47 Oferta e quantidade ofertada ................................................................................................50 ALTERAÇÃO DA QUANTIDADE OFERTADA E DA OFERTA ................................... 51 EQUILÍBRIO DE MERCADO .............................................................................................. 52 A lei da oferta e da procura: tendência ao equilíbrio ....................................................52 Oferta e Demanda do bem X..................................................................................................52 ESTRUTURA DE MERCADO ............................................................................................. 55 S U M Á R IO UNIDADE 2: INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA 61 Análise do Produto Interno Bruto (PIB) ..................................................................... 65 O Consumo Agregado Privado ..................................................................................... 67 Consumo do Setor Público ........................................................................................... 73 Investimento Agregado Privado .................................................................................. 74 Investimento Público ....................................................................................................... 80 Exportações ......................................................................................................................... 81 POLÍTICAS ECONÔMICAS ............................................................................................... 82 Objetivos das Políticas Econômicas .....................................................................................83 Estabilidade Econômica ...........................................................................................................85 Crescimento da Produção: mais renda e emprego ........................................................86 Melhora da Distribuição de Renda .......................................................................................86 Equilíbrio nas Contas Externas ...............................................................................................87 Confl itos existentes ....................................................................................................................88 Dilemas de política econômica: inter-relações e confl itos de objetivos .................90 Instrumentos de política macroeconômica ......................................................................92 OS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA ..................................................... 92 POLÍTICA FISCAL: RECEITA E GASTOS PÚBLICOS.................................................... 94 Gastos do governo .....................................................................................................................95 Quatro itens são importantes nas despesas do governo: ............................................95 Alíquota versus arrecadação: A Curva de Lafer ..............................................................97 A carga tributária no Brasil ......................................................................................................99 Défi cit público ..............................................................................................................................100 Financiamento do Défi cit .......................................................................................................105 Efeitos da Política Fiscal sobre a Economia .......................................................................106 POLÍTICA MONETÁRIA: DEMANDA E OFERTA DE MOEDA .................................. 108 S U M Á R IO Demanda de Moeda ..................................................................................................................110 Oferta de Moeda .........................................................................................................................111Taxa de Juros ................................................................................................................................115 Os instrumentos de política monetária ..............................................................................120 Operações de Mercado Aberto (open market) ................................................................121 Recolhimentos Compulsórios ................................................................................................124 Operações de Redesconto ou Empréstimo de Liquidez ..............................................125 Efeitos da política monetária sobre a economia .............................................................128 Efeito do Juro sobre o Consumo e o Investimento ........................................................129 Efeito do Juro sobre o Fluxo de Capitais Externos ..........................................................131 Efeito do Juro sobre a Poupança ...........................................................................................133 Efeito do Juro sobre os Preços ...............................................................................................134 UNIDADE 3: ECONOMIA INTERNACIONAL 137 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 139 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA CAMBIAL ................................................................... 141 Taxa de câmbio ............................................................................................................................143 Balanço de pagamentos...........................................................................................................151 Efeitos da política cambial sobre a economia ..................................................................152 CONCLUSÃO 158 REFERÊNCIAS 161 Introdução à economia e à microeconomia UNIDADE 1 ObjEtIvOs DE AprENDIzAgEm • Esta unidade tem por objetivo introduzir o aluno na discussão dos conceitos econômicos básicos, que são fundamentais para o desenvolvimento eficiente da disciplina, bem como demonstrar conceitos microeconômicos e sua importância para os futuros gestores, sejam eles do setor público ou privado.. plANO DE EstUDO Serão abordados os seguintes tópicos: • Conceito de economia • Os problemas econômicos fundamentais • Sistemas econômicos • Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e monetários • Bens de capital, bens de consumo, bens intermediários e fatores de produção • Introdução à microeconomia • Demanda de mercado • Distinção entre demanda e quantidade demandada • Oferta de mercado • Estrutura de mercado • Características das estruturas de mercado Diego Figueiredo Dias 15 UNIDADE I - Economia INTRODUÇÃO Para você que se pergunta o porquê de estudarmos economia, iniciaremos esta unidade contando a história de um gestor de uma empresa brasileira, o Sr. Augusto, que em seu cotidiano lida com diversas questões econômicas. Augusto é um renomado gestor de um frigorífi co, exportador de carne bovina. Em seu dia a dia teve de aprender a tomar deci- sões com base no comportamento da economia para, assim, alcançar sempre os melhores resultados para a empresa. A história de Augusto nessa empresa não se iniciou agora, mas há 31 anos, portanto ele já passou por quase todas as situações possíveis até o momento. Vamos, então, analisar, passo a passo, tudo o que vive esse homem e sua empresa. O MERCADO: OFERTA VERSUS DEMANDA Mercado é todo ambiente onde ocorrem trocas, ou seja, onde uma empresa oferta bens e/ou serviços e um consumidor procura por bens e/ou serviços. Portanto, no caso do mer- cado frigorífi co, existem os consumidores de carnes que demandam tais produtos e o próprio frigorífi co, que é o responsável pela oferta. A interação entre esses dois agentes, o demandante e o ofertante, é que vai determinar o preço de mercado da carne bovina. A demanda do consumidor reage de forma inversa ao preço, ou seja, se o preço da carne sobe, a demanda tende a diminuir. O frigorífi co reage ao contrário, pois estará disposto 16 UNIDADE I - Economia a ofertar mais quando o preço estiver mais alto. É claro que essas situações são simplifi - cações do que realmente ocorre no mercado, pois existem outros diversos fatores que também infl uenciam na oferta e na demanda, e é o que veremos a seguir. Fatores que infl uenciam a demanda Existem diversos fatores além do preço que interferem na procura por bens e/ou serviços. Para a maioria dos produtos, inclusive carne bovina, a renda dos consumidores, o preço de produtos substitutos ou complementares e a preferência (gosto) dos consumidores infl uenciam na demanda. Se a renda dos consumidores estiver aumentando, esperamos que ocorra um aumento na demanda, ou seja, consumidor com mais dinheiro consome mais. Mas o Augusto percebeu que quando a renda da população estava aumentando, a demanda reagia diferente para os diferentes produtos que o frigorífi co comercializava. Ele percebeu que o consumo de carne “de segunda” diminuía enquanto o consumo da carne “de primeira” aumentava quando a população estava com a renda mais elevada. Nesse caso, estamos nos referindo aos bens normais (carne de primeira), que são mais consumidos quando a renda se eleva, e aos bens inferiores (carne de segunda), que, nesse caso, são menos consumidos. Augusto percebeu que diante de tal situação deveria dar um tom de maior nobreza aos produtos que sofriam queda no consumo quando a população 17 UNIDADE I - Economia estava ganhando mais. Por isso, hoje em dia é comum vermos embalagens mais valo- rizadas, carnes com recheios, cortes que há alguns anos não eram comuns. Outro fator que infl ui na demanda é a existência de substitutos, e nesse caso, os substitutos da carne bovina são todas as outras carnes, por exemplo, a carne de frango, de porco etc. Se acaso houver uma redução, por qualquer que seja o motivo, no preço da carne de frango, haverá provável redução na demanda por carne de vaca, isto é, com o preço do frango em baixa, os consumidores vão preferir trocar, em determinada quantidade, o consumo de carne bovina por carne de frango. O contrário também pode ocorrer: se o frango, por algum motivo, encarecer, os consumidores irão preferir o consumo da carne bovina. Vimos aqui os fatores que infl uenciam na demanda, porém existem fatores que também infl uenciam na oferta, ou seja, que fazem o frigorífi co colocar muita ou pouca carne à disposição do mercado. Fatores que infl uenciam a oferta Além do preço que a carne encontra no mercado, outros fatores também interferem na quantidade ofertada no mercado, como os custos de produção (matéria-prima, salários, aluguéis), o nível tecnológico e o número de empresas existentes no mercado. O custo de 18 UNIDADE I - Economia produção em alta faz com que Augusto recue sua produção, pois sabe que com o custo alto, o preço se eleva e o consumidor diminui o consumo. A tecnologia é diretamente proporcional à oferta, já que, com dadas melhorias, a produtividade se eleva. E, por fi m, Augusto precisa se ater aos concorrentes, pois quanto mais empresas houver no mercado, maior será a oferta de produtos, o que pode causar impacto em seus resultados. A estrutura do mercado Existe um fator importantíssimo na análise de mercado que não pode ser negligenciado: a estrutura em que a empresa se encontra é importantíssima para determinar as possibi- lidades de atuação e as estratégias. Mas, o que é estrutura de mercado? Estrutura de mer- cado é a forma como as empresas de determinado segmento se encontram organizadas e depende, fundamentalmente,de três fatores: o número de empresas que compõem o mercado, o tipo de produto comercializado e se existem ou não barreiras ao acesso de no- vas empresas ao mercado. Mas, no que isso infl uencia na atuação da empresa? Quanto ao número de empresas que compõem o mercado, quanto mais concorrentes existirem, me- nor será a margem de manobra do empresário e maior será o poder do consumidor nas negociações. O contrário também é verdadeiro: se o número de consumidores for grande e o número de empresas reduzido, estas exercem um poder soberano no mercado, de- terminando preços e quantidades ofertadas. Quanto a isso Augusto não pode reclamar, 19 UNIDADE I - Economia pois existem cerca de 180 milhões de consumidores no Brasil, sem contar os do exterior, para um número pequeno de frigorífi cos que dominam o mercado. Em relação ao tipo de produto, signifi ca que existem produtos que se diferenciam pela marca, pela qualidade. Pensem no melhor refrigerante que existe: com certeza, o consumo dele, muitas vezes, independe do preço, pois sua marca está consolidada. Apesar de ser apenas refrigeran- te, existem diferenças entre diferentes marcas, o que dá poder pra algumas empresas atuarem independentes no mercado, com mais autonomia sobre preços e quantidades ofertadas Neste caso, Augusto percebeu recentemente que pode fazer com que a carne do frigorífi co no qual que trabalha seja reconhecida pela marca. Isso é algo novo para esse mercado, mas, segundo especialistas, em breve estará em vigor. Imaginem chegar ao açougue e pedir três quilos de costela Bertin, duas picanhas Minerva ou uma maminha Friboi. Daria um ótimo churrasco, mas tal situação ainda não é corriqueira, apesar de que uma destas grandes empresas já saiu na frente, veja no SAIBA MAIS a seguir. SAIBA MAIS A Friboi saiu na frente e já faz uma excelente campanha! http://www.youtube.com/watch?v=ttRSZNLI7O4 20 UNIDADE I - Economia Uma empresa que impõe sua marca tem sempre mais autonomia no mercado. Se existem barreiras ou não ao acesso de novas empresas ao mercado, é um fator de imensa importân- cia para o comportamento do empresário. Se um determinado setor é de fácil acesso, ou seja, se para abrirmos um empreendimento não é requerido tanto esforço de tecnologia ou capital, signifi ca que o empresário tem pequena margem de manobra dentro desse segmento, pois existem concorrentes em potencial. Vamos supor que fosse esse o caso de nosso amigo Augusto, se ele subisse o preço da carne, poderia estar atraindo novos concorrentes que se sentiriam tentados a iniciar tais empreendimentos movidos por altos preços e possibilidades de lucros. Mas não é só do lado da venda que Augusto fi ca atento à estruturação do mercado. Ao comprar fatores de produção (boi vivo, mão de obra etc.) também existe infl uência das estruturas. Por exemplo, se há muita mão de obra disponível, o preço será mais baixo – e o contrário é verdadeiro. Se há muitos bois para comprar, o preço também tende a ser menor. Augusto enfrenta essa difi culdade quando quer abrir novos frigorífi cos pelo Brasil, pois existem regiões que têm muita mão de obra disponível, mas pouca matéria-prima (boi vivo) e outras que apresentam a situação contrária, com muita matéria-prima e pouca mão de obra. A escassez de mão de obra, às vezes, ocorre não apenas pela falta de pessoas para trabalhar, mas também pela falta de especialização da população de determinadas regiões, o que encarece o custo de produção do bem. Vimos até aqui a parte que diz respeito à interação do consumidor com a empresa, chamada de microeconomia ou teoria de formação de preços. A seguir, abordaremos o comportamento 21 UNIDADE I - Economia da economia como um todo, ou seja, a macroeconomia, que analisa a interferência causa- da por variáveis globais, como infl ação, nível de desemprego, taxas de câmbio e taxas de juros. Como essas variáveis infl uenciam o andamento da empresa de Augusto? A macroeconomia e o papel do governo A macroeconomia é a parte da economia que se preocupa com as variáveis globais, como já foi explicado na seção anterior. O governo é o principal agente de política econômica, ou seja, é ele que busca equacionar os problemas infl acionários, determinar a taxa básica de juros da economia, diminuir o desemprego etc. Para que o governo consiga cumprir essas funções, ele utiliza diferentes políticas econômicas, que repercutem de diferentes maneiras, dependendo do setor em questão. As políticas são a fi scal, a monetária, a cam- bial, a comercial e a de renda. Quando o governo executa a política fi scal, quer dizer que ele está alterando a tributação ou os gastos. Ou seja, política fi scal diz respeito às receitas e despesas do governo. Mas, em que isso infl uencia a empresa de Augusto? Quando o governo opta por uma política fi scal restritiva (aumento dos tributos ou diminuição dos gastos públicos), ele tem o objetivo principal de conter a infl ação, pois essas políticas le- vam a uma redução do consumo e, com o mercado desaquecido, os preços tendem a se manter constantes ou a reduzir. Esse tipo de política não afeta somente a empresa frigorí- fi ca de Augusto e sim toda a economia, pois o consumo em queda causa problemas para 22 UNIDADE I - Economia as empresas, que deixam de vender e, por isso, correm o risco até de falência. Quando o governo opta por política fi scal expansionista (aumento nos gastos públicos ou dimi- nuição dos tributos), ele visa, principalmente, fomentar a atividade econômica, expan- dindo o emprego e a renda. Esse tipo de política faz com que haja um aquecimento na economia, com isso, as empresas aproveitam o bom momento e expandem suas vendas. Essa expansão leva à contratação de novos funcionários, o que promove a expansão na renda gerada na economia. Imaginem uma determinada região onde o governo resolva fazer uma obra e por isso contratar empreiteiras para executar o serviço e/ou até mesmo trabalhadores locais. São postos de combustíveis vendendo mais, hotéis e pousadas com as vagas ocupadas, restaurantes servindo mais refeições e, portanto, comprando mais no mercado da cidade. Vemos, assim, a importância do papel do governo na geração de em- prego e renda, seja de maneira direta ou indireta. A política monetária, bem como a fi scal, pode ser restritiva ou expansionista. Quando o governo faz política monetária restritiva (principalmente aumento dos juros), o maior objetivo é reduzir a quantidade de dinheiro em circulação para que haja um desaquecimento da atividade econômica, e não se abra espaço para infl ação. A política expansionista (diminuição dos juros) é justamente a situ- ação contrária, em que o governo objetiva a expansão da atividade econômica, ou seja, do emprego e da renda. Augusto espera sempre os momentos de baixa nas taxas de juros para recorrer a créditos e expandir as compras e contratações no frigorífi co. 23 UNIDADE I - Economia Mais adiante veremos o motivo pelo qual essa tal infl ação é a preocupação central do gover- no e acaba por barrar a expansão da atividade econômica. Falando ainda de políticas econô- micas, a que mais anda preocupando Augusto é a política cambial. Sabemos que o principal foco dos grandes frigorífi cos brasileiros nos últimos tempos tem sido o mercado externo, ou seja, as exportações. Existem diversos fatores determinantes da exportação, como renda internacional, preço do bem no mercado interno, preço no mercado externo e a taxa de câmbio (objeto da política cambial). A renda internacional é importante, pois é ela que determina a existência de recursos dis- poníveis para a compra da carne brasileira e, como vimos recentemente, em tempo de crise as exportações diminuem muito. Opreço do bem no mercado externo é importante, pois se o preço lá estiver em queda, o produtor vai preferir negociar seu produto internamente. O preço do bem no mercado interno, se elevado, incentiva o produtor também a vender no mercado interno e o contrário é verdadeiro. Falando em taxa de câmbio, tratamos do objeto da política cambial do governo, que pode executá-la retirando ou colocando moeda estrangeira no mercado. Taxa de câmbio é o preço da moeda estrangeira em reais e determina quanto o exportador vai receber ao tro- car os dólares originados da exportação por reais no mercado interno. Se a taxa de câmbio estiver baixa (ou valorizada), signifi ca que necessitamos de poucos reais para comprar dólares, mas, se pelo contrário, estiver alta, necessitamos de mais reais por dólar. Para o 24 UNIDADE I - Economia exportador, a última situação é a ideal, pois, ao vender para o exterior, ele recebe em dólar e, ao trocar no banco, recebe uma quantia grande em reais. Entretanto, para o governo essa situação é uma faca de dois gumes. Existe uma grande pressão por parte dos setores importadores, que sofrem quando a taxa de câmbio está desvalorizada, pois as importa- ções fi cam caras, encarecem os produtos fi nais e causam infl ação. Por que a infl ação é tão preocupante e acaba sendo determinante nas políticas do go- verno? No próximo item veremos o que é a infl ação, quais são suas causas e as formas de combatê-la. A infl ação e o mercado A infl ação é o aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços da economia. As causas costumam ser diferentes em função das condições de cada país. A. Tipo de estrutura de mercado do país: se existem poucas empresas dominando o mercado, ou seja, se há pouca concorrência, a tendência para elevações nos preços será grande. No caso de um país onde a concorrência é mais acirrada, os empresá- rios fi cam com capacidade reduzida de ajustar preços. B. Grau de abertura da economia: quanto mais voltada ao comércio exterior, maior será a concorrência e, portanto, menor será a possibilidade de abusos nos preços por parte dos empresários. 25 UNIDADE I - Economia C. Estrutura das organizações trabalhistas: quanto mais organizados forem os sindicatos, maior será o poder de barganha dos trabalhadores, que, com salários sempre reajustados, forçarão aumento nos preços dos bens devido ao aumento nos custos de produção. A in- fl ação de um país pode ser de três tipos diferentes e cada caso merece atenção e cuidados diferentes: infl ação de demanda (quando há excesso de procura por bens e/ou serviços), infl ação de custos (quando os custos se elevam, seja por problemas estruturais ou con- junturais) e infl ação inercial (causada por mecanismos de indexação de preços, como era comum na década de 1980). A infl ação atormentou os governos e a população brasileira durante muitos anos e até hoje é foco das políticas, pois o mede seu retorno ainda é muito grande. Mas por que ela assusta? A infl ação corrói a renda da população, causando incertezas quanto ao consumo e aos investimentos, travando, assim, a economia. Quem se lembra das difi culdades de comprar a prazo na época de altas infl ações dos anos 1980? As grandes redes varejistas, que hoje possibilitam o consumo das classes baixa e média parcelando as compras em até 24 meses ou mais, só emergiram após a estabilização econômica vinda com o Plano Real, em 1994. Existem formas diferentes para combater cada um dos três tipos de infl ação: • Infl ação de demanda: para combater esse processo de infl ação, a política econô- mica deve basear-se em instrumentos que provoquem a redução da demanda por 26 UNIDADE I - Economia produtos da economia. Essas são as políticas chamadas restritivas, ou seja, aumen- to de tributos e diminuição dos gastos públicos. • Infl ação de custos: o governo, primeiramente, deve saber quais os custos que estão causando infl ação. Por exemplo, a desvalorização cambial pode causar esse fenô- meno. Com o dólar caro, o produtor que necessita de matéria-prima importada enfrentará aumento nos custos de produção, o que fará com que o produto fi nal fi que mais caro. • Para resolver esse problema, o governo pode adotar a política de câmbio fi xo, na qual o dólar não varia de acordo com o mercado, ou tentar uma maior regulação no mercado de divisas para evitar a volatilidade da moeda estrangeira. • Infl ação inercial: nesse caso, o governo apenas deve deixar de utilizar mecanismos de indexação para que haja uma quebra no ciclo infl acionário. Por que Augusto deve se preocupar com a infl ação? Pelos mesmos motivos que qualquer outro ges- tor de qualquer outra empresa do país. • O risco do retorno de altas taxas de infl ação faz com que o governo penalize todos os setores produtivos, pois as políticas de prevenção são restritivas e acabam por desaquecer o mercado. 27 UNIDADE I - Economia • Porque se a infl ação retornar, a renda da população será corroída, reduzindo, assim, o consumo por parte dos brasileiros. • Infl ação causa distorção nos preços relativos do Brasil com o exterior, fazendo com que nossos produtos percam atratividade aos olhos de nossos parceiros comer- ciais, pois se tornam caros com o efeito infl acionário. A importância da economia na gestão empresarial Como vimos, Augusto passa por inúmeras situações que são inerentes a diversas ativi- dades no Brasil e no mundo: a estruturação do mercado de bens e serviços; a estrutura- ção do mercado de fatores de produção; fatores que determinam a demanda ou a oferta; políticas do governo que podem benefi ciar ou não sua atividade; e a infl ação, que é um tormento para todos os empresários. Todos esses assuntos serão retomados adiante nesta e nas demais unidades. REFLITA Seja em nosso cotidiano, seja nos jornais, rádio e televisão, deparamo-nos com inúmeras questões econômicas, como: 28 UNIDADE I - Economia • aumentos de preços; • períodos de crise econômica ou de crescimento; • desemprego; • setores que crescem mais do que outros; • diferenças salariais; • crises no balanço de pagamentos; • vulnerabilidade externa; • valorização ou desvalorização da taxa de câmbio; • dívida externa; • ociosidade em alguns setores de atividade; • diferenças de renda entre as várias regiões do país; • comportamento das taxas de juros; • défi cit governamental; • elevação de impostos e tarifas públicas. Esses temas, já rotineiros em nosso dia-a-dia, são discutidos pelos cidadãos co- muns, que, com altas doses de empirismo, têm opiniões formadas sobre as medi- das que o Estado deve adotar. Um estudante de Economia, de Direito ou de outra área pode vir a ocupar um cargo de responsabilidade em uma empresa ou na pró- pria administração pública e necessitará de conhecimentos teóricos mais sólidos para poder analisar os problemas econômicos que nos rodeiam diariamente. O objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida. (VASCONCELOS, 2009) 29 UNIDADE I - Economia CONCEITO DE ECONOMIA De acordo com Vasconcelos (2009), a palavra economia deriva do grego oikonomía (de óikos, casa; nómos, lei), que signifi ca a administração de uma casa, ou do Estado, e pode ser assim defi nida: Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade de- cidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fi m de satisfazer as necessidades humanas. Essa defi nição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudoda Ciência Econômica: • escolha; • escassez; • necessidades; • recursos; • produção; • distribuição. 30 UNIDADE I - Economia OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS A economia é a ciência que estuda a escassez dos recursos, e é desta escassez que surgem os problemas econômicos fundamentais, que a economia tenta responder: O quê e quan- to produzir? Como produzir? Para quem produzir? • o quê e quanto produzir: dada a escassez de recursos de produção, a socie- dade terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas; • como produzir: a sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico exis- tente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como serão produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão, entre os métodos mais efi cientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível; • para quem produzir: a sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da ren- da dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de serviços produti- vos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e dos be- nefícios do capital, mas também da repartição inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança. 31 UNIDADE I - Economia FIQUE POR DENTRO O modo como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais depende da forma da organização econômica do país, ou seja, do sistema econô- mico de cada nação. Um sistema econômico pode ser defi nido como a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. De acordo com Vasconcelos (2009), os elementos básicos de um sistema econômico são: • estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui se incluem os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia; • complexo de unidades de produção: constituído pelas empresas; • conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são a base da organização da sociedade. • Os sistemas econômicos podem ser classifi cados em: • sistema capitalista, ou economia de mercado. É regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção; • sistema socialista, ou economia centralizada, ou ainda econo- mia planifi cada. Nesse sistema as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a 32 UNIDADE I - Economia propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos, matérias-primas. FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO: FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS Uma economia de mercado funciona através de fl uxos de bens (mercadorias) e/ou servi- ços e também através de fl uxos monetários, pois como sabemos é preciso pagar por bens e serviços! Para entender o funcionamento do sistema econômico, vamos supor uma economia de mercado que não tenha interferência do governo (por enquanto, para simplifi carmos) nem transações com o exterior (economia fechada). Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras). As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem às unidades de produção (empresas) no mercado dos fatores de pro- dução. As empresas, pela combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias no mercado de bens e serviços. A esse fluxo de fatores de produção, bens e serviços denominamos fluxo real da economia1. 1 Um fluxo é definido ao longo de um dado período de tempo (ano, mês etc.). Diferencia-se do con- ceito de estoque, que é definido num dado momento do tempo, e não ao longo de um período. Em Economia, essa diferenciação é particularmente importante: por exemplo, o conceito de déficit público é um fluxo (mensal, trimestral, anual), enquanto a dívida pública é um estoque acumulado, até um dado momento. 33 UNIDADE I - Economia FLUXO REAL Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. Como pode ser observado na Figura acima, famílias e empresas INTERAGEM ENTRE SI. As famílias são as donas dos fatores de produção (mão-de-obra, prédios, etc) enquanto as empresas fazem uso destes fatores de produção para produzir os bens e serviços que as famílias vão comprar. Vamos exemplifi car: Eu (família) trabalho no açougue (empresa). Eu dou minha mão- de-obra pro açougue que benefi cia carnes diversas pra outras famílias (além da minha, pois também adoro carne!) comprarem. 34 UNIDADE I - Economia REFLITA No MERCADO DE BENS E SERVIÇOS, as famílias demandam bens e serviços, enquanto as empresas os oferecem; No MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO, as famílias oferecem os serviços dos fatores de produção (que são de sua propriedade), enquanto as empre- sas os demandam. Vejamos agora que é necessário PAGAR PRA CONSUMIR! Seja consumir fator de produção como mão-de-obra, ou consumir a carne que é uma mercadoria. FLUXO MONETÁRIO Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. As famílias pagam pelos produtos que consomem! 35 UNIDADE I - Economia As empresas remuneram os fatores de produção que utilizam! FLUXO CIRCULAR DE RENDA O fl uxo circular da renda é a junção do Fluxo Real com o Fluxo Monetário. Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. 36 UNIDADE I - Economia IMPORTANTÍSSIMO!!! Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as for- ças da oferta e da demanda, determinando o preço. Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no mercado de fatores de produção são determinados os preços dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis, lucros, royalties, dentre outros). Esse fl uxo, também chamado de fl uxo básico, é o que se estabelece entre famílias e empresas. O fl uxo completo incorpora o setor público, adicionando-se o efeito dos impostos e dos gastos públicos ao fl uxo anterior, bem como o setor externo, que inclui todas as transações com mer- cadorias, serviços e o movimento fi nanceiro com o resto do mundo. FIQUE POR DENTRO Os fatores de produção são tudo aquilo que as empresas utilizam para produzir bens e serviços. Eles são remunerados pelas empresas e exis- tem diversas formas de remuneração, dependendo do fator de produção correspondente. 37 UNIDADE I - Economia Fator de Produção Tipo de Remuneração Trabalho Salário Capital Juro Terra Aluguel Tecnologia Royalty Capacidade empresarial Lucro INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA Você já se perguntou como os preços são formados nos mercados? Na indústria? No comércio? A Microeconomia, conhecida também como teoria dos preços, analisa a formação dos pre- ços nos mais diversos mercados, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e deci- dem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específi cos. Conforme lembra Vasconcelos (2009), a teoria microeconômica não deve ser confundida com economia de empresas, pois tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na for- mação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço. 38UNIDADE I - Economia Do ponto de vista da Administração de Empresas, que estuda uma empresa específi ca, prevalece a visão contábil-fi nanceira na formação do preço de venda de seu produto, ba- seada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia predomina a visão do mercado como um todo. DEMANDA DE MERCADO Demanda quer dizer Procura e definimos como sendo a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. Isto vai depender de alguns fatores. Pense: quais fatores infl uenciam você a comprar (demandar) algum bem ou serviço? Isto é, o que afeta sua decisão de compra? 1. O preço do bem ou serviço; 2. O preço dos outros bens (concorrentes, por exemplo) 3. A renda; 4. O gosto ou preferência do indivíduo, dentre outros. Para estudar-se a infl uência isolada dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris pa- ribus (veja no FIQUE POR DENTRO a seguir), ou seja, considera-se cada uma dessas variá- veis afetando separadamente as decisões do consumidor. 39 UNIDADE I - Economia FIQUE POR DENTRO De acordo com Vasconcelos (2009), para analisar um mercado específi co, a Microeconomia se vale da hipótese de que tudo o mais permanece cons- tante (em latim, coeteris paribus). O foco de estudo é dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis interfi ram muito pouco, ou que não interfi ram de maneira absoluta. Relação entre quantidade procurada e preço do bem: a lei geral da demanda Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da demanda. Essa relação quantidade procurada/preço do bem pode ser representada por uma escala de procura (veja a tabela a seguir), curva de procura ou função demanda. Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. 40 UNIDADE I - Economia Outra forma de apresentar essas diversas alternativas é pela curva de procura (veja a Figura a seguir). Para tanto, traçamos um gráfi co com dois eixos, colocando no eixo verti- cal os vários preços P, e no horizontal as quantidades demandadas Q. Assim: CURVA DE PROCURA DO BEM X Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. 41 UNIDADE I - Economia Os economistas supõem que a curva ou a escala de procura revela as preferências dos consumidores, sob a hipótese de que estão maximizando sua utilidade, ou grau de sa- tisfação no consumo daquele produto. Ou seja, subjacente à curva há toda uma teoria de valor, que envolve, como vimos, os fundamentos psicológicos do consumidor. A curva de procura inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda para a direita, refl etindo o fato de que a quantidade procurada de determinado produto varia inver- samente com relação a seu preço, coeteris paribus. Matematicamente, a relação entre a quantidade demandada e o preço de um bem ou serviço pode ser expressa pela chamada função demanda ou equação da demanda: Qd = ƒ(P) em que: Qd = quantidade procurada de determinado bem ou serviço, num dado período de tempo; P = preço do bem ou serviço. A expressão Qd = ƒ(P) signifi ca que a quantidade demandada Qd é uma função ƒ do preço P, isto é, depende do preço P. 42 UNIDADE I - Economia A curva de demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: o efeito substituição e o efeito renda. Se o preço de um bem aumenta, a queda da quanti- dade demandada será provocada por esses dois efeitos somados: A. efeito substituição: se um bem X possui um bem substituto Y, ou seja, outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando o preço do bem X aumenta, coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto (o bem Y), redu- zindo assim a demanda do bem X. Exemplo: se o preço da caixa de fósforos subir demasiadamente, os consumidores passarão a demandar isqueiros, reduzindo as- sim sua demanda por fósforo; B. efeito renda: quando aumenta o preço de um bem X, tudo o mais constante (renda do consumidor e preços de outros bens estando constantes), o consumidor perde poder aquisitivo, e a demanda por esse produto (X) diminui. Assim, embora seu sa- lário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, seu salário “real”, em termos de poder de compra, foi corroído. 43 UNIDADE I - Economia OUTRAS VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA DE UM BEM Efetivamente, a procura de uma mercadoria não é infl uenciada apenas por seu preço. Existe uma série de outras variáveis que também afetam a procura. Para a maioria dos produtos, a procura será também afetada pela renda dos consumidores, pelo preço dos bens substi- tutos (ou concorrentes), pelo preço dos bens complementares e pelas preferências ou há- bitos dos consumidores. Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal. Existe também uma classe de bens que são chamados bens inferiores, cuja demanda varia em sentido inverso às variações da renda; por exemplo, se o consumidor fi car mais rico, diminuirá o consumo de carne de segunda e aumentará o consumo de carne de primeira. Analogamente, tem-se a categoria de bens superiores ou de luxo: se o consumidor fi ca mais rico, demandará mais produtos de maior qualidade. Temos ainda o caso de bens de consumo saciado, quando a demanda do bem não é in- fl uenciada pela renda dos consumidores (como arroz, farinha, sal). A demanda de um bem ou serviço também pode ser infl uenciada pelos preços de outros bens e serviços. Quando há uma relação direta entre preço de um bem e quantidade de outro, coeteris paribus, eles são chamados de bens substitutos ou concorrentes, ou ainda sucedâneos. Por exemplo, um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe, tudo o mais constante. Quando há uma relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de outro, eles são 44 UNIDADE I - Economia chamados de bens complementares (por exemplo, quantidade de automóveis e preço da gasolina, quantidade de camisas sociais e preço das gravatas). Finalmente, a demanda de um bem ou serviço também sofre a infl uência dos hábitos e preferências dos consumido- res. Os gastos em publicidade e propaganda objetivam justamente aumentar a procura de bens e serviços infl uenciando preferências e hábitos. Além das variáveis anteriores, que se aplicam ao estudo da procura pela maior parte dos bens, alguns produtos são afetados por fatores mais específi cos, como efeitos sazonais e localização do consumidor, ou fatores mais gerais, como condições de crédito, perspectivas da economia, congelamentos ou ta- belamentos de preços e salários. DISTINÇÃO ENTRE DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA Embora tendam a ser utilizados como sinônimos, esses termos têm signifi cados diferen- tes. Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades. Por quantidade demandada devemos compreender um pon- to específi co da curva relacionando um preço a uma quantidade. Na Figura a seguir, a demanda corresponde à reta indicada pela letra D; já a quantidade procurada relacionada ao preço P0 é Q0. Caso o preço do bem aumentasse para P1, haveria uma diminuição na quantidade demandada, não na demanda. Ou seja, as alterações da quantidade deman- dada ocorrem ao longo da própria curva de demanda (reta D). 45 UNIDADE I - Economia Alteração na Quantidade Demandada Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. Suponhamos que agora a curva da procura inicial (veja a Figura a seguir) fosse a reta indicada pela letra D0. Sendo o bem normal, caso houvesse um aumento na renda dos consumidores, coeteris paribus, a curva da procura D0 iria se deslocar para a direita,o que estaria indicando que, aos mesmos preços, por exemplo, P0, o consumidor estaria disposto a adquirir maiores quantidades do bem, passando de Q0 para Q2. A nova curva de demanda é representada pela reta D1. 46 UNIDADE I - Economia Alteração da Demanda Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. Dessa forma, movimentos da quantidade demandada ocorrem ao longo da própria curva, devido a mudanças no preço do bem. Quando a curva de procura se desloca (em virtude de variações da renda ou de outras variáveis, que não o preço do bem), temos uma mu- dança na demanda (e não na quantidade demandada). 47 UNIDADE I - Economia OFERTA DE MERCADO Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam ofere- cer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, do preço (custo) dos fatores de produção e das metas ou objetivos dos empresários. Diferentemente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta en- tre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. É a chamada lei geral da oferta. Podemos expressar uma escala de oferta de um bem X: dada uma série de preços, quais seriam as quantidades ofertadas a cada preço: Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. 48 UNIDADE I - Economia Grafi camente Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. Matematicamente, a função ou equação da oferta é dada pela expressão: Q0 = ƒ(P) em que: Q0 = quantidade ofertada de um bem ou serviço, num dado período; P = preço do bem ou serviço. 49 UNIDADE I - Economia A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem deve-se ao fato de que, coeteris paribus, um aumento do preço de mercado estimula as empresas a elevar a produção; novas empresas serão atraídas, aumentando a quantidade ofertada do produto. Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra), por alterações tecnológicas e pelo aumento do número de empresas no mercado. Parece claro que a relação entre a oferta e o custo dos fatores de produção seja inversa- mente proporcional. Por exemplo, um aumento dos salários ou do custo das matérias-pri- mas deve provocar, coeteris paribus, uma retração da oferta do produto. A relação entre a oferta e nível de conhecimento tecnológico é diretamente proporcional, dado que melhorias tecnológicas promovem melhorias da produtividade no uso dos fato- res de produção e, portanto, aumento da oferta. Da mesma forma, há uma relação direta en- tre a oferta de um bem ou serviço e o número de empresas ofertantes do produto no setor. 50 UNIDADE I - Economia Oferta e quantidade ofertada Como no caso da demanda, também devemos distinguir entre a oferta e a quantidade ofertada de um bem. A oferta refere-se à escala (ou toda a curva), enquanto a quantidade ofertada diz respeito a um ponto específi co da curva de oferta. Assim, um aumento no preço do bem provoca um aumento da quantidade ofertada, coeteris paribus (movimen- to ao longo da curva — diagrama a), enquanto uma alteração nas outras variáveis (como nos custos de produção ou no nível tecnológico) desloca a oferta (isto é, a curva de oferta). Por exemplo, um aumento no custo das matérias-primas provoca uma queda na oferta: mantido o mesmo preço P0 (isto é, coeteris paribus), as empresas são obrigadas a dimi- nuir a produção (diagrama b). 51 UNIDADE I - Economia ALTERAÇÃO DA QUANTIDADE OFERTADA E DA OFERTA Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. Por outro lado, uma diminuição no preço dos insumos, ou uma melhoria tecnológica em sua utilização, ou ainda um aumento no número de empresas no mercado, conduz a um aumento da oferta, dados os mesmos preços praticados, deslocando-se, desse modo, a curva de oferta para a direita (diagrama c). 52 UNIDADE I - Economia EQUILÍBRIO DE MERCADO A lei da oferta e da procura: tendência ao equilíbrio A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equi- líbrio de um bem ou serviço em um dado mercado. Seja a Tabela a seguir representativa da oferta e da demanda do bem X: Oferta e Demanda do bem X Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. Como se observa na Tabela acima, existe equilíbrio entre oferta e demanda do bem X quando o preço é igual a 6,00 unidades monetárias. 53 UNIDADE I - Economia Grafi camente: EQUILÍBRIO DE MERCADO Fonte: Extraído de Vasconcelos, 2009. Na intersecção das curvas de oferta e demanda (ponto E), teremos o preço e a quantida- de de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem às aspirações dos consumi- dores e dos produtores simultaneamente. Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio E (A, por exemplo), teremos uma situação de escassez do produto. 54 UNIDADE I - Economia Haverá uma competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Formar-se-ão fi las, o que forçará a elevação dos preços, até atingir-se o equilíbrio (ponto E), quando as fi las cessarão. Analogamente, se a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio E (B, por exemplo), haverá um exces- so ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que provocará uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio E. Como se observa, quando há competição tanto de consumidores como de ofertantes, há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacio- nário — sem fi las e sem estoques não desejados pelas empresas. Desse modo, se não há obstáculos para a livre movimentação dos preços, ou seja, se o sistema é de concorrência pura ou perfeita, será observada essa tendência natural de o preço e a quantidade atingirem determinado nível desejado tanto pelos consumidores como pelos ofertantes. Para que isso ocorra, é necessário que não haja interferência nem do governo nem de forças oligopólicas, que tem poder de afetar o preço de mercado. 55 UNIDADE I - Economia ESTRUTURA DE MERCADO A interação entre a oferta e a demanda, que vai resultar na determinação de preço, objeto de estudo deste capítulo, é abordada sob diferentes estruturas de mercado. O termo es- trutura de mercado refere-se às características organizacionais de um mercado, as quais determinam as relações entre: • vendedores no mercado; • compradores no mercado; • vendedores e compradores; • vendedores estabelecidos e novos vendedores. A estrutura de mercado engloba as características que infl uenciam no tipo de concorrên- cia e na formação de preços. Essas características são: A. Grau de concentração de vendedores e compradores, isto é, número e tamanho de cada um no mercado. Acredita-se que uma indústria é altamente) concentra- da quando apenas quatro fi rmas detêm 75% ou mais da produção e do mercado de um determinado produto. Nesses casos, tende a haver um grau de efi ciência aquém do desejado, porque as empresas procuram alocar os recursos inefi cien- temente, através da interferência direta no funcionamento do sistema de preços. 56 UNIDADE I - Economia B. Grau de diferenciação do produto, ou seja, grau em que um produto vendido no mercado é considerado diferente ou não-homogêneo pelos compradores. Sob o ponto de vista econômico, a diferenciação do produto objetiva tornar a curva de demanda mais inelástica, reduzindo assim o número de bens substitutos para este produto. Costuma-se dizer que a empresa de sucesso é aquela queconsegue pro- duzir barato algo diferenciado. A diferenciação do produto pode ser obtida através de: • serviços especiais aos compradores (por exemplo, uma empresa que entrega o pro- duto na residência do comprador); • ingredientes de qualidade superior incorporados ao produto; • prêmios oferecidos aos adquirentes do produto; • embalagens especiais do produto. 57 UNIDADE I - Economia Curvas de Demanda segundo a Diferenciação do Produto Fonte: Extraído de Mendes, 2009. Conforme podemos observar na fi gura acima, a curva de demanda de um produto di- ferenciado é mais “em pé” do que a do produto homogêneo. E qual é o porquê disso? Simples: quando um produto é diferenciado, a quantidade demandada (ou procurada) não varia muito quando o preço se desloca. Por exemplo, se a coca-cola (produto diferen- ciado) aumenta seu preço, ela continuará sendo vendida e a quantidade demandada cairá pouco ou nem cairá. 58 UNIDADE I - Economia Ao contrário ocorre com um produto que tem vários substitutos iguais (homogêneos). Por exemplo, se você chega no supermercado e vê na sessão de ovos várias caixas diferentes, porém todas com 12 ovos. Como você escolhe? Com certeza disse: - preço! Isso porquê ovos são produtos homogêneos, então se uma granja sobe seus preços e os concorrentes não, provavelmente sua venda cairá. CARACTERÍSTICAS DAS ESTRUTURAS DE MERCADO Características Concorrência Perfeita Monopólio Oligopólio Concorrência monopolística 1. Quanto ao número de empresas Muito grande Só há uma empresa Pequeno Grande 2. Quanto ao produto Homogêneo Não há substitu- tos próximos Pode ser ho- mogêneo ou diferenciado Diferenciado 3. Quanto ao controle das empresas sobre os perços Não há pos- sibilidade de controle As empresas têm grande poder para manter pre- ços elevados Cartéis Pouca margem de manobra, visto à existência de substitutos 59 UNIDADE I - Economia 4. Quanto à concor- rência extrapreço (promoções, atendi- mento, propaganda, pós-venda, etc.) Não é possível Apenas campa- nhas institu- cionais para salvaguardar sua imagem Intensa, princi- palmente se há diferenciação Intensa, no que diz respeito à em- balagens, formas físicas, serviços complementares, etc. 5. Quanto às condi- ções de ingresso na indústria Não há barreiras Barreiras ao acesso de novas empresas Barreiras ao acesso de novas empresas Não há barreiras Fonte: Extraído de vasconcelos (2009) INDICAÇÃO DE LEITURA Leiam o livro Fundamentos de Economia do Professor Vasconcelos, com certeza será de grande valia para sua forma- ção. Trata-se do livro de economia para cursos afi ns, mais ven- dido do Brasil. Didático e prazeroso são adjetivos que defi nem esta obra. 60 UNIDADE I - Economia CONSIDERAÇÕES FINAIS Vimos nesta unidade os conceitos econômicos fundamentais e de microeconomia que são muito importantes para os gestores empresariais. Saber exatamente fatores que afe- tam a oferta e a demanda dos produtos que produzem pode ser fundamental para o su- cesso do negócio, assim como conhecer profundamente a estrutura de mercado o qual sua organização faz parte. ATIVIDADES 1) Por que os problemas econômicos fundamentais (o quê, quanto, como e para quem produzir) originam-se da escassez de recursos de produção? 2) Analisando-se uma economia de mercado, observa-se que os fl uxos real e mone- tário conjuntamente formam o fl uxo circular da renda. Explique como esse sistema funciona. 3) Defi na a lei geral da demanda e da oferta. 4) Quais fatores afetam a demanda por um produto? E quais fatores afetam sua oferta? 5) Defi na as principais características das estruturas de mercado. Introdução à macroeconomia UNIDADE 2 ObjEtIvOs DE AprENDIzAgEm • O objetivo desta unidade é demonstrar conceitos macroeconômicos.. plANO DE EstUDO Serão abordados os seguintes tópicos: • Política fiscal: receita e gastos públicos • Gastos do governo • Alíquota versus arrecadação: A Curva de Lafer • A carga tributária no Brasil • Déficit público • Financiamento do Déficit • Efeitos da Política Fiscal sobre a Economia • Política monetária: demanda e oferta de moeda • Demanda de Moeda • Oferta de Moeda • Taxa de Juros • Taxa de juros nominal = taxa de juros real + taxa de inflação • Os instrumentos de política monetária • Operações de Mercado Aberto (open market) • Recolhimentos Compulsórios • Operações de Redesconto ou Empréstimo de Liquidez • Efeitos da política monetária sobre a economia • Efeito do Juro sobre o Consumo e o Investimento • Efeito do Juro sobre o Fluxo de Capitais Externos • Efeito do Juro sobre a Poupança • Efeito do Juro sobre os Preços Diego Figueiredo Dias 63 UNIDADE II - Economia INTRODUÇÃO A palavra “economia” é muito antiga e signifi ca basicamente “administração do lar”, ou seja, organização de recursos. Mas a economia enquanto ciência, somente pode ser considera- da a partir de 1776 com o lançamento da obra de Adam Smith denominada “A riqueza das nações”. Sem dúvida é até hoje uma das mais importantes obras na área econômica. Smith organizou os pensamentos econômicos que, até então, eram fragmentados, esparsos, e neste livro escreveu sobre as funções do Estado e como as empresas e os países deveriam fazer para terem sucesso econômico. De acordo com Smith, o Estado deveria apenas fazer valer o direito sobre a propriedade privada e garantir a segurança pública. Isto fi cou denominado como “Estado Liberal”, isto é, aquele que não intervém em assuntos econômicos. Mas esta ideia durou apenas até a década de 1930, pois com a grande depressão advinda da crise de 1929, o Estado passou a intervir de forma veemente na economia para garantir emprego e renda à população. Em 1936, John Maynard Keynes, um dos mais notáveis economistas da história, escreveu a obra “Teoria Geral dos Juros do Emprego e da Moeda”. Nesta obra, Keynes destaca- va a importância do governo manter a Demanda Agregada da economia sempre em alta. Como? Através de Investimentos públicos. Keynes acreditava que o Estado tinha 64 UNIDADE II - Economia mais funções do que simplesmente garantir a segurança e o direito à propriedade pri- vada, o Estado deveria gerar emprego e renda. Ele pregava o poder multiplicador do Investimento, isto é, por meio deste se gera emprego, que gera renda e enfi m consumo. O consumo aumenta sendo necessário mais investimentos que geram mais emprego, renda e consumo novamente. Este Estado de bem estar Keynesiano durou até a década de 1970, pois a partir dos anos 1980 os países estavam endividados e, portanto, entraram num processo de desestatiza- ção (privatizações) que fora agravado na década de 1990. O setor privado passou a ditar as regras do jogo novamente e este período é conhecido como Neoliberalismo, ou seja, o novo liberal. Atualmente, podemos dizer que o governo possui algumas funções econômicas, isto é, existem justifi cativas para a existência do governo. Que são: A. Função alocativa, através do qual a ação do governo visa corrigir falhas da econo- mia de mercado no uso dos recursos econômicos (fatores de produção), como é o caso de algumas externalidades. Um bom exemplo de externalidade é a poluição, em que difi cilmente as empresas desejarão incorporar os custos de não poluição, a não ser que haja imposição governamental. 65 UNIDADE II - Economia B. Função distributiva, que consiste em arrecadar impostos e contribuições dos mais ricos ou das regiões mais desenvolvidas e transferi-los para os mais pobres e regiões mais carentes. C. Função estabilizadora,
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